Integrantes da cúpula da PGR preveem que julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF será concluído até outubro de 2025
Por Felicciano/Metrópoles
Membros da cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) preveem que o julgamento final de Jair Bolsonaro no inquérito do golpe deve ser concluído até meados de setembro.
Essa previsão leva em conta um julgamento sem pedido de vistas de nenhum dos cinco ministros que compõe a Primeira Turma do Supremo, onde o caso vem sendo analisado.
Caso haja algum pedido de vistas durante a fase final do julgamento, a previsão de integrantes da PGR é de que a análise do caso só será retomada entre o meio e o fim de outubro.
Nesse cenário, a possível prisão de Bolsonaro, caso o ex-presidente seja mesmo condenado no inquérito do golpe, ocorreria entre o final de outubro e o início de novembro de 2025.
Desde a sexta-feira (18/7), vale lembrar, o ministro do STF Alexandre de Moraes impôs a Bolsonaro uma série de medidas restritivas. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.
Caso descumpra alguma dessas medidas, o ex-presidente poderá ter sua prisão preventiva decretada antes mesmo de ser condenado pela Primeira Turma do Supremo.
Mudanças foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira, 18, e reforçam a retomada da gestão à frente da Prefeitura de Palmas
Por Jéssica Sá
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, volta a exercer a função de chefe do executivo municipal a partir desta quinta-feira, 17. Na manhã desta sexta-feira, 18, ele iniciou o processo de reorganização da equipe de governo, com as primeiras nomeações publicadas no Diário Oficial do Município (DOM).
Além de retomar o comando da administração, o prefeito também restabeleceu os secretários que haviam sido exonerados durante sua ausência, enquanto o cargo foi ocupado interinamente pelo vice-prefeito Pastor Carlos Velozo. As mudanças reforçam a continuidade da gestão e a retomada das ações planejadas para a Capital. A reestruturação abrange secretarias estratégicas e marca o retorno de servidores de confiança do prefeito à condução das pastas.
Retornos confirmados na equipe de governo
Entre as nomeações já confirmadas, retornam aos respectivos cargos:
Carlos Júnior como secretário-Chefe do Gabinete
Renato Oliveira na Procuradoria Geral do Município
Vicente Alves de Oliveira secretário Municipal Extraordinário de Representação em Brasília
Élcio Mendes na Secretaria Municipal de Comunicação
Sérgio Vieira Marques (Soró) na Secretaria de Governo
André Fagundes Cheguhem na Secretaria de Planejamento, Orçamento e Licitações
Marlen Ribeiro Rodrigues na Secretaria de Habitação
André Luís Nunes Cavalari na Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas
Paulo Cezar Monteiro da Silva na Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas
Mudança
Além da recondução aos cargos, o prefeito realizou outras mudanças na equipe. Na Secretaria Municipal de Educação, sai Débora Guedes, o prefeito ainda não anunciou o nome do novo ocupante do cargo. Na Fundação Municipal da Juventude de Palmas, o secretário executivo Rivaldo Azevedo da Silva passa a responder pela pasta, substituindo Juniel Carvalho.
Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, destaca Palmas como a capital com o melhor desempenho em saneamento básico da Região Norte do Brasil
Da ATR/Governo do Tocantins
O Ranking do Saneamento 2025, divulgado pelo Instituto Trata Brasil com base nos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Sinisa 2023), consolida o Tocantins como referência em políticas públicas de infraestrutura e saúde e coloca Palmas como a capital com melhor desempenho em saneamento básico da Região Norte do país.
Com alta cobertura de abastecimento de água, investimentos consistentes e índices sólidos em esgotamento sanitário, Palmas se consolida como referência regional no setor. A cidade ocupa a 32ª posição no ranking geral, sendo a melhor colocada entre as capitais do Norte e uma das mais bem avaliadas do Nordeste.
A Agência Tocantinense de Regulação (ATR) atua diretamente no controle da qualidade dos serviços de saneamento no Estado, por meio da fiscalização contínua da prestação, regulação dos contratos e garantia do cumprimento dos padrões estabelecidos. O trabalho da ATR tem como foco principal a melhoria dos indicadores e a segurança de que os serviços sejam prestados de forma adequada à população tocantinense.
Indicadores de Palmas:
Cobertura de abastecimento de água: 97,92%; Cobertura de esgotamento sanitário: 78,31%; Tratamento do esgoto coletado: 66,79%; Investimento total de 2019 a 2023: R$ 275,61 milhões; Investimento médio per capita: R$ 182,11 por habitante; Prestador de serviço: Saneatins.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou a importância do resultado. “Investir em saneamento é investir em saúde, dignidade e no futuro das nossas cidades. O desempenho de Palmas mostra que estamos no caminho certo, priorizando políticas públicas que impactam diretamente a vida das pessoas. Nosso compromisso é seguir avançando, levando infraestrutura de qualidade para todos os tocantinenses.”
Segundo o presidente da Agência Tocantinense de Regulação (ATR), Matheus Martins, “os dados refletem o compromisso da gestão pública e dos prestadores com a melhoria da qualidade de vida da população, por meio do acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto, além de investimentos estruturais contínuos.”
Tocantins segue liderando na Região Norte e Nordeste em relação às Capitais
Entre as capitais do Norte e Nordeste, o Tocantins possui a Capital que está entre as mais bem colocadas no ranking, à frente de grandes centros como Belém/PA, Manaus/AM, Salvador/BA e Fortaleza/CE. Os números evidenciam o trabalho realizado para garantir infraestrutura, saúde pública e desenvolvimento sustentável.
O desempenho da capital tocantinense em saneamento é um diferencial estratégico que fortalece sua posição como cidade modelo no Norte/Nordeste do Brasil. A manutenção dos investimentos e o foco em eficiência operacional são caminhos importantes para continuar avançando nessa agenda essencial para o bem-estar da população.
Executivo busca aumentar arrecadação para tentar cumprir meta fiscal há quase três anos com ações que vão desde taxação das “blusinhas” até aumento do IOF
Por Fabrício Julião
Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, o Executivo busca equilibrar as contas públicas e tenta cumprir a meta fiscal majoritariamente por meio uma ponta: o aumento da receita.
De lá para cá, os esforços foram concentrados em reverter decisões de incentivos fiscais, aumentar a incidência de impostos já existentes e criar novas taxações – que vão desde a “taxa das blusinhas” até a cobrança das bets.
Segundo levantamento feito pela CNN, o governo Lula adotou ao menos 25 medidas para aumentar a arrecadação nesse período de quase três anos, que chega a um momento de tensão entre os Três Poderes devido à recente investida com a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Veja a lista abaixo:
Além das medidas acima, o governo adotou recentemente duas ações para aliviar as contas públicas e aumentar a arrecadação para chegar à meta de déficit zero: o decreto que aumenta o IOF e a MP com outras compensações, em meio ao imbróglio criado diante da primeira alternativa.
Ex-presidente, alvo de busca e apreensão nesta sexta, teria condicionado em entrevista o fim da taxação imposta por Donald Trump ao Brasil à sua própria anistia
Com SBT
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na decisão em que determinou medidas cautelares e busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ele confessou uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira ao condicionar o fim da taxação imposta pelo presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil à sua própria anistia.
Para o magistrado, o ex-mandatário está atuando em conjunto com seu filho, Eduardo Bolsonaro, em atentados à soberania nacional, com objetivo de desestabilizar a economia do país e de interferir em processos judiciais, pressionando o STF por meio das sanções de autoridades públicas brasileiras.
As condutas de Jair e Eduardo Bolsonaro configuram, segundo Moraes, "claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões" da prática de crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania.
"As ações de JAIR MESSIAS BOLSONARO demonstram que o réu está atuando dolosa e conscientemente de forma ilícita, conjuntamente com o seu filho, EDUARDO NANTES BOLSONARO, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado estrangeiro, por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas com patente obstrução à Justiça e clara finalidade de coagir essa CORTE no julgamento da AP 2.668/DF", disse Moraes na decisão.
O ministro destacou ainda a "ousadia criminosa" de pai e filho, com postagens em redes sociais e declarações que atentam contra a soberania nacional e a independência do Poder Judiciário. Além das publicações e entrevistas, a decisão se baseia no repasse de R$ 2 milhões que o ex-presidente fez a Eduardo, "quando ele já se encontrava no exterior, em plena ação das atividades ilícitas".
Na decisão, o magistrado afirma que as ações de Jair e Eduardo se intensificaram após a Procuradoria-Geral da República (PGR) entregar, na segunda-feira (14), as alegações finais e pedir a condenação do ex-presidente e de integrantes do "núcleo crucial" por envolvimento em uma trama golpista após as eleições de 2022.
Para o ministro, não há "qualquer dúvida sobre a materialidade e autoria dos delitos praticados" pelo ex-presidente. "[Bolsonaro] pretende, tanto por declarações e publicações, quanto por meio de induzimento, instigação e auxílio - inclusive financeiro - a EDUARDO NANTES BOLSONARO, o espúrio término da análise de sua responsabilidade penal, seja por meio de uma inexistente possibilidade de arquivamento sumário, seja pela aprovação de uma inconstitucional anistia", afirmou Moraes.
O magistrado ainda fez uma defesa da soberania nacional, reforçando que ela é um dos fundamentos da república brasileira e "não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida".
"O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL sempre será absolutamente inflexível na defesa da Soberania Nacional e em seu compromisso com a Democracia, os Direitos Fundamentais, o Estado de Direito, a independência do Poder Judiciário Nacional e os princípios constitucionais brasileiros", escreveu ele.
A decisão de Moraes será julgada a partir de 12h desta sexta-feira, no plenário virtual da Primeira Turma do STF. Os ministros Cristiano Zanin (presidente), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino têm até as 23h59 de segunda-feira (21) para se manifestarem e decidir pela manutenção ou não das medidas.
Alvo da PF
O ex-presidente foi alvo de mandado de busca e apreensão durante operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18). Bolsonaro foi escoltado por agentes para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) do Distrito Federal, onde uma tornozeleira eletrônica foi colocada nele.
Além do uso da tornozeleira eletrônica, Moraes determinou outras medidas cautelares que devem ser cumpridas pelo ex-mandatário. São elas:
recolhimento domiciliar de 19h às 6h durante a semana e integral em fins de semana e feriados;
proibição de se comunicar com embaixadores e autoridades estrangeiras;
respeitar a distância de 200 metros de embaixadas e consulados;
proibição de falar com outros réus e investigados nas ações penais sobre tentativa de golpe de Estado;
proibição de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro;
proibição de se ausentar da comarca sem autorização judicial;
o acesso a redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, também está proibido.
As buscas foram realizadas tanto na casa do ex-presidente quanto na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília. Na residência de Bolsonaro, a PF apreendeu US$ 14 mil e R$ 8 mil. O celular do ex-mandatário também foi apreendido pelos agentes, segundo fontes da corporação ouvidas pelo SBT.
Risco de fuga
A decisão do ministro Alexandre de Moraes se deu após representação da PF, que teve parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Ao Supremo, a PGR ressaltou a necessidade de imposição de medidas cautelares ao ex-presidente para "assegurar a aplicação da lei penal e evitar a fuga do réu".
"Os fatos recentemente identificados, indicativos da concreta possibilidade de fuga do réu e a manutenção de ações para obstruir o curso da ação penal, recomendam a imediata imposição das medidas cautelares de monitoração eletrônica (art. 319, IX, do Código de Processo Penal), proibição de acesso a sedes das embaixadas de países estrangeiros (art. 319, II, do Código de Processo Penal) e proibição de manter contatos com embaixadores (art. 319, III, do Código de Processo Penal)", diz trecho da manifestação da PGR.