Da Assessoria
O Sindicato das Indústrias de Mineração do Estado do Tocantins (Sindimeto) realizou, nessa quarta-feira (10), o evento institucional que marcou a apresentação oficial da diretora de mineração, Dra. Lina Ester Ribeiro, além do lançamento da carta de serviços às empresas filiadas e do novo site da entidade. O encontro reuniu empresários, geológos, engenheiros ambientais, representantes da ANM- Agência Nacional de Mineração, da Fieto, do Sesi, Senai, da Fundação Getúlio Vargas, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Tocantins, Bartolomé Garcia; o Controlador-Geral de Palmas, Júlio Edstron; entre outras autoridades.
O presidente do Sindimeto, Wagno Milhomem, destacou a importância da união de esforços para garantir o crescimento do segmento. “A nossa proposta é de processos cada vez com maior integração dos setores privado e público para que aproveitemos todo potencial da mineração do Estado definitivamente. Temos que juntar forças para participarmos com a nossa grande contribuição ao desenvolvimento do Tocantins”.
No mesmo sentido, a diretora de mineração, Dra. Lina Ester Ribeiro, ressaltou a necessidade de união e do reconhecimento da relevância estratégica da mineração para o país. “A gente precisa fazer o que tem que ser feito. Eu penso em mineração da hora que acordo até o momento de me deitar. É um setor que vem sendo vilipendiado. Parece um termo forte, mas não é. Como um setor que ocupa cerca de 0,5% do território nacional pode ser responsável por todas as mazelas do país? Nós precisamos da união entre produtores, empresários e governo para a implantação de políticas públicas que reconheçam o valor da mineração. É hora de deixarmos as diferenças de lado para promovermos a convergência”.
Diretora tem vida dedicada à mineração
A Dra. Lina Ester Ribeiro é bacharel em Direito, com especializações em Direito e Gestão Minerária, em Direito Administrativo e MBA em Gestão Empresarial em Cooperativas. Desde 2006, dedica-se exclusivamente ao Direito Minerário, atuando em consultoria, elaboração de contratos, regularização de áreas e resolução de conflitos. Entre 2023 e 2025, exerceu o cargo de diretora-presidente da Companhia de Mineração do Tocantins (Mineratins), onde contribuiu para o fortalecimento institucional e para o desenvolvimento do setor mineral no Estado.
Fundadora do primeiro escritório de advocacia especializado em Direito Minerário no Tocantins, preside a Comissão de Direito Minerário da OAB/TO e integra a coordenação do Fórum Nacional de Mineração e Recursos Minerais (FONAMIR).
Gaguim afirma que não é de mentiras
Em declaração ao Observatório Político do Paralelo 13, o deputado federal Carlos Gaguim (UB) fez questão de dissipar quaisquer dúvidas sobre a composição de seu grupo político para as próximas eleições. "Não sou homem de mentiras", afirmou Gaguim, confirmando a presença recente do presidente da ATM, Big Jow, e do presidente da Associação Intermunicipal do Vale do Araguaia, Marquinho, sinalizando a forte articulação municipalista do grupo.
O deputado detalhou o que chamou de "tabuleiro sucessório", consolidando a chapa majoritária: a senadora Professora Dorinha Seabra como candidata ao governo, o senador Eduardo Gomes buscando a reeleição e o próprio Gaguim como candidato ao Senado.
Gaguim admitiu que o cenário político vive um momento de "muita tensão” Independentemente do resultado, o deputado prometeu: "Ainda este mês, muitas novidades ocorrerão no campo político para fortalecer a candidatura da senadora Professora Dorinha".
Laurez precisa de tempo para organizar a casa
Assumir o controle de um governo no fim de ano, sem orçamento definido, e ao mesmo tempo ter de escolher mais de cinco mil cargos do primeiro ao quinto escalão não é tarefa fácil, mesmo para um político tarimbado como o governador interino Laurez Moreira. A complexidade aumenta ao se considerar a necessidade de dialogar com uma Assembleia Legislativa formada por vários partidos para construir uma base de governabilidade sólida. O cenário exige paciência, diálogo e, acima de tudo, tempo para que as peças sejam encaixadas de forma correta e estratégica, evitando atropelos na formação da nova equipe de governo.
Laurez precisa de tempo para arrumar a casa II
Além dos desafios imediatos de montagem do governo, a gestão de Laurez Moreira tem o dever de olhar para o futuro. É preciso preparar o orçamento de 2026, que definirá as prioridades de sua administração, e simultaneamente assegurar, junto a congressistas federais e estaduais, o direcionamento das emendas impositivas e de bancada para o Estado. Paralelamente, é fundamental acompanhar as obras em andamento com recursos oriundos de empréstimos, garantindo sua continuidade. Por isso, o governador interino Laurez Moreira precisa de tempo para agir de forma planejada, evitando erros que poderiam custar caro ao futuro do Tocantins.
Raul Filho II é o novo secretário da Governadoria
O Palácio Araguaia confirmou uma mudança estratégica na sua equipe de primeiro escalão. O advogado Raul Filho II foi nomeado o novo titular da Secretaria da Governadoria do governo interino de Laurez Moreira. A nomeação, que surpreendeu parte do meio político que esperava o ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, para o cargo, foi fruto de um acordo direto entre o ex-gestor e o governador.
Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira, Raul Filho explicou a decisão. Segundo ele, o governador está criando um conselho consultivo, que atuará mais próximo ao gabinete para auxiliar na avaliação da gestão e na tomada de decisões. "O prazo é curto e os problemas e demandas são muitos. Então não se pode esperar tudo só pelo secretariado, vamos ficar mais próximos para aconselhamentos", afirmou o ex-prefeito.
A jogada de Laurez é vista como uma forma de otimizar seus recursos políticos ao mesmo tempo que posiciona um nome técnico e de confiança na pasta da Governadoria, mantém a vasta experiência de Raul Filho em uma posição de aconselhamento estratégico direto, garantindo agilidade e sabedoria na condução do governo.
Senador Eduardo Gomes assegura mais de R$ 6,8 milhões em recursos
Com articulação do vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, mais de R$ 6,8 milhões em recursos do Ministério da Fazenda foram liberados para três municípios do Tocantins. As transferências especiais vão garantir restauração da infraestrutura urbana em Esperantina e Arraias, além da construção de uma praça em São Miguel.
Em Esperantina, foram destinados R$ 2,97 milhões para a restauração da infraestrutura urbana. Já Arraias recebeu R$ 3,46 milhões com o mesmo objetivo. O município de São Miguel foi contemplado com R$ 396 mil para a construção de uma praça.
Por Edsonj Rodrigues
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), não conheceu o recurso apresentado pela defesa do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos). Em outras palavras, o pedido sequer foi admitido para análise. Para os operadores do Direito com quem o Observatório Político do Paralelo 13 conversou, o gesto do ministro representa mais do que uma decisão técnica, é um sinal de respeito à unanimidade do Superior Tribunal de Justiça, que afastou Wanderlei sob relatoria do ministro Mário Campbell.
A defesa do governador afastado, Wanderlei Barbosa garantiu que entrará com novos recursos. Wanderlei tenta voltar ao cargo por meio de Habeas Corpus, mas enquanto o documento não é analisado pelo Supremo o tempo corre a favor do interino Laurez Moreira.
O peso das operações da PF
Enquanto os advogados se movimentam em Brasília, a Polícia Federal mantém a lupa sobre o uso de recursos públicos no Tocantins. Ontem, agentes passaram o dia divididos em duas frentes: uma na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e outra na Secretaria de Turismo. O alvo são as emendas impositivas destinadas a bancar festas, shows, temporadas de praia e cavalgadas em diversos municípios.
O rastreamento desse dinheiro vai dizer se parlamentares da Assembleia Legislativa ou integrantes do primeiro escalão do governo foram beneficiados. Se houver comprovação, a tempestade política pode ganhar contornos ainda mais graves.
Tesoura afiada: cortes na aviação
Em meio à tormenta, Laurez age rápido para mostrar autoridade. Um dos primeiros atos foi cortar o contrato milionário de táxi aéreo, avaliado em cerca de R$ 20 milhões por ano. Cada viagem para São Paulo custava, em média, R$ 129 mil; para Brasília, algo em torno de R$ 80 mil. O contrato foi suspenso integralmente.
Além disso, todas as viagens internacionais previstas para 2025 foram anuladas. A ordem é conter despesas e mostrar à sociedade que a interinidade pode, ao menos, trazer racionalidade ao uso do dinheiro público.
Demissões à vista
Outra frente de impacto será a exoneração em massa. Segundo informações obtidas pelo Observatório Político do Paralelo 13, algo em torno de 1.500 servidores, lotados em gabinetes do governador e da Secretaria de Governo, podem perder os cargos ainda nesta semana. A medida, embora dolorosa, é tratada por Laurez como necessária para reorganizar a máquina administrativa e abrir espaço para a posse de seus auxiliares, do primeiro ao quinto escalão.
Todas as senhas bancárias do Estado foram canceladas. Os novos gestores precisarão aguardar suas nomeações no Diário Oficial e realizar o credenciamento formal para poder movimentar recursos. É um recomeço do zero, que exige tempo e paciência.
O desafio do orçamento
Enquanto corta contratos e exonera servidores, Laurez tem pela frente a missão de coordenar a elaboração do orçamento de 2026. Cada secretaria precisará definir prioridades num contexto de instabilidade e incerteza política. Não é uma tarefa trivial e o interino sabe que precisará construir legitimidade política e técnica para fazer valer suas escolhas.
Sindicatos já se movimentam para pedir audiências com o governador interino. A busca por diálogo é legítima, mas este não é o momento ideal para cobranças corporativas. O governo ainda engatinha, e qualquer decisão precipitada pode comprometer a reestruturação em curso.
Calma e equilíbrio
O Tocantins atravessa um turbilhão político sem precedentes. O afastamento de Wanderlei abriu um vácuo de poder, e Laurez precisa ocupar esse espaço com serenidade, equilíbrio e firmeza. Mais do que administrar um governo tampão, cabe a ele devolver estabilidade institucional ao Estado.
O gesto de Fachin deu a Laurez aquilo que a política mais valoriza: tempo. Tempo para reorganizar a casa, tempo para demonstrar autoridade e, principalmente, tempo para escrever sua própria página na história política do Tocantins.
Ministro do STF votou pela absolvição de outros 5 réus de todos os crimes imputados, mas condenou Mauro Cid e Braga Netto por Abolição do Estado de Direito
Por Jessica Cardoso
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux divergiu do relator Alexandre de Moraes e votou, nesta quarta-feira (10), pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todas as acusações no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.
O ministro também absolveu os réus Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno, Anderson Torres e Alexandre Ramagem de todos os delitos.
Por outro lado, responsabilizou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e o general Braga Netto por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Fux foi o terceiro ministro da Primeira Turma a votar no julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado, envolvendo o ex-presidente e os outros sete réus. O magistrado se manifestou por mais de 13 horas.
Ao individualizar a conduta dos réus, Fux afirmou que as ações de Bolsonaro durante o mandato não configuram tentativa de golpe de Estado, prevista no artigo 359-M do Código Penal.
“Pois este, ao criminalizar a tentativa violenta de depor o governo legitimamente constituído, pressupõe a prática de conduta tentante do cargo ocupado. E era ele o mandatário do cargo ocupado”, disse.
O ministro também afastou a acusação de que os discursos do ex-presidente teriam insuflado os atos de 8 de janeiro.
“Além de faltar o dolo, falta também o indispensável nexo de causalidade entre as condutas praticadas no curso do mandato do réu e os eventos do 8 de janeiro de 2023. Não se pode imputar ao réu a responsabilidade dos crimes cometidos nos 8 de janeiro de 2023”, afirmou.
Sobre a minuta golpista que previa a prisão de autoridades, Fux disse que não há provas de que Bolsonaro tenha participado da elaboração do documento.
“Há diversas inconsistências [...] Se a versão da minuta que previa prisão de autoridades e novas eleições foi entregue a Jair Bolsonaro apenas em 6 de dezembro de 2022 como poderia ter sido discutida com Baptista Júnior em novembro? A contradição é absolutamente patente”, declarou.
Fux também afastou o envolvimento de Bolsonaro em outros episódios investigados, como os planos “Punhal Verde e Amarelo” e “Copa 2022”.
“Não há nenhuma prova que denote a ciência ou ação do réu Jair Bolsonaro sobre o plano Copa 22 e Punhal Verde e Amarelo”, afirmou.
Mauro Cid
O ministro adotou posição distinta em relação a Mauro Cid. Embora tenha afastado a acusação de organização criminosa armada, por entender que não há provas de que ele se uniu a mais de quatro pessoas para prática duradoura de crimes, Fux responsabilizou o ex-ajudante de ordens por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“Os fundamentos que me levam a essa conclusão são os seguintes: ao trocar mensagem em seu celular com Rafael Oliveira, o réu colaborador conversa sobre financiamento de manifestações para iniciar ou incentivar atos para abolir violentamente o Estado Democrático de Direito”, disse.
Fux também destacou a reunião ocorrida em novembro de 2022 na casa do ex-ministro Braga Netto.
“A reunião ocorrida na casa do réu Braga Netto e que contou com a participação do colaborador serviu para o ajuste do planejamento operacional para atuação dos denominados kids pretos com forte finalidade antidemocrática”, afirmou.
Apesar disso, o ministro rejeitou as acusações de dano qualificado e de deterioração de patrimônio tombado.
“Cid não pode ser responsabilizado criminalmente pelos crimes de dano qualificado e dano a bem tombado. Não há quaisquer provas nos autos de que o réu Mauro César Barbosa Cid tenha determinado a destruição dos bens”, afirmou.
Almir Garnier
Em relação ao ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, Fux votou pela absolvição de todas as acusações.
Segundo o ministro, a oferta de colocar tropas à disposição de Bolsonaro não configura tentativa de golpe.
“A obtenção dos meios para a futura prática de um crime, a observação do local do crime ou o angariamento de cúmplices consistem em meros atos preparatórios, portanto, impuníveis”, disse.
Braga Netto
Fux votou pela condenação de Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Com a manifestação do ministro, formou-se a maioria para condenar o general pelo crime, com o placar de 3 a 0.
O magistrado apontou a participação de Braga Netto em um suposto plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes.
“No meu modo de ver, de acordo com as premissas teóricas e depoimentos que citei, o réu Braga Netto, com unidade de desígnios com Rafael Martins de Oliveira e Mauro Cid, planejou e financiou o início da execução de atos destinados a ceifar a vida do relator, ministro Alexandre de Moraes”, afirmou.
Para Fux, o crime não se consumou devido a circunstâncias alheias à vontade dos envolvidos.
“Sendo que o intuito criminoso não foi alcançado pela eventualidade de ter sido abruptamente suspensa uma sessão do plenário desta Corte. A morte violenta de um integrante da Suprema Corte seria episódio traumático para a estabilidade política do país, gerando intensa comoção social e colocando em risco a separação dos Poderes”, disse.
Paulo Sérgio Nogueira
Fux absolveu o ex-ministro da Defesa de todos os crimes. Ao analisar sua conduta, o ministro destacou que, embora Nogueira tenha demonstrado entusiasmo em apoiar uma eventual tentativa de golpe, não houve correspondência em atos concretos.
“No caso, a atuação atribuída ao réu Paulo Sérgio somente seria punível se ele tivesse tomado parte no início da execução dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. E ainda mais se o réu houvesse prestado algum auxílio material para execução dos delitos”, afirmou.
Fux ressaltou ainda que não existe prova de que o general tenha atuado em favor de um golpe.
“Constato a ausência de qualquer prova no sentido que o réu Paulo Sérgio agiu apoiar ou participar da prática de golpe de Estado ou abolição do Estado Democrático de Direito. As testemunhas ouvidas atestaram exatamente o contrário. Ou seja, que o réu não apoiou qualquer ideia de ruptura institucional”, disse.
Augusto Heleno
O ministro também absolveu o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional de todos os delitos.
Fux considerou que os discursos de Heleno contra o Supremo Tribunal Federal não configuram crime. Para ele, manifestações críticas não podem ser interpretadas como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O ministro também afastou a possibilidade de criminalização de rascunhos encontrados em uma agenda de Heleno com anotações críticas ao sistema eleitoral.
“Evidentemente, a cogitação, mesmo quando documentada por um rascunho, é impunível”, disse.
Anderson Torres
Em relação ao ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Fux votou pela absolvição total.
O ministro afastou a possibilidade de responsabilizá-lo pelos crimes de organização criminosa e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
“Os fundamentos que levam até essa conclusão são os seguintes: a despeito de o réu ter participado de reunião com militares, não há qualquer documento, imagem ou vídeo que comprove que o réu determinou a abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, disse.
Fux também afastou a responsabilidade de Torres pelos atos de 8 de Janeiro. Embora estivesse de férias com a família nos Estados Unidos, o então secretário de Segurança do Distrito Federal se comunicou com subordinados antes e depois da invasão às sedes dos Três Poderes para tentar conter os ataques.
O ministro ainda argumentou que a segurança de Brasília era atribuição da Polícia Militar do Distrito Federal, e não do Ministério da Justiça.
“Não há nos autos qualquer indicação de que uma medida concreta de Anderson Torres pudesse ter impedido o resultado do 8 de janeiro”, afirmou.
O magistrado acatou a tese da defesa de que Torres não havia abandonado o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal antes dos atos e que a viagem ao exterior foi planejada com antecedência.
“Não houve omissão planejada. Muito embora se encontrasse fora do país com a família para iniciar suas férias, o réu provou nos autos que se comunicou com as autoridades locais no dia, e pouco antes, que os danos ocorreram para procurar evitar a ampliação do problema”, disse Fux.
Alexandre Ramagem
O deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi alvo do voto de absolvição de Luiz Fux em todos os crimes analisados.
O ministro votou pela absolvição de Ramagem pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Fux não analisou as acusações de dano qualificado ao patrimônio da União e de dano ao patrimônio tombado, porque a ação penal relacionada a esses crimes está suspensa em razão de resolução da Câmara dos Deputados.
Julgamento
Com o voto de Fux, o STF tem o placar de 2 a 1 para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
O julgamento começou na semana passada e seguirá até sexta-feira (12), quando a Primeira Turma anunciará o resultado e haverá a discussão sobre a dosimetria das penas, ou seja, o tempo de punição de cada réu em casos de condenação.
A decisão do colegiado será definida pela maioria, alcançada com três dos cinco votos. Após Fux, votam os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin na quinta-feira (11).
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar. Na manhã de terça-feira (9), manifestou-se pela condenação de todos os réus.
Já na tarde de terça (9) o ministro Flávio Dino apresentou seu voto. Ele acompanhou Moraes e votou pela condenação dos oito réus, mas apontou diferenças na gravidade das condutas entre eles, afirmando que “os níveis de culpabilidade são diferentes”.
Para o ministro, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Alexandre Ramagem tiveram uma participação de menor importância na trama, algo que deve ser considerado na dosimetria das penas caso eles sejam condenados.
Na edição suplementar do DOE desta terça-feira, 9, também foram nomeados os novos chefes de Estado Maior da PMTO e do CBMTO; e secretários executivos da Secretaria do Turismo e da Secretaria da Administração
Da Assessoria
O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira, nomeou o coronel Cláudio Thomaz Coelho de Souza como comandante-geral da Polícia Militar (PMTO); Flávio Santos Brito como chefe do Estado Maior da corporação; Thiago Franco Santana como comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins (CBMTO); e Maxuell dos Santos de Souza como chefe do Estado Maior da instituição. Também foram nomeados Larissa Carlos Rosenda para exercer o cargo de secretária da Mulher; Raul de Jesus Filho e Neto como secretário de Estado da Governadoria; Ana Carina Mendes Souto como secretária executiva do Turismo; e Manoel Moraes dos Reis Filho como secretário executivo da Administração. As nomeações foram publicadas na edição suplementar do Diário Oficial do Estado (DOE) dessa terça-feira, 9.
Cláudio Thomas Coelho de Souza, comandante-geral da PMTO
O coronel da Polícia Militar do Estado do Tocantins, Cláudio Thomaz Coelho de Souza, é natural de Porto Nacional. Ingressou na corporação em 1998 e tornou-se aspirante em 2001, após concluir o Curso de Formação de Oficiais (CFO) na Academia da Polícia Militar de Minas Gerais. É bacharel em Direito pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICID-SP) e possui pós-graduação em Docência do Ensino Superior (Unitins), em Gestão de Segurança Pública (Unemat) e em Altos Estudos em Segurança Pública (PMGO).
Em sua carreira, atuou em unidades como o 1º e o 2º Batalhão da PMTO e exerceu funções de comando na Companhia Independente de Operações Especiais, atual BOPE; no 1º Batalhão da Capital; e no Comando de Policiamento da Capital. Também foi chefe da Assessoria Militar do Tribunal de Justiça e do Ministério Público Estadual (MPE). Anteriormente à nomeação, ocupava os cargos de chefe do Estado-Maior e subcomandante-geral da Polícia Militar do Tocantins.
Flávio Santos Brito, Chefe do Estado Maior da PMTO
Coronel da PMTO, Flávio Santos Brito, 41 anos, é natural de Tocantínia. Ingressou na corporação em 2003 pelo Curso de Formação de Oficiais (CFO), sendo declarado Aspirante a Oficial em 2006. Ao longo de sua trajetória, comandou unidades estratégicas como o 8º Batalhão, em Paraíso do Tocantins, e o 4º Batalhão, em Gurupi.
Graduado em Direito pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e bacharel em Segurança Pública, o coronel possui mestrado em Planejamento Tático e doutorado em Gestão Estratégica, ambos em Ciências Políticas e Segurança Pública Preventiva pela PMTO, além de três especializações, incluindo Política e Estratégia pela Escola Superior de Guerra. Sua experiência administrativa inclui cargos como secretário executivo da Casa Militar e diretor de Apoio Logístico da PMTO, reunindo sólida formação técnica e experiência prática na segurança pública do Estado.
Thiago Franco Santana, comandante-geral do CBMTO
O coronel Thiago Franco Santana, 40 anos, natural de Brasília/DF, é casado e pai de dois filhos, ingressou na carreira militar em 2004, formando-se no Curso de Formação de Oficiais (CFO), em 2009. Ao longo de sua trajetória, acumulou qualificações como o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (2014) e o Curso de Altos Estudos Estratégicos (2022), além de diversas especializações em salvamento, atendimento pré-hospitalar e atividades técnicas. No Tocantins, exerceu funções como coordenador de Cursos de Formação, comandante de Companhia Operacional, instrutor em Atendimento Pré-hospitalar e Salvamento em Altura, além de coordenador de Mobilização e Minimização de Desastres da Defesa Civil.
Graduado em Tecnologia em Gestão de Emergências e em Gestão em Segurança Pública, com pós-graduação em Gestão de Segurança Pública. O coronel Thiago já esteve à frente de importantes funções, como coordenador de Ensino e Instrução e comandante do 3º Batalhão de Bombeiros Militar em Gurupi. Atuou ainda como diretor de Serviços Técnicos e comandante de Atividades Técnicas do CBMTO, consolidando uma carreira marcada pelo preparo técnico, pela liderança e pelo compromisso com a segurança da população tocantinense.
Maxuell dos Santos de Souza, Chefe do Estado Maior da CBMTO
O coronel Maxuell dos Santos de Souza, 43 anos, natural de Assu/RN, é casado e pai de dois filhos, iniciou sua trajetória militar na Marinha do Brasil, em 2002, e no CBMTO em 2004. Em 2009, concluiu o Curso de Formação de Oficiais (CFO) pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), consolidando uma carreira voltada à formação, ao salvamento e à gestão de operações.
Com graduação em Gestão de Emergências pela UNIVALI e pós-graduação em Gestão Logística pela PUC Minas. Entre suas funções, destacam-se comandante do Pelotão de Busca e Salvamento em Palmas, diretor de Ensino, comandante da Academia de Bombeiros Militar, além do comando dos Batalhões em Paraíso do Tocantins, Gurupi e Araguaína. Atuou ainda como diretor de Logística do CBMTO, reunindo sólida formação e experiência no gerenciamento de crises e operações estratégicas.
Larissa Carlos Rosenda, secretária de Estado da Mulher
Natural de Almas, Larissa Carlos Rosenda, nomeada para assumir a Secretaria de Estado da Mulher, é vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (OAB/TO) na gestão 2025-2027. Advogada desde 2018, Larissa é sócia-fundadora do escritório Lustosa & Rosenda Advocacia e atua com destaque em Direito Cível e Previdenciário.
É Mestra em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), em parceria com a Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), Bacharel em Direito pelo CEULP/ULBRA e especialista em Educação, Sociedade e Violência pela Unitins. Atualmente, exerce a docência no curso de Direito da UFT e é professora e coordenadora local da pós-graduação em Direito das Mulheres na ATAME. Foi uma das idealizadoras do Projeto Desperta Mulher, iniciativa voltada ao fortalecimento de mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Ana Carina Mendes Souto, secretária executiva do Turismo
Ana Carina Mendes Souto, nomeada como secretária executiva de Turismo, também foi designada para responder interinamente pela Secretaria do Turismo. É bacharel em Direito pela Universidade da Região da Campanha (URCAMP), pós-graduada em Direitos Humanos pela Faculdade Focus e complementou sua formação com cursos em gestão estratégica, políticas públicas, equidade e inovação.
Possui mais de 20 anos de experiência na administração pública e no Sistema de Justiça do Tocantins, com atuação voltada à gestão institucional, desenvolvimento estratégico e implementação de políticas públicas. Atuou em diversas instituições estaduais, incluindo a Universidade do Tocantins (Unitins); Defensoria Pública do Estado (DPE-TO); Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO); e o Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). Ocupou cargos como Diretora-Geral do TJTO (2023-2025), coordenadora de assessoramento da Diretoria-Geral, assessora de planejamento e projetos da Corregedoria-Geral da Justiça, chefe de gabinete na Presidência e Corregedoria, e coordenadora jurídico-administrativa no TRE-TO e na DPE-TO.
Raul de Jesus Filho e Neto, secretário da de Estado Governadoria
Raul de Jesus Filho Neto, 37 anos, é bacharel em Direito pela Universidade Luterana de Palmas (ULBRA), casado e com trajetória marcada principalmente pela atuação no setor privado. Empresário, construiu sua experiência profissional voltada à gestão e ao desenvolvimento de negócios, com foco em inovação e no fortalecimento do setor produtivo.
Agora à frente da Secretaria da Governadoria, Raul Filho Neto leva para o serviço público experiência do setor privado, empreendedorismo, com o alinhamento entre o público e o privado, buscando contribuir para a integração entre áreas administrativas e para o desenvolvimento de políticas voltadas ao fortalecimento da gestão estadual.
Manoel Moraes dos Reis Filho, secretário executivo da Administração
Nomeado como secretário executivo da Secretaria da Administração, também foi designado para responder interinamente pela pasta. Manoel Moraes dos Reis Filho. Manoel Moraes dos Reis Filho é graduado em Ciências Contábeis pela Universidade UnirG em 2000, Pós-Graduado em Contabilidade e Gestão Pública pela Uninter em 2009 e mestrando em Direito do Agronegócio e Desenvolvimento pela Universidade de Rio Verde. É filho de Manoel Morais dos Reis e Niracy de Souza Morais, esposo de Denise Glória Alencar Morais e pai de Emanulle Alencar Morais e Isabella Alencar Morais. Reside em Gurupi desde 1982, tendo contribuído para o desenvolvimento do município, atuando como Contador na usina hidrelétrica Peixe Angical, entre 2004 e 2006, e no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica entre a Usina de Serra da Mesa e a Subestação de Luziânia.
Na Prefeitura de Gurupi, exerceu os cargos de Diretor de Recursos Humanos de 2013 a 2017, Diretor de Planejamento e Orçamento em 2018, Diretor de Atividades do Gabinete de 2018 a 2019. É contador efetivo da Fundação UNIRG, desde o ano de 2006.
Na Universidade UnirG, foi Professor e Coordenador de Estágio do curso de Ciências Contábeis entre os anos de 2007 e 2009. Na Fundação Unirg, foi diretor administrativo e financeiro de 2010 a 2012, gerente administrativo em 2011, responsável técnico pelo Setor de Contabilidade em 2021 e coordenador do Núcleo da Presidência em 2022.
César Hanna Halum, secretário interino da Pesca e Aquicultura
Ainda no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira, 9, o secretário da Agricultura e Pecuária (Seagro), César Hanna Halum, foi designado para responder interinamente pela Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea), sem prejuízo de suas atribuições na Seagro.
Nomeações já publicadas
O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira, realizou uma série de nomeações para as pastas do governo. Ao todo, 15 novos nomes foram oficializados, abrangendo secretarias de Estado e autarquias. Confira a lista completa das nomeações já publicadas:
Luiza Rocha Pinheiro para exercer o cargo de secretária de Estado da Comunicação (Secom);
Ailton Parente Araújo como chefe de Gabinete do Governador;
Coronel Vitor Teles para exercer o cargo de secretário-chefe da Casa Militar;
César Hanna Halum como secretário de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro);
Josué Pereira de Amorim como procurador-geral do Estado;
Vânio Rodrigues de Souza como secretário de Estado da Saúde (SES/TO);
Antônio Trabulsi Sobrinho como presidente da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto);
Herbert Brito Barros como presidente do Instituto de Terras do Tocantins (Itertins);
Romildo Santos Barbosa como presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/TO);
Jairo Soares Mariano, como secretário de Estado da Fazenda;
Hércules Jackson Moreira Santos como secretário de Estado da Educação;
Bruno Sousa Azevedo, como secretário de Estado da Segurança Pública;
Cledson da Rocha Lima para a presidência do Naturatins;
Bárbara Jesuína Mendes Gomes como presidente do Igeprev-TO;
Ludimila Rodrigues dos Santos Galvão para o cargo de secretária executiva de Comunicação.