Andreson de Oliveira Gonçalves teria simulado doença para deixar prisão e voltou a ser detido por ordem do ministro Cristiano Zanin, do STF.

 

 

Da Redação

 

 

 

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira, 12, nova ordem de prisão preventiva contra o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, investigado por suposta participação em um esquema de venda de decisões no âmbito do STJ. A medida foi determinada pelo ministro do STF, Cristiano Zanin, após análise de indícios de fraude no cumprimento da prisão domiciliar.

 

Andreson havia sido preso preventivamente em março de 2025, no contexto da Operação Sisamnes, que apura crimes de organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional. Em julho de 2025, ele obteve prisão domiciliar por decisão do ministro Zanin, após a defesa alegar deterioração em seu estado de saúde. Desde então, o investigado permanecia em Primavera do Leste/MT, monitorado por tornozeleira eletrônica.

 

As investigações, porém, apontaram que o lobista teria simulado piora em seu quadro clínico, inclusive realizando greve de fome, com o objetivo de obter o benefício. Diante dos novos elementos, o ministro revogou a medida e determinou o retorno de Andreson ao regime fechado.

 

PF prende novamente lobista acusado de negociar decisões no STJ em esquema de corrupção.(Imagem: Reprodução/Internet)
Segundo a PF, o lobista é suspeito de ter acesso antecipado a minutas de votos e decisões de ministros do STJ e de negociar influência sobre julgamentos. As apurações também indicam transferências de cerca de R$ 4 milhões a um assessor do STJ, além de movimentações financeiras suspeitas em empresas usadas para lavagem de dinheiro.

 

Até o momento, não há indícios de que ministros do STJ estejam formalmente investigados. O inquérito segue sob segredo de Justiça, e novas diligências continuam sendo realizadas. Após o novo mandado, Andreson foi transferido para um presídio em Mato Grosso, onde permanecerá à disposição do STF.

 

Advogado assassinado

 

As suspeitas envolvendo Andreson de Oliveira Gonçalves começaram a ser desvendadas após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido no final do ano passado em Cuiabá. Durante a apuração do crime, o Ministério Público apreendeu o celular da vítima e encontrou conversas que indicavam negociações de decisões judiciais com desembargadores de Mato Grosso. O material foi enviado ao CNJ e compartilhado com a Polícia Federal, que aprofundou as investigações.

 

De acordo com informações publicadas pelo UOL, as conversas revelaram que Andreson compartilhava minutas antecipadas de decisões do STJ e alegava ter influência sobre assessores do Tribunal. Ele também costumava se apresentar em Brasília como advogado, embora não possuísse registro na OAB. Nos bastidores, sua esposa, Mirian Ribeiro Gonçalves, atuava em processos nos quais ele exercia influência.

 

O processo tramita sob segredo de Justiça.

 

Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/444350/pf-prende-novamente-lobista-acusado-de-vender-decisoes-do-stj

 

 

 

Posted On Quarta, 12 Novembro 2025 14:10 Escrito por

Ao todo, o grupo é formado por 10 integrantes, sendo 3 coronéis, um general da reserva, 5 tenentes-coronéis e um policial federal

 

 

Com Portal R7

 

 

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) começou a julgar nesta terça-feira (11) os réus do chamado núcleo 3 da trama golpista, que ocorreu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O grupo é acusado de planejar “ações táticas” para concretizar o plano golpista.

 

Das dez defesas previstas, quatro apresentaram seus argumentos, centrados na falta de provas e em supostas distorções nas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR). As sustentações continuam nesta quarta-feira (12).

Defesas

A defesa do coronel Bernardo Romão Corrêa Netto sustentou que a acusação “é apoiada em hipóteses e provas frágeis”. Os advogados afirmaram que as reuniões entre militares, citadas pela PGR, eram encontros informais e sem caráter conspiratório.

 

O general Estevam Theophilo também pediu absolvição. Seu advogado, Diogo Rodrigues, disse que “não há absolutamente nenhuma prova nos autos” e que o nome do militar aparece apenas de forma indireta.

 

A defesa do coronel Fabrício Moreira de Bastos afirmou estar “estarrecida” com o que chamou de falta de consistência da acusação. “Há mais de 30 denunciados com penas de até 40 anos, mas sem uma prova produzida pela PGR”, declarou o advogado Marcelo César Cordeiro.

 

O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima também negou envolvimento. Segundo o advogado Luciano Pereira, o documento citado como parte da trama golpista era um exercício interno do Exército, sem relação com qualquer tentativa de golpe.

 

Por fim, o advogado Rafael Favetti, defensor do coronel Márcio Nunes de Resende Júnior, disse que o militar “aparece quatro vezes na denúncia, sendo três em notas de rodapé”, e que não há indícios de participação direta.

 

A Primeira Turma do STF deve seguir com as sustentações orais nesta quarta-feira antes de iniciar a fase de votação.

Gonet: ‘Intenção de matar autoridades’

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou, durante julgamento do núcleo, que as investigações deixam evidente que o grupo tinha a intenção de matar e atacar autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

“As investigações escancaram a declarada disposição homicida brutal da organização criminosa”, disse o PGR.

 

Segundo Gonet, os chamados kids pretos “puseram autoridades públicas na mira de medidas letais”, além de pressionarem “agressivamente o alto comando do Exército a ultimar o golpe de Estado”.

 

Fase do julgamento

Nesta etapa, caso os réus sejam absolvidos, o processo será arquivado. Caso contrário, será determinada uma pena proporcional a cada um deles, podendo haver recurso. A condenação só será executada quando o processo transitar em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.

 

Ao todo, o grupo é formado por 10 integrantes — sendo 3 coronéis, um general da reserva, 5 tenentes-coronéis e um policial federal. (confira a lista completa abaixo).

 

Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército, preso na Operação Tempus Veritatis);

Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);

Fabrício Moreira de Bastos (coronel);

Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);

Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);

Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);

Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);

Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre a minuta golpista);

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);

Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

Conforme a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), os 10 réus são acusados de envolvimento nos crimes relacionados ao planejamento e à execução das ações. As infrações imputadas pela PGR são:

 

Organização criminosa armada;

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

Golpe de Estado;

Dano qualificado contra patrimônio da União;

Deterioração de patrimônio tombado.

Com relação a Ronald Ferreira de Araújo Júnior, a PGR entendeu que, diferentemente dos demais acusados, não foram reunidos elementos adicionais que comprovassem uma vinculação aprofundada dele com a organização criminosa.

 

Dessa forma, a PGR reclassificou a conduta de Ronald para incitação ao crime. Com isso, ele terá a oportunidade de buscar acordos com a Justiça que podem resultar em penas mais brandas ou outras condições favoráveis.

 

 

Posted On Quarta, 12 Novembro 2025 03:27 Escrito por

Político é acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022; vice-governador também é alvo de processo

 

 

Por Camila Stucaluc

 

 

O ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou na terça-feira (11) pela cassação do governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e do vice-governador, Edison Damião (Republicanos). Ambos são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022.

 

Com isso, o tribunal soma dois votos pela cassação dos políticos. Mendonça seguiu parcialmente o parecer da relatora, ministra Isabel Gallotti, que apresentou seu voto em agosto. O próximo a votar seria o ministro Nunes Marques, que pediu vista (mais tempo para análise do processo), suspendendo o julgamento temporariamente.

 

Denarium e Damião foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), em janeiro de 2024. Eles foram condenados por usar a máquina pública para obter vantagens nas eleições, além de fazer uso eleitoral dos programas sociais “Cesta da Família” e “Morar Melhor”. Denarium ainda foi considerado inelegível pela Corte, que determinou a realização de novas eleições.

 

No TSE, os ministros analisam o recurso das defesas de Denarium e Damião. Assim como Gallotti, Mendonça confirmou a decisão do Tribunal de Roraima, reconhecendo a prática do abuso do poder político e econômico da dupla, materializado na criação dos programas sociais. No caso do “Morar Melhor”, não havia lei específica autorizadora e efetiva execução orçamentária no exercício anterior.

 

Mendonça ressaltou que a criação do programa “Cesta da Família” e a execução indevida do “Morar Melhor”, em período vedado em ano eleitoral, “ostentam condutas de gravidade e reprovabilidade suficientes para determinar a cassação dos mandatos”.

 

O ministro, no entanto, divergiu da relatora quanto à reprovabilidade das condutas envolvendo o repasse pelo governo estadual a 12 dos 15 municípios de Roraima, no fim do primeiro semestre de 2022, de R$ 70 milhões. O envio do montante, segundo ele, visava combater intercorrências causadas por chuvas na região.

 

“Não parece possível concluir concretamente que os repasses de recursos tratariam de obras fictícias”, disse Mendonça, ressaltando que há diversas fotos inseridas nos autos registrando obras públicas danificadas em decorrência das chuvas que assolaram vários municípios na época.

 

Ao acompanhar parcialmente o voto da relatora, o ministro ratificou as seguintes determinações:

 

afastamento de Antonio Denarium e Edilson Damião dos cargos de governador e vice-governador;

execução imediata do julgado, independentemente da publicação do acórdão; e

comunicação com urgência ao TRE para fim de cumprimento imediato do acórdão, inclusive quanto à adoção de providências para a realização de novas eleições.

Com o pedido de vista de Nunes Marques, não há data prevista para a retomada do julgamento no TSE. Além dele, faltam votar os ministros Antonio Carlos, Floriano Zavedo, Estela Aranha e a presidente da Casa, Cármen Lúcia. Enquanto o caso não é encerrado, Denarium e Damião permanecem nos cargos. Ambos negam as acusações.

 

 

Posted On Quarta, 12 Novembro 2025 03:23 Escrito por

Peça requer a revogação das medidas cautelares impostas ao ex-presidente; defesa fala em ‘constrangimento ilegal’

 

 

Por Mariana Saraiva

 

 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino será o relator de um habeas corpus que solicita o fim da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).

 

A ação pede que o tribunal revogue as medidas cautelares impostas ao ex-presidente no âmbito do Inquérito 4.995, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que apura uma suposta tentativa de obstrução das investigações da trama golpista, caso no qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão.

O pedido foi protocolado pelo advogado Guilherme Horácio Colombo, que não tem relação com Bolsonaro e apresentou o habeas corpus por vontade própria.

 

Ele afirma que o ex-presidente estaria sofrendo constrangimento ilegal, uma vez que não foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) — situação contrária à de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, também investigados no Inquérito 4.995.

Segundo a petição, a Polícia Federal concluiu as investigações e encaminhou o relatório à PGR em agosto, que optou por não apresentar denúncia contra o ex-presidente. Mesmo assim, as restrições impostas por Moraes, como prisão domiciliar, monitoramento eletrônico, proibição de uso de redes sociais e contato com embaixadores foram mantidas.

 

O advogado também pede o trancamento do inquérito e a liberdade plena de Bolsonaro, alegando violação ao devido processo legal e ao princípio da presunção de inocência.

O caso agora será analisado por Flávio Dino, que pode decidir monocraticamente ou levar o habeas corpus a julgamento na Primeira Turma do STF. O habeas corpus foi protocolado em 6 de novembro.

 

 

Posted On Terça, 11 Novembro 2025 13:58 Escrito por

Por: Ricardo Brito

 

 

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira a anulação de provas do acordo de leniência celebrado pela Odebrecht, atualmente conhecida como Novonor, contra a ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, segundo decisão vista pela Reuters.

 

O magistrado também proibiu que o Ministério da Justiça brasileiro adote qualquer tipo de cooperação a partir das provas da empreiteira para que fossem encaminhadas ao governo do Peru.

 

"Defiro, em parte, o pedido constante destes autos e estendo os efeitos da decisão proferida na Rcl 61.387 e na Rcl 43.007, para declarar a imprestabilidade, segundo o ordenamento jurídico brasileiro, quanto à ora requerente, dos elementos de prova obtidos a partir dos sistemas Drousys e My Web Day B, utilizados no Acordo de Leniência celebrado pela Odebrecht", disse.

 

"Determino, outrossim, que seja encaminhada ao Ministério da Justiça cópia da presente decisão, notificando a mencionada imprestabilidade, quanto à requerente, dos referidos elementos de prova, ressaltando-se, desde já, a vedação da prática, em território nacional, de quaisquer atos instrutórios ou de cooperação a partir destes elementos para que sejam encaminhados ao governo do Peru", destacou Toffoli.

 

Em abril, a ex-primeira-dama entrou na embaixada brasileira em Lima para pedir asilo e depois veio para Brasília em um avião da Força Aérea Brasileira, horas depois de Nadine e o ex-presidente Ollanta Humala terem sido condenados à prisão por lavagem de dinheiro.

 

O ex-presidente segue detido enquanto a concessão do asilo pelo Brasil à ex-primeira-dama gerou debates.

 

A Justiça do Peru havia condenado Humala e Heredia a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro ilícito de empresas brasileiras para sua campanha política, em outra sentença de alto perfil em um país onde vários líderes foram implicados em casos de corrupção.

 

 

Posted On Terça, 11 Novembro 2025 13:56 Escrito por
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