Proposta foi aprovada por unanimidade; projeto volta a ser discutido na Câmara devido às mudanças no texto

 

 

Por Caio Aquino

 

 

O Senado Federal aprovou em sessão plenária nesta quarta-feira (10) o projeto de lei (PL) Antifacção que endurece leis e amplia o combate ao crime organizado. O texto do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), foi aprovado por unanimidade. Como Vieira realizou mudanças, a proposta volta a ser discutida na Câmara dos Deputados.

Durante a votação, os senadores também rejeitaram, por maioria, o destaque proposto pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), que equiparava os crimes de facções a terrorismo.

 

No lugar de uma nova legislação, o texto de Vieira apresenta apenas mudanças na Lei das Organizações Criminosas.

 

Ele retoma, por exemplo, a proposta do governo Lula (PT) de diferenciação de penas para integrantes e ações de organizações criminosas; e facções e milícias.

 

Além disso, o senador alterou uma série de pontos que, na avaliação técnica de seu gabinete, são inconstitucionais, como o fim do auxílio-reclusão e a proibição para que presos provisórios votem nas eleições.

 

Vale destacar, também, a retomada da proposta de uma sugestão governista, permitindo que delatores atuem como infiltrados em investigações. Esta que foi abandonada pelo relator da proposta na Câmara, Guilherme Derrite (PP-SP).

 

O PL Antifacção prevê o aumento de penas de até 60 anos de prisão para lideranças e com possibilidade de agravantes, dificulta a progressão de regime para membros de grupos criminosos e que chefes de facções e milícias terão de cumprir as penas em presídios federais de segurança máxima.

 

 

Posted On Quinta, 11 Dezembro 2025 06:58 Escrito por

Resultado ficou 0,09% acima do registrado em outubro e, segundo instituto, foi puxado por preço de passagens aéreas

 

 

Com Agência Brasil 

 

 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede inflação oficial do Brasil, subiu 0,18% em novembro, com alta de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação a outubro, quando registrou 0,09%. Resultado é o menor do mês desde novembro de 2018 (-0,21%). Em 2025, preços acumulam alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, índice atingiu 4,46%. Em novembro de 2024, variação foi de 0,39%. Esses e outros dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Segundo instituto, principal impacto positivo na inflação de novembro veio de passagem aérea (11,9%), que contribuiu com 0,7 ponto. Outras influências para alta foram energia elétrica residencial (1,27%), puxada por reajustes tarifários de algumas concessionárias, e hospedagem, no grupo Despesas pessoais.

 

 

Dados do IPCA em novembro, com variação de cada grupo analisado pelo IBGE | Reprodução/IBGE

Esse último subitem variou 4,09% em novembro, destacado pelo aumento de 178% em Belém, sede da COP30, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.

Já entre as quedas de preços, destaques foram itens como higiene pessoal (-1,07%) e produtos alimentos que costumam figurar na mesa das famílias brasileiras, como tomate (-10,38%) e arroz (-2.86%). O grupo Alimentação e bebidas voltou ao patamar negativo em novembro, com variação de -0,01%. Alimentação no domicílio (-0,20%) registrou sexto mês seguido de queda.

 

Alimentação fora do domicílio cresceu 0,46% no mês, com destaque para baixas em lanche (de 0,75% em outurbro para 0,61% em novembro) e refeição (de 0,38% para 0,35%).

 

Serviços cresceram de 0,41% para 0,6%, com impactos já citados de passagem aérea e hospedagem.

 

Quanto a índices regionais, maior alta ocorreu em Goiânia (0,44%), influenciada por energia elétrica residencial (13,02%) e carnes (1,78%). Menor variação foi registrada em Aracaju, puxada por quedas no conserto de automóvel (-3,75%) e gasolina (-1,40%).

 

 

Posted On Quarta, 10 Dezembro 2025 09:32 Escrito por

PL da Dosimetria recebeu 291 votos favoráveis e segue para o Senado; texto revê critérios de cálculo das penas e pode beneficiar Jair Bolsonaeo

 

 

Por Jessica Cardoso

 

 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9) o texto-base do projeto de lei (PL) que reduz as penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado.

 

O projeto, apelidado de PL da Dosimetria, teve 291 votos a favor, 148 contrários e uma abstenção. Os deputados analisam, agora, destaques (propostas de mudanças) apresentados à proposta. Na sequência, o texto segue para o Senado.

 

O PL da Dosimentria altera regras do Código Penal e da Lei de Execução Penal e, se aprovada pelas duas Casas e sancionada, poderá reduzir de forma significativa o tempo de prisão de condenados, incluindo Jair Bolsonaro (PL).

 

O ex-presidente foi sentenciado a 27 anos e três meses pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Considerando critérios de remição por trabalho e estudo, a pena em regime fechado poderia cair para 2 anos e 4 meses.

 

A articulação em torno do projeto ganhou força após o impasse político sobre o chamado PL da Anistia, defendido por parte da oposição como forma de extinguir por completo as condenações dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.

 

Com apoio de partidos de centro, o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), apresentou um substitutivo que rejeita o perdão total e opta por uma revisão mais ampla das penas aplicadas nos crimes do Título XII do Código Penal, que tratam dos delitos contra o Estado Democrático de Direito.

 

No parecer aprovado, Paulinho afirma que buscou uma solução intermediária entre a anistia integral e a manutenção das penas consideradas excessivas.

 

Segundo ele, o projeto tem como marca o “equilíbrio”, porque “a virtude consiste em saber encontrar o meio-termo entre dois extremos”. Ele defende que o Brasil precisa “virar a página” e superar a polarização, mas sem deixar de responsabilizar os envolvidos nos crimes.

 

O PL da Dosimetria busca:

 

impedir a soma de penas: segundo o texto, quando os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito ocorrerem no mesmo contexto, a pena deve seguir o concurso formal próprio, e não a soma cumulativa.

menos pena para quem estava na multidão: se alguém cometer crimes contra a democracia em um "contexto de multidão", a pena dele será reduzida de um terço a dois terços. A medida se aplica só para quem não teve papel de liderança e não participou do financiamento dos atos.

flexibilizar a progressão de regime: a proposta busca modificar a Lei de Execução Penal ao restabelecer a regra geral de progressão após o cumprimento de um sexto da pena, percentual menor do que o aplicado atualmente para diversos crimes. As exceções mais rígidas permanecem restritas aos delitos mais graves, como homicídio, estupro, feminicídio, milícia privada e crimes hediondos.

remição de pena em casa: o texto estabelece que o condenado que estiver cumprindo pena em prisão domiciliar continua tendo o direito de ter sua pena reduzida por meio de trabalho ou estudo.

 

 

Posted On Quarta, 10 Dezembro 2025 06:00 Escrito por

Cerimônia ocorre nesta terça-feira (9) no Palácio do Planalto

 

 

Por Luiza Marinho

 

 

Às 10h desta terça-feira (9) ocorre a cerimônia de regulamentação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que facilita o acesso à CNH (Carteira Nacional de Habilitação) no país. O evento contará com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).

 

Durante a cerimônia, será feita a divulgação das novas regras que mudam a formação de condutores no Brasil e da nova versão do aplicativo da CNH, que ganhará mais funções e será integrada às etapas do processo de habilitação.

O que muda?

As alterações colocam fim à obrigatoriedade de estudar exclusivamente em autoescolas e flexibilizam a forma de preparação dos futuros condutores. O objetivo do governo federal é reduzir o custo total da CNH em até 80%.

 

Agora, o candidato poderá escolher entre diferentes caminhos: frequentar uma autoescola tradicional, realizar o curso teórico por plataformas digitais credenciadas ou mesmo aprender com instrutores autônomos habilitados pelo governo.

A exigência de aulas práticas obrigatórias passará de 20 horas para apenas duas horas. O candidato poderá treinar mais, se desejar.

 

Segundo o Ministério dos Transportes, as mudanças se devem ao fato de o custo para tirar o documento ser elevado, podendo chegar a R$ 4.200.

Dados da pasta indicam que cerca de 20 milhões de brasileiros dirigem ou pilotam veículos sem ter a CNH e que, aproximadamente, 30 milhões de pessoas têm idade legal (maiores de 18 anos e alfabetizadas) para tirar o documento, mas ainda não o possuem.

 

Renovação

As regras também alcançam quem já é habilitado. A nova versão do aplicativo da CNH deve inaugurar ferramentas que automatizam parte da renovação para motoristas que não acumulam infrações e mantêm o cadastro atualizado.

A proposta é reduzir deslocamentos a postos de atendimento e agilizar o procedimento para quem está com a documentação em dia. De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), a renovação deverá ser automática para “bons condutores”.

 

“Se você está dirigindo bem, é sinal de que você não precisa de exame novo. Se não levou ponto, sinal que não está cometendo infração”, ressaltou.

 

 

Posted On Terça, 09 Dezembro 2025 06:13 Escrito por

Da Assessoria

 

 

Um novo projeto de lei (PL 4245/25) apresentado pela senadora Professora Dorinha Seabra (União) pretende atualizar o Código de Processo Penal (CPP) para reforçar que toda pessoa presa deve ser apresentada a um juiz em audiência de custódia, independentemente do tipo de prisão. A proposta segue entendimento já consolidado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e corrige brechas que têm permitido a liberação de agressores sem análise judicial.

 

Na prática, o projeto garante que nenhum detido será liberado apenas porque o flagrante “perdeu a validade”, como ocorreu em Araguacema (TO), quando Gilman Rodrigues da Silva espancou Delvânia Campelo, que ficou gravemente ferida, em abril deste ano. Como não houve flagrante, ele participou de uma audiência de custódia e foi liberado. Poucos dias após as agressões, Delvânia acabou morrendo. Somente após a sua morte que Gilman teve a sua prisão decretada.

 

Dentre os inúmeros casos de violência contra a mulher que ocorrem diariamente, outro que ganhou notoriedade nacional foi o do influencer Thiago Schutz, conhecido como o “Calvo da Campari”, ocorrido em 28 de novembro, acusado de agredir a namorada e que foi liberado logo após a audiência de custódia, em São Paulo, por não ter havido flagrante.

Com a atualização do CPP, situações como essa deixam de ocorrer: o juiz sempre terá que analisar o caso antes de qualquer liberação. “A nossa proposta é que o juiz avalie a pessoa detida, ouvir o que aconteceu e analisar se a prisão deve ser mantida, relaxada ou substituída por outra medida. A liberação do agressor após audiência de custódia sem essa análise pode culminar em uma tragédia. O agressor pode ir novamente atrás da vítima e é o que queremos evitar”, explicou Dorinha.

 

O projeto se baseia na decisão do STF na Reclamação 29.303/RJ, que confirmou que a audiência de custódia é obrigatória tanto para prisões em flagrante quanto para outras modalidades previstas no CPP. O entendimento também está alinhado às normas internacionais de direitos humanos, que determinam que qualquer pessoa detida deve ser rapidamente apresentada a uma autoridade judicial.

 

Dados de feminicídio

 

Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam que, de janeiro a setembro deste ano, 1.075 mulheres morreram vítimas de feminicídio. Nesse mesmo período, mais de 2,7 mil mulheres sofreram tentativas desse tipo de crime.

 

 

Posted On Segunda, 08 Dezembro 2025 13:14 Escrito por O Paralelo 13
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