Presidente ainda afirmou que o governo vai evitar que novos reajustes sejam repassados para os consumidores
Com Terra Notícias
O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à TV Ponta Negra, afiliada do SBT no Rio Grande do Norte, que espera um retorno da Petrobras para rever o mega-aumento dos combustíveis. Segundo ele, o preço cobrado hoje nas bombas é "impagável".
"O barril do petróleo chegou a 135 dólares na semana passada, agora já caiu e está em 100 dólares. A gente está esperando, inclusive, ter um retorno da Petrobras para rever esses preços que foram absurdamente majorados na semana passada", declarou o presidente.
A entrevista foi gravada nesta manhã no Palácio do Planalto, mas apenas um pequeno trecho foi divulgado. Ainda não há previsão de exibição da íntegra.
Mais cedo, em evento, o chefe do Executivo declarou que a Petrobras vai baixar o preço dos combustíveis "com certeza", em virtude da queda das cotações de petróleo no mercado internacional.
Bolsonaro ainda declarou na entrevista que o governo vai evitar que novos reajustes sejam repassados para os consumidores.
"Qualquer nova alta a gente vai, da nossa parte aqui, desencadear um processo para que esse reajuste não cheque na ponta da linha para o consumidor. É impagável o preço dos combustíveis no Brasil", disse o presidente. "E lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada", acrescentou, em nova crítica à estatal.
Conselho Superior do MP de SP homologa acordo de R$ 12 mi com ex-CEO da Ecovias
Por Fausto Macedo
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo homologou nesta terça-feira, 15, acordo de colaboração do ex-CEO do grupo Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, com a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
Em depoimento já prestado anteriormente aos promotores o executivo afirmou que "todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo entre 1998 e 1999 foram fraudadas".
Seras revelou que 12 grupos econômicos, inclusive a própria Ecovias, que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, formaram cartel para dividir o mercado das rodovias. Ele já apontou nomes de dezenas de políticos que abasteceram suas campanhas com recursos de caixa 2 e autoridades de diversos escalões que teriam recebido propinas.
O ex-presidente da Ecovias vai pagar R$ 12 milhões, segundo prevê o acordo, a título de indenização ao Tesouro. A reportagem entrou em contato com a defesa do executivo para comentar a negociação e aguarda resposta.
A decisão do Conselho Superior foi tomada por unanimidade. Inicialmente, os conselheiros homologaram definitivamente o acordo da Ecovias com a Promotoria. Por esse ajuste, a concessionária vai pagar R$ 638 milhões, dos quais R$ 450 milhões em obras e o restante depositado em dinheiro no caixa da Fazenda parceladamente em até oito anos.
O colegiado de cúpula do Ministério Público estadual já havia homologado o acordo da Ecovias, mas restaram "omissões". Na sessão desta terça-feira, 15, os conselheiros ajustaram esses pontos que haviam sido "excluídos", como, por exemplo, a obrigação da concessionária de construção do boulevard Anchieta, com dois quilômetros de extensão e três pistas, na altura do Sacomã, ponto histórico de estrangulamento da rodovia, na entrada de São Paulo.
Os valores a serem pagos pela Ecovias e por seu ex-CEO serão ainda corrigidos desde abril de 2020, quando os acordos foram firmados.
Com a homologação do Conselho, a Ecovias e seu executivo ficam livres do inquérito civil instaurado pela Promotoria que mira, agora, os outros grupos econômicos que fizeram "divisão de mercado" e quem se beneficiou de valores ilícitos do cartel.
Os promotores que investigam improbidade e corrupção agora vão à Justiça. O próximo passo é obter a homologação judicial. A partir dela, os promotores espreitam indenizações bilionárias em favor do Tesouro. Estima-se que apenas uma outra concessionária do cartel deverá ter que pagar pelo menos R$ 7 bilhões por sequência de prejuízos aos cofres públicos.
No âmbito criminal a investigação não deverá ter desdobramentos porque os beneficiários da fraude já foram alcançados pela prescrição penal - quando se esgota o prazo para punir um criminoso. Mas na esfera cível, quando a meta é o ressarcimento, o caminho está aberto.
O esquema das concessões caracterizou também improbidade administrativa, por meio de "atos dolosos", o que barra a prescrição nessa área.
O Estadão apurou que mais de 30 investigados serão ouvidos pela Promotoria nessa nova etapa, a partir da homologação do Conselho Superior.
As informações já reveladas por Marcelino Rafart de Seras, o "colaborador" da Ecovias - que na época tinha o nome de Primavi -, vão permitir aos promotores traçarem o mapa da investigação. Segundo ele, na época das licitações, os grupos econômicos "combinaram os valores entre si para pegar as concessões".
Ação faz parte do Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços
Por Laiane Vilanova
Por meio do Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços (PICS), o governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, assinou na manhã desta terça-feira, 15, convênio firmando parceria com a Prefeitura de Porto Nacional para a reestruturação do Distrito Agroindustrial do Município.
O recurso previsto na ordem de R$ 24 milhões é oriundo do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), administrado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (CDE), para execução em três anos. O Distrito do Parque Industrial de Porto Nacional conta com 502 lotes que totalizam uma área de 2.000.000 m².
O recurso previsto na ordem de R$ 24 milhões é oriundo do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE)
Favorável à ação, o governador Wanderlei Barbosa destacou que a industrialização do Estado passa por esse tipo de ação. "Eu só posso dizer que estou industrializando o Estado, a partir do momento que eu estruturo os Parques Industriais. Eu não posso ter um parque em que os caminhos entram e a mercadoria é prejudicada pela poeira. Então, se nós temos a intenção de industrializar esse Estado, nós temos que entregar condições salubres de trabalho", informou.
A assinatura do convênio, há muito tempo esperada pelos gestores do município de Porto Nacional, foi comemorada. “Nós somos agradecidos por essa forma como o governador Wanderlei [Barbosa] tem atuado. Porto Nacional há muito tempo esperava essa reestruturação. É bom que agora iremos efetivar, nós nos sentimos honrados e frisamos que isso vai ajudar não só o município, mas também todo o Estado, pois vai gerar mais dividendos, vai gerar mais empregos”, comemorou o prefeito Ronivon Maciel.
Sobre o PICS
O Programa de Impulsionamento da Indústria, Comércio e Serviços (PICS) é uma iniciativa do Governo do Tocantins, que tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento econômico do Tocantins de maneira descentralizada, investindo na recuperação da infraestrutura dos parques industriais, já instalados, e na implantação de novos parques, além de incentivar projetos de fortalecimento dos negócios em todo o Estado. O PICS foi lançado em janeiro deste ano.
Direto da Redação
Com informações de O Globo
Na disputa para a Presidência da República, além de alianças partidárias, os pré-candidatos tentam conquistar apoios em entidades ruralistas, de empresários e sindicatos. Na dianteira nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula (PT) atua para aglutinar as centrais sindicais. No último pleito parte delas apoiou Ciro Gomes (PDT), que pretende concorrer novamente. O petista, assim como o presidenciável do Podemos, Sérgio Moro, também busca dissidentes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no agronegócio e em entidades patronais.
Na campanha de 2018, Bolsonaro recebeu apoios públicos da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e do então presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Dirigentes da Fiemg e da Firjan — federações da indústria de Minas e do Rio — também manifestaram simpatia ao então candidato do PSL. Já o petista Fernando Haddad só reuniu as centrais sindicais na reta final; no primeiro turno, parte delas apoiou Ciro.
Além do histórico de Lula no movimento sindical, um dos fatores que tem facilitado a aglutinação hoje é a costura do petista para ter como vice Geraldo Alckmin. O ex-tucano já foi apoiado por entidades como a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), nascidas como contrapesos à Central Única dos Trabalhadores (CUT), historicamente ligada ao PT. O deputado Paulo Pereira da Silva, ex-presidente da Força, chegou a sugerir a filiação de Alckmin a seu partido, o Solidariedade.
Entenda, em reportagem exclusiva para assinantes, como os pré-candidatos à Presidência têm se movimentado para conquistar apoios em entidades ruralistas, de empresários e sindicatos. Veja o que reivindicam esses grupos e como os presidenciáveis tentam explorar brechas deixadas por seus adversários para ampliar suas alianças, jogo de forças que ocorre entre Lula e Bolsonaro no agronegócio, por exemplo.
BASTIDORES DA SUCESSÃO 2022
Por Edson Rodrigues
Os dois principais pré-candidatos ao governo do Tocantins nas eleições de dois de outubro, Ronaldo Dimas, que está migrando do Podemos para o PL e Wanderlei Barbosa, que chega ao Republicanos, conseguiram ganhar musculatura política na formação de seus grupos. Dimas conta com o apoio declarado do senador Eduardo Gomes, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso nacional, líder na liberação de recursos federais para o Tocantins, auxiliando não só na estruturação do Estado, mas agindo de forma crucial para possibilitar o combate à Covid-19, quando trouxe um avião da FAB repleto de equipamentos e insumos hospitalares, conseguindo dezenas de UTIs para o governo do Estado e municípios de todas as regiões.
Gomes foi enfático ao afirmar, recentemente que Dimas é o seu candidato e terá o seu voto para o governo do estado em outubro.
RONALDO DIMAS
Apesar de todo esse “auxílio luxuoso”, Dimas terá que mudar sua forma de fazer política para tentar se descolar da fama de “arrogante”. Para isso terá que calçar as sandálias da humildade e não querer ser um professor de Deus, varrer o lixo para dentro e tentar conquistas do mais simples ao mais gabaritado dos aliados do senador Eduardo Gomes, principalmente os prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, candidatos a deputado estadual, federal, lideranças políticas do interior do Estado e da Capital que sonhavam em ter – e viam - Eduardo Gomes como o candidato ideal para o governo do Tocantins.
Dimas, Eduardo e os prefeitos de Paraíso Celsinho e Wagner de Araguaína
Para isso Dimas tem um tempo de, aproximadamente, 50 dias, nos quais deve trabalhar duro na construção desse alicerce para sua campanha, que o permitirá ter uma candidatura competitiva. Caso não consiga esse feito, será “caixão e vela preta” para sua pretensões políticas.
Não se pode esquecer que Dimas esteve a ponto de se aliar aos senadores Kátia e Irajá Abreu, ao empresário Edson Tabocão e ao ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, em sua tentativa de ser o candidato a governador do grupo que antagoniza com o senador Eduardo Gomes. Essa “maleabilidade” de interesses pode ser mal vista pelos seguidores fiéis de Gomes.
Dimas promoveu e participou de várias reuniões políticas na região do Bico do Papagaio em companhia dos Abreu, de Edson Tabocão e de Laurez Moreira, o que faz muito necessário que consiga explicar e convencer os eleitores e as lideranças políticas de sua nova “cara”, sem seus velhos aliados, e de que tem condições de ser um governador realizador, parceiro e, principalmente, fiel ao senador Eduardo Gomes, honrando seus compromissos de campanha com todo os que vão o apoiar, em especial a aqueles que o estão fazendo apenas pelo pedido direto de Eduardo Gomes.
Logo, esse novo posicionamento de Ronaldo Dimas é considerado como a sua UTI – última tentativa do indivíduo – e se sua candidatura não decolar até as convenções, corre o risco de ter sua pretensão política abortada.
WANDERLEI BARBOSA
O governador Wanderlei Barbosas e o empresário Edson Tabocão
Já o, agora, governador de fato e de direito do Tocantins, Wanderlei Barbosa, vem conseguindo êxito em sua ações governamentais, com as quais já ganhou a confiança do funcionalismo público estadual, tem atuado de forma precisa quando precisa tomar decisões pragmáticas, como a de acudir os milhares de desabrigados e todas as famílias impactadas pelas chuvas, disponibilizando auxílio, cestas básicas, mantendo o sistema de saúde livre dos escândalos de desabastecimento das farmácias dos hospitais públicos.
Mesmo assim, Wanderlei ainda precisa resolver problemas graves em sua base política, que abriga muitos “chefetes” que agem por iniciativa própria e acabam por dividir sua base, como, por exemplo, aos Abreu – Kátia e Irajá – que, definitivamente, não são bem vistos nem quistos pela esmagadora maioria dos deputados estaduais, sendo que é público e notório que o clã dos Abreu já montou duas chapinhas de pré-candidatos a deputado estadual e federal sem mandatos, numa clara afronta aos parlamentares que buscam a reeleição, e beneficiaram o deputado federal Vicentinho Jr., mantendo-o como o único detentor de mandato a ser candidato à reeleição sob seu apadrinhamento.
Wanderlei Barbosa, antes de falar em convenção, terá que descascar esse abacaxi, se utilizando de todas as ferramentas que tem à disposição para não provocar uma “implosão” de sua base de apoio na Assembleia Legislativa. Uma base de apoio que se mostrou destemida e corajosa, praticamente obrigando Mauro Carlesse a renunciar, após aprovar por unanimidade a continuidade do processo de impeachment.
Só por isso Wanderlei Barbosa deve ver os deputados estaduais com o maior respeito e reconhecimento, assim como ser leal a todos os que se mostraram dispostos a se sacrificar para dar-lhe um governo de fato e de direito, e pavimentar seu caminho á reeleição. Eles, comprovadamente, são a base de sustentação de seu governo, e o seu sucesso político, de Wanderlei, está intrinsecamente ligado à essa demonstração de apoio por parte dos parlamentares estaduais.
É bom lembrar que tanto Dimas quanto Wanderlei dependem, principalmente, de si próprios e de suas escolhas para viabilizar suas candidatura e manter as chances reais de eleição em outubro próximo.
Boa sorte aos dois e ao povo tocantinense!