Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 acompanha, passo a passo, as movimentações que moldam o tabuleiro sucessório de 2026 no Tocantins. E, a cada dia, o cenário político parece se redesenhar. Essa constante mutação faz com que nossas análises, por vezes, pareçam mudar de tom. Não é contradição, é a consequência natural de um jogo político que muda ao sabor dos movimentos das peças.

 

Presidentes do União Brasil e o Progressistas (PP) formam agora a federação partidária União Progressista (UP). 

 

E uma peça decisiva já ocupa o centro do tabuleiro: a senadora Professora Dorinha Seabra. Com serviços prestados ao estado e liderança consolidada na federação União Brasil/PP professora Dorinha se apresenta como pré-candidata ao governo com uma estratégia definida e um grupo político praticamente fechado.

 

Dorinha construiu seu tabuleiro com clareza com duas pré-candidaturas ao Senado — o deputado federal Carlos Gaguim, confirmado como seu principal aliado em um evento que aconteceu na região do Bico do Papagaio e o deputado federal Vicentinho Júnior, presidente estadual do PP, com apoio irrestrito da cúpula nacional do seu partido, com garantias e infraestrutura partidária, bem como de prefeitos, incluindo o de Palmas, Eduardo Siqueira Campos.

 

Com esse alinhamento, Dorinha demonstra que não há mais espaço para negociação com o Palácio Araguaia nem com o PL do senador Eduardo Gomes. Seu projeto é independente.

 

Enquanto isso, o governador Wanderlei Barbosa mantém-se ancorado em sua popularidade e no apoio de uma ampla base política, que inclui a maioria dos deputados estaduais, o senador Eduardo Gomes e diversas lideranças municipais. Seu governo entrega estabilidade administrativa, respeito ao funcionalismo, ausência de perseguições políticas e a garantia da entrega em pleno funcionamento, até o final de 2025, de dois hospitais regionais, um em Araguaína e outro Gurupi, como obras de Estado que reforçam seu legado. Wanderlei joga com oito meses de vantagem para consolidar seu próprio tabuleiro, seja para apoiar seu sucessor como governador, seja para disputar uma vaga no Senado.

 

Mudanças e novas composições

 

Vice prefeito de Araguaína Israel Guimarães

 

O governador Wanderlei Barbosa, vem demonstrando cirurgicamente as mudanças no quadro de auxiliares e deve estender tais modificações nos demais escalões e nas chefias dos 139 municípios tocantinenses. Isso pode acontecer de forma homeopática, sem alarde, mas fortalecendo politicamente o governo nas bases politicas. A exemplo destas mudanças que iniciaram em Araguaína com a nomeação de Israel Guimarães que é vice-prefeito no município e deve afastar do cargo para assumir a Mineratins. Israel é irmão do presidente do MDB, deputado Alexandre Guimarães.

 

Senador Eduardo Gomes e deputado Amélio Cayres 

 

Nesse cenário, as peças vão se ajustando. Caso as eleições fossem hoje, a leitura do Observatório apontaria para um alinhamento governista encabeçado por Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa e aliado leal do governador, compondo com o senador Eduardo Gomes e com o emedebista, deputado federal Alexandre Guimarães que já integra a base do governo. O vice poderia ser moeda de composição, fortalecendo alianças estratégicas.

 

O que está claro é que Dorinha já não depende do Palácio para se viabilizar. Seu tabuleiro está posto, e sua postura é de quem não negocia mais espaços, apenas avança no território que conquistou.

 

Para o Observatório de O Paralelo 13, essa dinâmica reforça uma lição antiga da política de que nada é definitivo até o prazo final de desincompatibilizações e coligações. O tabuleiro muda, as peças se movimentam, e cada análise reflete o retrato de um momento específico. O tempo, como sempre, dirá quem jogou melhor.

 

Até breve.

 

 

Posted On Terça, 05 Agosto 2025 06:08 Escrito por

Após violar restrições impostas pelo STF, ex-presidente teve decretada prisão domiciliar com medidas mais rígidas

 

 

Com Portal R7

 

 

Jair Bolsonaro encontra-se em prisão domiciliar integral desde a segunda-feira (4). A decisão do ministro Alexandre de Moraes resultou de uma série de episódios considerados graves pela Justiça, envolvendo desobediência, uso indevido de redes sociais e tentativas de pressionar instituições.

 

A seguir, veja os sete acontecimentos que culminaram na medida mais severa:

 

 

1. Abertura de inquérito e investigação
O processo PET 14129 teve início para apurar crimes como coação, obstrução de investigações e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República solicitaram medidas cautelares contra o ex-presidente.

 

2. Primeiras medidas restritivas

Em 17 de julho, a Justiça determinou tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e total nos fins de semana, além de restrições quanto a viagens, contato com autoridades estrangeiras, outros investigados e uso de redes sociais.

3. Reforço das regras e interpretação do STF

No dia 21 de julho, o Supremo referendou as medidas, deixando claro que a proibição de redes sociais incluía qualquer forma de veiculação indireta, como transmissões ou publicações feitas por terceiros em nome do investigado.

 

4. Primeira violação das medidas

Na mesma data, Bolsonaro divulgou nas redes sociais imagens da tornozeleira e fez declarações direcionadas ao público digital. Os advogados foram intimados, e, mesmo com a manutenção das medidas, o comportamento continuou.

 

5. Reincidência e uso político das redes

Em 3 de agosto, aliados exibiram vídeos e ligações telefônicas em que Bolsonaro discursava durante manifestações. As postagens envolviam símbolos estrangeiros e apoio a tarifas contra o Brasil, o que foi considerado uma forma de incitar interferência internacional no Judiciário.

6. Avaliação de comportamento reiterado

A conduta foi classificada como “continuação delitiva” e tentativa consciente de desmoralizar a Justiça. Alexandre de Moraes destacou que a legislação se aplica a todos, independentemente de influência política ou econômica.

7. Prisão domiciliar integral e novas restrições

Diante das violações sucessivas, o ministro determinou prisão domiciliar integral, com proibição de visitas (salvo autorização formal), uso de dispositivos eletrônicos e comunicação com investigados ou autoridades estrangeiras. A decisão prevê prisão preventiva imediata em caso de nova infração.

 

 

Posted On Terça, 05 Agosto 2025 06:05 Escrito por

Capacitação em corte e costura, realizada em São Félix do Tocantins, produzirá kits para bebês, que serão entregues a mães em situação de vulnerabilidade no município

 

 

Por Camila Mitye 

 

 

O Governo do Tocantins levou o formato itinerante do projeto Mãos que Criam ao município de São Félix do Tocantins, na região do Jalapão, com a oferta do curso de corte e costura voltado à confecção de kits para bebês. A capacitação teve início nesta segunda-feira, 4, e segue até sexta-feira, 8, sendo realizada de forma integrada pela Secretaria Extraordinária de Participações Sociais (Seps) e pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), em parceria com a Prefeitura Municipal.

 

Primeira-dama Karynne Sotero reforça o compromisso do Governo do Tocantins com a qualificação e inclusão social

 

A primeira-dama do Tocantins e titular da Seps, Karynne Sotero, destaca a importância da descentralização das ações sociais do governo estadual. “O projeto nasceu com o propósito de transformar vidas. Levar essa oportunidade ao Jalapão é reafirmar o nosso compromisso de garantir dignidade e autonomia para todas as tocantinenses, estejam onde estiverem”, afirma.

 

Agradecendo o apoio do Governo do Tocantins, a primeira-dama de São Félix, Imelda Xavier, ressalta o impacto da ação na comunidade local. “É uma alegria muito grande receber esse curso no nosso município. Muitas mulheres daqui têm vontade de aprender uma profissão, e essa parceria mostra que estamos sendo lembrados. Qualificação como essa muda a realidade de muitas famílias”, destaca.

 

Primeira-dama de São Félix Imelda Xavier acompanha o início da capacitação e destaca o impacto da qualificação profissional para as mulheres do município

 

De acordo com a proposta do curso, as alunas irão confeccionar kits de enxoval que serão destinados a mães em situação de vulnerabilidade no município. O curso é ministrado pelas instrutoras Cristiane Nunes de Barros Silva, Sandra Lúcia Alves Borges e Ivonete da Silva Marcile, da Setas.

 

“É gratificante saber que vamos aprender uma nova profissão e ainda ajudar outras mulheres da nossa cidade. A gente costura com amor e com propósito”, declara a aluna Hayllane Miranda, de 34 anos.

 

Mãos que Criam

 

O polo sede do Mãos que Criam está instalado na região Norte de Palmas e já capacitou aproximadamente 120 pessoas em cursos como panificação artesanal, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); cabeleireiro; designer de sobrancelhas; tranças; penteados; e maquiagem.

 

A proposta é que o espaço funcione como um centro permanente de capacitação, enquanto o modelo itinerante amplia o alcance do projeto em outros municípios tocantinenses.

 

Acesso a crédito

 

Aluna Hayllane Miranda, de 34 anos, revela a expectativa com o aprendizado e com a doação dos kits para outras mães da comunidade

 

Um dos diferenciais do Mãos que Criam é a parceria com a Agência de Fomento do Tocantins, que oferece linhas de crédito específicas para alunos que concluírem os cursos com aproveitamento. O objetivo é transformar a capacitação em oportunidade real de geração de renda, com condições facilitadas e apoio ao empreendedorismo feminino.

 

 

Posted On Terça, 05 Agosto 2025 05:59 Escrito por

Com Assessoria

 

 

Em razão do crescimento dos crimes cibernéticos no estado e da necessidade de reestruturação das forças policiais para o combate a essa modalidade criminosa, o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou, nesta segunda-feira, 4, procedimento para monitorar a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

 

O objetivo é verificar como o poder público vem atuando e qual o planejamento para o enfrentamento dos crimes cibernéticos.

 

Crescimento dos golpes virtuais

Dados obtidos pelo Gaesp mostram que o estelionato por meio eletrônico no Tocantins cresceu 31,4% em apenas um ano, saltando de 3.078 casos (2022) para 4.043 casos (2023). Ainda é destacado que os idosos constituem um grupo vulnerável, sendo alvo preferencial dos golpistas e demandado atenção especial da SSP em termos de estratégias de orientação e de educação digital.

 

A termos de comparação, no mesmo período mencionado, o estelionato por meios convencionais teve um índice de crescimento bem inferior: 4,5%, indo de 11.287 casos (2022) para 11.796 casos (2023).

 

O Gaesp frisa que os crimes cibernéticos não se restringem a estelionatos digitais, incluindo também fraudes bancárias, crimes contra a dignidade sexual, violação de dados pessoais, cyberbullying, crimes contra a honra praticados em redes sociais e outros que se expandem com o avanço tecnológico.

 

Monitoramento

Em termo de monitoramento das políticas públicas, uma série de informações foi requisitada pelo Gaesp à SSP, referente à capacidade de atuação da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC): qual sua estrutura de pessoal, de recursos materiais e de recursos tecnológicos, quais os investimentos financeiros recebidos nos últimos cinco anos e quais os programas de capacitação periódica oferecidos aos seus integrantes.

 

A SSP também deve informar sobre ações de orientação, prevenção e educação digital voltadas ao público; sobre as parcerias e cooperações estabelecidas nessa área; e sobre o planejamento futuro, em termos de investimento e de políticas de proteção. Também deve apresentar dados estatísticos referentes a crimes cibernéticos nos últimos cinco anos.

 

O prazo para resposta é de 20 dias úteis. A portaria que dá início ao procedimento administrativo é assinada pelo promotor de Justiça João Edson de Souza, coordenador do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública.

 

 

 

 

Posted On Terça, 05 Agosto 2025 05:38 Escrito por

Este é o segundo ano de ações fiscalizatórias específicas para coibir crimes ambientais no período que antecede a colheita do capim-dourado

 

 

Por Lidiane Moreira

 

 

O Governo do Tocantins deu início na sexta‑feira, 1º, à edição 2025 da Operação Capim-Dourado, em evento realizado no povoado quilombola Mumbuca, localizado no Parque Estadual do Jalapão (PEJ), Unidade de Conservação (UC) sob gestão do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). A ação é coordenada pelo Instituto e mobiliza vários órgãos de governo para coibir ilegalidades, proteger o Cerrado e garantir o manejo sustentável do capim-dourado e do buriti.

 

A operação visa combater coleta e transporte ilegais da matéria-prima, práticas de biopirataria e incêndios florestais em áreas de Cerrado, de modo a assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva e preservar a cultura local, cujo artesanato produzido pelas comunidades tradicionais é a principal fonte de renda das famílias que vivem nestes territórios.

 

Para o gerente de Fiscalização do Naturatins, Cândido José dos Santos Neto, a operação reforça o compromisso com as comunidades locais. “A Operação Capim-Dourado é o compromisso do Governo com as comunidades tradicionais, que tem o artesanato do capim-dourado como fonte de renda. Estamos unindo forças para garantir que a coleta ocorra dentro do que estabelece a legislação, o que protege biodiversidade e cultura,” afirmou Cândido.

 

Perla Ribeiro, diretora de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, destacou a importância da atuação em parceria. “O reconhecimento do capim-dourado como patrimônio e a legislação sobre seu uso sustentável são avanços importantes. A colaboração entre a comunidade, a Unidade de Conservação e a legislação é essencial para a preservação do território e o fortalecimento do senso de pertencimento. A comunidade local demonstra uma relação preexistente com o território, enquanto o parque busca a conservação da biodiversidade. Assim, os esforços conjuntos têm apresentado resultados positivos. Adicionalmente, ressalta-se a importância de considerar as características específicas do bioma Cerrado, com suas particularidades climáticas, como a estação seca e as altas temperaturas, que demandam atenção redobrada", declarou a diretora ao destacar eventos importantes como o aniversário de 25 anos da Área de Proteção Ambiental do Jalapão (APA) do Jalapão, a valorização do trabalho dos guardas-parques, responsáveis pela proteção e fortalecimento da UC, e a contratação de novos brigadistas que visa reforçar o apoio nas unidades sob gestão do órgão ambiental.

 

Ações fiscalizatórias seguem até 30 de novembro, data final da colheita regulamentada do capim-dourado

 

O secretário-executivo de Segurança Pública, Reginaldo de Menezes, ressaltou o caráter interinstitucional da ação. “Esta operação agrega a Polícia Ambiental, o Graer, o Corpo de Bombeiros e outros órgãos fundamentais. É uma estratégia coordenada para prevenir crimes ambientais e proteger os recursos naturais. Esta cooperação interinstitucional é com o objetivo de proteger o nosso ouro, o capim-dourado, que tem destaque a nível mundial,” afirmou o representante da Segurança Pública.

 

Representante das comunidades artesãs, a presidente da Associação do Mumbuca, Silvanete da Silva, conta que a operação traz alívio e reforça a tradição artesanal local. “Vejo esta ação como fundamental. Quando a fiscalização está presente, garantimos que nosso trabalho artesanal seja valorizado e que nossa renda não seja ameaçada por práticas ilegais. Ano passado foi um sucesso, a gente chegou no campo e o nosso capim estava todo lá, intacto. As pessoas não tiraram fora da época, não queimaram, e esse ano a gente torce que tenha esse resultado brilhante que teve em 2024,” disse Silvanete da Silva.

 

Sobre a operação

 

A operação acontece pela segunda vez com o objetivo de garantir que a colheita aconteça dentro do prazo permitido, de 20 de setembro a 30 de novembro, e prevenir irregularidades.

 

Para Cândido José dos Santos Neto, a Operação Capim-Dourado reforça compromisso do Governo do Tocantins com as comunidades tradicionais

 

A força-tarefa reúne Naturatins, Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Grupo de Operações Aéreas (GRAER), Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Turismo (Setur), Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot). A fiscalização é realizada nos municípios de Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins e São Félix do Tocantins (Jalapão); Santa Tereza e Tocantínia (região central); e Dianópolis, Rio da Conceição, Novo Jardim e Pindorama (sudeste).

 

Legislação e canais de denúncia

 

A Lei Estadual nº 3.594/2019 dispõe sobre a exigência de licença ambiental para manejo e coleta do capim-dourado e buriti, além de proibir o transporte de material in natura para fora do estado. Infrações podem resultar em advertências, multas, apreensões e perda de licença ambiental.

 

Para denúncias de práticas ilegais, são disponibilizados o Linha Verde pelo 0800 063 1155 e o Zap Linha Verde, apenas para mensagem de texto pelo WhatsApp (63) 99106‑7787. Em ambos os canais, o anonimato é garantido.

 

 

Posted On Segunda, 04 Agosto 2025 15:09 Escrito por
Página 1 de 3349