Segundo biólogo, o fato de algumas regiões do Brasil não terem colapsado o sistema de saúde é indício de achatamento

 

Por iG 

Segundo o biólogo e pesquisador Dr. Atila Iamarino, o fato de algumas regiões do Brasil não terem colapsado o sistema de saúde mostra sinal de achatamento da curva de contágio do novo coronavírus (Sars-CoV-2). “Apesar de toda a falta de testes e informações claras do que acontece na Região Norte e alguns estados do Nordeste, ainda não termos colapsado o sistema de saúde é sinal desse achatamento”, diz o especialista.

 

Ainda de acordo com o Dr.Iamarino, o fato de São Paulo não ter colapsado como Nova York (EUA), a cidade mais afetada pela Covid-19 no mundo, é um bom sinal. “Entramos na quarentena bem antes (dos EUA) em número e casos. Por isso, não tivemos algo como Nova York ainda está passando em São Paulo. Não devemos ter nem mais pra frente, espero”, diz Iamarino.

 

O especialista também afirma que achatar a curva de contágios é fundamental para conter a epidemia da Covid-19. “A beleza de achatar a curva é que, quanto mais eficiente for este achatamento, mais para frente fica o pico teórico. Quem passou pelo pico de verdade, até agora, foram os lugares que tiveram o pior cenário, como Itália, Espanha e Nova York”.

 

Covid-19 será um problema longo
A Covid-19 também exige inteligência por parte das autoridades na hora de tomar a decisão de reabrir. Iamarino continua: “Singapura ficou dois meses controlando o vírus super bem. Vacilaram em abril e saltaram de 700 para 11 mil casos em menos de um mês”.

 

Iamarino apresenta três cenários para que o mundo saia da quarentena: “Isso acaba com vacina, com 60 ou 80% da humanidade infectada (se a imunidade de rebanho existir) ou com todo mundo tendo sido infectado se não tiver imunidade de rebanho. Daí a perspectiva de ser um problema longo”.

 

Posted On Domingo, 26 Abril 2020 08:09 Escrito por O Paralelo 13

Por recusar manter contratos com clientes inadimplentes até 30 de junho, durante a pandemia da covid-19, as principais operadoras de planos de saúde do Brasil não assinaram termo de compromisso proposto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O acordo com a agência liberava movimentações de R$ 15 bilhões de um fundo que retém R$ 54 bilhões das próprias operadoras.

 

Com Agências

 

A recusa foi anunciada nesta sexta-feira, 24, pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa parte importante do setor. O jornal O Estado de S. Paulo antecipou que as empresas buscavam, nos bastidores, derrubar a exigência de atender clientes com mensalidades atrasadas durante a crise. Em paralelo, o setor também quer anular multas que possui com a ANS, sob argumento de usar os recursos para ampliação de serviços.

 

A liberação dos R$ 15 bilhões foi anunciada em março pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), como principal medida do governo para reforçar a saúde suplementar. O setor privado atende cerca de 50 milhões de pessoas. Já a rede pública acolhe 150 milhões.

 

O Estado apurou que algumas operadoras aceitaram assinar o termo. Os nomes ainda não foram divulgados pela ANS. O prazo para aceitar as condições ou não se encerra nesta sexta-feira, 24.

 

A proposta da agência reguladora é condicionar movimentações do fundo a manter clientes inadimplentes de planos coletivos empresariais com menos de 30 vidas. A mesma regra valeria para todos os planos coletivos por adesão ou individuais. O termo de compromisso também exige garantias de pagamentos a prestadores de serviços, como hospitais, laboratórios e clínicas.

 

Em nota, a FenaSaúde informou que suas associadas "não poderão assumir o compromisso de manter a cobertura ou deixar de cancelar contratos inadimplentes de forma indistinta até 30 de junho, como proposto pela ANS". "A ampliação dos níveis de atrasos de pagamento e de inadimplência teria duplo e indesejável efeito: não só oprimiria o fluxo de caixa das empresas como também requereria esforço financeiro adicional das operadoras para ampliar os valores constituídos a título de provisão de devedores duvidosos, em estrita observância a normas prudenciais, contábeis e atuariais estabelecidas pela própria ANS", disse a federação.

 

A FenaSaúde representa as seguintes operadoras: Amil, Allianz Saúde, Bradesco Saúde, Care Plus Medicina, Gama Saúde, Golden Cross Saúde, Grupo NotreDame Intermédica, ITAUSEG Saúde, Mediservice, Metlife Odontológico, Odontoprev, Omint Saúde, Porto Seguro Saúde, Sompo Saúde, SulAmérica, Unimed Seguros Saúde.

 

Posted On Sábado, 25 Abril 2020 05:08 Escrito por O Paralelo 13

Em pronunciamento, o presidente afirmou que o então ministro teria dito que o comando da PF poderia ser trocado caso fosse indicado ao STF, e disse: "Nunca pedi para blindar ninguém da minha família, jamais faria isso"

 

Por Sara Baptista

 

Em pronunciamento no fim da tarde desta sexta-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro acusou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro de fazer pressão por uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Moro deixou o governo nesta manhã.

 

"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: ‘o senhor pode trocar o Valeixo, sim. Mas em novembro, depois que o senhor me indicar para ministro do Supremo Tribunal Federal’", disse Bolsonaro. "Me desculpe, mas não é por aí", completou o presidente.

Mais cedo, em seu discurso de despedida, Moro negou ter pedido uma vaga no STF.

Bolsonaro se disse decepcionado e surpreso com Moro pela demissão e pela entrevista coletiva dada por ele na manhã desta sexta. "No dia que eu tiver que me submeter a um subordinado eu deixo de ser presidente", reforçou.

 

O presidente falou ainda que Moro tem " compromisso consigo próprio e com seu ego, e não com o Brasil ". "Uma coisa é admirar uma pessoa, outra é trabalhar com ela", disse também o presidente.

 

 

Bolsonaro: "Nunca pedi para blindar ninguém da minha família, jamais faria isso"

 

Em pronunciamento na tarde desta sexta-feira (24) sobre o pedido de demissão de Sergio Moro do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro declarou que o agora ex-ministro “tem um compromisso consigo próprio, com seu ego, e não com o Brasil”.

 

Sobre a acusação de interferência na Polícia Federal feita por Moro, Bolsonaro declarou: “Ora bolas, se eu posso trocar um ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar um diretor na Polícia Federal?”. “Nunca pedi para blindar ninguém da minha família, jamais faria isso”, acrescentou o presidente.

 

Bolsonaro também acusou Moro de fazer pressão por uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). “Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: ‘o senhor pode trocar o Valeixo, sim. Mas em novembro, depois que o senhor me indicar para ministro do Supremo Tribunal Federal’. Me desculpe, mas não é por aí”.

 

Entenda

Mais cedo, o agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou a demissão. O ex-juiz federal deixou a pasta após um ano e quatro meses do governo do presidente Jair Bolsonaro.

 

A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.

 

"O presidente me disse mais de uma vez, expressamente, que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse colher relatórios de inteligência, seja diretor, seja superintendente. E realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação", declarou Moro.

 

Moro fez uma comparação da situação com o período em que conduziu os processos da Operação Lava Jato como juiz:

 

"Imaginem se durante a própria Lava Jato, ministro, diretor-geral, presidente, a então presidente Dilma, o ex-presidente, ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento?", questionou.

 

Com a saída de Moro, é a nona vez que um ministro deixa o cargo no governo Bolsonaro - desses, seis saíram do governo e três continuaram (Onyx Lorenzoni saiu da Casa Civil e foi para a Cidadania; Floriano Peixoto saiu da Secretaria Geral e foi para a presidência dos Correios; e Gustavo Canuto deixou o Desenvolvimento Regional e foi para a presidência da Dataprev).

 

 

Posted On Sexta, 24 Abril 2020 18:17 Escrito por O Paralelo 13

Ministro falara com imprensa hoje as 11 horas. Exoneração de Maurício Valeixo foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira sem que ministro Sergio Moro fosse avisado previamente da decisão

Com Agência O Globo

O presidente Jair Bolsonaro oficializou nesta sexta-feira a demissão do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, nome de confiança do ministro Sergio Moro para o cargo. A possibilidade de sua demissão gerou uma crise ontem entre Bolsonaro e Moro, que ameaçou deixar o cargo caso Valeixo fosse exonerado.

 

O ministro não foi avisado por Bolsonaro que a demissão de Valeixo seria efetivada e, segundo interlocutores, avalia pedir demissão diante do cenário.
O decreto da saída de Valeixo não foi formalmente assinado por Moro, apesar de seu nome constar no decreto. Isso indica que a discordância entre os dois se ampliou e agravou a crise política iniciada nesta quinta.

Fontes do ministério apontam que Moro pode efetivamente pedir demissão após a exoneração de seu aliado.

Nome de confiança do ministro, Valeixo comandou a Superintendência da PF no Paraná durante a Operação Lava-Jato e foi indicado por Moro para comandar a corporação assim que assumiu o ministério da Justiça.

Sua permanência, entretanto, acabou sendo alvo de atritos com Bolsonaro, que em meados do ano passado tentou impor a indicação de um nome para a Superintendência da PF do Rio. A corporação reagiu à interferência externa e, diante do impasse, Bolsonaro ameaçou demitir Valeixo na ocasião.

 

Após os desgastes, Valeixo negociava uma saída pacífica do cargo para meados de junho, mas a antecipação da demissão surpreendeu aliados. Agora, o presidente queria indicar um nome de sua confiança ao comando da PF, mas Moro se posicionou contrariamente e tenta controlar a sucessão na corporação para blindá-la de influência política.

 

 

Posted On Sexta, 24 Abril 2020 07:55 Escrito por O Paralelo 13

Projeto foi aprovado em razão da pandemia do coronavírus e segue para sanção presidencial. Texto também lista pescadores e vendedores de pipoca com direito ao auxílio

 

Com  Agência Senado

O Plenário aprovou nesta quarta-feira (22) o substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto do Senado (PL 873/2020) que amplia o alcance do auxílio emergencial a ser concedido a trabalhadores informais prejudicados pela pandemia de coronavírus (veja tabela no fim da matéria). O texto recebeu voto favorável de 80 senadores (o que representa unanimidade, porque o presidente da sessão não vota) e segue agora para a sanção presidencial.

 

O relator do projeto, senador Esperidião Amin (PP-SC), aceitou vários pontos do substitutivo, mas também recuperou dispositivos da versão original do Senado que haviam sido rejeitadas pela Câmara. O projeto se refere à Lei 13.892, promulgada no início de abril, que instituiu pagamento mensal de R$ 600,00 para trabalhadores informais e desempregados durante o período da pandemia.

 

A versão do Senado havia sido aprovada no início de abril, como complemento à criação do auxílio emergencial, contendo as emendas dos senadores ao projeto original. Após as intervenções da Câmara, o texto final contém uma lista maior de categorias profissionais às quais será concedido o benefício; garante a possibilidade de recebimento sem o CPF regularizado; autoriza que dois membros de uma mesma família recebam o auxílio; proíbe a retenção do valor pelos bancos para o pagamento de dívidas; e retoma a expansão da base do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

 

Mudanças aceitas

No substitutivo, os deputados especificaram que as instituições financeiras públicas federais poderão contratar fintechs (bancos virtuais) para a operacionalizar o pagamento. O texto do Senado já previa o pagamento por casas lotéricas, Correios e fintechs, mas não previa a contratação dessas últimas pelos bancos públicos federais.

 

O texto da Câmara veda ainda que instituições financeiras responsáveis pelo pagamento efetuem descontos a pretexto de recompor saldos negativos ou saldar dívidas preexistentes dos beneficiários. Ou seja, se alguém estiver devendo ao banco, o auxílio não poderá ser automaticamente retirado para cobrir a dívida.

 

Os deputados também proibiram que o auxílio emergencial seja negado a trabalhador sem CPF ou título de eleitor regularizado. Também desobrigaram a inscrição do membro familiar no CPF para o recebimento de duas cotas do auxílio emergencial, no caso de família monoparental.

 

O senador Esperidião Amin afirmou que o substitutivo deixou mais clara a possibilidade de dois membros de uma mesma família receberem o auxílio emergencial. O texto do Senado previa que o recebimento do Bolsa Família não exclui o direito ao auxílio emergencial e que cada família poderá receber até duas cotas de auxílio emergencial ou uma cota do auxílio e um Bolsa Família.

 

Retorno ao original
Outras sugestões feitas pelos deputados não foram recepcionadas por Amin. É o caso de um dispositivo que incluía, entre os trabalhadores aptos a receber o auxílio emergencial, trabalhadores rurais e domésticos com carteira assinada. Apesar de manifestar solidariedade a essas categorias, Amin manteve-as fora do texto, defendendo a necessidade de não desvirtuar o programa – que se destina aos informais.

 

Também saiu do texto uma mudança que isentava o beneficiário de pagar Imposto de Renda sobre o auxílio recebido caso ele apresente rendimentos, em 2020, acima da primeira faixa de isenção (R$ 28,6 mil). O relator explicou que o pagamento do imposto havia sido negociado com o Ministério da Economia em troca do fim da exigência de que os beneficiários do auxílio tivessem recebido rendimentos tributáveis abaixo da faixa de isenção em 2018.

 

Uma terceira mudança da Câmara foi rejeitada após debate no Plenário, a partir de destaques dos senadores Alvaro Dias (Podemos-PR) e Mara Gabrilli (PSDB-SP). O projeto do Senado proíbe a interrupção do pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios sociais durante a pandemia exceto em caso de morte do beneficiário. A Câmara permitiu essa interrupção também em caso de irregularidade comprovada em perícia. Alvaro e Mara argumentaram que isso obrigaria aposentados e pessoas com deficiência a saírem de casa para encarar filas e aglomerações em postos do INSS. Esperidião Amin havia mantido a alteração, explicando que contava com o “bom senso” do órgão para não convocar perícias durante a pandemia, mas decidiu acatar os destaques dos colegas.

 

Já trechos retirados pelos deputados foram recuperados, fazendo com que valesse a versão original do Senado, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e já com as modificações inseridas pelo relator, Esperidião Amin. Um desses trechos foi o que aplica de imediato o novo critério de renda familiar per capita máxima para recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que passa de 25% do salário mínimo para 50%.

 

Esse texto mantém o valor previsto na Lei 13.891, de 2020, após derrubada de veto presidencial pelo Congresso Nacional. A questão está suspensa judicialmente após medida cautelar impetrada pelo governo federal, mas Esperidião Amin afirma que manterá a palavra do Congresso sobre o tema.

 

Quanto ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), o relator também reintroduziu a possibilidade de suspender os contratos somente para os estudantes que estavam em dia antes da vigência do estado de calamidade pública, conforme previsto no texto do Senado e retirado pela Câmara.

 

NOVAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS INCLUÍDAS PELO CONGRESSO ENTRE AS BENEFICIADAS

 

Pescadores profissionais e artesanais, aquicultores, marisqueiros e os catadores de caranguejos

 

Agricultores familiares, arrendatários, extrativistas, silvicultores, beneficiários de programas de crédito fundiário, técnicos agrícolas, assentados da reforma agrária, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais

 

Trabalhadores das artes e da cultura, entre eles os autores e artistas, de qualquer área, setor ou linguagem artística, incluídos os intérpretes, os executantes e os técnicos em espetáculos de diversões

 

Cooperados ou associados de cooperativa ou associação de catadores e catadoras de materiais recicláveis, os cooperados ou associados de cooperativa ou associação

 

Taxistas, mototaxistas, motoristas de aplicativo, motoristas de transporte escolar, trabalhadores do transporte de passageiros regular, microempresários de vans e ônibus escolares, caminhoneiros, entregadores de aplicativo

 

Diaristas, cuidadores, babás

 

Agentes de turismo, guias de turismo

 

Seringueiros, mineiros, garimpeiros

 

Ministros de confissão religiosa e profissionais assemelhados

 

Profissionais autônomos da educação física, trabalhadores do esporte, entre eles atletas, paratletas, técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, árbitros e auxiliares de arbitragem, trabalhadores envolvidos na realização das competições

 

Barraqueiros de praia, ambulantes, feirantes, camelôs e baianas de acarajé, artesãos, expositores em feira de artesanato

 

Garçons

 

Manicures e os pedicures, cabeleireiros, barbeiros, esteticistas, depiladores, maquiadores e demais profissionais da beleza

 

Empreendedores individuais das categorias de beleza, cosméticos, terapias complementares, arte-educação e de atividades similares

 

Empreendedores independentes das vendas diretas, ambulantes que comercializem alimentos, vendedores de marketing multinível e os vendedores porta a porta

 

Sócios de pessoas jurídicas inativas

 

Produtores em regime de economia solidária

 

Professores contratados que estejam sem receber salário

Posted On Quarta, 22 Abril 2020 22:07 Escrito por O Paralelo 13
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