Moro tem nova data para decidir destino político – saiba qual. Fusão entre PSL e DEM quer Sergio Moro como candidato à Presidência em 2022
Por Laryssa Borges
Afastado do cenário político de Brasília desde que deixou o Ministério da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Sergio Moro definiu um novo prazo para informar a apoiadores e partidos políticos se pretende disputar as eleições presidenciais de 2022. A resposta de Moro é esperada para o dia 1º de novembro, uma segunda-feira, quando caciques do Podemos, partido que pretende filiá-lo para uma candidatura da chamada terceira via, devem voltar a conversar com o ex-juiz.
O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 -© Marcelo Camargo/Agência Brasil O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 -
Antes fechado em copas sobre seu interesse em rivalizar com o presidente Bolsonaro, de quem foi subordinado, e com o ex-presidente Lula, de quem foi algoz na Lava-Jato, Moro deu sinais de que está em busca de economistas para orientá-lo e de especialistas na área de educação capazes de apresentar a ele os gargalos e potenciais do setor para uma eventual plataforma de pré-campanha. A definição pelo primeiro dia de novembro para a provável resposta sobre seu destino político leva em conta o fato de que até lá ele saberá se ficará por mais um ano como contratado da consultoria americana Alvarez&Marsal ou se retornará em definitivo ao Brasil para entrar em uma carreira política.
Segundo interlocutores que conversaram com Moro nas últimas semanas, ele se mostrou contrariado, por exemplo, com uma decisão da Câmara dos Deputados de impor uma quarentena eleitoral, a partir de 2026, para ex-juízes que pretendam se candidatar. Já foi orientado mais de uma vez a buscar treinamento de experts para melhorar sua oratória e a parlamentares sinalizou em diferentes oportunidades que concordaria em compor uma chapa presidencial com outro nome da seara política se o aliado aparecer em um futuro próximo mais bem colocado que ele em pesquisas eleitorais.
A atual indefinição de Sergio Moro sobre uma candidatura compromete as articulações por palanques regionais, que ficam em compasso de espera para fechar alianças. O eventual lançamento do nome do ex-juiz da Lava-Jato teria como consequência menos adesão partidária, já que boa parte da classe política, afetada pela operação anti-corrupção, não embarcaria em uma candidatura do ex-magistrado. Ao mesmo tempo, Moro aparece numericamente a frente de outros nomes que reivindicam a paternidade da terceira via, como os governadores João Dória e Eduardo Leite e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Enquanto o ex-juiz não dá sua palavra final, o Podemos mantém há meses conversas políticas com o DEM, que acaba de aprovar sua fusão com o PSL, antigo partido de Bolsonaro, para uma possível parceria em 2022. O candidato natural da legenda, o senador Alvaro Dias (PR), já informou que não pretende concorrer à Presidência no próximo ano.
União Brasil
O União Brasil, partido que vai sair da fusão PSL-DEM, iniciou uma ofensiva para ter o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como candidato em 2022. Um dos interlocutores da nova sigla com o ex-juiz da Operação Lava-Jato é o vice-presidente do PSL, deputado Júnior Bozzella (SP). De acordo com o parlamentar, uma definição sobre a filiação deve ocorrer em novembro.
“Acredito que, no mês que vem, quando ele voltar dos Estados Unidos. Dentro do nosso partido ele terá muitos apoios”, disse Bozzella, que integra a comissão organizadora da fusão. A nova sigla pretende ter candidatura própria a presidente da República e Moro tem conversado com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta — de quem foi colega quando eram do governo de Jair Bolsonaro, hoje pré-candidato pelo futuro União Brasil.
Ele elogiou a atuação do ex juiz no combate à corrupção. “Moro tem uma visão de combate à corrupção, uma parte da vida dele totalmente dedicada a esse tema, tem muita gente que o apoia e que quer uma clareza”, afirmou Mandetta.
O Hospital Samaritano da Barra pediu na última quinta-feira (7), em ofício à Polícia Federal, que fossem enviados policiais federais para monitorar o ex-deputado Roberto Jefferson, que está internado há mais de um mês na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o documento, o hospital "não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia".
Com G1
Jefferson recebeu alta hospitalar na quarta-feira, após 35 dias internado. Primeiro para tratar uma infecção urinária e depois para um cateterismo.
Procurada pelo g1, a assessoria do hospital informou que não comentaria o caso.
O ofício do hospital foi enviado pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do ex-deputado no dia 13 de agosto.
Na decisão, o ministro escreveu que o político faz parte de uma "possível organização criminosa" que busca "desestabilizar as instituições republicanas".
Jefferson aguarda Moraes decidir se vai para a prisão domiciliar ou volta para o sistema prisional.
Enquanto isso, o Hospital Samaritano pede "que sejam enviadas informações sobre o procedimento a ser seguido para a desospitalização e a transferência do custodiado, bem como requerer o envio, tão célere quanto possível, de equipe policial para fazer a escolta do sr. Roberto Jefferson".
No ofício enviado à PF afirma que "O hospital vem custeando, há quase 35 dias, um posto de vigilância privada, 24 horas por dia, em frente ao quarto do sr. Roberto Jefferson; ocorre que, lamentavelmente, o hospital não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia, seja porque não possui poder de polícia, seja porque não detém condições de garantir a devida segurança ao paciente/custodiado, bem como aos colaboradores e demais pacientes do hospital."
O projeto original prevê o pagamento do 14º salário para aposentados e pensionistas do Regime Geral de Previdência Social referente aos anos de 2020 e 2021
Jornal Contabil
Grande parte dos aposentados e pensionistas ajudam no sustento de suas famílias com os valores que são pagos pelos benefícios que recebem. De acordo com dados, antes da pandemia Covid-19, mais de 10 milhões de brasileiros, já dependiam financeiramente da renda que os aposentados recebiam para viver,
A comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados decretou aprovação do texto do Projeto que cria o abono em dobro emergencial aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
E também saiu ontem (07) nova movimentação na Câmara dos Deputados, relatório do 14º salário finalmente é publicado e aprovado! Confira:Nesses últimos dias, o projeto do 14º salário sofreu com diversas movimentações! Uma das movimentações ocorridas recentemente, é que em 27 de setembro foi designado um relator ao projeto, o Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE).
O Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE) em seu perfil do Instagram, em 29 de setembro, declarou que seria o novo relator do projeto e iria emitir o parecer sobre o tema que vai beneficiar os aposentados e pensionistas do país.
Pela declaração do relator, se dá pra entender que ele apoia o pagamento do projeto. Esse apoio é muito positivo por assim o projeto poder chegar em sua mão mais cedo, sem imprevistos pela parte dele!
Na tarde desta quinta-feira (07), saiu o relatório do 14º salário! Ocorreu então a apresentação do parecer do relator Deputado Fábio Mitidieri, no qual foi aprovado com emendas e do substitutivo adotado pela Comissão de Seguridade Social e Família.
“Nesse contexto, o presente Projeto de Lei visa exatamente proporcionar um benefício temporário para esse grupo tão fragilizado da população que, segundo o substitutivo aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, se estenderia até 2023.” Declarou o Deputado Federal Fábio Mitidieri (PSD-SE).
Quem irá receber:
Aposentados;
Pensionistas;
Auxílio doença;
Auxílio acidente.
As entregas acontecem nesta sexta-feira, 09 e sábado, 10.
Por Eliane Tenório
Os brinquedos são importantes para o desenvolvimento, dão asas à imaginação e alegram o cotidiano das crianças. Com proposta de alegrar o Dia da Criança, comemorado em 12 de outubro, os servidores da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) entregaram na tarde desta sexta-feira, 08, bonecas, bolas e bambolês, entre outros brinquedos arrecadados na Campanha “Faça uma Criança Feliz”, iniciativa dos próprios servidores. As entregas foram na Associação Jesus de Nazaré e no Condomínio Maria Olívia.
No sábado, 09, serão entregues os brinquedos para as crianças assistidas pela Associação Comitiva Esperança.
A gerente do RH da Setas, Nuzivânia Carvalho, contou que no momento delicado que estamos vivendo, nessa pandemia, surgiu o pensamento de proporcionar às crianças vulneráveis um dia mais feliz. “Os servidores da Setas, movidos pelo o espírito de solidariedade, se reuniram para alegrar e fazer um dia mais feliz para crianças. A arrecadação será destinada para entidades beneficentes”, afirmou.
Secretário da Setas, José Messias Araújo e presidente da Associação Jocel Araújo. Carlessandro Souza
A servidora da Setas Karla Patrícia Carvalho de Andrade, contou da emoção que é participar da campanha de doação. “É muito gratificante, a gente se envolve com espírito solidário. Até na hora da escolha do brinquedo a gente se comove e sente que não pode dar qualquer coisa, escolhe um brinquedo que sabe que a criança vai usar no seu dia a dia, inserir na sua rotina”, explicou. “A gente se uniu nessa força tarefa num esforço mínimo para levar alegria para as crianças”, afirmou.
O projeto social conta com o apoio do secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, José Messias de Araújo. “A gente abraça essas causas sociais porque sabe do valor que isso tem na vida do ser humano. É sentir que a sociedade está consciente de sua responsabilidade e que os servidores sabem que cada pessoa tem que fazer a sua parte para construir um mundo melhor”, afirmou. “É muito gratificante ver a mobilização dos servidores em ações voluntárias de extrema importância”.
Entrega de cestas básicas
Na ocasião, o Governo do Tocantins, por meio da Setas, realiza a entrega de mais de 600 cestas básicas, com objetivo de atender as famílias vulneráveis assistidas pelas três instituições.
Entrega na Associação Jesus de Nazaré
Na entrega dos brinquedos para a Associação Jesus de Nazaré, uma das associadas, Camila Lopes, 33 anos, com quatro filhos, foi receber os presentes. “Foi muito difícil na pandemia, os projetos pararam todos e as crianças ficaram muito ansiosas. As doações são muito importantes porque as crianças ficam animadas quando ganham brinquedo”, afirmou”.O presidente da Associação Jocel Araújo, afirmou que a ajuda dos colaboradores da Setas é muito importante “ Tudo que foi arrecadado será encaminhado para quem realmente precisa”.
Associação Jesus de Nazaré
A instituição existe há mais de 20 anos e desenvolve diversos projetos junto às comunidades da região norte de Palmas, atendendo cerca de 4 mil famílias.
Os parlamentares são suspeitos de cobrar comissão para indicar recursos do orçamento secreto
Por Breno Pires
A Polícia Federal investiga pelo menos três deputados e um senador sob suspeita de participarem de um esquema de "venda" de emendas parlamentares no Congresso. Um deles é o deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA), que já foi alvo de operação no fim do ano passado por desvios de dinheiro público em contratos da área da saúde firmados entre prefeituras e empresas do próprio deputado. Os nomes dos demais investigados ainda estão sob sigilo.
Como o Estadão mostrou na quarta-feira, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, admitiu, em audiência na Câmara, "não ter dúvida" de que há corrupção envolvendo recursos federais indicados por parlamentares via emendas. Ao ser questionado sobre o orçamento secreto, esquema montado pelo governo de Jair Bolsonaro para aumentar sua base eleitoral no Congresso, Rosário afirmou que sua pasta e a PF investigam a venda de emendas e que, em breve, deve haver novidades.
Há pelo menos dois inquéritos sigilosos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o esquema, batizado de "feirão das emendas" por deputados e assessores. A suspeita é de que parlamentares cobram comissão para indicar recursos do Orçamento a uma determinada prefeitura. O dinheiro seria pago por empresas interessadas nas obras e serviços ou pelo próprio agente público.
No caso de Maranhãozinho, a Operação Descalabro, deflagrada em dezembro, apontou que ele indicou um total de R$ 15 milhões em emendas para fundos de saúde controlados por prefeituras maranhenses, que, por sua vez, firmaram contratos fictícios com empresas de fachada em nome de laranjas. O destinatário final do dinheiro, de acordo com a investigação, seria o próprio deputado.
"Posteriormente essas empresas efetuaram saques em espécie e o dinheiro era entregue ao deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís", afirma relatório da PF sobre a operação.
Bloqueio
Ao autorizar a investigação, o ministro-relator no Supremo, Ricardo Lewandowski, determinou o bloqueio de mais de R$ 6 milhões em patrimônio do parlamentar. Anteontem, Maranhãozinho também foi alvo de operação da Polícia Civil e do Ministério Público maranhense que investiga suspeita de fraude em licitações R$ 160 milhões envolvendo uma de suas empresas.
Como desdobramento da Operação Descalabro, um novo inquérito foi aberto, em maio. Desta vez, além de Maranhãozinho, mais dois deputados e um senador são alvo. Procurado ontem pela reportagem, Maranhãozinho não se manifestou sobre o assunto.
Em uma das investigações, a PF encontrou papéis com nomes de parlamentares e menções a possíveis pagamentos de propina pela destinação de emendas parlamentares. O caso teve origem em denúncia feita pelo ex-prefeito de São José de Ribamar (MA), Eudes Sampaio, que se disse ameaçado por agiotas que buscavam obter porcentuais de recursos transferidos para a prefeitura.
Versão
A menção do ministro da CGU a investigações sobre vendas de emendas representou uma mudança de postura do governo em relação a irregularidades envolvendo a destinação de recursos via orçamento secreto, caso revelado pelo Estadão em maio. Se, no início, o discurso de ministros e do presidente Jair Bolsonaro era de que não havia nada de errado, agora o próprio chefe da CGU admite falta de transparência sobre os parlamentares por trás das indicações, mas joga a responsabilidade para o Congresso.
Chamado de "tratoraço" por envolver a compra de tratores, o esquema do orçamento secreto tem ajudado Bolsonaro a manter uma base fiel no Congresso e, com isso, escapar de processos de impeachment. Bilhões de reais foram distribuídos para um grupo de deputados e senadores que determinaram o que fazer com o dinheiro sem qualquer critério técnico ou transparência.
O esquema funciona com um conluio entre governo e parlamentares. O Palácio do Planalto escolhe para quem vai liberar dinheiro do orçamento secreto e aceita que o parlamentar indique o valor e o que deve ser feito com o montante, incluindo a cidade que irá receber. Em troca, o deputado ou senador favorecido apoia o governo no Congresso.
Segundo o Estadão apurou com integrantes do governo, a estratégia de ministros de tentar "terceirizar" a responsabilidade nos casos de irregularidade no orçamento secreto começou a ser traçada ainda em maio. Após as reportagens do Estadão, o ministro Rogério Marinho teve de se explicar a Bolsonaro. Em uma conversa, disse que, se houvesse qualquer problema, seria "na ponta", ou seja, na execução de emendas por prefeitos, em conchavo com os parlamentares.
Um exemplo dessa mudança de discurso foi dado por Rosário na audiência da Câmara de anteontem. Ao tratar da falta de critérios dos ministérios para liberação de recursos, o ministros disse que "hoje o governo está seguindo o que o relator (do Orçamento no Congresso) indica". E admitiu não saber quem são os parlamentares responsáveis por indicar recursos via emenda de relator-geral, que compõe o orçamento secreto. "Se o Parlamento não me informar quem está beneficiado, eu não sei", disse o ministro.
Em setembro, Bolsonaro também adaptou o discurso. Após passar meses repetindo não haver corrupção no governo, disse que, se houver algum caso, a culpa não é dele. "Eliminou-se a corrupção? Obviamente que não. Podem acontecer problemas em alguns ministérios? Podem, mas não será da vontade nossa", disse ele em evento da Caixa que marcou os mil dias de mandato.
Após a publicação da reportagem, o deputado Josimar Maranhãozinho entrou em contato e disse que a PF não comprovou nenhuma irregularidade. "Muitas prefeituras me enviaram relatórios apontando que executaram os recursos adequadamente e, em outras, o dinheiro ainda estava em conta", disse ele, questionando que tenha havido desvios. Segundo ele, os R$ 2 milhões apreendidos na Operação Descalabro tinha origem em negócios pessoais, como a pecuária. Ele disse que tinha declarado R$ 1,6 milhão e o demais era para movimentações de compra e venda de gado.