Instalação da multinacional Mosaic no estado deve gerar cerca de 200 empregos diretos e indiretos, além de fortalecer o setor agrícola
Por Jarbas Coutinho
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou, nesta quarta-feira, 16, em Palmeirante, da inauguração de uma nova unidade de produção de fertilizantes da multinacional Mosaic. Com articulação do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), a instalação do empreendimento privado no estado representa um investimento de mais de R$ 400 milhões e a geração de cerca de 200 empregos diretos e indiretos. A unidade está localizada no Terminal Integrado de Palmeirante (TIPA), ligado à Ferrovia Norte-Sul, um passo importante para o desenvolvimento do setor agrícola do Tocantins.
O Country Manager da Mosaic, Eduardo Monteiro, ressaltou que, com a nova unidade, a empresa dá um passo importante para tornar o Tocantins um polo ainda mais forte e competitivo dentro do agronegócio nacional
A empresa tem como propósito ampliar a presença na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), na região do Vale do Araguaia e no norte de Goiás. A companhia prevê que, no primeiro ano de atividade, produza 500 mil toneladas de fertilizantes, atingindo a capacidade produtiva anual de 1 milhão de toneladas em 2028. Levando em consideração o crescimento da região, a estimativa é que o volume de entregas de fertilizantes atinja a marca de 9,3 milhões de toneladas entre os anos de 2025 e 2032, fator importante para minimizar os custos de produção no Tocantins e em toda região de influência da empresa.
O secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, enfatizou o impacto social proveniente do processo de implantação da empresa em Palmeirante
"O Governo do Tocantins não mede esforços para buscar empresas que venham para somar com o desenvolvimento do estado. A Mosaic é o maior empreendimento do gênero no Tocantins e chega em boa hora. Com ela, vamos baratear os custos, porque nos deixa próximos dos fertilizantes tanto para produção de grãos como para a pecuária. Então, a chegada dessa e de outras empresas fortalece a economia e a geração de empregos", destacou o governador Wanderlei Barbosa, durante a cerimônia de inauguração.
O Country Manager da Mosaic, Eduardo Monteiro, ressaltou que, com a nova unidade, a empresa dá um passo importante para tornar o Tocantins um polo ainda mais forte e competitivo dentro do agronegócio nacional. “Essa estrutura moderna nos permite estar mais próximos dos produtores, com soluções tecnológicas e um nível de serviço elevado. Além disso, reafirmamos o nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico local, gerando emprego, renda e oportunidades na região. Palmeirante é, para nós, um marco importante, alinhado à estratégia de longo prazo da companhia”, pontuou.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Jaime Café, salientou que a chegada da empresa no estado é um fator determinante para a melhoria dos custos de produção e da produtividade no campo
Na ocasião, o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, Carlos Humberto Lima, enfatizou o impacto social proveniente do processo de implantação da empresa no município. "Somente no mês de maio, Palmeirante foi o terceiro município do Tocantins em saldo de empregos, sendo superado apenas por Luzinópolis e por Palmas, e à frente de cidades muito maiores como Araguaína e Gurupi. Isso tudo devido ao impacto da implantação da Mosaic Fertilizantes aqui no nosso território”, evidenciou.
Presente no evento, o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Jaime Café, salientou que a chegada da empresa no estado é um fator determinante para a melhoria dos custos de produção e da produtividade no campo. "Isso vai dar mais competitividade para o nosso produtor”, concluiu.
A multinacional prevê que, no primeiro ano de atividade, produza 500 mil toneladas de fertilizantes
A vice-presidente de Operações na América do Sul da Mosaic, Elias Lima, reforçou o compromisso da empresa com o desenvolvimento da região. "A Mosaic tem como uma das suas prioridades desenvolver as comunidades ao redor das nossas instalações. Além disso, Palmeirante é uma localização muito estratégica, porque daqui a gente pode atingir vários estados. A escalabilidade e toda a parte de automação nos dará uma vantagem competitiva muito grande estando em Palmeirante", declarou.
A chegada da empresa no município de Palmeirante traz novas perspectivas para os munícipes, como ressaltou o prefeito da cidade, Raimundo Brandão. "A chegada da Mosaic nos traz a certeza de um futuro de progresso, principalmente na geração de emprego e renda”, finalizou.
Inovação e segurança
A unidade está localizada no Terminal Integrado de Palmeirante (TIPA), ligado à Ferrovia Norte-Sul
A unidade de Palmeirante será a primeira planta da companhia a receber um sistema de ensaque totalmente automático de Big Bags. O projeto automatiza o processo de enchimento, amostragem e lacre das embalagens, eliminando a necessidade de intervenção manual e aumentando significativamente a segurança e a eficiência operacional.
Um fator que reforça o potencial logístico da unidade é a infraestrutura que permite o descarregamento de caminhões e vagões ferroviários, armazenamento de até 100 mil toneladas de matérias-primas e embarque de produtos misturados a 200 t/h ou a granel a 150 t/h com conexão ferroviária direta para o Porto de Itaqui, no Maranhão, criando um novo corredor logístico, otimizando o transporte de insumos e produtos acabados, além de reduzir a circulação de cerca de 27 mil caminhões por ano, o que representa ganhos ambientais e operacionais significativos.
Decisão foi tomada após governo e Congresso não chegarem a acordo
POR ANDRÉ RICHTER
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (16) manter a validade do decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
No mês passado, o decreto foi suspenso após votação do Congresso. Após a deliberação, o PSOL, o PL e a Advocacia-Geral da União (AGU) entraram com ações na Corte e levaram a discussão do caso para o Supremo.
O decreto fazia parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. No fim de maio, o presidente Lula editou um decreto que aumentava o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio.
Diante da pressão do Congresso, o governo editou, no início de junho uma medida provisória com aumento de tributos para bets (empresas de apostas) e para investimentos isentos.
A medida provisória também prevê o corte de R$ 4,28 bilhões em gastos obrigatórios neste ano. Em troca, o governo desidratou o decreto do IOF, versão que foi derrubada pelo Congresso.
Decisão
Na mesma decisão, Moraes decidiu manter suspensa uma regra prevista do decreto do IOF que prevê a incidência do imposto sobre operações de risco sacado. Contudo, o restante do decreto permanece válido.
A decisão do ministro também confirma a suspensão do decreto legislativo do Congresso que derrubou o decreto de Lula.
Ao manter a maior parte do decreto do IOF válido, Moraes disse que o trecho que prevê a incidência do imposto sobre entidades abertas de previdência complementar e entidades financeiras está de acordo com a Constituição.
“Não houve desvio de finalidade e, consequentemente, não há mais necessidade de manutenção da cautelar, pois ausente o risco irreparável decorrente de eventual exação fiscal irregular em montantes vultosos”, afirmou.
No entanto, o ministro entendeu que a parte que trata da incidência de IOF sobre operações de risco sacado extrapolou os limites da atuação do presidente da República e deve ser suspensa.
“As equiparações normativas realizadas pelo decreto presidencial das operações de risco sacado com operações de crédito feriram o princípio da segurança jurídica, pois o próprio poder público sempre considerou tratar-se de coisas diversas”, completou.
Conciliação
A decisão final do ministro foi proferida após o governo federal e o Congresso não chegarem a um acordo durante audiência de conciliação promovida ontem (15) pelo STF.
No início deste mês, Moraes decidiu levar o caso para conciliação e suspendeu tanto o decreto de Lula como a deliberação do Congresso que derrubou o ato do presidente.
Travessia permanece essencial para garantir a mobilidade dos moradores da região; nova ponte conta com 50% da obra já concluída
Da Assessoria
O Governo do Tocantins renovou o convênio que garante a gratuidade do serviço de travessia fluvial no município de Aguiarnópolis. A medida assegura a continuidade do transporte realizado pelos barqueiros até dezembro de 2025 — prazo estimado para a conclusão das obras da nova ponte Juscelino Kubitschek, que fará a ligação entre o Tocantins e o Maranhão.
A travessia gratuita foi implantada em janeiro de 2025, logo após o desabamento da Ponte JK. No dia 24 de janeiro, o governador Wanderlei Barbosa determinou a contratação emergencial dos barqueiros para garantir o transporte gratuito de passageiros, como resposta imediata à demanda da população. A operação teve início no dia 27 de janeiro, com apoio da Agência Tocantinense de Regulação (ATR), da Prefeitura de Aguiarnópolis, da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) e do Corpo de Bombeiros. Desde então, o serviço tem funcionado diariamente, das 5h às 19h, assegurando o deslocamento de estudantes, trabalhadores, comerciantes e demais moradores da região.
As balsas também seguem operando gratuitamente para o transporte de pessoas e veículos entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), complementando as ações emergenciais de mobilidade.
Além das travessias fluviais, o Governo do Tocantins também implementou outras medidas para garantir a mobilidade e a segurança viária na região do Bico do Papagaio. Entre elas, está a reestruturação de rotas alternativas por meio de rodovias estaduais e a formalização de um Termo de Cessão de Uso ao Governo Federal, solicitando ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a manutenção das condições dessas vias provisórias.
A ATR permanece responsável pela fiscalização do serviço, garantindo a segurança, acessibilidade e regularidade da travessia até a entrega da nova ponte. A atuação da agência tem sido essencial para assegurar que a população continue contando com um transporte fluvial seguro e eficiente durante o período de reconstrução.
Segundo o governador Wanderlei Barbosa, a renovação do convênio reforça o compromisso do Governo do Tocantins com a dignidade, a mobilidade e o bem-estar da população local. “Nenhum tocantinense ficará sem acesso à travessia. Estamos trabalhando com responsabilidade e urgência para entregar uma nova ponte, mas também garantindo soluções imediatas e seguras até lá”, afirmou.
O presidente da ATR, Matheus Martins, destacou que a medida reafirma o papel da agência como parceira do Governo na promoção da mobilidade pública e da segurança dos usuários. “Desde o início do ano estamos atuando junto aos barqueiros, orientando, fiscalizando e garantindo um serviço digno à população. Esta renovação é mais um passo para assegurar o direito de ir e vir até a entrega da nova estrutura”, pontuou.
Com cerca de 50% da obra já concluída, a nova ponte Juscelino Kubitschek deverá ser entregue em dezembro de 2025, representando um marco importante para a integração logística e o desenvolvimento socioeconômico da região norte do Tocantins.
Por Edson Rodrigues
Relatos dos bastidores políticos de Palmas garantem que um certo grupo empresarial estaria cooptando vereadores em Palmas, a custo milionário, para que seja aberto um processo de impeachment do prefeito eleito Eduardo Siqueira Campos na Câmara Municipal.
Fontes de Brasília informaram ao Observatório Político de O Paralelo 13 que há gravações de conversas de representantes desse grupo empresarial com vereadores da Capital.
Nossas fontes e nossas equipes estão em campo apurando essas informações. A qualquer momento, estaremos atualizando esta notícia.
A imposição de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump, explicitamente ligada à situação judicial de Jair Bolsonaro, gera forte reação unificada no Brasil, isola o ex-presidente e seus filhos e coloca a economia nacional sob ameaça
Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues
O que começou como uma manobra da família Bolsonaro para pressionar o Brasil se transformou em uma crise diplomática e comercial de grandes proporções. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor um "tarifaço" de 50% sobre produtos brasileiros abalou o cenário econômico, mas, paradoxalmente, unificou o espectro político nacional, da esquerda à direita, em uma rara demonstração de defesa da soberania, aprofundando o isolamento político de Jair Bolsonaro e seus filhos, Flávio e Eduardo.
A justificativa de Trump para a medida protecionista não deixou dúvidas sobre sua natureza política. Em uma postagem, o líder americano afirmou que o Brasil estaria "fazendo uma coisa horrível" com o ex-presidente, a quem chamou de inocente e vítima de perseguição. A declaração é o resultado direto do lobby intenso de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde busca apoio contra as investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista que mira seu pai e aliados.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)
A tentativa de usar a maior economia do mundo para chantagear o sistema de justiça brasileiro, no entanto, teve o efeito oposto. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), reuniram-se com o vice-presidente Geraldo Alckmin e colocaram o Congresso Nacional à disposição do governo Lula (PT). "Vejo nesse momento agressão ao Brasil e aos brasileiros", afirmou Alcolumbre, elogiando a firmeza do governo e a liderança de Alckmin no processo.
A fala dos chefes do Legislativo enterra a principal moeda de troca dos Bolsonaro, a promessa de reverter a sobretaxa em troca de uma anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A proposta foi ignorada pela cúpula do Congresso, que fechou filas com o Executivo em defesa dos interesses nacionais.
A opinião pública acompanha o movimento político. Uma pesquisa Genial/Quaest revelou que 72% dos brasileiros consideram um erro a atitude de Trump, enquanto 53% apoiam a resposta do presidente Lula de reagir com reciprocidade.
O governo brasileiro, sob a coordenação de Alckmin, traçou uma estratégia clara de negociar o que é negociável e se manter irredutível quanto à soberania. A mensagem é que o Brasil buscará uma solução diplomática e comercial baseada nos 200 anos de relações bilaterais, mas não cederá a pressões que visem intervir em suas decisões internas. Setores vitais para a economia, como o aeronáutico, de máquinas, têxtil e calçados, seriam duramente afetados, tornando a resolução do impasse uma prioridade nacional.
A crise atual deixa uma lição clara ao tentar atrelar seus interesses políticos pessoais aos do país, a família Bolsonaro não só fracassou em obter o que desejava, como também provocou uma crise que prejudica empresas e trabalhadores brasileiros. Em resposta, assiste a um movimento de união nacional que reafirma que a soberania do Brasil não está à venda.