VOLTA POR CIMA
O governador Mauro Carlesse, com o apoio do senador Eduardo Gomes, pode viabilizar várias ações em parceria com o governo federal, liberando recursos oriundos de emendas positivas, além dos empréstimos junto à Cai xá Econômica Federal e ao Banco do Brasil.
Os recursos vão gerar milhares de empregos e oxigenar a economia do Estado, com a execução de obras nos 139 municípios, além dos três hospitais de campanha em Gurupi, Palmas e na Região do Bico do Papagaio, para o combate à Covid-19.
Os recursos podem ser aplicados na duplicação da rodovia Palmas-Porto Nacional e na construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins na Capital da Cultura.
KÁTIA E IRAJÁ FORA DO PALANQUE DE CINTHIA
Nos bastidores da política tocantinense já era dado como certo que o senador Eduardo Gomes e a deputada federal Dulce Miranda não subiriam no palanque de Cinthia Ribeiro caso lá estivessem os senadores Kátia e Irajá Abreu.
Sabiamente, Kátia, então, tratou de garantir outro palanque para si e para seu filho, que será o do ex-senador Ataídes Oliveira, do PP, que ao se filiar ao partido garantiu, junto com o PSD, um ótimo tempo no Horário Gratuito de Rádio e TV e uma boa quantia no Fundo Eleitoral.
A presença de Ataídes nos debates de Rádio e TV promete ser esplosiva....
FILIAÇÃO DE RAUL FILHO NO MDB PODE SER ANULADA
O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi, ao tomar conhecimento da filiação de um político condenado em colegiado pela Justiça Federal e em primeira instância pela Justiça Tocantinense, imediatamente entrou em contato com os Diretórios Estadual e Municipal de Palmas para anular o grave mal entendido.
Segundo fontes, a movimentação de Baleia Rossi teria acontecido na semana passada.
Nossas fontes garantiram que a filiação de Raul Filho ao MDB foi de inteira responsabilidade do deputado Valdemar Jr., sem nenhuma ingerência do presidente estadual da legenda, deputado Nilton Franco.
TCE ENTRA EM CENA
O julgamento de várias contas de políticos, ainda pendentes, com pareceres indicando a rejeição das mesmas, pode inviabilizar várias candidaturas de ex-prefeitos e ex-presidentes de Câmaras Municipais para as eleições de outubro (?) próximo e, até mesmo, para o pleito majoritário de 2022.
Por isso, é bom os partidos não contarem com os ovos que ainda estão nas galinhas, pois há muitas surpresas por vir...
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
Já está claro que nos quatro maiores colégios eleitorais do Tocantins, dificilmente um mesmo partido conseguirá eleger três vereadores, pois, nos municípios onde houver três ou mais candidaturas a prefeito os votos válidos serão pulverizados entre as nominatas desses pretendentes.
Apenas se houver uma “sobra” muito grande em alguma chapa é que um terceiro nome poderá ser “puxado” para a Câmara Municipal.
A disputa se vislumbra acirrada como jamais foi, voto por voto, principalmente nos partidos que têm candidatos com cargos.
PORTO PODE TER ELEIÇÃO PLEBISCITÁRIA
A disputa pela prefeitura de Porto Nacional pode se transformar em um pleito plebiscitário entre o atual prefeito Joaquim Maia (MDB) e o ex-prefeito Otoniel Andrade (PTB).
O possível terceiro nome, que sairia do triunvirato entre o vice-prefeito Ronivon Maciel, o empresário Álvaro da A7 e o vereador Miúdo, que se converteria na melhor candidatura entre uma avaliação dos três, vem minguando, após a saída do vereador Miúdo, que representava Luzimangues e da desacelerada da base de apoio de Ronivon. Dessa forma, restariam apenas os nomes de Maia e Otoniel.
Ainda é cedo para fazer qualquer análise, mas tudo indica que o “plebiscito” acontecerá.
ELEIÇÕES ADIADAS. PRORROGADAS, NÃO
Membros do STJ e do TSE já admitem publicamente a possibilidade de um adiamento das eleições municipais de outubro caso as medidas de combate à Covid-19 tenham que ser prolongadas.
Da mesma forma, os magistrados citam a quase impossibilidade do prolongamento dos atuais mandatos por dois anos, deixando claro que a palavra final será do Congresso Nacional, via Emenda Constitucional.
Todos são unânimes em afirmar que a prioridade é o combate à Covid-19 e que a hora não é de pensar em eleição.
Os conselheiros políticos já avisam aos pré-candidatos que o momento é de gastar muita sola de sapato, visitando os eleitores e garantindo o “olho no olho”, apresentando projetos e programas de governo plausíveis, para que não acabem esquecidos quando a corrida começar a valer.
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, muito bem avaliada em sua gestão, pode anunciar uma reforma em seu quadro de principais auxiliares.
Nos últimos dias, a prefeita vem mantendo conversas reservadas com políticos, empresários, dirigentes partidários e classistas e pode tirar daí novos nomes a serem anunciados a qualquer momento.
Muitos dos que assumirão novas pastas já fazem do atual quadro de auxiliares, mas algumas surpresas podem acontecer com nomes que virão para fortalecer politicamente a gestão de Cinthia Ribeiro.
A prefeita pode aproveitar para anunciar, também, algumas ações políticas e administrativas com foco no combate à pandemia do Covid-19.
PÁSCOA PAPAL
O papa Francisco defendeu neste domingo (12) de Páscoa o cancelamento de todas as sanções internacionais para permitir que países mais pobres combatam a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que já contaminou cerca de 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo e deixou mais de 100 mil mortos.
Ontem (11), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, Francisco celebrou a Vigília Pascal que acontece todos os anos na noite anterior à data que na tradição católica marca a ressurreição de Jesus Cristo.
Assim como as outras celebrações da Semana Santa, a missa aconteceu sem a presença de público devido à pandemia do novo coronavírus, que já contaminou quase 1,8 milhão de pessoas em todo o mundo e deixou mais de 100 mil mortos.
Também por conta da pandemia, a cerimônia não teve o tradicional batismo feito pelo Papa na Vigília da Páscoa. Em sua homilia, Francisco pediu que os fiéis "não tenham medo" e continuem com esperança para enfrentar os "dias tristes que vivemos".
CAPITAIS AMEAÇADAS
Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro são as cidades que não podem relaxar medidas de isolamento social, devido ao número de casos da covid-19 e a capacidade de atendimento dos hospitais. A avaliação é dos secretários executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, e de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, em entrevista coletiva ontem (11) para apresentar o Boletim Epidemiológico Diário.
Em todo o país, até este sábado foram registradas 1.124 mortes em decorrência do novo coronavírus (covid-19) e 20.727 casos confirmados da doença. O estado de São Paulo concentra o maior número de casos (8.419) e de mortes (560). No Amazonas, há 1.050 casos e 53 mortes. No Ceará, são 1.582 infectados e 67 óbitos. No Rio de Janeiro, há 2.607 casos confirmados e 155 mortes.
Segundo Wanderson, é preciso manter o isolamento social para que não seja necessária medida mais drástica, como o bloqueio total (lockdown, em inglês). Ele destacou que o bloqueio total é “uma medida muito amarga que traz impactos econômicos bastante expressivos” e a expectativa é que isso não seja necessário no Brasil. “Para isso é fundamental que o distanciamento social não seja relaxado, especialmente em Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo", disse Wanderson.
BOLSONARO QUER RETOMADA
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que espera a normalização da atividades do país em menos de "três ou quatro" meses, para não haver, segundo ele, uma complicação no cenário econômico. Ao citar os gastos de cerca de R$ 600 bilhões para programas de combate à pandemia do novo coronavírus e manutenção de empregos e renda das empresas, o presidente comparou a situação às margens de um rio após a destruição de uma ponte.
"Estamos com esses R$ 600 bilhões mantendo a comunicação com as duas margens do rio, só que temos um limite, acredito que três meses ou quatro meses fica complicado, então a gente espera que as atividades voltem antes disso", afirmou durante sua live semanal transmitida pelo Facebook.
Bolsonaro voltou a defender o fim do isolamento social amplo para pessoas fora dos grupos de risco da covid-19, como idosos e pessoas com doenças crônicas. "Por mim, quem tem menos de 40 anos já estaria trabalhando, porque nós deveríamos, no meu entender, partir para o isolamento vertical", disse.
Ações de Carlesse e Bolsonaro amenizam sofrimento de famílias carentes. Pleito de outubro pode ser adiado
Por Edson Rodrigues
O Tocantins pode ser contemplado com três hospitais de campanha após uma articulação política conjunta entre o senador Eduardo Gomes, a cúpula do governo de Jair Bolsonaro e o governo Mauro Carlesse. A tendência é que as unidades de saúde para atendimento às vítimas da Pandemia de Covid-19 sejam instaladas no Sul do Estado, na cidade de Gurupi, outra em Palmas e mais uma em uma cidade pólo da região do Bico do Papagaio.
Os três hospitais de campanha serão totalmente custeados pelo governo federal, via Ministério da Saúde, com previsão de funcionamento até o dia 31 de dezembro, com possibilidade de prorrogação dos serviços.
O presidente de Jair Bolsonaro e o governo Mauro Carlesse e senador Eduardo Gomes
Apesar de ser bombardeado por seu comportamento intempestivo, o presidente Jair Bolsonaro tem realizado ações de suma importância e em consonância com os tempos de pandemia, auxiliado por sua equipe de ministros, principalmente o da pasta da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem enfrentado os arroubos de mau-humor do presidente, por estar recebendo mais atenção da mídia por conta das ações do governo federal, e vem ganhando a simpatia do povo brasileiro.
RECURSOS
O Ministério da Saúde liberou nesta sexta-feira (10)mais R$ 4 bilhões extras para estados e municípios reforçarem suas ações de combate ao coronavírus. O valor é um adicional ao que já recebem para custeio de ações e serviços relacionados à saúde. Todos os estados e municípios brasileiros foram contemplados e já estão com o valor em conta. A portaria foi publicada nesta quinta-feira (9) em edição extra do Diário Oficial da União.
Com os recursos, estados e municípios terão mais fôlego financeiro em caixa para aquisição de materiais e insumos, abertura de leitos, além do custeio de profissionais de saúde, ações e procedimentos, de acordo com a necessidade local, para enfrentamento específico ao coronavírus.
Além desse recurso extra, o Ministério da Saúde já liberou, somente este ano, quase R$ 8 bilhões voltados para o combate ao coronavírus. Desse total, R$ 1 bilhão, pago em duas parcelas, são voltados para reforço dos planos de contingência dos estados e municípios para ações de assistência, inclusive, abertura de leitos e custeio.
Outra parte diz respeito a R$ 1,4 bilhão liberados para custeio de 5 mil médicos em contrato de emergência e R$ 900 milhões para custeio dos postos de saúde que aderiram ao Programa Saúde na Hora, que prevê aumento da carga horária de atendimento dessas unidades.
No quesito estrutura, o Governo Federal acabou de assinar contrato com uma fabricante nacional para aquisição de 6,5 mil respiradores, além de ter investido mais R$ 1,5 bilhão para compra de Equipamentos Individuais de Proteção para os profissionais de saúde.
Existem ainda R$ 656 milhões destinados para locação e manutenção de 2 mil novos leitos, pelo período de seis meses, para receber pacientes com coronavírus que necessitarem de hospitalização. Outros R$ 33,8 milhões foram investidos para custeio de 246 leitos de UTI e R$ 77,3 milhões são destinados ao custeio de 270 serviços de urgência.
Além desses recursos, o governo federal já iniciou o pagamento do bônus de 600 reais para trabalhadores informais, que deve beneficiar de 15 a 20 milhões de brasileiros em todo o país.
GOVERNO MAURO CARLESSE
Diante da pandemia do Covid-19 o governador Mauro Carlesse e sua equipe de auxiliares vêm tomando uma série de providências para amenizar os efeitos do mal sobre a população tocantinense. Dentre várias ações, destacam-se o abastecimento das farmácias dos hospitais públicos, a distribuição de mais de 200 mil cestas básicas à população carente, 157 mil kits higiene aos estudantes da rede estadual de ensino, a abertura de várias frentes de trabalho para a recuperação de rodovias e estradas vicinais com recapeamento e operação tapa-buracos.
O governo também vem se esmerando para manter em dia o pagamento dos servidores, pensionistas e aposentados, além da formulação de outras ações que tenham impacto sobre as camadas mais carentes da população, envolvendo acesso aos serviços de saúde e geração de renda.
NOVIDADES
Governador visita Obras de hospital em Gurupi
O governador Mauro Carlesse tem contado com a presteza do senador Eduardo Gomes e seu trânsito privilegiado junto ao governo de Jair Bolsonaro para garantir recursos – tanto os já programados como os empréstimos da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil quanto novo empréstimos pontuais, foram dos recursos vinculados á saúde – e já recebeu uma sinalização positiva para que o montante estipulado para os empréstimos em tramitação seja aumentado.
Os próximos dias serão decisivos para que o martelo seja batido quanto à majoração dos valores, que serão distribuídos entre os 139 municípios tocantinenses, que receberão obras de infraestrutura que servirão, também, para aquecer o comércio local e abrir postos de trabalho em todas as regiões do Tocantins.
Que Deus abençoe e atenda à nossas orações!
Comunidade judaica expõe emissora e apresentador nos Estados Unidos
Com UOL
Os imbróglios envolvendo o jornalista do SBT, Marcão do Povo, em pouco tempo ganhou as manchetes internacionais; Estados Unidos, Israel, Chile, Argentina e México foram apenas alguns dos países que repercutiram o caso. O jornalista, que nesta quarta-feira (8) foi afastado de suas funções na emissora, sugeriu ao Presidente da República Jair Bolsonaro que criasse um “campo de concentração” para abrigar pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.
O tabloide The Tomes Off Israel sintetizou em sua manchete as desculpas do SBT pelo infeliz comentário de seu contratado: “Vai contra os nossos princípios”, destacou a matéria do jornalista Marcus M. Gilban ao impresso do país de povo judaico.
A Jewish Telegraphic, jornal da comunidade judaica nos Estados Unidos também destacou o assunto Marcão do Povo e relembrou que o mesmo esteve envolvido em caso de racismo. “Em 2017, do Povo foi demitido da Record TV depois de chamar a cantora brasileira Ludmilla de ‘macacoa'”, escreveram na matéria.
Na TV Argentina, telejornais como C5N, apresentado pelo renomado Gustavo Sylvestre, também chocou o público local e levou o nome do SBT a patamares negativos jamais imaginados. Analítico de política e ecomimia, o profissional se disse espantado com o assunto.
O polêmico comentário:
“Não seria interessante pegar, por exemplo, montar um campo de concentração, com equipamentos sofisticados, com os melhores profissionais e colocar essas pessoas com problemas e sintomas… E acaba também de ter que espalhar dinheiro pros estados. Esse negócio de vários governadores que nem sequer um caso foi comprovado e o estado decretou calamidade. O estado tem necessidade de decretar calamidade? Não tem!”, afirmou ele durante o Primeiro Impacto.
Confira as manchetes internacionais:
Objetivo da medida é de amenizar os impactos financeiros causados pela pandemia do novo coronavírus
Com Agência Brasil
De acordo com texto da medida provisória (MP) publicada na última terça-feira, 7, uma rodada extraordinária de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) acontecerá ainda em 2020, mais especificamente entre os dias 15 de junho e 31 de dezembro.
O limite estipulado é de até R$ 1.045,00 (um salário mínimo). Por se tratar de uma MP, a aplicação é imediata contanto que haja a aprovação do Congresso em até 120 dias. Em razão da crise gerada pela covid-19, durante o período de calamidade, foi editado um ato que estabelece um rito mais rápido para as votações, agora, de até 16 dias.
Sobre o calendário de saques, caberá à Caixa Econômica Federal determinar as datas do cronograma e o critério do novo saque. No entanto, foi anunciado que aqueles com mais de uma conta vinculada, ou seja, com contas ativas e inativas, deverão começar as retiradas pelas de menor saldo e de empregos mais antigos. O mesmo vale para as contas de empregos atuais.
O objetivo da medida é de amenizar os impactos financeiros causados pela pandemia do novo coronavírus.
Fundo PIS/Pasep extinto
Além da liberação dos saques, a MP também instituiu o fim do Fundo PIS/Pasep, que agora passará a ser de responsabilidade do FGTS. É importante destacar os pagamentos do abono salarial PIS/Pasep aos trabalhadores continua inalterado.
O que acontece é apenas a transferência do que está represado nas chamadas “cotas do PIS”, cerca de R$ 21,5 bilhões, para o FGTS na tentativa de dar mais liquidez ao Fundo. É o que informou os representantes do Ministério da Economia. Confira:
“O que está sendo extinto é o antigo Fundo PIS-PASEP que funcionava como o FGTS: recolhimentos para contas individuais do trabalhador. Esse fundo foi descontinuado pela constituição e desde 1989 a arrecadação a título de PIS e PASEP passou a ser direcionada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT. Quem paga o abono é o FAT. A medida de agora não traz nenhuma repercussão para o abono”.
O recurso do Fundo PIS/Pasep nada mais é do que os depósitos feitos por empregadores entre os anos de 1971 e 1988 às contas individuais dos trabalhadores formais da época. No entanto, com a descontinuação pela constituição, boa parte do dinheiro não foi resgatado. Agora, apesar das sucessivas tentativas de incentivo ao resgate, houve baixa procura pelo dinheiro, seja pelos trabalhadores ou herdeiros daqueles já falecidos.
Ainda na ocasião, o Ministério da Economia afirmou que os beneficiários com direito ao recurso do Fundo ainda poderão resgatar o dinheiro. Veja.
“As contribuições ao PIS e ao PASEP continuarão existindo e são destinadas ao FAT para pagar o abono salarial e o seguro desemprego. Os saldos do Fundo estavam disponíveis para saque desde meados do ano passado. A procura foi caindo e não haveria sentido manter sua estrutura de funcionamento para aguardar o resgate de cerca dos 21 bi, que estão lá. Quem ainda tem direito ao saque do PIS/PASEP terá esse direito mantido”.
Porém, segundo o texto da MP, elas serão mantidas até o dia 1º de junho de 2025. Após essa data, o valor será perdido e passará a ser propriedade da União.
O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, disse que o objetivo agora é controlar a pandemia e tentar mitigar o dano econômico.
Por: Vivian Oswald
Sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, a Organização Mundial de Comércio (OMC) prevê um cenário sombrio para o comércio global este ano. A expectativa é de uma queda vertiginosa que pode chegar a 12,9% na melhor das hipóteses, e a 31,9% na pior delas. E a recuperação vai depender da duração do surto e do resultado das políticas adotadas mundialmente.
Da correspondente da RFI em Londres
”Esta crise é antes de tudo uma crise de saúde pública que forçou governos a tomarem medidas sem precedentes para proteger as vidas de suas populações. As perdas inevitáveis no comércio e na produção mundial terão consequências dolorosas nos lares e nos negócios, além do sofrimento causado pela própria doença, disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo”.
Para montar os seus cenários, o modelo da OMC considera um conjunto de projeções para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e por regiões. Neste contexto, trabalha com uma queda da economia global de 2,5% a 8,8% do PIB este ano.
América do Sul duramente atingida
A América do Sul e Caribe é quem mais vai sentir na pele o efeito da crise, com uma recessão estimada entre 4,3% a 11%. E a recuperação, a partir do ano que vem, por mais seja positiva, está longe de compensar o tombo. No melhor cenário vai a 6,5% e, no pior, 4,8%.
A América do Norte deve ser a região mais afetada pela perda no volume de comércio. Se confirmada a projeção mais pessimista do último balanço feito pelo organismo, a queda será de até 40,9%. O cenário otimista prevê uma redução de 17,1%. A Ásia, por sua vez, pode registrar uma queda no volume de comércio de 13,5% a 36,2% este ano.
Os países da América do Sul e Caribe devem registrar perdas de 31,3% no pior cenário traçado pela OMC, e de 12,9% no melhor. A região já havia tido queda no volume de comércio no ano passado, o que significa que já vinha de uma situação menos favorável.
Brasil, um dos países que mais vão sentir
Maior economia da região, o Brasil deve ser um dos que mais vão sentir. Em 2019, o Brasil respondeu por 1,2% das exportações mundiais de mercadorias (27ª posição global). O valor já foi 7% menor do que no ano anterior. Para importações, o Brasil ficou em 28º lugar no ano passado (com 1% do total mundial) e registrou uma queda de 3% em relação a 2018.
Em todo o mundo, o comércio de mercadorias já vinha caindo sobretudo em função da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A queda foi de 0,1 % no ano passado.
O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, afirmou que o objetivo agora é controlar a pandemia e tentar mitigar o dano econômico causado às pessoas, empresas e países. Segundo ele, os formuladores de políticas públicas precisam começar a planejar o resultado das consequências desta pandemia.
“Esses números são feios – não há outra coisa a dizer. Mas uma retomada rápida e vigorosa no comércio é possível”, disse.
Comércio e recuperação da economia
O relatório da OMC destaca que o comércio será um ingrediente para a recuperação da economia global, juntamente com as políticas fiscal e monetária.
"Manter os mercados abertos e previsíveis, além de promover um ambiente geral de negócios mais favorável, será fundamental para estimular o investimento de que precisaremos”, afirma o documento, que reitera a necessidade do multilateralismo como resposta para a crise.
"Se os países trabalharem juntos, veremos uma recuperação muito mais rápida do que se cada país agir sozinho”, garante Azevêdo.
O relatório compara a atual crise econômica desencadeada pela pandemia de Covid-19 com a crise financeira global de 2008.
Embora os governos tenham voltado a intervir com políticas monetárias e fiscais para combater a desaceleração e oferecer apoio econômico temporário aos negócios e às famílias, desta vez existe um elemento de incertezas adicional: as restrições de locomoção e o distanciamento social.
O fechamento de setores inteiros das economias dificulta das projeções para o futuro. Daí a grande margem para os percentuais adotados nos cenários mais otimistas e os mais pessimistas.
"Nessas circunstâncias, projeções requerem grandes suposições sobre o progresso da doença e está mais dependente de estimativas do que de informações apuradas”, admite o texto.
A pior queda no comércio será provavelmente em setores com cadeias de valor mais complexas, em particular as de produtos eletrônicos e automotivos. O comércio de serviços poderá ser o mais afetado pelo COVID-19 devido às restrições de transporte e viagens.