Live de abertura oficial da Agrotins será às 9h10, nos canais oficiais do Governo do Estado; feira segue até sexta-feira, 18, com palestras e cursos
Por Vania Machado
Começa nesta terça-feira, 15, a maior feira agrotecnológica da região Norte do Brasil, a Agrotins, que pelo segundo ano consecutivo ocorre no formato 100% Digital, devido à pandemia do novo Coronavírus. A live de abertura oficial da Agrotins 2021 100% Digital será às 9h10, nos canais oficiais do Governo do Estado, com a presença do governador do Tocantins, Mauro Carlesse; do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura, Jaime Café; da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina; e do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti.
Com o tema Agro 4.0: Tecnologia no Campo, a Feira vai oferecer, aos produtores rurais, estratégias, inovações e formas de planejamento e controle que possibilitam a transformação da produção no campo. “A Agrotins é a maior feira agrotecnológica no Norte do país, não poderíamos deixar de realizá-la mesmo com a pandemia. Ano passado, inovamos ao adotar o formato 100% Digital e, este ano, vamos repetir para que mais pessoas tenham acesso às tecnologias que são um diferencial na produção agropecuária”, destaca o Governador.
O gestor da Seagro, Jaime Café, ressalta que a expectativa é superar a edição anterior. “Ano passado, foi um sucesso e tenho certeza de que esta segunda edição vai superar a anterior em termos de acesso e de volume de negócios. Estamos na época em que o produtor começa a planejar a próxima safra e isso requer mais investimentos em máquinas e insumos. A Agrotins sempre foi o espaço para fechar negócios nesse sentido e, no formato digital, isso não é diferente. Tenho certeza de que nossos expositores e parceiros farão excelentes negócios com o produtor”, ressalta.
A Feira
A Agrotins 2021 100% Digital ocorre de 15 a 18 de junho pela plataforma www.agrotins.to.gov.br. Nos dias de programação, o público terá acesso a palestras, minicursos, workshops, biblioteca inteiramente digital de livre acesso para a comunidade, vídeos, cartilhas, fotos e notícias sobre os órgãos do Governo do Tocantins. Os conteúdos ficarão disponíveis para acesso até 30 dias após o fim da Feira.
A plataforma também conta com a aba Expositores, local onde as empresas e os demais parceiros da Agrotins trazem as principais novidades tecnológicas usadas no campo e também negociam os seus produtos e serviços.
Coletiva de Imprensa
No final da live da abertura oficial da Agrotins 2021 100% Digital, será aberto espaço para os veículos de comunicação que desejarem fazer perguntas sobre a feira.
Nova ponte em ritmo acelerado
O govenador Mauro Carlesse está transformando um antigo sonho em realidade, com a construção da nova ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional. A obra segue em ritmo acelerado, apesar das torcidas contrarias daqueles que praticam a política rasteira e improdutiva, os que tem como filosofia “quanto pior melhor” e dessa forma armarem seus discursos de salvadores da pátria. Estão entre estes, os derrotados pelo voto popular nas últimas eleições estaduais, onde os eleitores portuenses lhes encaminharam para a casa dos ex.
Planalto com mini reforma na forma
Nos bastidores da política em Brasília, é dado como certas três mudanças nos Ministério de Bolsonaro: Casa Civil da Presidência, ocupada atualmente pelo ministro-chefe General Luiz Eduardo Ramos; Ministério do Turismo, chefiado pelo ministro Gilson Machado e Ministério do Meio Ambiente, que é conduzido pelo ministro Ricardo Salles. Segundo fontes, o Palácio do Planalto já avalia nomes para substituir esses titulares. O centrão intensificou as pressões pela substituição urgente nas três pastas e o Palácio do Planalto articula substitutos, pelo menos dois deverão ter o DNA do centrão; Turismo e Meio Ambiente. Casa Civil é cota pessoal do presidente Jair Bolsonaro.
Marco Maciel – Uma reserva moral de homem público
Exemplo de convivência democrática. O ex-vice-presidente Marco Maciel sempre foi um ser humano que construía as pontes do dialogo nos governos militares e um dos fundadores do PFL. Foi também importante nome na luta pela criação do nosso Tocantins, hipotecando seu apoio à causa, juntamente com o saudoso ex-ministro de Minas e Energia Aureliano Chaves. À época, essas duas grandes lideranças do PFL nacional receberam o então líder do PFL na câmara dos deputados, Wolnei Siqueira que conduzia uma comitiva de líderes do norte goiano para conseguir o apoio da maior bancada de deputados federais da câmara dos deputados e deu o sim em declaração de apoio à criação do estado do Tocantins.
Marco Maciel também foi um ferrenho defensor do fortalecimento educacional no Brasil
Marco Maciel em discusando ao lado de Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Aureliano Chaves e José Sarney
Enquanto diretor-presidente deste jornal – O Paralelo13 - tivemos a honra de viajar por vários estados brasileiros junto com este guerreiro da democracia para a criação do PFL jovem e o tínhamos como nosso ‘padrinho’.
O Brasil fica mais pobre politicamente, com a partida deste homem que exerceu quase todos os cargos eletivos da república, faltando apenas o de presidente da república. Quando ministro da educação, deixou uma semente plantada no Tocantins, na capital da amizade, ao atender o comandante Jacinto Nunes, então prefeito de Gurupi, com o pedido de viabilizar a criação e instalação da Universidade de Gurupi – Unirg, que hoje é uma referência, graças a este grande defensor da educação brasileira, com quem tivemos a oportunidade de conhecer de perto e conviver como colaborador, antes de nos fixar no gabinete do também amigo, protetor e professor Wolnei Siqueira. Marco Maciel deixa um legado de bons exemplos e a lição de que nem mesmo os mais altos cargos o fez deixar de sempre calcar as sandálias da humildade e de respeito com o que é público.
Esteja com deus guerreiro!
Obrigado por tudo!
Os partidos e suas respectivas sobrevivência
A reforma política de 98, com as barreiras impostas aos partidos, coloca em xeque os partidos políticos e suas respectivas sobrevivências, quando impõe a existência destes somente se conseguirem eleger uma bancada robusta, do contrário desaparecerão com as eleições de 2022.
O PSDB e o DEM correm risco de desaparecerem com os registros dos eleitos para câmara dos deputados, o mal vivido por estas duas legendas estão sob a responsabilidade dos membros da cúpula nacional, que estão esquartejando o patrono dos partidos que não tiveram sucesso nas eleições municipais de 2020.
Tais disputas internas dentro da cúpula deixa os estados órfãos, sem nenhuma orientação por parte do diretório nacional. O cenário futuro não sopra a favor do partido nos estados e, dependendo das normas que deverão ser aprovadas para as eleições de 2022, pode complicar mais ainda a sobrevivência destas legendas nos estados, por seus representantes estaduais.
Temporada de praias
Governo precisa agir com força policial para evitar um caos. O governo não pode fingir-se de cego, mudo e surdo com os acampamentos nas praias, ilhas e pontos turístico, em território tocantinense, com os hospitais públicos e privados lotados, tanto em leitos clínicos como em UTIs de covid-19. Falta a presença do Estado para frear a disseminação do vírus, levando um possível colapso no sistema de saúde do estado.
Ou o governo age, ou o Tocantins passa a ser a “casa da mãe Joana” ou ainda uma “republiqueta de quinta categoria”. Se não colocar a polícia nas ruas, logo poderemos estar na fila dos estados com mais mortes por covid-19, nos próximos 45 dias. Fiscalização com reforço policial só o estado pode e deve fazer.
Não adianta distribuição de cestas básicas se não houver ordem
O governador Mauro Carlesse tem demonstrado sua preocupação com as famílias mais necessitadas, proporcionando distribuição de cesta básicas àqueles que precisam, mas o governo precisa também agir na proibição de aglomerações, principalmente nas cidades turísticas que já começam apontar praias, ilhas e balneários lotados. São turistas vindo do Estados vizinhos de Goiás, Distrito Federal e outros. Nas rodovias e estradas que dão acesso às cuidasse turística do nosso estado são vistos muitos carros com reboques transportando barcos e jet ski.
O governo precisa agir com fiscalização policial, multas, confisco de barcos, motores e geradores de energia.
Covid-19: Brasil com transmissão 'extremamente alta' em quase todo o território
O Brasil é o terceiro país em número de casos de Covid-19 (17,2 milhões) e o segundo em número de mortes (482 mil). Segundo pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a transmissão comunitária da Covid-19 permanece em níveis "extremamente altos" em quase todo o Brasil, um sinal de que a pandemia do novo coronavírus segue descontrolada no país.
Com base em dados do SIVEP-Gripe, Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe do Ministério da Saúde, e estimativas corrigidas, foi observada a evolução do número de hospitalizações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por data dos primeiros sintomas e constataram que na semana iniciada em 7 de junho, a transmissão comunitária do vírus está "extremamente alta" em todas as Unidades da Federação, com exceção de Roraima e Espírito Santo. Nesses dois últimos, "muito alta".
Fiocruz alerta o TO e sugere lockdown total
Em recente boletim sobre o cenário da pandemia da Covid-19 em todo o Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta ao Tocantins para o elevado nível de transmissão do vírus e a alta taxa de ocupação de leitos de UTIs de Covid-19. O Estado, conforme o boletim, está com a taxa de ocupação de UTIs para Covid-19 acima de 90%, situação considerada crítica para os especialistas que sugerem lockdown total como medida de contação do crescimento de contaminação.
Entre as medidas de mitigação da pandemia da covid-19, a Fiocruz cita que o bloqueio total das atividades não essenciais, o chamado lockdown, deve ser adotado em estados e municípios com taxas de ocupação de leitos UTI de Covid-19 de 85% ou mais, como é o caso do Tocantins e outros 14 estados. De toda forma, a instituição entende ser necessária a manutenção de medidas restritivas enquanto a maior parte da população não está vacinada.
Bolsas em Alta e Dólar em queda
O Ibovespa terminou em alta de 0,59% aos 130.207 pontos o pregão da segunda-feira (14), apoiado pelo otimismo com a reabertura da economia brasileira após o estado de São Paulo antecipar em mais de 30 dias o calendário de vacinação contra a Covid-19. Os ganhos na sessão foram liderados por papéis diretamente beneficiados pela retomada, como Cogna ON (+9,4%) e BRMalls ON (+4,2%). O dólar comercial fechou em queda de 1,13% nesta segunda-feira, cotado a R$ 5,0692. O dólar comercial fechou em queda de 1,13% nesta segunda-feira, cotado a R$ 5,0692.
Violência da polícia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, que para a resolver a questão da insegurança é necessário redefinir o papel da polícia como força repressora do Estado. O petista participou de um encontro com líderes comunitários de favelas e organizações sociais no Rio de Janeiro. Lula apontou as operações policiais comumente realizadas nas comunidades como propulsoras de mais violência. “Muitas vezes, quando a polícia vai [às comunidades], ela não vai para resolver a violência. Ela vai para contribuir, levando a violência também”, disse o ex-presidente, que planeja ser o candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2022.
Mais beneficiados com valor maior
O novo Bolsa Família prevê pagamento médio de R$ 250, com custo total de R$ 51,51 bilhões. Com nome provisório de Renda Cidadã, estima chegar a pelo menos 16,7 milhões de famílias; entre os benefícios, auxílio creche, ajuda para os órfãos da covid e bônus por mérito escolar, "Só de auxílio emergencial ano passado, nós gastamos mais do que 10 anos de Bolsa Família. Então, o PT, que fala tanto em Bolsa Família, hoje a média dá R$ 192. O auxílio emergencial está R$ 250, é pouco, sei que está pouco, mas é muito maior que a média do Bolsa Família. A gente pretende passar para R$ 250, agora, em agosto, setembro", afirmou Bolsonaro a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Deputado foi acusado de infração disciplinar por ataques a integrantes do partido, em especial ao presidente, ACM Neto
Por Marcelo de Moraes e Vera Rosa
A Executiva Nacional do DEM decidiu nesta segunda-feira, 14, por unanimidade, expulsar o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (RJ) do partido. O rompimento entre Maia e o presidente do DEM, ACM Neto, ocorreu às vésperas da eleição que renovou o comando da Câmara e do Senado, em fevereiro. Maia está de malas prontas para o PSD de Gilberto Kassab.
“O presidente Torquemada Neto está usando o seu poder para proibir críticas à sua gestão”, disse Maia ao Estadão, numa referência a ACM Neto, que comanda o partido e é pré-candidato ao governo da Bahia. “Ele está seguindo o caminho autoritário do bolsonarismo”.
Na avaliação do deputado, que comparou ironicamente ACM Neto a Tomás de Torquemada, inquisidor geral espanhol no século XV, o DEM já fechou aliança com o presidente Jair Bolsonaro. Para ele, o ex-prefeito de Salvador transformou o partido em um apêndice do Palácio do Planalto porque quer ser vice na chapa da reeleição, em 2022. O presidente do DEM nega, diz que não é bolsonarista e que não vai entrar em um bate-boca com Maia.
O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). © MARCELO CHELLO / ESTADÃO O ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
“Assim como nunca fiz, não será agora que vou me permitir estar no nível do desequilíbrio e das agressões feitas pelo ex-presidente da Câmara”, afirmou Neto. “A decisão da Executiva Nacional do Democratas, adotada à unanimidade dos seus membros, fala por si”.
O ex-presidente da Câmara foi expulso por “infração disciplinar”. No mês passado, Maia chamou ACM Neto de “malandro baiano” e “baixinho sem caráter” nas redes sociais do partido após ele ter feito críticas ao governador de São Paulo, João Doria. O tucano conseguiu filiar o vice-governador Rodrigo Garcia ao PSDB, irritando Neto, uma vez que Garcia era do DEM.
As divergências entre Maia e o ex-prefeito de Salvador aumentaram após a bancada do DEM rachar e decidir apoiar a candidatura do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) à presidência da Câmara, há quatro meses. Maia lançou Baleia Rossi (MDB-SP) à sua sucessão e reuniu vários partidos, inclusive de oposição, em uma ampla aliança. Na última hora, porém, Neto disse a ele que a maioria da bancada avalizaria Lira na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado.
Maia entrou no mês passado com processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se desfiliar do partido, alegando justa causa, mas a ação fica prejudicada com a decisão da Executiva do DEM, que decidiu por sua expulsão. Com a medida, o deputado pode agora mudar de legenda sem risco de perder o mandato. Atualmente, o prazo estabelecido por lei para que essas trocas sejam feitas é de seis meses antes das eleições, a não ser que o TSE aprove pedido de justa causa para a desfiliação.
Negociação do governo com a farmacêutica em 2020 é um dos alvos da CPI da Covid, no Senado
Por Agência O Globo
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta segunda-feira com a presidente da farmacêutica Pfizer na América Latina , Carlos Murillo, e a presidente da empresa no Brasil, Marta Díez. Ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o governo brasileiro pediu a antecipação de doses da vacina da empresa.
A relação entre o governo federal e a Pfizer é um dos pontos centrais da CPI da Covid, que investiga os motivos que levaram Bolsonaro e seus auxilares a demorarem meses para responderem às ofertas feitas pela empresa oferecendo vacinas. Carlos Murillo, da Pfizer, foi uma das testemunhas ouvidas pelos senadores.
Nos últimos dias, governadores e prefeitos anunciaram antecipações do cronograma de vacinação, como João Doria, em São Paulo. O prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, também prometeu acelerar a campanha de imunização em breve. Os anúncios geraram críticas de integrantes do governo. Queiroga chegou a responder ao anúncio do tucano, destacando que a antecipação só seria possível graças às doses obtidas pelo governo federal, mesma crítica feita por alguns deputados bolsonaristas.
O encontro não estava previsto na agenda do presidente, mas consta na agenda do ministro Marcelo Queiroga. Na audiência, também estavam o chanceler Carlos Alberto França, e o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.
Por parte da Pfizer, foram ao Palácio do Planalto dois executivos da empresa, Lucila Mouro e Rodrigo Sini. Murillo e Díez acompanharam a reunião de forma remota. Procurada, a empresa não quis comentar sobre a reunião.
Segundo levantamento da FGV, o Índice Gini de desigualdade de renda pode ser considerado "o pior ponto da crise social"
Por Daniela Amorim
A perda do emprego ao longo da pandemia afetou mais os brasileiros mais pobres, o que fez a desigualdade de renda proveniente do mercado de trabalho subir a um recorde histórico no primeiro trimestre de 2021, segundo levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social).
O Índice de Gini - indicador de desigualdade de renda - referente ao rendimento domiciliar per capita obtido do trabalho subiu a 0,674 no primeiro trimestre de 2021 ante 0,669 no quarto trimestre de 2020. No primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia ainda não tinha afetado tão fortemente o mercado de trabalho no País, o resultado era consideravelmente mais baixo: 0,642. O Índice de Gini mede a desigualdade numa escala de 0 a 1. Quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de renda.
O primeiro trimestre de 2021 pode ser considerado "o pior ponto da crise social", segundo a FGV Social. Indicadores objetivos de performance trabalhista, como desigualdade e bem-estar baseados em renda per capita do trabalho apresentam queda inédita na pandemia, escreveu Marcelo Neri, diretor do FGV Social.
No primeiro trimestre de 2021, a renda média per capita despencou para o patamar mais baixo da série histórica, aos R$ 995, ficando abaixo de R$ 1.000 mensais pela primeira vez. O resultado significa um tombo de 11,3% ante a renda média recorde de R$ 1.122 alcançada um ano antes, no primeiro trimestre de 2020.
O estudo da FGV Social considera a renda efetivamente recebida do trabalho dividida por todos os integrantes da família, a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série histórica tem início no quarto trimestre de 2012.
O levantamento calcula ainda o índice de bem-estar social, que combina a medidas de desigualdade de renda e do nível de renda da população. Após chegar ao primeiro trimestre de 2020 em R$ 402, praticamente no mesmo patamar do início da série histórica, em 2012, houve um tombo ao longo da pandemia, descendo ao piso histórico de R$ 324 no primeiro trimestre de 2021, um tombo de 19,4% em relação ao patamar de um ano antes.
Os mais pobres perderam mais renda entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021. Enquanto a renda média geral caiu 10,89% no período de um ano, a metade mais pobre teve uma perda de 20,81%.
"Em suma, a perda de ocupação (desemprego e participação trabalhista) foi o principal responsável pela queda de poder de compra médio dos brasileiros", resumiu Neri, no estudo.
Os trabalhadores brasileiros com menor nível de instrução foram os mais prejudicados pelo choque provocado pela pandemia de covid-19 no mercado de trabalho, confirmou um outro estudo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No primeiro trimestre de 2021, o número de horas trabalhadas pelos profissionais com ensino fundamental incompleto despencou 12,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Por outro lado, as pessoas com ensino superior completo trabalharam 11,7% mais horas que no mesmo período do ano anterior.
O levantamento mostra perda no número de horas trabalhadas também para quem tinha o ensino fundamental completo (-6,0%) e ensino médio completo (-4,1%). As informações têm como base também os microdados da Pnad Contínua do IBGE.
O estudo faz parte do cálculo do Índice de Qualidade do Trabalho (IQT), que começa a ser divulgado pelo Ipea, combinando informações de mercado de trabalho com dados de escolaridade e experiência de trabalhadores. O objetivo é acompanhar a evolução da produtividade do trabalho no País.
"Com base nesse indicador, analisamos as mudanças de composição do trabalho no Brasil de 2012 a 2020, que apresentam um viés de melhora mais acentuada nos momentos de crise econômica - período em que os trabalhadores menos qualificados estão mais expostos ao desemprego", explica o Ipea, na Carta de Conjuntura divulgada nesta segunda-feira, 14.
Houve crescimento médio de 2,31% ao ano na qualidade da população ocupada no mercado de trabalho brasileiro durante entre o segundo trimestre de 2012 até o primeiro trimestre de 2021. O resultado tem influência da melhora no nível educacional da população em idade ativa, mas é também puxado pela saída acelerada de trabalhadores com grau de instrução mais baixo em períodos de crise econômica.
O Índice de Qualidade do Trabalho (IQT) cresceu 2,7% ao ano na comparação entre o primeiro trimestre de 2014 e o quarto trimestre de 2016, e 11,9% ao ano na comparação entre o quarto trimestre de 2019 e o segundo trimestre de 2020, auge do impacto econômico provocado pela crise sanitária.
"Já nas fases de expansão econômica, o crescimento médio ficou entre 0,90% a.a. (ao ano) e 1,5% a.a. (ao ano) - bem inferior às variações dos períodos recessivos. Assim, concluímos que a participação relativa dos grupos demográficos mais qualificados aumentou em decorrência da maior perda líquida de vagas dos trabalhadores de baixa qualificação em períodos de turbulência econômica", apontou o Ipea.