Um apelo público vem ganhando espaço e musculatura na Região Sudeste do Tocantins, em busca de união em torno de uma ou mais candidaturas de filhos da terra aos parlamentos estadual e federal em 2026
Por Edson Rodrigues
O respeitado jornalista e articulista político Cláudio Humberto, em sua coluna no site “Diário do Poder” noticiou que a “maior emenda de bancada paga pelo governo Lula foi para o Estado do Tocantins – 40,5 milhões de reais – e, para só a cidade de Araguaína foi o destino de mais de 70,5 milhões de reais em emendas impositivas”.
Para o dianopolino Osterno Ayres Seabra, nenhum centavo desses 40,5 milhões de reais foi destinado a cidades da região Sudeste do Tocantins.
Um dos representantes mais atuantes do Sudeste do Tocantins na Câmara Federal foi o ex-deputado federal Antônio Jorge, natural de Taguatinga, que por dois mandatos representou o Tocantins e sua região no parlamento e foi titular da secretaria estadual da Administração na gestão de José Wilson Siqueira Campos.
Antônio Jorge é o atual presidente do Sindicato Rural de Palmas, um líder político com visão e muita experiência, assim como a Região Sudeste está precisando. Para isso, basta que suas atuais lideranças políticas, religiosas, classistas e a população se unam em busca desse objetivo, que é concentrar seus votos em nomes que possam suprir a nec4ssidade de representatividade da região nas eleições de 2026.
Osterno Ayres é um dos entusiastas dessa união, que já toma as redes sociais entre os municípios do Sudeste de Tocantins, para que a região volte a ter voz ativa nos parlamentos estadual e federal.
Uma região que já teve representantes como Joaquim Balduíno, João Oliveira, Paulo Roberto, Cacildo Vasconcelos, José Salomão, Hagaús Oliveira, Freire Júnior e outros, que foram deputados estaduais e federais, e sempre foi importante para o desenvolvimento do Tocantins, desde a luta separatista, não pode ficar sem representatividade política por muito tempo.
O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Aroldo Cedraz incluiu em acordão, à revelia da área técnica, um dispositivo que facilitou a revalidação dos descontos associativos para as entidades investigadas pela PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União)
POR LUCAS MARCHESINI
A revalidação tem como objetivo eliminar casos fraudulentos de descontos nos benefícios de aposentados e pensionistas. As associações são contra a medida e lutaram no Congresso para acabar com a necessidade legal do INSS de fazer a checagem.
O acórdão do TCU, de junho de 2024, possibilita substituir a biometria e assinatura eletrônica dos aposentados e pensionistas, formas mais seguras de confirmação da autorização, por outros documentos: a confirmação da existência de termo de filiação à associação, um termo de autorização e um documento de identificação.
Esses documentos poderiam ser repassados por via eletrônica pelas próprias associações.
Na análise do caso, a área técnica do TCU não tratava da forma como seria feita a revalidação dos descontos. Falava apenas que para novas associações poderia ser usada a forma menos segura e dava um prazo para que a biometria fosse instituída.
Cedraz justificou a medida dizendo que ela traria "a correção de todo o passivo de descontos" já que, em sua avaliação, a omissão sobre modelo de revalidação para os descontos já em vigor poderia manter cobranças indevidas.
"Se adotasse pura e simplesmente a proposta da unidade técnica, haveria o risco da manutenção de descontos indevidos que já estavam inseridos", afirmou.
Conforme revelou o site Metrópoles, o ministro Cedraz segurou por quase um ano o julgamento de recursos das entidades associativas na análise do caso no TCU. Com isso, protelou uma solução para o caso, que ainda está em análise na corte de contas.
O acórdão do TCU foi utilizado pelo ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em entrevista à Folha de S.Paulo para justificar o desbloqueio de autorizações de desconto.
Quando o INSS era informado sobre a aprovação de uma nova associação, o desconto era incluído no sistema da autarquia, mas bloqueado. Para ser desbloqueado, o segurado deveria informar via aplicativo Meu INSS que solicitou a adesão a alguma associação ou sindicato.
As entidades se queixavam ao INSS de que muitos beneficiários não conseguiam fazer o desbloqueio. Diante disso, Stefanutto autorizou desbloqueios em lotes, sem nenhuma participação do beneficiário, e justificou a medida citando a decisão do TCU. Não há no acórdão menção explícita ao desbloqueio.
Cedraz discordou da interpretação que o ex-presidente do INSS fez do acórdão do TCU em entrevista à Folha de S.Paulo.
"É totalmente falsa a afirmação que o TCU autorizou o desbloqueio em lote de descontos associativos. Pelo contrário, a cautelar proibiu a realização de qualquer consignação de desconto nos pagamentos dos segurados sem que fosse verificada a inequívoca manifestação de vontade", disse o ministro.
Os descontos estão previstos na legislação desde 1991 e dispararam após mudanças legais em 2022. A MP (Medida Provisória) 871 de 2019 incluiu uma regra para que a autorização do desconto precisasse ser revalidada anualmente.
Na sua tramitação no Congresso, a redação foi alterada. A mudança levou a revalidação a ser realizada a cada três anos a partir de 31 de dezembro de 2021.
Em 2021, o Congresso aumentou esse prazo em um ano. A lei tratava sobre empréstimos consignados e em um parágrafo colocou o prazo inicial de contagem para a reavaliação periódica como 31 de dezembro de 2022.
Por fim, em 2022, a lei que criou o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores revogou a necessidade de reavaliação periódica.
A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 5, pedindo o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
Por Rodrigo Sampaio
A informação foi divulgada pelo Uol e confirmada apelo Estadão. A reportagem buscou contato com o mandatário, mas não obteve resposta. A matéria será atualizada em caso de manifestação.
“Pugna-se para que (...) seja determinado o afastamento imediato do Sr. Ednaldo Rodrigues do cargo de Presidente da CBF, tendo em vista as evidências suficientes que apontam a ocorrência de simulação no âmbito do referido acordo e as graves denúncias de gestão temerária no âmbito da mais alta entidade do desporto nacional”, diz trecho do comento.
A deputada se baseia na perícia que questionou a assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, mais conhecido como Coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF, no acordo que manteve Ednaldo na presidência da entidade. A parlamentar pede também a revisão da decisão homologada em fevereiro a favor do mandatário.
Daniela cita também o fato de Nunes, de 86 anos, ter informado à Justiça sofrer de um déficit cognitivo causado por um tumor no cérebro e cardiopatia grave. Ambas são condições clínicas severas que exigem tratamento contínuo de Nunes desde 2018.
A petição cita um laudo apresentado pelo Dr. Jorge Pagura, Chefe do Departamento Médico da CBF, em que o profissional indica que Nunes sofre de déficit cognitivo, especialmente após passar por uma intervenção cirurgia considerada agressiva em 2023.
A perícia questiona também o fato de o nome ter sido assinado em 19 de janeiro, cinco dias antes da assinatura de fato do acordo, “já conferindo ao procurador poderes específicos para pleitear a homologação judicial de um acordo ainda inexistente à época”.
O assunto ganhou força no corredores do Congresso Nacional na última semana. Membros da Câmara desejam convocar o Ednaldo Rodrigues a depor, após tentativas falhas em CPIs.
Na política, o que parece sólido hoje pode evaporar ao sol do dia seguinte. E é exatamente essa a temperatura que sentimos no termômetro da sucessão estadual de 2026: febril, mas longe do ponto de ebulição
Por Edson Rodrigues
Com o tema: Fusões, federações e o jogo real no Tocantins, neste final de semana publicamos aqui uma análise sobre os bastidores da composição partidária no Tocantins, aquele que se joga nos bastidores, longe dos discursos e das redes sociais. E bastou esse movimento para que o Observatório Político de O Paralelo 13 começasse a receber sinais vitais de lideranças de alta plumagem. E o recado foi claro: nada está definido.
Se alguém está com pressa, que descanse. Porque as lideranças, ao que tudo indica, estão trabalhando com a paciência dos estrategistas e a cautela dos escaldados. As conversas estão apenas começando e os entendimentos ainda estão passando pela ponte que, por sinal, tem muita água para correr por baixo.
Indefinição com propósito
O que se vê é uma clara sinalização de que ninguém quer bater o martelo agora, e muito menos ser empurrado a fazer isso por pressões externas. Neste contexto, a humildade será um grande diferencial e calçar suas sandálias não é mais uma escolha, mas uma exigência inadiável, tanto para os palacianos quanto para os não-palacianos.
Circula nos bastidores a possibilidade de uma chapa de conciliação, unindo palacianos e não-palacianos, fórmula improvável no discurso, mas cada vez mais ventilada nas conversas discretas. E essa costura pode ganhar ainda mais peso quando olhamos para as duas vagas ao Senado, que estarão em disputa e prometem virar peça-chave na equação majoritária.
A formatação da chapa A ou B pode sofrer mutações até o último segundo, dependendo das conveniências e do alinhamento de forças regionais e nacionais. O que hoje é plano de voo, amanhã pode virar pouso forçado.
Sinais claros de que a luz amarela piscando
A sucessão de 2026 está sob sinal amarelo: atenção redobrada, velocidade reduzida e cuidado com movimentos bruscos. Quem tentar acelerar demais pode sair da pista. Nenhuma decisão será tomada agora, e quem tentar forçar a barra vai bater de frente com a realidade: o tempo político é outro.
Mais importante que a pressa é a sabedoria. E isso tem sido repetido como mantra por interlocutores de peso.
Nenhum fato está fechado
Todos os sinais vitais captados pelo Observatório Político de O Paralelo 13 apontam para o mesmo diagnóstico: nadica de nada está definido. E quem pensa o contrário, está fora da sala onde as decisões estão sendo arquitetadas. O jogo ainda vai começar. E nem o apito inicial foi soprado.
Portanto, por ora, seguimos com a luz amarela acesa no painel da sucessão estadual. Só voltaremos a falar com mais nitidez quando os sinais vitais deixarem de ser apenas rumores e começarem a desenhar o corpo real da chapa majoritária.
Até lá, seguimos observando. Olho no olho.
Federação do União Brasil com o PP criará megapartido do Centrão, mas incomodou alguns parlamentares, que procuram novas siglas
Por Augusto Tenório - Metrópoles
Parlamentares do União e do PP se preparam para deixar os partidos diante da federação oficializada nesta semana. Alguns congressistas, sob reserva, relatam que perderiam poder diante do rearranjo de forças em seus estados, pois temem que adversários locais passem a ter controle sobre o financiamento de campanha e montagem de chapas nas eleições de 2026. A legenda mais citada como provável destino é o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A federação funciona como uma espécie de fusão, só que com duração mínima de quatro anos. Após esse período, os partidos federados poderiam se separar sem criar problemas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até lá, são obrigados a funcionar como um só, dividindo fundo eleitoral, chapas de candidaturas a cargos proporcionais (deputados, senadores e vereadores) e podendo lançar um único candidato a cargos majoritários (presidente da República, governadores, senadores e prefeitos).
O maior temor de perda de poder político vem de parlamentares de estados em que o comando ficará com os atuais presidentes do União Brasil ou do PP. Como revelou o Metrópoles, os partidos fizeram uma “partilha” do Brasil, determinando onde cada sigla manteria o controle sobre a escolha de candidaturas e quando a decisão final caberia à executiva nacional da federação, que será presidida pelo ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
Pelo acordo, a cúpula da federação determinaria as candidaturas e a gestão do megapartido nos três maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, a direção tomará as decisões sobre Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins.
O PP do senador Ciro Nogueira (PI) ficará com o comando de Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, comandará as decisões nos seguintes estados: Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Atualmente, o PP tem 50 deputados e seis senadores. Já o União Brasil abriga 59 cadeiras na Câmara e sete no Senado, entre eles o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (AP). Ou seja, se a federação sair do papel, ultrapassará o PL e se tornará a maior bancada da Câmara, com 109 parlamentares, com direito à maior fatia do fundo eleitoral na eleição de 2026. Dessa forma, o novo megapartido do Centrão se tornaria peça-chave nas alianças eleitorais de 2026.
Em entrevista ao Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha, Ciro Nogueira afirmou que há expectativa de ganho de cadeiras com a janela partidária. O senador espera contar com 150 deputados, pois novos nomes poderiam ser atraídos pela perspectiva de um fundo partidário maior e contar com mais nomes de peso nas suas chapas, o que facilitaria não somente a reeleição dos parlamentares atuais, mas também de aliados.