Desde o início do ano, houve mais de 200 solicitações do benefício para pessoas com deficiência e pacientes em tratamento no Henfil e Caps
Por France Santiago
Em Palmas, Pessoas com Deficiência (PCD) e pacientes em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e no Núcleo de Assistência Henfil para HIV (com renda familiar de até dois salários mínimos) têm direito à gratuidade do passe livre. A Prefeitura de Palmas, por meio da Secretaria Municipal de Ação Social (Semas), é responsável pela análise documental para a emissão do documento. De 1º de janeiro até esta segunda-feira, 28, foram 226 solicitações. O Passe Livre em Palmas é amparado pela Lei Municipal nº 422, de 13 de julho de 1993.
A assistente geral do Plantão Social na Semas, Samira Rose Carvalho Veiga Rocha, explica sobre os procedimentos para solicitação do benefício. “A pessoa com deficiência deve ir ao Cras da sua referência com o laudo médico, documentos pessoais e comprovante de residência atualizado. Lá receberá um formulário que deverá ser preenchido pelo médico. Após essa etapa, a técnica do Cras encaminhará o parecer social à secretaria.”
Segundo a técnica, o documento que dará acesso ao passe livre é encaminhado à empresa responsável pela gestão do transporte coletivo de Palmas e que emitirá o cartão de passe livre. Ainda segundo a assistente, no caso de paciente acompanhado pelo Caps e Núcleo de Assistência Henfil, a solicitação não passa pelo Cras. É feita no Plantão Social, sendo necessário o encaminhamento da unidade, documentos pessoais e comprovante de endereço atualizado.
O Plantão Social funciona na sede da Semas, localizada na Quadra ACSE 1 (104 Sul) 34, Avenida LO-01, Conjunto 4, em frente ao Cartório Eleitoral, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira. Os Cras funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político do O Paralelo 13 traça uma análise aprofundada do cenário político atual, com foco nas tensões diplomáticas no plano nacional e nas articulações em curso para a sucessão estadual no Tocantins. A movimentação dos grupos políticos, lideranças partidárias e os bastidores do Palácio Araguaia indicam um período de definições intensas e embates decisivos que moldarão as eleições de 2026.
Reflexos na economia nacional
O Brasil enfrenta um dos momentos mais sensíveis da última década no campo das relações internacionais. O presidente norte-americano Donald Trump anunciou, de forma abrupta, a suspensão das relações diplomáticas com o Brasil, alegando interferência do governo brasileiro e do STF no processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A reação de Trump, considerada por analistas como uma manobra diplomática com viés político, gerou impactos imediatos. A balança comercial brasileira sente os efeitos da interrupção de acordos bilaterais, especialmente nos setores agrícola, de tecnologia e defesa. Com isso, aumentam as demissões, a retração do consumo e a instabilidade nos mercados provocando uma onda de insegurança econômica no país.
Neste contexto de tensão institucional, destaca-se o caso do advogado Thiago Barbosa, preso preventivamente, em março deste ano, durante operação da Polícia Federal. Sua defesa alega ausência de elementos que justifiquem a prisão, e cresce a pressão para que o STF reavalie o caso com o fim do recesso forense. O apelo por justiça ganha força entre juristas, parlamentares e entidades da sociedade civil.
Tocantins: o xadrez político e as movimentações para 2026
No cenário regional, o Tocantins vive uma fase de intensa movimentação nos bastidores. A sucessão estadual toma forma e já começa a desenhar os principais atores da disputa pelo Palácio Araguaia. O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que já afirmou que cumprirá seu mandato até o fim, atua como articulador e avalista da pré-candidatura de seu aliado político, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres (Republicanos).
Amélio tem ampliado sua presença política com intensa agenda pelo interior do Estado, sempre ao lado do governador, do senador Eduardo Gomes (PL) e da maioria da base aliada. Seu nome ganha musculatura como o candidato natural da base governista para a sucessão de 2026.
No campo sucessório estadual, torna-se cada vez mais clara a posição de Amélio Cayres como o candidato de confiança do governador Wanderlei Barbosa. A aliança com Eduardo Gomes, o alinhamento com a maioria da base legislativa e o discurso de continuidade fortalecem sua pré-candidatura. Resta saber como as oposições irão reagir e se conseguirão manter coesão até 2026 diante de tantas incertezas jurídicas e institucionais.
Os próximos 150 dias serão de grande relevância. A política tocantinense entra em uma fase de definição onde alianças, rupturas e articulações podem mudar rapidamente o rumo da história. E como sempre, O Paralelo 13 segue atento a cada movimento.
Cenário fragmentado: União Brasil, PP e o impasse interno
Enquanto isso, a senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil), pré-candidata ao governo estadual, enfrenta um desafio interno, o impasse na definição da candidatura ao Senado. O deputado federal Vicentinho Júnior (PP), presidente estadual do partido, articula sua candidatura à vaga, mas o favoritismo de Carlos Gaguim (União Brasil), também deputado federal e apoiado diretamente por Dorinha, sinaliza uma possível ruptura dentro da coligação.
Essa disputa interna entre União Brasil e PP pode enfraquecer a aliança, criando dificuldades para a senadora, especialmente diante do distanciamento cada vez mais evidente entre ela, o governador Wanderlei Barbosa e o senador Eduardo Gomes, líderes fundamentais na construção de uma base forte no interior do Estado.
Horizonte político
A nível nacional, os próximos cinco meses prometem ser decisivos para a economia, a diplomacia, e certamente sistema político. O Supremo Tribunal Federal (STF), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Polícia Federal devem concluir investigações e operações que envolvem figuras centrais do cenário político especialmente nomes ligados ao bolsonarismo.
Fontes ligadas ao Judiciário afirmam que há um movimento interno no STF e no STJ para “limpar a pauta” de processos envolvendo políticos investigados por corrupção, tentativa de golpe e uso irregular de verbas públicas. Com isso, pode-se redesenhar completamente o tabuleiro eleitoral de 2026, com possíveis inabilitações, cassações e novas lideranças emergindo no vácuo dos desgastes institucionais.
Operações da Polícia Federal
A intensificação das operações da Polícia Federal em períodos que antecedem as definições de candidaturas eleitorais acende um importante alerta no cenário político. A análise do calendário eleitoral para 2026 revela que os próximos meses são fundamentais para a filiação partidária e a desincompatibilização de cargos no Executivo, uma vez que o prazo máximo é até o dia 04 de abril de 2026. Nesse contexto, qualquer ação da PF que atinja figuras políticas de destaque pode ter um impacto direto e significativo na reconfiguração das forças para a disputa sucessória.
Uma nova operação, porventura, poderia não apenas comprometer a viabilidade de projetos políticos em curso, mas também alterar drasticamente o panorama de nomes que se apresentarão ao eleitorado, evidenciando a tênue linha que pode separar as ações de combate à corrupção das suas consequências no jogo político.
O Observatório Político de O Paralelo 13 volta a afirmar que a conta não fechou em torno do tabuleiro sucessório de 2026 no Tocantins. Tudo e todos que transitam na política partidária tem esta consciência de que antes de 4 de abril muitos podem até terem concluído suas alianças, mas no momento nenhuma chapa majoritária ou proporcional está fechada. O momento ainda é de construção de pontes, entendimentos e acordos.
Para Trump, o movimento configuraria como uma tentativa de desbancar o dólar, o que pioraria a relação com os EUA
Por Giovana Cardoso
Em meio à tentativa do Brasil de destravar o diálogo com os Estados Unidos, o governo brasileiro estuda possibilidades para reverter o cenário do tarifaço. Apesar do impasse e da desconfiança do presidente Donald Trump em instituições multilaterais, integrantes do governo acreditam que a crise pode ser uma oportunidade para fortalecer a aliança com os Brics— bloco econômico formado por países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Entretanto, para Trump, o movimento pode ser visto como uma tentativa de desbancar o dólar, o que tem o potencial de piorar a relação do Brasil com os Estados Unidos.
A especulação ocorre após o assessor de Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmar que as medidas de Trump reforçam a parceria do Brasil com outros integrantes do bloco. Em entrevista ao Financial Times, Amorim destacou que os Brics não têm caráter ideológico e atuam no apoio à ordem multilateral.
Em outras ocasiões, o presidente norte-americano ameaçou integrantes do bloco e reforçou o papel do dólar como referência mundial. No início de julho, Trump chegou a anunciar uma tarifa extra de 10% a qualquer nação que se alinhar a “políticas antiamericanas dos Brics”.
As ameaças tiveram início em 2023, após a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar uma moeda comercial única como forma de reduzir a dependência do dólar e amenizar os custos operacionais de transações que envolvam os países do bloco.
Desafios internacionais
Natali Hoff, especialista em relações internacionais, afirma que, ao criar uma moeda, os países do bloco teriam de lidar com tensões políticas “significativas” no sistema internacional. “A própria fala do Trump evidencia isso. De que os Estados Unidos não vão acatar, de maneira passiva, esse tipo de iniciativa, já que é uma iniciativa que se contrapõe de maneira direta à hegemonia americana”, avaliou.
No caso dos Brics, Natali afirma que, cada vez mais, os países-membros apostam que a adoção de uma moeda comercial poderia garantir uma autonomia, principalmente no que diz respeito à ordem econômica internacional.
Crise nas instituições
Para especialistas ouvidos pelo R7, as medidas de Trump revelam uma reconfiguração do sistema internacional, marcada, principalmente, por uma crise em instituições multilaterais, como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMC (Organização Mundial do Comércio).
Um exemplo disso é o enfraquecimento do Órgão de Apelação da OMC, provocado, em parte, pelos EUA ao bloquear nomeações — o que acaba comprometendo a efetividade do sistema de penalização. Recentemente, sem citar os EUA, o Brasil questionou na OMC o uso de tarifas como instrumento de ameaça.
Para o especialista em relações internacionais Guilherme Frizzera, o enfraquecimento dessas instituições e o uso de práticas coercitivas, como tarifas e sanções, forçam outros países a buscarem alternativas fora de “sua órbita de influência”.
“Diferentemente do período pós-Segunda Guerra Mundial, em que os EUA lideraram a construção de uma ordem internacional liberal, o cenário atual aponta para o surgimento de uma nova ordem não por iniciativa americana, mas como reação à sua retração e à sua postura confrontacional”, explica.
Protagonismo do Brasil
Em outro capítulo da crise entre os países, Lula ironizou a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à política internacional. O petista disse que o republicano parece incomodado com o protagonismo crescente do Brasil e dos países do Sul Global em fóruns multilaterais, como o G7 e o G20.
“Possivelmente, o Trump tenha ficado preocupado com a reunião dos Brics”, opinou Lula, ao comentar a recente ofensiva tarifária de Trump contra o Brasil. A declaração foi dada no último dia 10, em entrevista exclusiva à jornalista Christina Lemos.
Na entrevista, Lula defendeu uma política externa multilateral, baseada em diálogo, respeito à soberania e equilíbrio entre as nações — princípios que, segundo ele, não se coadunam com a postura adotada por Trump.
Foram apresentados os projetos Foco no Fogo e Praia Consciente, ambos voltados para a sensibilização e mobilização da população em prol da preservação ambiental
Por Nandyala Waritirre (estagiária)
O Governo do Tocantins, por meio da Diretoria de Educação Ambiental e Sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), participou entre os dias 21 e 25 de julho do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, realizado em Manaus (AM).
Durante o evento, a diretoria teve a oportunidade de compartilhar experiências, promover o intercâmbio de conhecimentos e apresentar duas importantes iniciativas desenvolvidas no estado: os projetos Foco no Fogo e Praia Consciente, ambos voltados para a sensibilização e mobilização da população em prol da preservação ambiental.
A diretora de Educação Ambiental da Semarh, Erliette Gadotti, destacou a relevância da participação do Tocantins no congresso. “Foi muito enriquecedor perceber que o Tocantins se destaca no cenário da educação ambiental. Além disso, chamou atenção a atuação ativa dos conselhos ambientais, como a ABEMA e o CIEA, que tiveram papel fundamental nas discussões e encaminhamentos do evento”, ressaltou. Além da diretora de educação ambiental, participaram do evento, a gerente de educação ambienta, Thays Marinho, e os técnicos em educação ambiental, Sandro Barbosa e Alexandre Lustosa.
Com seis anos de existência, o Projeto Foco no Fogo é realizado em parceria com o Comitê do Fogo, formado por 22 instituições. A iniciativa promove ações educativas por meio de palestras em escolas da rede pública e visitas a propriedades rurais e áreas próximas a rodovias, com o objetivo de prevenir queimadas e estimular a consciência ecológica.
Já o Praia Consciente foca na preservação ambiental durante o período de temporada nas praias tocantinenses, incentivando práticas sustentáveis entre frequentadores, comerciantes e gestores locais. A ação inclui distribuição de material educativo, campanhas informativas e ações diretas de orientação nas áreas de lazer.
Sobre o Congresso
O VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa é uma iniciativa da Rede Lusófona de Educação Ambiental (REDELUSO), com apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O evento reuniu representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Galícia (Espanha), Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, promovendo o diálogo entre nações unidas pela língua portuguesa em torno da educação ambiental como ferramenta de transformação social.
Santa Casa de Araçatuba, onde vítima estava internada, informou que Thais Bonatti veio a óbito à 1h27 deste sábado (26); ela estava internada na UTI
Com Estadão Conteúdo
A ciclista Thais Bonatti, de 30 anos, morreu neste sábado (26) após ser atropelada na manhã de quinta-feira (24) pelo juiz aposentado Fernando Augusto Fontes Rodrigues Júnior, de 61 anos, na cidade de Araçatuba, interior do Estado de São Paulo. A informação foi confirmada pela CNN.
Em nota, a Santa Casa de Araçatuba, onde a vítima estava internada, informou que Thais veio a óbito à 1h27 deste sábado. Ela estava internada na UTI.
"Apesar dos esforços de todas as equipes que atuam na unidade e no Centro Cirúrgico, a vítima não resistiu à gravidade dos politraumas, fratura de pelve e de traumatismo craniano encefálico sofridos", disse o hospital. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para autópsia.
O irmão da vítima, William Bonatti, falou sobre o momento em que recebeu a notícia da morte da irmã. "1h30 da madrugada eu estava em casa e recebi uma ligação da Santa Casa dizendo que ela havia morrido. Então, enquanto ele (o juiz) estava dormindo com a família dele, eu estava escolhendo o caixão para a minha irmã. Ele está solto e o sentimento é de revolta", disse em entrevista ao Brasil Urgente, da Band.
O caso
Na manhã da última quinta (24), o juiz estava a bordo da sua caminhonete modelo Ford Ranger, quando parou o veículo perto de um supermercado na Avenida Waldemar Alves, no bairro Jardim Presidente.
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Ele estava acompanhado de uma mulher que, no momento em que o veículo estava parado, teria tentado passar para o seu colo, segundo informações do boletim de ocorrência.
O juiz aposentado, então, teria acelerado o veículo e passado com a caminhonete por cima de Thais Bonatti, que estava de bicicleta perto do veículo. A vítima foi levada em estado grave para a Santa Casa de Araçatuba, onde não resistiu e faleceu neste sábado.
Segundo a Polícia Civil, o juiz apresentava fala desconexa, falta de coordenação motora e forte odor etílico quando foi abordado pelos policiais. Imagens de câmeras recolhidas pela polícia mostram que uma mulher nua estava em seu colo no momento do acidente. Ela teria se vestido e deixado rapidamente o local.
Júnior foi conduzido à Delegacia Seccional e submetido a um exame clínico que constatou que estava "alcoolizado/embriagado" no momento do atropelamento. A polícia deu voz de prisão a Júnior e, na sequência, a sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva (sem prazo pré-definido).
Na sexta-feira (25) ele foi liberado após o pagamento de fiança no valor de R$ 40 mil, e vai responder em liberdade.
Histórico do juiz
Rodrigues Júnior fez sua carreira como juiz da 1.ª Vara Cível de Araçatuba, a 530 quilômetros da capital São Paulo, até se aposentar em 15 de agosto de 2019.
Segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, disponíveis no Portal da Transparência da Corte, entre janeiro e junho, ele teve rendimento bruto somado de R$ 917 mil. Com os descontos, seu contracheque líquido bateu em R$ 781 mil acumulados no período, média de R$ 130 mil por mês.