A cerimônia será realizada no Salão Nobre do Planalto
Por Emilly Behnke
O presidente Jair Bolsonaro promoverá mais um evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira, 6, às 10h, desta vez para dar posse a sete ministros de seu governo. Como o Broadcast Político antecipou, a cerimônia oficializará as seis trocas ocorridas na equipe ministerial na semana passada. Além disso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também deve ser oficializado simbolicamente, já que assinou seu termo de posse de forma reservada no dia 23 de março.
A cerimônia será realizada no Salão Nobre do Planalto e deve reunir autoridades do governo, parlamentares e demais convidados. Conforme o Estadão mostrou, desde o início da pandemia da covid-19, Bolsonaro promoveu pelo menos 41 cerimônias com aglomeração no Palácio do Planalto.
Além de Queiroga, o evento também será simbólico para outros dois ministros já empossados na semana passada em ato reservado no gabinete do presidente. São eles: André Mendonça, da Advocacia-Geral da União (AGU), e Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública.
Na cerimônia de amanhã, serão empossados os ministros militares que mudaram de pastas após o presidente Jair Bolsonaro demitir Fernando Azevedo e Silva, do Ministério da Defesa. A pasta agora é comandada pelo general Walter Braga Netto, que para isso deixou a chefia da Casa Civil. Em seu lugar, assumiu Luiz Eduardo Ramos, até então responsável pela Secretaria de Governo (Segov).
A articulação com o Parlamento irá agora para as mãos da deputada Flávia Arruda (PL-DF), ministra nomeada chefe da Segov e mais uma representante do bloco Centrão dentro do governo. A deputada e Carlos França, que substituirá Ernesto Araújo no Ministério das Relações Exteriores, completam o grupo de novos ministros que serão empossados nesta terça.
PORTO NACIONAL LIDER EM ÍNDICES LETAIS
Se o Brasil, hoje, é o epicentro mundial da pandemia de coronavírus, a cidade de Porto Nacional pode ser considerada o epicentro tocantinense desse mal.
Somente no mês de março já morreram 48 pessoas e as previsões para o mês de abril são de que a letalidade pode chegar a 200 óbitos, caso as autoridades municipais e estaduais não adotem medidas com urgência, Porto Nacional pode sucumbir, perdendo dezenas de vidas por falta de ação e omissão das autoridades.
Pelo aumento no número de contaminações, podemos chegar em maio com mais de 100% de aumento no número de mortes.
TODO CUIDADO É POUCO
Porto Nacional entrou em um período de alta contaminação. É a cidade do Estado em que o índice de transmissão bate recordes, seguindo os indicadores apresentados pelas principais cidades como Palmas, Araguaína e Gurupi, tão assoladas pela pandemia.
Não há mais vagas em hospitais públicos ou particulares por todo o Estado, e a Saúde Pública Brasileira está colapsada.
Por isso, todo cuidado é pouco contra a Covid-19. Use máscaras, evite sair de casa, aglomerações e redobre a higienização com álcool em gel e lavando as mãos com bastante sabão.
Se não há assistência médica para todos, faça a sua parte e cuide de você e de quem você ama.
PORTO NACIONAL: UTIs JÁ!
Um grupo apartidário de mulheres, preocupadas com o agravamento da contaminação pela Covid-19 e a perda acentuada de vidas em Porto Nacional, está organizando uma carreata para a próxima terça-feira, dia seis, às 15h, com concentração no Posto do Trevo, na saída para Palmas.
A intenção é levar a carreata até a Capital e percorrer as ruas do centro administrativo, para reivindicar urgência a instalação dos leitos de UTI prometidos pelo governo para Parto Nacional e a contratação de médicos e profissionais da área da Saúde para o município.
Todos estão convidados a participar, lembrando que o movimento é apolítico e não serão aceitas manifestações nesse sentido durante o ato.
O protesto é por mais saúde e pela preservação de vidas, não por questões políticas.
ALERTA AOS PORTUENSES
Vale lembrar que as 10 UTIs reivindicadas para Porto Nacional, quando instaladas, não serão exclusivamente para cidadãos de Porto Nacional. Os leitos serão parte do Sistema Integrado do SUS, podendo, inclusive, atender a pacientes de outros estados, pois estarão abertos a todos os pacientes do SUS.
Dessa forma, não está afastado o risco de um portuense precisar de um leito de UTI e o mesmo não estar disponível, no momento.
O sistema público de saúde nacional está superlotado e quem bancará os custos desses leitos será o SUS, porém, eles são regulamentados pela secretaria estadual nem da secretaria municipal de Saúde.
CHEGA DE POLITICAGEM
Outra coisa que precisa ficar bem clara nessa luta pelas vidas dos brasileiros é que o momento não é de politicagem, de se ficar procurando culpados pela situação calamitosa do Sistema Público de Saúde em todo o Brasil.
Os cidadãos que não se cuidam, promovem aglomerações, não usam máscaras e não se higienizam são os verdadeiros responsáveis pelo nível de contaminação em que o Brasil chegou.
Em Porto Nacional, as lideranças políticas, classistas, empresariais, sociais e religiosas precisam colocar a politicagem de lado, neste momento tão crucial para a vida dos cidadãos, e se unir para agir em defesa da população.
Isso vale para rico, pobres, pretos, brancos, homens e mulheres, pois o vírus não respeita nada disso.
É hora de “calçar as sandálias da humildade” e cerrar fileiras contra esse vírus maldito.
As críticas e reclamações da população por uma solução são mais que legítimas e necessárias, o que não se pode aceitar são os ataques pessoais e a familiares das autoridades.
Tem, sim, que gritar, falar, realizar protestos e fazer apelos nas redes sociais, tanto em alerta às autoridades municipais quanto estaduais. A liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal.
COLAPSO
O fato é que a Saúde Pública de Porto Nacional está em colapso total. Nem o Hospital Regional nem as demais unidades de saúde conseguem atender à demanda.
No Hospital regional não há UTIs, os profissionais de Saúde são verdadeiros heróis, mas são poucos e estão à beira da exaustão.
As UPAs e postos de Saúde estão lotados, faltando abastecimento das farmácias públicas, pois ninguém, no mundo, previu que a pandemia seria tão duradoura, tão persistente e tão catastrófica.
Porto Nacional já se aproxima das 200 mortes. Isso significam famílias incompletas, filhos órfãos, pais e mães arrasados.
As autoridades municipais e estaduais precisam agir, sem omissão nem descaso, para evitar, ao máximo, que mais vidas sejam perdidas.
PANDEMIA EM NÚMEROS
O Tocantins teve em março o mês mais letal da pandemia de Covid-19 até agora. O Estado perdeu 506 vidas e terminou os últimos 31 dias com um total de 2.032 mortes em consequência da doença. Faleceram 292 pessoas a mais do que a soma dos mortos em janeiro (148) e fevereiro (144), um total de 292 vidas perdidas no primeiro bimestre do ano. O pior mês da pandemia em óbitos, para o Tocantins, havia sido agosto, quando faleceram 292 pessoas.
Nas cidades mais impactadas pela doença, não foi diferente. Palmas perdeu 113 pessoas para a Covid-19 contra 48 na soma de janeiro (25) e fevereiro (23), ou 135,4% a mais em março do que no total do primeiro bimestre.
Em termos proporcionais, a cidade mais impactada por óbitos em março em relação a fevereiro foi Porto Nacional, que viu as mortes crescerem 65,8% no mês passado — de 73 para 121 vidas perdidas, ou seja, mais 48 pessoas faleceram por Covid-19 no município no período.
Araguaína, a cidade mais impactada na primeira onda, desta vez sofreu menos. Foi onde em março se registrou o menor percentual de mortos pela doença de fevereiro para março, 14,1%, perdendo 38 pessoas. Porto Nacional vem em primeiro com os 65,8%, seguido por Paraíso (54,4%), Colinas (50%), Palmas (42,6%), Gurupi (39,8%) e Araguaína (14,1%).
O número de mortes de fevereiro para março no Tocantins cresceu 33,2%, de 1.526 para 2.032 óbitos.
No total de casos também foi o pior mês para o Tocantins, com 27.051 novos registros da Covid-19, que saltou de 113.924 para 140.975 confirmações. O pior mês em casos também tinha sido agosto, com 25.870 novas positivações.
Palmas também teve o pior mês em número de casos, com novas 7.135 confirmações em março. Foram os piores 30 dias ainda para Gurupi, com 2.165 novos casos, Porto Nacional (2.086) e Paraíso (1.795).
ARAGUAÍNA PRÓXIMA DE COLAPSO
O Hospital Dom Orione, da rede privada em Araguaína, decidiu fechar o pronto atendimento a pacientes com a Covid-19, por causa da superlotação. Segundo a assessoria de imprensa, faltam leitos e pontos de oxigênio. O fechamento segue mantido até a liberação de leitos.
O hospital vem apresentando superlotação há alguns dias. Na porta da unidade há cartazes informando que a lotação máxima foi atingida e, por isso, não é possível receber os pacientes graves.
A assessoria de imprensa disse ainda que não falta oxigênio porque o hospital possui usina própria.
Segundo dados do governo estadual divulgados no site Integra, o Hospital Dom Orione tem 15 leitos de UTI disponíveis para Covid e 14 estão ocupados. A taxa de ocupação é de 93%.
560 MIL MORTES
Uma projeção feita pela Universidade de Washington, dos Estados Unidos, aponta que, até 1º de julho, o Brasil pode alcançar a marca de 562,8 mil mortes em decorrência da covid-19.
Até hoje, a pandemia já provocou 330,2 mil óbitos no País, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa. Caso a projeção se confirme, será uma alta de 70,4% em pouco menos de três meses.
O estudo, feito pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), ligado à universidade, prevê três cenários. O número de 562,8 mil mortes refere-se ao cenário mais provável, no qual vacinas são distribuídas sem atrasos, governos determinam novas medidas restritivas com duração de seis semanas toda vez que o número de mortes diárias ultrapassar 8 casos por milhão de habitantes (hoje, esse índice chega a 13), vacinados deixam de usar máscaras somente três meses após a segunda dose, entre outras variáveis.
Em um cenário mais positivo, que considera os mesmos pontos do anterior, mas com a diferença de que 95% da população estaria usando máscaras, o número de óbitos estimado cai para 507,7 mil, o que ainda representaria um salto expressivo de 53,7% no número de vítimas, mas também 55 mil vidas salvas pelo simples uso da proteção facil. A mudança de comportamento, porém, não deverá ser fácil já que a estimativa do IHME é de que, hoje, somente 69% dos brasileiros usem máscara sempre que saem de casa.
EDUARDO GOMES REAFIRMA GOVERNO DEMOCRÁTICO
Em entrevista ao site UOL nessa quarta-feira, 31, o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou que o Parlamento cumpre seu papel ao manter um debate franco sobre o fortalecimento da democracia. "Confio muito que a democracia continua firme", disse.
O senador tocantinense disse não ver qualquer ameaça nas mudanças no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas. Segundo o UOL ele lembra que já houve questionamentos quanto ao perfil de titulares da Defesa em governos anteriores, como a participação de civis e políticos de correntes mais socialistas, sem nunca ter havido problemas graves.
“O Congresso é uma Casa de debates alicerçada na democracia representada por várias correntes, vários estados, vários princípios. A gente tem um Poder Judiciário forte e um presidente da República que é, na história do Brasil, o com maior experiência de Parlamento: 28 anos", afirmou Eduardo Gomes.
STF PODE VETAR LIMINAR QUE LIBERA CULTOS E MISSAS
Após a decisão liminar de Kassio Nunes Marques que liberou missas e cultos presenciais por todo o país, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tentam levar o assunto ao plenário nesta semana. A maior parte dos integrantes da corte é contra a decisão do colega novato, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A intenção dos ministros, com Gilmar Mendes à frente, é derrubar a liminar devido ao agravamento da pandemia. Kassio atendeu a pedido da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).
O partido Cidadania pediu ao presidente do STF, Luiz Fux, que casse a liminar. Segundo a legenda, a decisão de Kassio foge à razoabilidade e é inconstitucional, por criar “privilégio abstrato” para a liberdade de culto em relação a outras liberdades de associação, também asseguradas pela Constituição.
A Família O Paralelo13, aqui representada por seu presidente Edson Rodrigues, lamenta com profunda dor o falecimento do empresário e jornalista Hércules Dias, que vitimando pela Covide-19, nos deixou neste domingo, 4 de abril.
Que Deus conforte seus familiares, em especial nossa amada amiga Fátima Fernandes, e o acolha nos seus braços de luz por toda a eternidade.
Com a chegada do ministro Marcelo Queiroga ao Ministério da Saúde, militares que ocupam cargos na pasta estão sendo exonerados
Por Vicente Nunes
Até o momento seis deixaram os cargos, a reestruturação pode atingir todos que ocupam o primeiro e o segundo escalões do órgão. A tendência é de que, ao todo, 25 integrantes das Forças Armadas saiam, entre demissões e pedidos para deixar suas atribuições.
Queiroga pretende reforçar o corpo técnico do Ministério. A ordem do Palácio do Planalto é convencer os brasileiros de que o chefe do Executivo apoiou a vacinação desde o início da pandemia do novo coronavírus. Vendo que “tratamento precoce” não funciona e a disparada do número de óbitos e infecções, o governo pretende manter apoio eleitoral com ações em torno da vacina.
Grande parte dos militares indicados pelo ex-ministro Eduardo Pazuello não tem experiência prática em hospitais do SUS. Eles nunca integraram campanhas nacionais de vacinação. A crise aberta entre o governo e as Forças Armadas também é um fato que facilita as exonerações, já que não existe barreiras no governo para o afastamento de militares de postos que podem ser ocupados por civis.
Um dos exonerados é Jorge Luiz Kormann, tenente-coronel da reserva que ocupava o cardo de secretário-executivo-adjunto, como mostrou a Folha de S.Paulo. Ele tinha sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a diretoria da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro. Mas, posteriormente, o presidente desistiu da ideia.
O coronel Élcio Franco, que respondia pela secretaria-executiva, também foi exonerado. O coronel-médico Roberto Batista, diretor do Departamento de Saúde Pública da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi outro que perdeu o cargo.
Pelos cálculos do Tribunal de Contas da União (TCU), mais de 6 mil militares ocupam funções do Executivo, em autarquias e estatais federais. A maioria, no entanto, não abrirá mão da boquinha.
“O que fizemos apenas por nós mesmos morre conosco; o que fizemos pelos outros e pelo mundo permanece e é imortal”
ALBERT PIKE
Por Edson Rodrigues
Eleito por apenas 36,84% dos votos, ou seja, por pouco mais de um terço da população portuense – o que significa que o dobro de eleitores não o queria no cargo – e com vitória conquistada com os votos do distrito de Luzimangues, o prefeito de Porto Nacional, Ronivom Maciel está com sua administração “fora dos trilhos”, pelo menos no que diz respeito às prioridades.
É certo que não se pode avaliar um governo por apenas quatro meses de mandato, mas uma gestão que já começa com críticas públicas dos principais analistas políticos e, principalmente, por parte de seus próprios membros, no mínimo, pecou no planejamento.
Sub Prefeitura em Luzimangues
Os assuntos que estão fazendo Ronivon bambear no cargo são correlatos e ganham importância ainda maior em tempos de pandemia, em que a rapidez na ação e a tomada de decisões são cruciais para salvar vidas.
DESPREPARO
Primeiro, comenta-se que a secretária da Saúde escolhida por Ronivon não tem capacidade para o cargo, pois trata-se de uma estudante de medicina, que não tem como conciliar a chefia da Pasta e o carregamento da pasta de livros rumo aos estudos, sendo que, na primeira função, não tem experiência nenhuma como gestora.
Esse despreparo reverbera e cai no colo do prefeito, pois o município recebeu milhões de reais da União para o combate à pandemia, tanto emergenciais quanto ordinários, oriundos do ministério da Saúde, além das emendas impositivas dos parlamentares. Fora isso, ainda há os recursos municipais obrigatoriamente destinados à saúde. Isso tudo, somado, chega a 40 milhões de reais, segundo um tributarista que preferiu o anonimato, calculou para O Paralelo 13. Ou seja, falta de dinheiro não é o que está causando essa “lambança” na Saúde de Porto Nacional.
AOS FATOS
Todos os brasileiros vêm acompanhando com tristeza e medo o avanço da pandemia no País e a situação de Porto Nacional é a mais preocupante do Tocantins. Proporcionalmente, o aumento no número de mortes no município foi o maior do Tocantins, aumentando 68% de fevereiro para março. Não há família, em Porto Nacional, que não tenha sequer uma pessoa acometida pela doença e, de forma irresponsável, a gestão de Ronivon Maciel não promoveu ainda nenhuma campanha de conscientização, uma campanha educativa, um serviço de carros de som ou outdoor com orientações e divulgação das medidas restritivas.
Vereadores de Porto Nacional
Até agora, a ação da prefeitura tem sido ou ineficazes ou tímidas demais, pois não chegam ao conhecimento da população. Quanto à fiscalização das medidas restritivas, falta pulso e atitude, justamente no momento em que o mais importante é agir com rapidez.
As autoridades sanitárias e de Saúde do Brasil já estão prevendo um abril de alta letalidade por conta da Covid-19, talvez com três vezes mais mortos que no mês de março, que bateu recordes negativos. E a Região Norte do Brasil é uma das que mais precisa de atenção por parte da saúde pública.
Ou Ronivon Maciel toma as providências enérgicas que precisam ser tomadas em relação ao combate à pandemia em Porto Nacional, colocando a Pasta da Saúde para funcionar como deve, ou corre o risco de naufragar de mãos dadas com a secretária, Lorena Martins Villela, por omissão e improbidade, uma vez que há recursos federais para ser usados especificamente nessas ações.
CAMARA MUNICIPAL
Apesar da maioria dos nobres vereadores portuenses fazer parte da base política do prefeito, que vem governando, praticamente, sem oposição, esperava-se que a Câmara Municipal não agisse como cega, surda e muda nessa questão da pandemia, uma vez que são nomes escolhidos pelos eleitores para trabalhar por ele.
Mas, pelo contrário, não se vê na Casa de Leis nenhuma ação em defesa da saúde da população que representam e, muito menos, um alerta, um conselho, uma orientação da parte deles ao prefeito, o que os nivela ao “nível” de gestão da secretária da Saúde.
VICE-PREFEITO INDIGNADO
A única pessoa da gestão de Ronivon Maciel que se posicionou de forma dura e enfática em relação à péssima condução da Saúde no município foi o vice-prefeito, Joaquim do Luzimangues, que postou um vídeo nas redes sociais em que se mostra indignado com a falta de atenção dispensada ao distrito que, como já dissemos, foi o responsável pela eleição de Ronivon, em que, correta e sensatamente, faz uma crítica dura, porém construtiva, a respeito do tratamento dado aos moradores do distrito, começando pela ausência do transporte de pacientes de Luzimangues para o centro da cidade, apontando a falha e indicando as opções que há para a resolução do problema.
O prefeito Ronivon Maciel e o vive Joaquim do Luzimangues
Joaquim cobra ação da secretária da Saúde quanto à infraestrutura do posto de Saúde do Distrito, e até se diz constrangido por fazer parte de um governo que ajudou a eleger, mas que não se faz presente no local para averiguar as condições da Saúde Pública e cobra o serviço de coleta de lixo no distrito, chegando a colocar seu cargo à disposição, em troca de uma atuação mais eficaz da prefeitura em Luzimangues.
O problema, dizem os analistas políticos, é que se Joaquim do Luzimangues deixar o governo, vão-se todos os “anéis” do governo de Ronivon Maciel, e ficam apenas os dedos, pois foi no Distrito que o prefeito conseguiu sua eleição e, sem o apoio político e da população, sua base política ficará extremamente estremecida e seu governo a beira do caos.
SUSPEITAS
As redes sociais estão “bombando” em Porto Nacional e no Estado, com dezenas de vídeos negativos à gestão de Ronivon, quanto à utilização da prerrogativa de poder realizar gastos públicos sem licitação, por conta da pandemia, aprovada no Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ronivon, dentro dessa prerrogativa, contratou uma empresa de coleta de lixo por um valor superior a dois milhões de reais, com dispensa de licitação, com os recursos de combate à pandemia, como se o coronavírus, assim como o aedes aeypti, o mosquito da Dengue, se proliferasse no lixo. Ou seja, foi uma ação fora dos cuidados contra a pandemia, contratada com dinheiro específico para o combate à Covid-19.
Há, ainda, vídeos com outras denúncias de absurdos supostamente cometidos pela gestão de Ronivon Maciel com a “arma” da dispensa de licitação.
Porém, para serem verdadeiras, essas denúncias precisam ser comprovadas por meio de auditoria do TCE, provocada pelo Ministério Público de Porto Nacional que, atuante como sempre, não deixará de levar em consideração a multiplicação de matérias publicadas nos veículos de comunicação acerca dessas suspeitas.
Até agora, somente o Legislativo Portuense e o Tribunal de Contas do Estado têm poderes para ter os balancetes, que comprovariam essas denúncias, em mãos e apenas o Ministério Público tem autoridade para abrir um processo de investigação, via auditoria.
Assim como as ações contra a pandemia são urgentes, a apuração dessas denúncias também o são.
AO PREFEITO DE PORTO NACIONAL
O Paralelo 13 não tem a intenção de envolver o prefeito, Ronivon Maciel, em nada que o desabone, até porque não há provas, muito menos levantar suspeitas. Estamos, apenas fazendo o nosso papel de imprensa, de informar ao povo o que se passa nos bastidores políticos e o que o próprio povo já apregoa.
Nossa função é fiscalizar e cobrar do prefeito uma postura de líder, que administra uma das cidades mais importantes do Tocantins, a “Capital da Cultura do Tocantins” e o alertar para que não “terceirize” sua administração.
Não é hora de se tornar “garoto propaganda”, aparecendo nas redes sociais abraçado com autoridades estaduais, quando o próprio Estado falha ou torna moroso o processo de instalação das UTIs no Hospital Regional da cidade. É hora de defender vidas, fazer valer seu cargo de prefeito, abastecendo as farmácias das UPAs e dos postos de Saúde com os remédios que estão em falta. Se não souber quais, basta perguntar a qualquer cidadão comum, a qualquer pessoa do povo, que os nomes estão “na ponta da língua”.
Torcemos para que o senhor priorize e organize sua gestão na área da Saúde, pois estamos enfrentando uma pandemia cruel, que não apenas faz nossos cidadãos sofre, mas ceifa vidas de pessoas que nem doentes estavam antes de contrair o vírus.
A população cobra ações efetivas para salvar essas vidas, pois vê que a gestão da Pasta da Saúde não está conseguindo agir com a celeridade que o vírus exige. Quando algo não está dando certo, é preciso que se tomem atitudes, que se encontrem nomes capacitados, com experiência. Não precisa exonerar a atual secretária, mas coloca-la em um cargo em que ganhe mais jogo de cintura.
Busque um pacto com nossos representantes na Assembleia Legislativa, no Congresso Nacional, no Palácio Araguaia, onde quer que seja, para fazer valer os votos que recebeu desse teço da população portuense.
Busque exemplos, se espelhe naqueles que vêm obtendo sucesso no combate à pandemia, naqueles históricos portuenses, como Olegário Oliveira, que infernizou a Celg pela extensão da iluminação pública nas ruas e nos seis maiores bairros da cidade, como Jurimar Macedo, que lutou pelo asfalto ligando a cidade à BR-153, como Dr. Euvaldo Thomaz, que conseguiu a ponte sobre o Rio Tocantins, como Vicentinho Alves, que brigou para que Porto fosse a Capital do Estado e, não sendo possível, depois, que a Capital definitiva ficasse próxima ao nosso município. Líderes que empunharam a bandeira de Porto Nacional quando viram nossa população ser prejudicada.
Todos esses ex-prefeitos entraram em conflito com autoridades maiores que eles, tiveram atitude, enfrentando governadores, senadores, presidentes e quem quer que fosse, para trazer benefícios à população portuense, e terminaram seus mandatos e suas carreiras políticas eternizados na memória da população como grandes políticos e grandes líderes.
Preste contas à sociedade quanto aos gastos dos recursos federais, do município e das emendas impositivas com a pandemia, evitando e afastando qualquer suspeição em relação à sua gestão.
Não se envergonhe do que está dando errado. Levante sua cabeça, você é uma pessoa humilde, transforme o fracasso da gestão da área da área da Saúde no trampolim para se transmutar em um leão em defesa da vida, via Saúde Pública. Compre insumos hospitalares, contrate profissionais capacitados da área da Saúde – mesmo que precise pagar salários maiores – para dirimir o sofrimento da população neste mês de abril que se descortina letal para a história da Saúde Pública brasileira. Neste momento, Porto Nacional lidera o ranking dos índices de contaminação e mortes. Um sucesso seu nessa empreitada, fará de você um dos prefeitos de destaque no Tocantins, quiçá no Brasil.
Esqueça obras públicas e foque na Saúde, assumindo sua função de prefeito em toda a sua plenitude e em todas as responsabilidades que o cargo requer. Erga a bandeira de Porto Nacional e brigue pelo seu povo.
É isso que o povo espera. É isso que o povo quer!
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