Da Assessoria
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, figura entre os 10 prefeitos de capitais com melhor avaliação do Brasil, de acordo com o Ranking dos Prefeitos das Capitais 2025, divulgado pela AtlasIntel. O levantamento nacional avaliou a aprovação popular e a percepção sobre o desempenho das gestões municipais nas 26 capitais brasileiras.
Eduardo Siqueira aparece na 9ª colocação no ranking de aprovação, com 59% de aprovação popular, o que posiciona Palmas entre as capitais com melhor avaliação no levantamento nacional e à frente de capitais de maior porte populacional. O resultado expressa a avaliação positiva da população palmense sobre a condução da administração municipal.
"Estar entre os prefeitos mais bem avaliados do país é fruto de um trabalho que chega na ponta: na saúde com remédio no balcão, na escola com merenda de padrão elevado e na infraestrutura que integra a cidade o Acesso Norte e a Ponte dos Cruz, transformando a realidade de regiões importantes como a Baixada do Aureny”, comemorou o prefeito Eduardo Siqueira.
Avaliação municipal reforça desempenho da gestão
Além da aprovação popular, Eduardo Siqueira Campos também se destaca na avaliação municipal, ocupando a 8ª colocação entre os prefeitos de capitais. Segundo o levantamento da AtlasIntel, 40% dos entrevistados classificam a gestão como ótima ou boa.
Metodologia e abrangência do levantamento
O ranking é resultado de um levantamento nacional que ouviu 82.781 pessoas, com amostras representativas da população adulta das capitais, margem de erro variável conforme o tamanho do estado e nível de confiança de 95%. A pesquisa utiliza metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR) e tem como objetivo oferecer uma avaliação comparável e baseada em evidências sobre o desempenho das gestões municipais.
Fonte: Ranking de Prefeitos das Capitais 2025 – AtlasIntel
Semana foi marcada por uma série de ações do Governo do Tocantins, como o reajuste no PCCR da Educação e do Profe, além da entrega de 7 mil cartões para famílias carentes
Por Rafael de Oliveira
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, anunciou, no decorrer dessa semana, um amplo conjunto de ações estratégicas com foco na educação, na valorização dos servidores, na segurança pública, na inclusão social e na infraestrutura. As medidas incluem a retomada de mais de 100 obras da rede estadual de ensino, o pagamento retroativo do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Educação, a ampliação da Gratificação Profe, a concessão de mais de 1,3 mil progressões funcionais, além da entrega do Cartão AlimenTO, que assegura recurso mensal para a compra de alimentos a famílias em vulnerabilidade social.
O pacote de ações contempla ainda o encaminhamento à Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Polícia Civil, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto Único e a captação de recursos para a recuperação e melhoria da malha viária, especialmente na região norte do Tocantins.
O chefe do Executivo destaca que as iniciativas demonstram uma gestão comprometida com o desenvolvimento do estado com um todo. “São iniciativas que regularizam a carreira dos policiais civis, valorizam servidores que aguardavam há anos por avanços e garantem estrutura adequada para a comunidade escolar e a trafegabilidade em rodovias. O nosso objetivo é que o Tocantins continue crescendo e ofereça um serviço público de excelência”, ressalta.
Educação

Foram retomadas obras como a construção da Escola de Tempo Integral de Luzimangues, que vai ampliar a oferta de vagas na rede estadual de ensino (Foto: Fagner Rodrigues/Governo do Tocantins)
Entre as principais medidas na área da educação, destacam-se o pagamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração, retroativo a 1º de outubro de 2025, conforme alteração prevista no Projeto de Lei nº 24, de 12 de dezembro, aprovado pela Assembleia Legislativa do Tocantins, na quarta-feira, 17, com efeitos financeiros já na folha de dezembro, e o anúncio do pagamento de mais de 1,3 mil progressões referentes ao exercício de 2025.
Foram também retomadas mais de 100 obras que estavam paralisadas, a exemplo da Escola de Tempo Integral de Luzimangues, em Porto Nacional. Atualmente com 44,29% de execução, a obra foi vistoriada pelo governador Wanderlei Barbosa durante agenda realizada no dia 15 deste mês de dezembro, em Luzimangues. Quando finalizada, a unidade vai ampliar a oferta de vagas em uma região que conta atualmente com apenas uma escola estadual, atendendo à crescente demanda.
Ainda no âmbito do fortalecimento das políticas públicas para a educação, a Gratificação Profe, concedida pelo Governo do Tocantins, por meio do Programa de Fortalecimento da Educação (Profe), passará por uma ampliação significativa. Atualmente no valor de R$ 700, em dez parcelas, a gratificação passará a ser concedida em 12 parcelas mensais, no valor de R$ 1 mil para professores das escolas regulares e de R$ 1,2 mil para docentes que atuam em escolas quilombolas, indígenas, de tempo integral, do campo e prisionais. A medida integra a política de valorização dos profissionais da educação, ao lado de reajustes salariais e bonificações por desempenho, com o objetivo de fortalecer a qualidade do ensino no estado.
Cartão AlimenTO

Governador Wanderlei Barbosa inicia entrega do Cartão AlimenTO para famílias em situação de vulnerabilidade (Foto: Adilvan Nogueira/Governo do Tocantins)
O Cartão AlimenTO, entregue de forma simbólica nessa sexta-feira, 19, pelo governador Wanderlei Barbosa, assegura recurso mensal para a compra de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa, que integra o programa Programa AlimenTO, objetiva fortalecer a segurança alimentar e nutricional por meio da transferência direta de renda para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com prioridade para lares chefiados por mulheres e com crianças de 0 a 6 anos. Nesta primeira etapa, serão beneficiadas 7 mil famílias nos 139 municípios tocantinenses, com o repasse mensal de R$ 250.
Serviços de saúde

Governador Wanderlei Barbosa articula ampliação de recursos do SUS no Tocantins (Foto: Luiza Frazão/MS)
A atenção aos serviços essenciais também esteve no centro das ações trabalhadas na semana. O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Administração (Secad), se reuniu com representantes do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindesto) para debater a situação dos pagamentos relacionados ao Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos - Servir. Durante o encontro, foram prestados esclarecimentos e discutidas ações para a recomposição do fluxo de pagamentos, com foco na preservação dos atendimentos aos beneficiários e no fortalecimento do diálogo institucional, assegurando a manutenção dos serviços ofertados.
Na quinta-feira, 18, o governador Wanderlei Barbosa esteve reunido com o ministro da Saúde Alexandre Padilha em Brasília/DF, articulando a ampliação de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Tocantins.
Reestruturação da Polícia Civil
O Projeto de Lei que reestrutura o PCCS dos servidores da Polícia Civil, encaminhado pelo governador Wanderlei Barbosa, ainda nessa semana, também foi aprovado pela Aleto na quarta-feira, 17. A iniciativa cria a classe de substituto para os cargos previstos na Lei nº 3.461/2019 e ajusta os períodos para progressões horizontais e verticais dos policiais civis entre 1º de janeiro de 2014 e a vigência da nova lei, sem prejudicar progressões já concedidas. O projeto também atualiza as tabelas de vencimentos das Leis nº 1.545, nº 2.314 e nº 2.887, refletindo a nova estrutura de classes e referências, incluindo policiais civis aposentados e seus pensionistas.
PEC do Teto Único
A PEC do Teto Único, considerada uma conquista histórica, estabelece que o teto salarial do Poder Executivo passa a ter como referência o subsídio dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), anteriormente o limite era vinculado à remuneração do governador. Com a alteração, o valor máximo permitido passa a ser de R$ 41.845,49.
A PEC foi aprovada pelo plenário da Aleto na quarta-feira, 17, em dois turnos de votação, sendo promulgada pela Mesa Diretora da Casa de Leis, passando a integrar o texto da Constituição Estadual.
Trechos rodoviários
Durante agenda no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Brasília, na quarta-feira, 17, o governador Wanderlei Barbosa anunciou a recuperação de novos trechos rodoviários na região do Bico do Papagaio. As obras previstas incluem a recuperação do trecho entre os municípios de Araguatins e Axixá do Tocantins; a conclusão da ligação entre Araguaína e Filadélfia; e a implantação do anel viário de Axixá, além da continuidade de intervenções em municípios da região que já receberam melhorias em trechos urbanos.
Por Edson Rodrigues
O retorno do governador Wanderlei Barbosa ao comando do Palácio Araguaia e o encerramento da interinidade de Laurez Moreira provocaram um reposicionamento abrupto das forças políticas no estado. Partidos que apostaram no período de instabilidade institucional para estruturar projetos eleitorais agora enfrentam um cenário adverso, com isolamento político, dificuldade para formar nominatas competitivas e ausência de viabilidade real para disputas majoritárias em 2026.
Com o fim das coligações proporcionais, federações definidas pelas cúpulas nacionais e novas regras sobre sobras eleitorais, a eleição de 2026 expõe, de forma objetiva, quem tem grupo político, base eleitoral, estrutura e quem ficou apenas no discurso.
MDB PERDE QUADROS

O MDB tocantinense, hoje presidido pelo deputado federal Alexandre Guimarães, atravessa um processo de esvaziamento político. A legenda perdeu duas de suas principais referências: a ex-deputada federal ex-primeira-dama Dulce Miranda, que obteve cerca de 40 mil votos na última eleição, e o ex-governador Marcelo Miranda. Ambos passaram a integrar o campo político da pré-candidatura da senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil).
Alexandre Guimarães foi eleito deputado federal pelo Republicanos, mas articulou sua migração para o MDB com aval da direção nacional do partido. O movimento contou com apoio direto da família Barbalho, do Pará, um dos grupos mais influentes da política nacional, com presença no Senado, Câmara Federal, ministérios e governos estaduais. Esse respaldo garantiu segurança jurídica à mudança e fortaleceu sua posição interna.
Apesar disso, o efeito prático no Tocantins foi limitado. Mesmo com intensa agenda nos 139 municípios e boa interlocução institucional, especialmente no Bico do Papagaio, o MDB não conseguiu recompor sua base histórica, estruturar uma nominata proporcional competitiva ou viabilizar um projeto majoritário consistente. A dúvida permanece nos bastidores: Alexandre Guimarães será candidato ao governo ou seguirá sem espaço real no tabuleiro principal?
PP E VICENTINHO JÚNIOR

O deputado federal Vicentinho Júnior chegou a ocupar posição de destaque no cenário estadual. À frente do PP, ampliou a presença municipal do partido e estruturou uma pré-candidatura ao Senado que chegou a ganhar densidade eleitoral.
O quadro mudou radicalmente com a federação entre União Brasil e PP. A senadora Professora Dorinha, líder nas pesquisas internas e pré-candidata ao governo, definiu sua estratégia com duas vagas ao Senado: Eduardo Gomes (PL) e Carlos Gaguim (UB).
Durante a interinidade, Vicentinho declarou apoio público a Laurez Moreira, indicou aliados para cargos estratégicos e aprofundou o conflito com Dorinha. O racha tornou-se público e irreversível. Como consequência, Vicentinho perdeu sustentação dentro da federação e caminha para ser substituído na presidência estadual do PP, que deve passar ao controle direto da senadora.
DENÚNCIAS, DESGASTE NACIONAL E DIFICULDADE DE NOVO ABRIGO PARTIDÁRIO
O isolamento político de Vicentinho se agravou com reportagens da imprensa nacional, como UOL e Brasil 247, que repercutiram investigações da Polícia Federal envolvendo pessoas próximas ao deputado. Ressalta-se que Vicentinho Júnior não é réu nem foi condenado. Ainda assim, o volume de informações e a repercussão nacional ampliaram o desgaste político, dificultando sua filiação a partidos médios ou grandes e comprometendo, no momento, a viabilidade de uma candidatura majoritária ao Senado.
KÁTIA ABREU, PT E O ERRO DE CÁLCULO NA INTERINIDADE

O PT tocantinense vive um momento de fragilidade após apostar na interinidade de Laurez Moreira para construir um palanque estadual para o presidente Lula. A estratégia foi conduzida com protagonismo da ex-senadora Kátia Abreu, que atuou diretamente na aproximação entre Laurez e o Palácio do Planalto.
Gestos públicos durante visita presidencial, abertura da máquina administrativa interina e a nomeação de quadros petistas para secretarias estratégicas, entre eles o ex-prefeito Paulo Mourão, que acumulou duas pastas, foram tratados internamente como sinal de reposicionamento político do partido.
O cálculo revelou-se equivocado. No mesmo dia em que as nomeações foram publicadas, decisão do ministro Nunes Marques, posteriormente confirmada por unanimidade pelo STF, determinou o retorno imediato de Wanderlei Barbosa ao cargo. O PT perdeu espaço institucional, palanque e capacidade de articulação, voltando a um cenário de isolamento político.
PSDB DE PALMAS: VEREADORES COM EDUARDO SIQUEIRA, CINTHIA ISOLADA

No PSDB, a crise é interna e estrutural. Embora o partido tenha eleito quatro vereadores em Palmas,Márcio Reis, Folha, Waldson da Agesp e Eudes de Assis, todos seguem politicamente o prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos).
Waldson assumiu a Secretaria Municipal de Zeladoria Urbana, e Eudes de Assis, primeiro suplente, ocupou a vaga na Câmara Municipal. Nenhum dos quatro mantém alinhamento político com a presidente estadual do partido, a ex-prefeita Cinthia Ribeiro.
Na prática, Cinthia não controla a bancada tucana da capital nem dispõe de grupo político estruturado. O PSDB palmense atua integrado à base do prefeito, inclusive nas articulações para a sucessão estadual de 2026, deixando o PSDB estadual sem capilaridade e sem musculatura eleitoral.
R$24 MILHÕES: TCE INVESTIGA SUSPEITA DE IRREGULARIDADES EM CONTRATAÇÃO DE CINTIA
A decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE/TO), que considerou procedente a representação sobre a contratação emergencial de R$ 24,1 milhões para o transporte escolar rural realizada na gestão da ex-prefeita Cinthia Ribeiro, adiciona um novo elemento de desgaste político ao cenário de fragmentação partidária no Tocantins. Os apontamentos de indícios de sobrepreço de cerca de 36%, falhas graves de planejamento e a contratação de uma empresa com capital social incompatível com o valor do contrato reforçam a perda de lastro administrativo e político da ex-gestora, hoje já isolada partidariamente e sem controle de sua própria legenda na capital. A abertura de Tomada de Contas Especial, com possibilidade de responsabilização e quantificação de dano ao erário, tende a aprofundar esse isolamento e a enfraquecer ainda mais qualquer tentativa de rearticulação eleitoral, num contexto em que a viabilidade política passa, cada vez mais, pela credibilidade administrativa e pela capacidade de sustentar projetos coletivos e nominatas competitivas para 2026.
TIAGO DIMAS

O deputado federal Tiago Dimas e seu pai, o ex-prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, também apostaram na interinidade. Ronaldo deixou a Secretaria de Planejamento de Palmas para assumir função equivalente no governo de Laurez Moreira.
Com o retorno de Wanderlei Barbosa, Tiago passou a enfrentar isolamento político, perdeu espaço institucional e se distanciou do prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, que não demonstra disposição em apoiá-lo na disputa de 2026.
Sem uma nominata competitiva no Podemos, as chances de reeleição são avaliadas nos bastidores como extremamente reduzidas, colocando o parlamentar em situação de alto risco eleitoral.
NOVAS REGRAS ELEITORAIS ESCANCARAM A FRAGILIDADE DAS NOMINATAS

As eleições de 2026 impõem um desafio adicional. Sem coligações proporcionais e com regras mais rígidas sobre sobras eleitorais, cada partido precisará disputar sozinho.
No Tocantins, o quociente eleitoral deve girar em torno de:
Isso exige nominatas fortes, com vários candidatos capazes de alcançar entre 5 mil e 8 mil votos ou mais. Projetos individuais, sem base coletiva, tornam-se praticamente inviáveis.
Nesse contexto, a reeleição de quadros como do deputado estadual Eduardo Mantoan dependerá diretamente da força da nominata. Já uma eventual candidatura de Cinthia Ribeiro a deputada federal é vista, nos bastidores, como politicamente insustentável.
LAUREZ MOREIRA

Apesar das especulações, aliados avaliam que Laurez Moreira dificilmente será candidato ao governo neste momento. Fora do Palácio Araguaia, sem grupo político estruturado e sem nominatas proporcionais, uma candidatura agora seria vista como risco elevado.
Conhecido por seu perfil cauteloso, Laurez tende a preservar seu patrimônio político e seu futuro eleitoral, evitando movimentos que possam comprometer sua trajetória.
EDUARDO GOMES CONSOLIDADO, SEGUNDA VAGA EM ABERTO

No Senado, o cenário é mais definido. A reeleição de Eduardo Gomes (PL) é considerada praticamente assegurada. Vice-presidente do Senado, aliado estratégico de Wanderlei Barbosa e com base municipal consolidada, Gomes entra na disputa em posição confortável.
A disputa real se concentra na segunda vaga, onde Vicentinho Júnior, Irajá Abreu e Carlos Gaguim enfrentam desafios distintos, de imagem, estrutura e alianças, que precisarão ser superados até o fechamento do calendário eleitoral.
O Tocantins caminha para 2026 com um quadro de desorganização partidária, escassez de nominatas competitivas e clara vantagem estrutural do grupo governista. A oposição, fragmentada e sem eixo comum, ainda não conseguiu apresentar um projeto eleitoral consistente.
A eleição será menos sobre discursos e mais sobre estrutura, grupo político e capacidade real de formar nominatas competitivas. Quem não entender essa lógica ficará fora do jogo.
O Paralelo 13 seguirá acompanhando os bastidores, as articulações e os movimentos que definirão o rumo da sucessão estadual. Lembrando que, a partir deste sábado, 20, O Paralelo 13 entra em recesso editorial, com retorno das atividades regulares no dia 5 de janeiro. Durante esse período, a equipe poderá produzir conteúdos pontuais apenas em caso de necessidade, diante de fatos relevantes que exijam acompanhamento ou registro jornalístico.
Da Assessoria
A Assembleia Legislativa do Tocantins aprovou, em sessão ordinária realizada na última quarta-feira, 17, dois projetos de lei que atualizam as regras de desconto e parcelamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). As medidas ampliam as possibilidades de regularização de débitos, com condições diferenciadas para pagamento à vista e parcelado, buscando facilitar a adesão dos contribuintes.
Um dos projetos aprovados institui o Programa Bom Motora, que prevê descontos progressivos no IPVA para condutores que mantêm histórico de pelo menos dois anos sem infrações de trânsito. De autoria do deputado Jorge Frederico (Republicanos), o Projeto de Lei nº 20/2025 estabelece abatimentos de 5% a 10% no imposto, conforme o tempo em que o motorista permanecer sem cometer infrações.
De acordo com a justificativa apresentada pelo autor, a iniciativa segue experiências já adotadas em outros estados e alia benefícios econômicos para o cidadão com políticas públicas voltadas à segurança no trânsito. O desconto, conforme o texto, estará condicionado à regularidade no pagamento do IPVA, reforçando o compromisso com a adimplência.
Também foi aprovado o Projeto de Lei nº 404/2025, de autoria do deputado Cleiton Cardoso (Republicanos), que altera o Código Tributário do Estado do Tocantins para ampliar as formas de pagamento do IPVA. A proposta permite o parcelamento do imposto em até 12 vezes e autoriza o uso de cartões de crédito e débito para a quitação do tributo e de outros débitos vinculados ao veículo.
Na justificativa, o parlamentar destaca que a medida oferece maior flexibilidade ao contribuinte, especialmente no início do ano, período marcado por acúmulo de despesas obrigatórias. A possibilidade de parcelamento ampliado e o uso de meios eletrônicos de pagamento, segundo o texto, tendem a reduzir a inadimplência e facilitar a regularização dos veículos, trazendo benefícios tanto para a população quanto para o Estado do Tocantins, no que se refere à arrecadação.
Com a aprovação em plenário, os dois projetos seguem agora para sanção do governador.
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
Vamos começar citando três velhos ditados populares. Um diz que “há males que vêm para o bem” e o outro “diga-me com quem andas que te direi quem és”. Essas máximas parecem se encaixar no atual momento da política tocantinense. Escorregões e tropeços, por vezes, servem de alerta para evitar quedas maiores no futuro. O governador Wanderlei Barbosa, ao olhar pelo retrovisor da vida pública, parece adotar outra lição popular: “seja inteligente, transforme o azedo do limão em limonada”. Traduzindo, toda a turbulência enfrentada em 2025 serviu para Wanderlei Barbosa filtrar ainda mais o grupo formado por “amigos e aliados” e fez com que ele tivesse a possibilidade de iniciar o próximo ano ainda mais fortalecido do que estava antes do imbróglio judicial.
O foco do governador, em 2026, será manter total controle sobre sua gestão, evitando confiança exagerada em aliados e garantindo que toda a equipe esteja integrada em torno de prioridades claras. A preocupação é impedir que auxiliares, em diferentes escalões, abusem do poder governamental e confundam cargos com palanque eleitoral. Nesse sentido, ganha força a ideia de criar uma comissão fiscalizadora, subordinada diretamente ao gabinete, com canais de denúncia abertos à população, como forma de combate à corrupção e de preservação da credibilidade administrativa.
LIDERANÇA POLÍTICA E RELAÇÃO COM O LEGISLATIVO

Ao centro Wanderlei Barbosa e o deputado Amelio Cayres
Wanderlei Barbosa possui forte liderança junto ao Poder Legislativo. Essa influência pode ser decisiva para garantir êxito nas eleições majoritárias e proporcionais. O governador tem capital político suficiente para unir sua base em torno de um projeto de continuidade. O final de 2025 surge como momento estratégico para ajustes internos, recomposição de forças e alinhamento de lideranças que compõem seu estafe político.
O entusiasmo do governador, após retornar ao cargo, sinaliza disposição para consolidar alianças e preparar o terreno para a sucessão estadual.
A volta de Wanderlei Barbosa ao governo, após decisões favoráveis no Supremo Tribunal Federal, foi interpretada como a derrubada de um tabu: a crença de que figuras influentes nos bastidores do Judiciário poderiam determinar os rumos do Estado. Essa vitória política, respaldada pela articulação do senador Eduardo Gomes, vice-presidente do Senado, fortaleceu o governador e lhe deu fôlego para reorganizar sua base e projetar o futuro.
RESSURREIÇÃO POLÍTICA E O DESAFIO DA DISCIPLINA

Politicamente, Wanderlei Barbosa ressuscitou das cinzas. Depois de dois pedidos negados no STF, conseguiu retornar por unanimidade da Segunda Turma da Corte. Agora, o desafio é evitar deslizes de qualquer membro do governo ou da própria família. Até 31 de dezembro de 2025, o governador precisa manter disciplina absoluta, preparando o terreno para apoiar a candidatura da senadora Professora Dorinha Seabra ao governo, além de trabalhar pela eleição de aliados como Carlos Gaguim e Eduardo Gomes ao Senado e pela conquista da maioria das cadeiras federais e estaduais.
DORINHA SEABRA: A CANDIDATA DA CONTINUIDADE

A partir de janeiro de 2026, Dorinha Seabra terá como prioridade unir aliados e buscar composição com deputados estaduais e federais da base governista. Sua missão será consolidar um projeto de continuidade, aproveitando sua imagem de seriedade e bons costumes para construir entendimento político.
Dorinha lidera as pesquisas de intenção de voto, mas carrega a responsabilidade de não cometer erros que possam afetar sua dignidade. Em política, deslizes podem se transformar em tragédias eleitorais, contaminando processos sucessórios. Por isso, sua campanha precisará ser marcada por prudência e unidade.
OPOSIÇÃO: REORGANIZAÇÃO E DESAFIOS

Enquanto o grupo governista se fortalece, a oposição passa por um momento de reorganização. O fim do governo interino de Laurez Moreira deixou lideranças em processo de reequilíbrio. Muitos quadros que ocuparam cargos durante a gestão provisória retornaram às suas cidades de origem, e agora partidos oposicionistas buscam recompor forças.
A oposição não está morta, mas precisa superar divisões internas para se tornar competitiva. O recesso parlamentar de fim de ano pode ser suficiente para que lideranças oposicionistas se entendam e articulem estratégias conjuntas.
LAUREZ MOREIRA: O VICE EM XEQUE

O vice-governador Laurez Moreira sofreu um revés político que representou a destruição de seu projeto de governo e reeleição. Sem base sólida e sem desempenho que inspire militância, sua candidatura ao governo só teria viabilidade em caso de renúncia de Wanderlei Barbosa para disputar o Senado – hipótese considerada improvável.
Reconhecido por sua integridade, Laurez dificilmente arriscaria patrimônio político e pessoal em uma aventura eleitoral sem sustentação. No momento, sua posição é de figura correta e responsável, mas sem condições de liderar um projeto majoritário.
MAURO CARLESSE E ALEXANDRE GUIMARÃES: NOVOS MOVIMENTOS

O ex-governador Mauro Carlesse articula discretamente, montando equipe de marketing e planejamento de gestão para avaliar uma possível candidatura em 2026. Já o deputado federal Alexandre Guimarães, presidente do MDB tocantinense, percorre o Estado de norte a sul, consolidando seu nome como pré-candidato.
Ambos representam alternativas oposicionistas, mas dependem da capacidade de articulação das forças contrárias ao Palácio Araguaia. A fragmentação pode transformar a disputa em uma vitória por W.O., favorecendo Dorinha e dificultando a sobrevivência proporcional dos partidos adversários.
CONCLUSÃO

O cenário político do Tocantins se desenha como um campo de provas para lideranças que buscam se firmar ou se reinventar. Wanderlei Barbosa, ressuscitado das cinzas, precisa conduzir seu governo com rigor e evitar qualquer deslize. Dorinha Seabra, favorita na corrida sucessória, terá de provar que pode unir e liderar sem erros. A oposição, por sua vez, enfrenta o dilema de se reorganizar ou assistir à consolidação de um projeto governista que pode dominar o tabuleiro eleitoral em 2026.
Entre limonadas feitas de limões azedos e quedas que servem de aprendizado, o Tocantins viverá uma disputa marcada por reacomodação de forças, vigilância contra excessos e a busca por continuidade ou mudança no comando do Estado.