Reportagem de Veja revelou prints de perfil supostamente utilizado por ex-ajudante de ordens de Bolsonaro para se comunicar enquanto havia ordem expressa contrária de Moraes; Defesa do militar fala em montagem
Por Leonardo Ribbeiro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), teria mentido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e violado a ordem do ministro Alexandre de Moraes de não se comunicar no âmbito da investigação, segundo reportagem da revista Veja.
No interrogatório a que foi submetido nesta semana no STF, Cid afirmou que não usou redes sociais no período em que estava sob medidas restritivas.
Cid, ao ser questionado pelo advogado Celso Vilardi, que representa Bolsonaro, se fez uso de um perfil no Instagram que não está no nome dele, respondeu desconcertado que “não”. “Todos os meus celulares foram apreendidos”, completou.
Vilardi então pergunta se Cid “conhece um perfil chamado @gabrielar702?”. Cid responde: “Esse perfil, eu não sei se é da minha esposa”.
Nesta quinta-feira (12), a reportagem de Veja traz prints do que seria uma troca de mensagens entre o militar usando justamente um perfil de nome “Gabriela R” com alguém do círculo próximo do ex-presidente. De acordo com a publicação, o conteúdo aponta jogo duplo do delator. Relatava ao interlocutor versão diferente das dadas nos depoimentos do acordo de colaboração premiada.
Por ser réu colaborador, o militar se comprometeu a falar a verdade, sob pena de ter a delação anulada e perder benefícios.
Ao fazer as perguntas, ainda segundo a revista, Vilardi sabia que Cid havia desrespeitado ao menos duas determinações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF -- e as provas de que isso de fato aconteceu estão no conjunto de mensagens.
Enquanto fornecia à PF informações sobre a movimentação antidemocrática, contava a pessoas próximas uma versão completamente diferente do caso. Nessas conversas, revelou a terceiros o teor de seus depoimentos à PF e bastidores do que se passava durante as audiências.
O perfil supostamente usado pelo militar fala em pressões, conta que o delegado responsável pelo inquérito tentava manipular suas declarações e diz que Alexandre de Moraes já teria decidido condenar alguns réus antes mesmo do julgamento.
As mensagens obtidas por VEJA teriam sido trocadas entre 29 de janeiro e 8 março de 2024, segundo a revista, cinco meses antes de o acordo de colaboração premiada ter sido homologado por Alexandre de Moraes.
Nos diálogos, segundo a revista, o militar fala abertamente das longas oitivas que estava tendo de enfrentar -- “Foram três dias seguidos” -- e do desconforto em relação ao trabalho dos investigadores -- “Toda hora queriam jogar para o lado do golpe... e eu falava para trocar porque não era aquilo que tinha dito”.
De acordo com a reportagem, Cid se mostra resignado com o futuro. “Eu acho que já perdemos… Os Cel PM (coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal) vão pegar 30 anos… E depois vem para a gente”, diz. Uma das alternativas naquele momento para evitar as prisões de todos, na avaliação dele, seria um movimento conduzido pela cúpula do Congresso. “Só o Pacheco ou o Lira vai (sic) nos salvar. O STF está todo comprometido. A PGR vai denunciar”, acrescenta.
O acordo de colaboração tem cláusulas rígidas. Para ter direito a benefícios, Cid não pode mentir, omitir, desviar a investigação com versões conflitantes nem proteger ninguém.
No interrogatório do STF, ladeado de Bolsonaro e outros cinco integrantes da alta cúpula do antigo governo, ele reafirmou ter presenciado reuniões entre o ex-presidente e militares nas quais foram discutidas medidas que poderiam ser implementadas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT); disse também que Bolsonaro acreditava em fraude nas urnas eletrônicas e confirmou ter ouvido que então comandante da Marinha, Almir Garnier, teria colocado suas tropas à disposição do ex-presidente.
Para o Ministério Público, essas informações, aliadas a documentos e outros depoimentos colhidos durante a investigação, não deixam dúvidas de que Bolsonaro e seus auxiliares tentaram um golpe de Estado no fim de 2022.
O Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional uma medida provisória que padroniza a tributação sobre aplicações bancárias. A matéria foi publicada nesta quarta-feira (11) em edição extra do Diário Oficial da União e precisa ser votada por senadores e deputados até 28 de agosto. O governo espera arrecadar R$ 10,5 bilhões com as mudanças em 2025 e R$ 20,6 bilhões em 2026
Da Agência Senado
A Medida Provisória (MP) 1.303/2025 foi editada como forma de compensar a revogação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que previa a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Soluções alternativas ao aumento do IOF haviam sido discutidas no domingo (8) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, após reações contrárias do Congresso ao decreto.
A nova MP prevê a incidência de Imposto de Renda para novas emissões de títulos hoje considerados isentos. É o caso de LCA (Letra de Crédito Agrícola), LCI (Letra de Crédito Imobiliário), CRI, CRA e debêntures incentivados. A alíquota é de 5%.
Em relação aos demais títulos, que já são tributados com Imposto de Renda, o Poder Executivo propõe uma “harmonização tributária”. Independentemente do tempo de investimento, a alíquota é fixada em 17,5%. A mesma taxa de IR valerá para criptoativos, que não terão mais isenção nas operações até R$ 35 mil. De acordo com o Ministério da Fazenda, não há mudança na tributação sobre a caderneta de poupança, que segue isenta.
A MP 1.303/2025 trata ainda da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga por instituições do sistema financeiro. Pela regra anterior, as alíquotas eram de 9%, 15% e 20%. A medida provisória acaba com a cota mais baixa.
Seguradoras, instituições de pagamento, casas de câmbio e sociedades de crédito imobiliário, por exemplo, vão pagar 15% de CSLL. A alíquota prevista para bancos de qualquer espécie, assim como para sociedades de crédito, financiamento e investimentos, é de 20%.
De acordo com o Ministério da Fazenda, a MP tem o objetivo de “corrigir distorções, construir isonomia tributária e manter o equilíbrio fiscal do Brasil”.
A medida deverá ser analisada inicialmente por uma comissão mista do Congresso, ainda não designada. Depois, passará por votação nos Plenários da Câmara e do Senado.
Apostas esportivas
A medida provisória também eleva a carga sobre as apostas esportivas. A tributação sobre o faturamento das bets sobe de 12% para 18%.
A alíquota não incide sobre os prêmios pagos aos apostadores, mas sim sobre o GGR (Gross Gaming Revenue, na sigla em inglês) pago pelas empresas. O GGR é a diferença entre o total de apostas e o total pago em prêmios e demais impostos.
Compensação tributária
Outros dispositivos da MP 1.303/2025 pretendem coibir compensações abusivas de crédito tributário. O texto considera como indevidas declarações feitas com documento de arrecadação inexistente, no caso de suposto pagamento indevido. Também é considerado indevido o crédito de PIS/Cofins que não tenha relação com a atividade econômica do contribuinte.
Gastos Públicos
Segundo o Ministério da Fazenda, a MP 1.303/2025 faz ajustes nas despesas públicas para fortalecer o arcabouço fiscal. Entre as medidas previstas, estão a inserção do Programa Pé-de-Meia no piso constitucional da educação.
A medida prevê um limite máximo de 30 dias para o auxílio-doença, quando o benefício for concedido sem exame médico pericial. A MP também limita as despesas com seguro-defeso de pescadores artesanais à dotação orçamentária prevista no início de cada ano.
IOF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou um novo decreto nesta quarta-feira para recalibrar as alíquotas do IOF. A cota fixa aplicável ao crédito à pessoa jurídica cai de 0,95% para 0,38%. O IOF sobre a operação de crédito conhecida como risco sacado não tem mais alíquota fixa, apenas a diária, de 0,0082%.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
Por Lauane dos Santos
O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, deputado Amélio Cayres, participou, na noite desta quarta-feira, 111, da 34ª edição da Exposição Agropecuária de Formoso do Araguaia. O parlamentar prestigiou o evento agropecuário, um dos mais tradicionais da região sudoeste do Estado, reforçando seu compromisso com o fortalecimento do setor produtivo e com o desenvolvimento dos municípios tocantinenses.
O presidente do Legislativo reforçou a importância da ExpoFormoso para a economia local e para o intercâmbio entre lideranças políticas e a comunidade rural.
“É uma alegria estar aqui celebrando a cultura sertaneja, os homens e mulheres do campo e também a nossa cultura tocantinense. Essa é uma das maiores festividades da região, com um rodeio muito bem estruturado e que atrai visitantes de todos os cantos. Parabenizo o prefeito Israel Kawe e todo o Sindicato Rural pela organização e cuidado com a nossa tradição”, frisou Amélio.
Também participaram do evento os deputados estaduais Eduardo Fortes, Janad Valcari e Cleiton Cardoso, bem como o vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira e o presidente da Faet/Senar, Paulo Carneiro.
Visita aos municípios
Na manhã desta quinta-feira, 12, dando continuidade à agenda no interior do Estado, o presidente da Assembleia visitou os municípios de Aliança do Tocantins e Brejinho de Nazaré. Em Aliança, esteve ao lado do prefeito Elves Guimarães, e em Brejinho, foi recebido pelo prefeito Murilo Morais.
Durante as visitas, Amélio Cayres percorreu as dependências das prefeituras, conversou com servidores, lideranças e ouviu as principais demandas das gestões locais. O objetivo é manter o diálogo aberto com os gestores e atuar de forma propositiva, tanto como deputado, mas também dando o devido apoio como presidente do Poder Legislativo, para beneficiar os municípios tocantinenses.
Microempreendedores interessados em comercializar na área de interna e externa do evento seguem até dia 17 de junho para apresentar documentação que os habilita para sorteio
Por Tainara Saraiva
A Prefeitura de Palmas, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo (Sedeem), anunciou a abertura das inscrições para ambulantes interessados em atuar no 33º Arraiá da Capital 2025, que ocorrerá entre os dias 25 e 29 de junho no Estádio Nilton Santos.
Este ano, o edital nº 004/2025 oferece 30 vagas para a área interna do evento e, como novidade, 40 vagas serão disponibilizadas para a área externa, que também contará com organização específica para garantir conforto e segurança aos comerciantes e ao público participante. “Estamos ampliando as oportunidades para os microempreendedores, garantindo mais espaço e estrutura, tanto na área interna quanto externa do evento. Isso fortalece a economia local e valoriza quem faz parte da nossa cultura”, destaca o secretário-executivo da Sedeem, Fredson Rocha.
As inscrições serão realizadas nos dias 12, 13, 16 e 17 de junho, na Casa do Empreendedor de Palmas da Quadra ACNE 1 (104 Norte), Rua NE-01, atrás da Novo Mundo. O credenciamento dos ambulantes será definido por sorteio público no dia 18 de junho, no Centro de Convenções Arnaud Rodrigues. Para participar, é necessário apresentar toda a documentação exigida no edital e estar habilitado para o sorteio.
Oportunidades
As vagas englobam diversas oportunidades, como estandes, barracas de batidas, food trucks, espetinhos, derivados de milho, carne na chapa, pastel, açaí, sorvete, entre outros. “Estamos contentes com essa organização dos ambulantes na área externa, porque nas outras edições parecia que não fazíamos parte do evento. O Arraiá ajuda bastante a renda, para a gente ser sorteado é muito bom”, afirma Eloisa Nunes, que é do segmento de bebidas e vai concorrer a uma vaga.
Os ambulantes selecionados deverão cumprir as regras do evento, incluindo as normas sanitárias, descarte correto de resíduos e funcionamento dos pontos das 18h às 3h.
A Prefeitura reforça que o evento será uma importante vitrine para os pequenos empreendedores locais, ao mesmo tempo que proporcionará uma experiência segura e de qualidade para os palmenses e turistas.
A Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Palmas, comandada por André Gomes, realizou, nesta quarta-feira, 11, a primeira reunião oficial do grupo de trabalho que vai coordenar os próximos passos para a efetiva implementação das ações voltadas à Região Metropolitana de Palmas (RMP)
Da Assessoria
O encontro teve como foco principal o debate sobre o Regimento Interno do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Palmas, órgão que terá função normativa e de gestão financeira sobre os recursos destinados à região.
“A reunião marca o início de uma nova fase de articulação regional. A ampliação da Região Metropolitana é um passo estratégico para garantir desenvolvimento equilibrado e políticas públicas integradas entre Palmas e os municípios do entorno. O Conselho será o coração dessa governança, e o Regimento Interno que começou a ser discutido é essencial para que tenhamos clareza, agilidade e efetividade nas decisões. Inclusive, um dos temas sensíveis que o governador Wanderlei Barbosa tem destacado é o transporte intermunicipal, que precisa ser pensado de forma integrada para atender melhor a população”, afirmou o secretário extraordinário André Gomes.
O grupo de trabalho é coordenado pela Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Palmas, representada na reunião pelos assessores técnicos Davi Goveia Jr., Clayzer Duarte e Thales Parrião, e reúne representantes da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), no ato representada por Ana Flavia Ferreira Cavalcante; da Secretaria das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional (Secihd), representada por Gylhermberg Nascimento e Carlos de Roure Silva; da Secretaria do Planejamento e Orçamento (Seplan), representada por Romildo Dias Leite e José Anunciação Batista Filho; e da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), representada por Ruberval Sousa de França e Lucia Leiko Tacoaca Muraishi.
Entre as atribuições do grupo estão a elaboração de estudos técnicos, a definição de diretrizes e a formulação de propostas normativas e administrativas que viabilizem a governança integrada da RMP.
Durante a reunião, foram discutidos temas como a estrutura do Conselho de Desenvolvimento da RMP, que será responsável por normatizar convênios e parcerias entre os entes federados, além de gerir o Fundo Metropolitano de Desenvolvimento. O Conselho terá papel fundamental na coordenação de políticas voltadas à mobilidade urbana, à melhoria da infraestrutura e ao uso ordenado do solo com critérios de sustentabilidade e proteção ambiental.
Região Metropolitana
A reunião marca um novo momento para a RMP, que recentemente teve sua composição ampliada por meio da Lei Complementar nº 165/2025, de autoria do Governo do Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), que altera a LC nº 90/2013. Com a nova legislação, a Região Metropolitana passou de 16 para 21 municípios, incluindo os cinco novos integrantes: Lagoa do Tocantins, Novo Acordo, Santa Tereza do Tocantins, Rio dos Bois e Nova Rosalândia.
Além dos cinco novos municípios e da Capital, a RMP é composta por Aparecida do Rio Negro, Barrolândia, Brejinho de Nazaré, Fátima, Ipueiras, Lajeado, Miracema do Tocantins, Miranorte, Monte do Carmo, Oliveira de Fátima, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Pugmil, Silvanópolis e Tocantínia.