Com a instabilidade jurídica-institucional criada pela decisão judicial que muda a Presidência do PROS NACIONAL colocando em Xeque as estratégias partidárias para as eleições de 2022, deixando uma insegurança quando á manutenção dos projetos definidos, os Pré-Candidatos do PROS-Tocantins, em reunião na noite de ontem no Hotel Rio Sono (Palmas), decidem se filiar ao PTB que sofre algumas alterações na sua direção para melhor receber os novos membros e Pré-Candidatos.
Da Assessoria
“Devido às instabilidades criadas pelas mudanças na Direção Nacional do PROS, na qual não nos transmitiu segurança, tanto jurídica quanto de projetos, decidimos assim em reunião, nos filiar ao PTB, mas que para tanto sofreria algumas alterações na Direção Estadual, com o “aval” da Nacional para receber os Pré-candidatos de forma mais confortável. O PTB, partido que tem em seu estatuto a proibição de qualquer apoio ou coligação às ideologias e partidos/candidatos de centro-esquerda e esquerda, segue nacionalmente apoiando o Presidente Bolsonaro, o que nos deixa tranquilos que poderemos reverberar (individualmente) tal apoiamento na esfera estadual”. – FARLEI MEYER
Embora a liberdade de apoiamento aos pré-candidatos ao Governo e ao Senado também sejam de “livre escolha”, existe a restrição estatutária quanto a este seja feito aos de Centro-esquerda e Esquerda.
As alterações nas direções do PTB no Tocantins abrangerão desde a PRESIDÊNCIA ESTADUAL (que passará a ser do Pré-Candidato a Deputado Federal DIOGO FERNANDES) e da SECRETARIA GERAL (que será de FARLEI MEYER). Os demais cargos serão definidos em reuniões subsequentes para definições. As composições dos postos do PTB MULHER (Estadual e Municipal) estarão à cargo das indicações das mulheres do MDT (Mulheres de Direita do Tocantins) lideradas por URSULA MEYER.
O PTB-Gurupi também sofrerá mudanças em sua Presidência Municipal que será assumida pelo Pré-Candidato a Deputado Federal FARLEI FEDERAL. Uma nova “nominata” já está sendo estruturada com os demais cargos da direção municipal do PTB para apresentação ao PTB Estadual e Nacional e subsequente publicação no TSE, até a próxima semana.
A cúpula do PT acompanha atenta os movimentos do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em direção ao PSD. Pesquisas internas mostram que o gaúcho tem potencial para roubar eleitores mais progressistas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
POR FÁBIO ZANINI
Os levantamentos numéricos feitos em janeiro não mostram nada muito diferente das demais pesquisas já divulgadas: Leite ainda patina abaixo dos 3% de intenção de voto, é pouco conhecido e tem baixa rejeição.
A preocupação surge nos questionários qualitativos. Eduardo Leite encarna a figura do bom moço, papel que o apresentador Luciano Huck acabou não desempenhando por desistir da disputa. Nessas pesquisas, o eleitor indica estar cansado de briga e da polarização e buscar mudanças, mas a partir de um político já experimentado.
As análises apontam ainda que boa parte do eleitorado não escolhe seus candidatos por convicção ideológica e, por isso, Leite teria o potencial de conseguir atrair aqueles que votam em Lula porque não querem o presidente Jair Bolsonaro, e vice-versa.
Leite congrega, ao mesmo tempo, bons índices de aprovação da sua gestão no Rio Grande do Sul, um estado conservador, e aceitação do eleitorado mais progressista. Por isso, a avaliação é de que se ele se firmar na corrida presidencial, pode, pela primeira, vez desidratar parcela significativa do eleitorado de Lula.
O entorno do ex-presidente aposta que se fosse no PSDB, um partido fragmentado, a presença do governador afetaria menos. No PSD, no entanto, a bancada expressiva, a capilaridade e o volume de recursos de fundo eleitoral e partidário assustam, ainda que a legenda não embarque de maneira integral na candidatura do gaúcho.
O Tribunal vai julgar se Bolsonaro eventualmente comete crime caso reduza os combustíveis
POR FÁBIO ZANINI
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) incluiu na pauta da próxima terça-feira (22) a análise da consulta feita pela AGU (Advocacia-Geral da União) sobre a possibilidade de concessão de subsídios para os combustíveis em ano eleitoral. O tema será votado pelos ministros após o mega-aumento anunciado pela Petrobras .
Medidas para redução do impacto do aumento do diesel e do gás de cozinha têm sido debatidas no Congresso Nacional que aprovou, na semana passada, a alteração na cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pelos estados. O projeto já foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em 14 de fevereiro, o ministro da AGU, Bruno Bianco, participou de uma reunião com os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, acompanhado dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para anunciar a consulta. O assunto entrou na pauta agora, após mega-aumento, que chegou a 24,9% no caso do diesel.
Conforme revelou o Painel, parecer da área técnica já aconselhava rejeitar a análise por se tratar de situação hipotética. O TSE só pode se manifestar em casos concretos, afirmam os técnicos.
A tendência da Corte é acatar a recomendação. Internamente, a consulta é vista como uma tentativa do governo de receber o aval para medidas semelhantes ou, em última instância, atribuir ao TSE o veto a uma medida popular. Ao não analisar o mérito, os ministros escapam da sinuca de bico.
A posição deve ser essa mesmo Bolsonaro já tendo sancionado a alteração do ICMS. Para analisar o caso, seria necessário o TSE ser provocado, não podendo agir de ofício.
O grupo Energisa reportou lucro líquido consolidado de R$ 582,6 milhões no quarto trimestre de 2021, um aumento de 203,4%, ou R$ 390,6 milhões, em relação ao reportado no mesmo período do exercício. Com isso, no acumulado do ano, o resultado líquido da companhia alcançou o recorde de R$ 3,068 bilhões, alta de 90,9% - ou R$ 1,46 bilhão - frente o apurado em 2020
Com Estadão
Entre outubro e dezembro do ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 55,9% frente os mesmos meses de 2021, para R$ 1,746 bilhão. O Ebtida ajustado consolidado atingiu R$ 1,856 bilhão no mesmo período, montante 51,3% maior na mesma base de comparação.
Já o Ebitda com ajustes não caixa ficou em R$ 1,338 bilhão, ou 37,6% superior na comparação anual. No acumulado do exercício, o Ebitda atingiu R$ 6,192 bilhões, aumento de 57,5%, enquanto o indicador ajustado somou R$ 6,647 bilhões (+54,1%) e o e Ebitda com ajustes não caixa totalizou R$ 5,216 bilhões, 50,5% maior que no ano anterior.
A melhora no desempenho trimestral reflete em ampla medida a reversão de contingências, no valor total de R$ 247,5 milhões, ante reversão de R$ 16,1 milhões no mesmo período do ano anterior. A rubrica foi impulsionada principalmente pela reversão de R$ 156 milhões na Energisa S.A consolidada, efeito do ajuste da combinação de negócios da concessão de Rondônia. Além disso, a companhia anotou reversões de causas cíveis e trabalhistas resultantes de acordos judiciais realizados em processos prováveis e que registraram um deságio médio de 32,6%, em relação a provisão.
O lucro líquido também foi influenciado pelo crédito fiscal de R$ 167,5 milhões constituído pela Energisa Acre e pela marcação a mercado de derivativos, sem efeito caixa, no valor de R$ 225,1 milhões, sendo R$ 116,6 milhões de impacto negativo referente ao bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão da Energisa S.A. e R$ 341,6 milhões positivo referente à opção de compra pela companhia da participação de minoritários da Energisa Participações Minoritárias. Sem considerar esses efeitos não recorrentes, o resultado seria 67,8% acima do registrado em 2020.
A receita líquida da Energisa, desconsiderando o recebimento de construção, totalizou R$ 6,858 bilhões no último trimestre do ano passado, crescimento de 23% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, no exercício a receita líquida, ex-construção, teve alta de 26,1%, para R$ 37,493 bilhões.
A receita do quarto trimestre cresceu apesar da queda de 5,7%, na base anual, no volume total de energia vendida no mercado cativo faturado, totalizando 7.715 gigawatts-hora (GWh). Já o mercado cativo + TUSD faturado alcançou 9.625 GWh no período, volume 2,6% menor que o mesmo intervalo de 2020. A queda foi observada a despeito do aumento no número de consumidores, que totalizou 8,216 milhões, expansão de 2%.
Os custos e despesas totais, ex-construção, cresceram 14,2%, chegando a R$ 5,55 bilhões, pressionados, principalmente, pelo aumento dos gastos não controláveis, como a energia comprada (+25%), enquanto os custos com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO) cresceram 10,9%, pouco acima da inflação acumulada no período.
Dívida
Ao final de 2021, a dívida líquida consolidada da Energisa era de R$ 15,252 bilhões, ante R$ 13,574 bilhões ao encerramento de 2020. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda ajustado, encerrou o período em 2,3 vezes, abaixo das 2,4 vezes do trimestre anterior.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou em entrevista ao Conversa com Bial (Globo), na madrugada desta quinta (17), que vê o ex-presidente Lula (PT) como um candidato "aprisionado", com medo de mostrar quem está a seu lado.
Por CRISTINA CAMARGO
Um dos principais líderes do centrão, Ciro Nogueira citou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, como pessoas que atrapalham o petista. "Esse é o problema, ele não pode fazer campanha."
A declaração do aliado de Jair Bolsonaro (PL) indica uma linha de campanha do presidente. O próprio mandatário já tinha usado tática semelhante para atacar Lula, ao dizer que tanto Dilma como o deputado cassado José Dirceu seriam ministros de um eventual novo governo do petista no Planalto.
Para Ciro Nogueira, Bolsonaro não tem chance de ganhar a eleição no Nordeste.
"O presidente Bolsonaro vai ganhar no Nordeste? Não. Mas vai ter uma votação muito maior do que a que teve na eleição passada", disse, ao ser questionado sobre como os partidos de direita e centro farão para atacar Lula (PT) nos estados nordestinos.
Para Nogueira, o presidente perde no Nordeste, mas ganha nas outras regiões do país, onde ele aposta que haverá uma derrota significativa de Lula.
O ministro acredita que Bolsonaro pode ser reeleito no primeiro turno. "Nas convenções, já vai estar na frente. Mais perto da eleição, vamos fazer as contas para ver se ganha no primeiro turno. Minha previsão é essa, pelas pesquisas que temos em mãos", disse, sem dar detalhes dessas pesquisas.
Nogueira lembrou que nunca um presidente deixou de ser reeleito no Brasil. Para ele, a população sente que o governante merece um segundo mandato.
O ministro afirmou que o segundo turno já começou e ninguém foi capaz de viabilizar uma candidatura na chamada terceira via.
"As pessoas que se apresentaram, como o [Sergio] Moro, não passaram confiança. As pessoas sentiram [que é] um aproveitador de momento", disse.
Em relação a Bolsonaro, que já chamou de fascista, o ministro vê um amadurecimento político nos anos como presidente da República. "Tivemos que nos unir para transformar esse país", afirmou o ministro, que já foi aliado de Lula.
Os dois momentos, com críticas a Bolsonaro e elogios a Lula, foram mostrados em vídeo durante a entrevista.
Nogueira elogiou a espontaneidade do presidente. Na opinião dele, Bolsonaro fala o que pensa e tem uma forma diferente de se comunicar. "Se ele mudar essa espontaneidade, será um grande erro."