Serviços médicos e hospitalares permanecem funcionando normalmente para servidores e dependentes
Por Sarah Melisa
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Administração (Secad), responsável pela gestão do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos (Plano Servir), informou nesta sexta-feira, 12, que os atendimentos médicos e hospitalares aos servidores estaduais e seus dependentes seguem funcionando normalmente, sem interrupções. O esclarecimento ocorre após a circulação de notícias com informações imprecisas que podem gerar uma falsa percepção de crise.
A gestão destaca que, nos últimos anos, houve ampliação da rede de atendimento médico, clínico e hospitalar, com o objetivo de oferecer mais qualidade e conforto aos beneficiários. Em 2024, o plano registrou cerca de três milhões de atendimentos, entre consultas, exames e procedimentos, além de mais de cinco mil atendimentos em pronto-socorro, 733 cirurgias e mais de 16 mil terapias voltadas ao tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outros transtornos.
O plano também reforçou seu compromisso com um atendimento humanizado. Em 2024, 285 beneficiários receberam tratamento em regime de home care, no conforto de seus lares. Na área administrativa, até setembro de 2025, foram realizados mais de sete mil atendimentos na sede administrativa, totalizando 10.471 serviços prestados. Já no posto da operadora em Palmas, foram 13 mil atendimentos presenciais para regulação de guias.
A superintendente do Servir, Tatiana Braga, reforçou que os beneficiários podem continuar utilizando os serviços com tranquilidade. “Seguimos trabalhando para ampliar e qualificar o atendimento aos nossos usuários. Sobre os atendimentos odontológicos, já estamos em contato com a prestadora e a situação já está sendo regularizada e não afeta a continuidade da assistência médica e hospitalar oferecida pelo plano”, afirmou.
O Servir mantém seu compromisso com a continuidade, qualidade e transparência na assistência à saúde dos servidores estaduais e os beneficiários devem acompanhar as informações divulgadas nos canais oficiais da Secad e no site do Plano.
Antônio Carlos Camilo Antunes foi preso nesta manhã por determinação do STF
Por Rute Moraes
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) acionou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, nesta sexta-feira (12), pedindo que seja mantido o depoimento do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS“.
Inicialmente, a oitiva está marcada para ocorrer na segunda-feira (15). Contudo, com a prisão de Antunes, que ocorreu nesta manhã, a CPMI precisa de um aval do STF.
Na semana passada, a comissão aprovou um pedido de prisão a Antunes e ao empresário Maurício Camisotti, também preso hoje, mas em São Paulo. Camisotti também seria um operador do esquema criminoso.
A CPMI também pediu ao STF que Camisotti seja ouvido na próxima semana no colegiado. As ordens de prisão foram autorizadas pelo STF.
A reportagem tenta contato com as defesas de Antunes e de Camisotti, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.
Preso no Distrito Federal, Antunes é apontado pela PF como um dos possíveis operadores do esquema de fraudes que somou mais de R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais de beneficiários.
De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal — dois deles no escritório e na casa do advogado Nelson Willians.
As investigações apontam crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além de possível obstrução das apurações por parte de alguns dos investigados.
Entenda o caso
Em abril deste ano, um esquema bilionário de fraudes no INSS foi revelado pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União).
De acordo com investigação, de 2019 a 2024, aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de associações e sindicatos, que os incluíram como associados sem consentimento e descontaram valores de seus benefícios. O prejuízo foi estimado em R$ 6,3 bilhões.
Entre os alvos da Operação Sem Desconto, estava o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Além dele, três servidores do órgão foram afastados de seus cargos por determinação da Justiça:
Giovani Batista Fassarella Spiecker, coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente;
Vanderlei Barbosa dos Santos, diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão;
Jucimar Fonseca da Silva, coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios.
A investigação também resultou no afastamento do Procurador-Geral junto ao INSS, Virgílio Oliveira Filho, e de um agente da PF, que não teve o nome divulgado.
Além deles, A Polícia Federal também investiga o empresário Antônio Carlos Antunes, conhecido como o “careca do INSS”. De acordo com relatório da corporação, ele era intermediário financeiro das entidades associativas.
Americano foi assassinado na última quarta-feira (10), aos 31 anos, durante um evento na Universidade Utah Valley
Com Agências
Charlie Kirk, ativista americano de direita assassinado na última quarta-feira (11) com um tiro no pescoço, construiu influência entre os jovens conservadores nos Estados Unidos em espaços que se tornaram sua marca registrada: debates universitários. Foi nesse ambiente que ele realizou o último evento antes de ser baleado, na Universidade Utah Valley.
A estratégia dele era simples e direta. Kirk montava tendas e mesas em locais abertos, segurava cartazes com a frase “prove que estou errado” e convidava estudantes a debater publicamente com ele, muitas vezes ao microfone. Os encontros reuniam apoiadores e opositores, sempre em meio a aplausos, vaias e transmissões ao vivo que depois eram cortadas em vídeos curtos e compartilhadas em massa nas redes sociais.
As bandeiras defendidas por Kirk incluíam a proibição total do aborto, críticas a políticas de equidade racial, a ampla liberação do porte de armas, a negação da transexualidade, a denúncia de professores que supostamente ensinassem “ideologia de gênero”, a oposição a medidas mais duras contra as mudanças climáticas, a defesa do livre mercado, da liberdade de expressão e da presença mais explícita da religião cristã na vida pública.
A estratégia foi organizada pela Turning Point USA, fundada por Kirk e Bill Montgomery em 2012. A organização ganhou projeção nacional e ajudou a mobilizar jovens eleitores republicanos, especialmente durante a campanha de Donald Trump em 2022.
Para os defensores de Kirk, o ativista tinha grande capacidade retórica e disposição para dialogar. Já os críticos consideravam sua atuação uma estratégia de radicalização.
Quem foi Charlie Kirk e qual foi o seu impacto entre os jovens conservadores?
Charlie Kirk foi um ativista americano de direita que ganhou influência significativa entre os jovens conservadores nos Estados Unidos, especialmente em debates universitários. Ele foi assassinado na última quarta-feira (11) durante um evento na Universidade Utah Valley.
Qual era a estratégia de Charlie Kirk para engajar os jovens?
A estratégia de Kirk consistia em montar tendas e mesas em locais abertos, segurando cartazes com a frase “prove que estou errado” e convidando estudantes a debater publicamente com ele. Esses encontros reuniam apoiadores e opositores, e eram frequentemente transmitidos ao vivo e compartilhados nas redes sociais.
Quais bandeiras e temas Charlie Kirk defendia?
Kirk defendia a proibição total do aborto, criticava políticas de equidade racial, apoiava a ampla liberação do porte de armas, negava a transexualidade, denunciava professores que supostamente ensinavam “ideologia de gênero”, se opunha a medidas mais rigorosas contra as mudanças climáticas, e promovia o livre mercado, a liberdade de expressão e a presença da religião cristã na vida pública.
Por Cézar Feitoza - UOL
Integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal) estimam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser preso para cumprir pena em regime fechado no máximo em dezembro. Isso pode ocorrer antes, em outubro ou novembro, a depender do tempo que a corte levará para analisar recursos das defesas e encerrar o processo.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. Serão 24 anos e nove meses de reclusão, e o restante de detenção.
Atualmente em prisão domiciliar, Bolsonaro só deve ser preso em regime inicial fechado depois do fim do processo, quando a defesa não tiver mais recursos a apresentar ao Supremo. A jurisprudência do tribunal define que a pena pode ser cumprida após a rejeição dos dois primeiros embargos de declaração.
Esses embargos, normalmente, não alteram o resultado do julgamento, mas buscam esclarecer eventuais omissões ou erros na decisão.
Um homem em pé, com os braços cruzados, usando uma camisa verde. Ele tem uma expressão séria e está olhando para frente. Ao fundo, há janelas com cortinas e uma área externa visível.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na garagem de sua casa, em Brasília, onde está em prisão domiciliar - Pedro Ladeira - 11.set.25/Folhapress
A estimativa sobre o começo da prisão em regime fechado envolve prazos para apresentação do acórdão do julgamento (que traz os votos dos ministros e o resultado final) e da análises de recursos.
A publicação do acórdão do julgamento encerrado nesta quinta-feira (11) pode levar cerca de 35 dias. As defesas teriam mais cinco dias para apresentar os primeiros embargos de declaração, e a Procuradoria-Geral da República se manifestaria em mais cinco dias. Só então o recurso seria julgado.
Como ainda haveria espaço para as defesas apresentarem os segundos embargos de declaração, o prazo poderia até dobrar. Por isso, a expectativa dentro do STF aponta para um limite em dezembro, mas a prisão pode ocorrer antes caso a duração de cada etapa seja menor —em especial a publicação dos acórdãos.
Uma ala do tribunal, por sua vez, avalia que a prisão poderia inclusive ser decretada agora, sob o argumento de que os recursos cabíveis não são capazes de alterar o resultado do julgamento, ou seja, a condenação à prisão. Essa solução, porém, não é considerada a mais provável entre integrantes da corte.
São citados três possíveis destinos para Bolsonaro: a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, uma cela especial no Centro Penitenciário da Papuda, também na capital, e um quartel do Exército. A última possibilidade é tida como remota por integrantes do STF.
A defesa do ex-presidente também planeja um pedido de prisão domiciliar depois de esgotar todos os recursos possíveis à provável condenação. O argumento será de que a saúde do político, de 70 anos, é frágil.
A decisão sobre onde Bolsonaro cumprirá a pena será tomada por Alexandre de Moraes, que é relator da ação que levou à condenação do ex-presidente.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto por descumprir medidas cautelares determinadas por Moraes. Também existe a hipótese de o ex-presidente ser levado mais cedo ao regime fechado se ele ferir novamente as restrições já impostas ou se houver algum tipo de risco de fuga.
A Papuda, como é conhecido o complexo penitenciário de Brasília, já recebeu políticos famosos condenados por corrupção, como Paulo Maluf e Luiz Estevão. Como mostrou a colunista da Folha Mônica Bergamo, a possibilidade de ficar preso no local causa pânico em Bolsonaro.
A hipótese de cumprimento de pena em um prédio da Polícia Federal teria semelhança com o caso do hoje presidente Lula (PT). Ele ficou 580 dias na sede da PF em Curitiba depois de ser condenado e preso em 2018 no âmbito da Operação Lava Jato.
A PF providenciou uma cela especial em Brasília para o caso de o ex-presidente ser colocado em prisão preventiva. A cela é uma sala improvisada com banheiro, cama, mesa e televisão, características semelhantes às do espaço que foi ocupado por Lula em Curitiba.
A possibilidade de o ex-presidente ficar detido em um quartel do Exército se deve ao fato de ele ser capitão reformado. A ideia desagrada à cúpula militar.
Integrantes do STF avaliam que prender Bolsonaro em uma área militar poderia estimular movimentos de apoiadores em áreas próximas ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Na edição do DOE dessa quinta-feira, 11, também foi nomeado o vice-presidente executivo da agência
Da Assessoria
O governador em exercício do Tocantins, Laurez Moreira, nomeou Paulo Antônio de Lima como presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) e Dalvan Santos Oliveira da Silva como vice-presidente executivo do órgão. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa quinta-feira, 11.
Paulo Antônio de Lima, presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Estado
Agropecuarista com mais de 50 anos de atuação, Paulo Lima já presidiu o Sindicato Rural de Alvorada e ocupou a presidência interina da Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Faet). Também exerceu funções no Senado Federal e na gestão do Hospital Regional de Alvorada.
À frente da Adapec desde 11 de janeiro de 2021, Paulo Lima promoveu reformas em 38 unidades de atendimento, modernização de serviços e ações de qualificação de servidores. Sua gestão foi marcada pelo fortalecimento da defesa agropecuária, o que assegurou qualidade, segurança e competitividade ao setor produtivo do Tocantins.
Dalvan Santos Oliveira da Silva, vice-presidente executivo da Agência de Defesa Agropecuária do Estado
Dalvan Santos Oliveira da Silva, natural de Araguatins, é bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e em Biologia pelo Instituto Federal do Tocantins (IFTO), além de possuir formação técnica em Agropecuária com habilitação em Zootecnia pela Escola Agrotécnica Federal de Araguatins. É servidor público concursado desde 2006, como Fiscal de Defesa Agropecuária da Adapec.
Como autor publicou o livro Direito e Justiça: políticas que garantem a igualdade (AYA Editora, 2023); e o estudo acadêmico: Análise Físico-Química de Mel de Apis mellifera da mesorregião do Bico do Papagaio.