O grupo Energisa reportou lucro líquido consolidado de R$ 582,6 milhões no quarto trimestre de 2021, um aumento de 203,4%, ou R$ 390,6 milhões, em relação ao reportado no mesmo período do exercício. Com isso, no acumulado do ano, o resultado líquido da companhia alcançou o recorde de R$ 3,068 bilhões, alta de 90,9% - ou R$ 1,46 bilhão - frente o apurado em 2020
Com Estadão
Entre outubro e dezembro do ano passado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 55,9% frente os mesmos meses de 2021, para R$ 1,746 bilhão. O Ebtida ajustado consolidado atingiu R$ 1,856 bilhão no mesmo período, montante 51,3% maior na mesma base de comparação.
Já o Ebitda com ajustes não caixa ficou em R$ 1,338 bilhão, ou 37,6% superior na comparação anual. No acumulado do exercício, o Ebitda atingiu R$ 6,192 bilhões, aumento de 57,5%, enquanto o indicador ajustado somou R$ 6,647 bilhões (+54,1%) e o e Ebitda com ajustes não caixa totalizou R$ 5,216 bilhões, 50,5% maior que no ano anterior.
A melhora no desempenho trimestral reflete em ampla medida a reversão de contingências, no valor total de R$ 247,5 milhões, ante reversão de R$ 16,1 milhões no mesmo período do ano anterior. A rubrica foi impulsionada principalmente pela reversão de R$ 156 milhões na Energisa S.A consolidada, efeito do ajuste da combinação de negócios da concessão de Rondônia. Além disso, a companhia anotou reversões de causas cíveis e trabalhistas resultantes de acordos judiciais realizados em processos prováveis e que registraram um deságio médio de 32,6%, em relação a provisão.
O lucro líquido também foi influenciado pelo crédito fiscal de R$ 167,5 milhões constituído pela Energisa Acre e pela marcação a mercado de derivativos, sem efeito caixa, no valor de R$ 225,1 milhões, sendo R$ 116,6 milhões de impacto negativo referente ao bônus de subscrição atrelado à 7ª emissão da Energisa S.A. e R$ 341,6 milhões positivo referente à opção de compra pela companhia da participação de minoritários da Energisa Participações Minoritárias. Sem considerar esses efeitos não recorrentes, o resultado seria 67,8% acima do registrado em 2020.
A receita líquida da Energisa, desconsiderando o recebimento de construção, totalizou R$ 6,858 bilhões no último trimestre do ano passado, crescimento de 23% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, no exercício a receita líquida, ex-construção, teve alta de 26,1%, para R$ 37,493 bilhões.
A receita do quarto trimestre cresceu apesar da queda de 5,7%, na base anual, no volume total de energia vendida no mercado cativo faturado, totalizando 7.715 gigawatts-hora (GWh). Já o mercado cativo + TUSD faturado alcançou 9.625 GWh no período, volume 2,6% menor que o mesmo intervalo de 2020. A queda foi observada a despeito do aumento no número de consumidores, que totalizou 8,216 milhões, expansão de 2%.
Os custos e despesas totais, ex-construção, cresceram 14,2%, chegando a R$ 5,55 bilhões, pressionados, principalmente, pelo aumento dos gastos não controláveis, como a energia comprada (+25%), enquanto os custos com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO) cresceram 10,9%, pouco acima da inflação acumulada no período.
Dívida
Ao final de 2021, a dívida líquida consolidada da Energisa era de R$ 15,252 bilhões, ante R$ 13,574 bilhões ao encerramento de 2020. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebitda ajustado, encerrou o período em 2,3 vezes, abaixo das 2,4 vezes do trimestre anterior.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou em entrevista ao Conversa com Bial (Globo), na madrugada desta quinta (17), que vê o ex-presidente Lula (PT) como um candidato "aprisionado", com medo de mostrar quem está a seu lado.
Por CRISTINA CAMARGO
Um dos principais líderes do centrão, Ciro Nogueira citou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, como pessoas que atrapalham o petista. "Esse é o problema, ele não pode fazer campanha."
A declaração do aliado de Jair Bolsonaro (PL) indica uma linha de campanha do presidente. O próprio mandatário já tinha usado tática semelhante para atacar Lula, ao dizer que tanto Dilma como o deputado cassado José Dirceu seriam ministros de um eventual novo governo do petista no Planalto.
Para Ciro Nogueira, Bolsonaro não tem chance de ganhar a eleição no Nordeste.
"O presidente Bolsonaro vai ganhar no Nordeste? Não. Mas vai ter uma votação muito maior do que a que teve na eleição passada", disse, ao ser questionado sobre como os partidos de direita e centro farão para atacar Lula (PT) nos estados nordestinos.
Para Nogueira, o presidente perde no Nordeste, mas ganha nas outras regiões do país, onde ele aposta que haverá uma derrota significativa de Lula.
O ministro acredita que Bolsonaro pode ser reeleito no primeiro turno. "Nas convenções, já vai estar na frente. Mais perto da eleição, vamos fazer as contas para ver se ganha no primeiro turno. Minha previsão é essa, pelas pesquisas que temos em mãos", disse, sem dar detalhes dessas pesquisas.
Nogueira lembrou que nunca um presidente deixou de ser reeleito no Brasil. Para ele, a população sente que o governante merece um segundo mandato.
O ministro afirmou que o segundo turno já começou e ninguém foi capaz de viabilizar uma candidatura na chamada terceira via.
"As pessoas que se apresentaram, como o [Sergio] Moro, não passaram confiança. As pessoas sentiram [que é] um aproveitador de momento", disse.
Em relação a Bolsonaro, que já chamou de fascista, o ministro vê um amadurecimento político nos anos como presidente da República. "Tivemos que nos unir para transformar esse país", afirmou o ministro, que já foi aliado de Lula.
Os dois momentos, com críticas a Bolsonaro e elogios a Lula, foram mostrados em vídeo durante a entrevista.
Nogueira elogiou a espontaneidade do presidente. Na opinião dele, Bolsonaro fala o que pensa e tem uma forma diferente de se comunicar. "Se ele mudar essa espontaneidade, será um grande erro."
Cerimônia aconteceu no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Tocantins, Alberto Sevilha, membro da corte que indicou o nome da gestora
Com Assessoria
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, recebeu oficialmente, na manhã desta quinta-feira, 17, o Colar de Honra ao Mérito Governador Siqueira Campos, maior honraria oferecida pelo Tribunal de Contas do Tocantins (TCE-TO). A cerimônia foi realizada no gabinete do conselheiro Alberto Sevilha, membro da corte que indicou o nome da chefe do executivo municipal.
“Feliz demais pelo dia de hoje. O mérito do colar está nas ações. Obrigada pela confiança, espero honrar esta homenagem”, disse Cinthia, lembrando da importância do reconhecimento acontecer em vida.
“A emoção aflora ao saber que posso homenagear tão ilustres cidadãos tocantinenses. Os agraciados de hoje têm algo em comum: a busca incessante pela moral e pelo progresso”, comentou Sevilha.
Na ocasião estavam presentes os conselheiros do TCE, o presidente da corte, Napoleão Luz Sobrinho, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Antônio Trabulsi, o contador Geraldo Correia Roque, e demais personalidades homenageadas.
Este ano, foram agraciadas com a comenda mais de 25 personalidades. Em fevereiro, os agraciados participaram, de forma virtual, da sessão especial de posse em comemoração aos 33 anos do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE/TO), momento em que os nomes foram apresentados.
Colar do Mérito Governador Siqueira Campos
A outorga do Colar do Mérito Governador Siqueira Campos foi instituída pela Resolução Administrativa Nº 235, de dezembro de 2002. A concessão da honraria é feita com o objetivo de homenagear personalidades públicas, autoridades e representantes da comunidade em geral, por merecimento e por relevantes serviços que contribuíram para o sistema de Controle Externo ou na construção do Estado do Tocantins. A indicação dos nomes das personalidades homenageadas é feita pelos membros do Tribunal Pleno.
O ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse (PL) se manifestou sobre matéria do Estadão que citava inquéritos da Polícia Federal que o colocam sob suspeita de aparelhar a estrutura de Segurança Pública do Estado para supostamente barrar investigações contra seu grupo político
Do Estadão Conteúdo
As suspeitas da PF de que o ex-governador do teria aparelhado a estrutura de Segurança Pública do Estado para blindar ele próprio e seus aliados de investigações, foram ampliadas a partir do material apreendido nas Operações Éris e Hygea.
As ações, abertas simultaneamente em novembro do ano passado, foram as primeiras etapas ostensivas da investigação que atinge o ex-governador e deram novo impulso ao trabalho da PF. Carlesse renunciou ao cargo na semana passada, em meio aos inquéritos que o colocaram no centro de um escândalo de corrupção, na tentativa de escapar de um processo de impeachment.
"Em relação à matéria publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" e reproduzida por outros veículos de comunicação, o ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse, vem a público novamente negar as acusações provenientes de um relatório "parcial" da Polícia Federal, como a própria matéria relata. Ou seja, um trabalho inconcluso, divulgado novamente de maneira seletiva, em um processo sigiloso. O que comprova a intenção deste novo vazamento não ser a de elucidar os fatos, mas sim, de denegrir a imagem do ex-governador Mauro Carlesse e criar uma narrativa visando influenciar a opinião pública, objetivando resultados políticos", inicia a nota enviada à reportagem .
"A gestão do governador Mauro Carlesse no Governo do Tocantins, foi a que mais investiu em Segurança Pública na história do Estado. Equipando a Polícia Civil com novas delegacias em vários municípios, tendo implementado, inclusive, a cidade da Polícia Civil, em Palmas. Novas armas, viaturas, equipamentos, tecnologia, cursos. Enfim, todo o apoio necessário para o que trabalho de investigação e inteligência fossem executados a contento dos profissionais e que pudessem atender as necessidades da população."
"Na gestão Carlesse foi criada a Diretoria de Combate à Corrupção (DRACCO), mais equipada e dotada de toda autonomia para executar suas funções. Durante o governo Carlese nenhuma investigação teve qualquer interferência da gestão, sendo que nunca houve troca de presidência de inquéritos e as devidas denúncias foram oferecidas à Justiça, de acordo com as investigações."
"Em relação ao Núcleo de Inteligência do Detran, o mesmo foi implementado para combater a corrupção em um órgão muito visado por quadrilhas especializadas em clonagem de veículos e outros delitos ligados à documentação de carros e obtenção de carteiras de habilitação. Durante a gestão Carlesse, as investigações do Núcleo de Inteligência, em parceria com o Gaeco do Ministério Público do Tocantins, combateram tais crimes, resultando em diversas operações com prisões, até mesmo de servidores do órgão, suspeitos de integrarem os esquemas criminosos, de acordo com as investigações."
"Muito diferente do afirmado na reportagem com base no relatório 'parcial', sobre perseguição a adversários políticos, uma vez que as ilações divulgadas não se comprovam ao serem confrontadas com fatos ocorridos no período. Por fim, o ex-governador Mauro Carlesse lamenta o uso político dessa investigação e o vazamento seletivo dos relatórios ainda inconclusos. Na legislação brasileira, quem faz acusações precisa apresentar provas, o que até o momento não tem ocorrido em relação à gestão Mauro Carlesse à frente do Governo do Tocantins. Mas sim, o uso sistêmico de parte da imprensa para reportar afirmações desprovidas de documentação verídica, que sustentem tais ilações", finaliza o texto.
Relatório
O Estadão teve acesso ao relatório parcial do caso, enviado em dezembro do ano passado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que a Polícia Federal expõe o conteúdo obtido nos documentos e celulares confiscados para reafirmar que o sistema de interceptação telefônica e o aparato de inteligência da Secretaria de Segurança Pública foi usado de 'maneira aparentemente criminosa, com a finalidade de blindar os membros da organização criminosa e dos integrantes do seu grupo político'.
"Era patente o interesse em acompanhar as investigações da Polícia Civil do Tocantins relacionadas aos crimes contra a administração pública do Estado", diz um trecho do documento assinado pelos delegados federais Duílio Cardoso, Tiago dos Santos Souza e Mauro Frenando Knewitz.
A partir das conversas obtidas e de depoimentos colhidos após a deflagração das operações, os delegados apontaram duas estratégias principais que seriam usadas pelo grupo político do ex-governador para se proteger de investigações: o monitoramento constante dos trabalhos da Polícia Civil; e o uso do sistema de interceptações telefônicas, que ficava subordinado à Secretaria de Segurança Pública, para verificar se seus celulares estavam sendo grampeados.
"Acompanhamento dos monitoramentos telefônicos em curso em Tocantins com o propósito de se identificar a existência de inquéritos policiais que possam atingir membros da ORCRIM e demais integrantes do grupo político de Mauro Carlesse, vazamento de informações sobre possíveis investigações em desfavor de integrantes do governo estadual e monitoramento de adversários políticos era algo corriqueiro", escrevem os delegados.
A PF encontrou diversos pedidos do ex-secretário de Segurança do Estado, Cristiano Barbosa Sampaio, ao então diretor de Inteligência e Estratégia da pasta, Ênio Walcacer de Oliveira Filho, para consultar números de telefone ligados a Mauro Carlesse e a outros membros do governo, como o então secretário-chefe da Casa Civil Rolf Vidal. Atualmente, Sampaio ocupa o cargo de coordenador-geral de pesquisa e inovação da Diretoria de Políticas de Segurança Pública no Ministério da Justiça.
O deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) também teria sido beneficiado pela aparelhagem do sistema. Segundo os investigadores, ele influenciava nomeações para funções comissionadas na Secretaria de Segurança Pública e remoções na Polícia Civil.
De acordo com o relatório, os delegados de Polícia Civil responsáveis por investigações sensíveis ao grupo político de Mauro Carlesse eram considerados "opositores da alta cúpula do governo" e passaram a ser perseguidos, inclusive por meio da Corregedoria da corporação.
Como mostrou o Estadão, o ex-governador passou a indicar aliados para postos-chave no sistema de Segurança Pública do Tocantins ao mesmo tempo em que promovia mudanças no regramento que dispõe sobre a movimentação funcional de delegados, através de decretos, portarias e emendas constitucionais, tudo com o objetivo de obstruir as apurações em curso, segundo a PF.
O material apreendido também permitiu que a Polícia Federal pudesse aprofundar a linha de investigação sobre o possível uso do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para produzir investigações paralelas e ilegais contra adversários políticos. A PF trabalha com a suspeita de que o governador tenha montado um núcleo de inteligência no órgão para municiar dossiês contra seus opositores. O controle ficaria ao cargo do sobrinho dele, Claudinei Quaresemin, apontam as mensagens acessadas pela Polícia Federal.
Outras defesas
A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado estadual Olyntho Neto e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.
Os advogados José Eduardo Cardozo e Pedro Bernardes Neto, que representam o ex-secretário Cristiano Barbosa Sampaio, se manifestaram por meio de nota.
"O atual momento processual apresenta conclusões preliminares por parte da investigação, que não condizem com a realidade. Nesse contexto, a defesa tem a convicção de que, ao final do processo, todas as acusações serão desconstruídas e restará demonstrado que o Del. Cristiano Barbosa, cuja atuação profissional sempre foi marcada pela distinção e ética, não praticou qualquer ato ilícito."
Fonte: Estadão Conteúdo
Em defesa das mulheres de todo o país, foi aprovado nessa quarta-feira, 16, pela Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), o Projeto de Lei 5091/20, de relatoria da deputada federal Professora Dorinha (União/TO), que acrescenta na Lei 13.869/2019 (Abuso de Autoridade) pena para o crime de violência institucional. A partir de agora, o texto segue para sanção da Presidência da República.
Com Assessoria
"Muito importante para nós, principalmente para a Bancada Feminina, que no período em que estive como coordenadora (biênio 2019-2021), abraçou e tornou possível a discussão e tipificação desse crime. Nosso objetivo foi tornar crime a violência institucional, atos ou omissão de agentes públicos, que prejudiquem o atendimento à vítima ou testemunha de violência. Uma grande vitória no combate da violência contra à mulher e a revitimização", destacou Dorinha.
Segundo Dorinha, o ponto principal desta alteração legal surge da demanda que todos acompanharam sobre o caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, ocasião em que ela denunciava um empresário de Santa Catarina por estupro. "O texto trata diretamente do agente público, que através do seu cargo, da sua função, que deveria assegurar a proteção e o cuidado com a vítima de crimes de violência, usa do seu cargo para revitimizar a mulher", explicou a relatora.
Neste sentido, a proposição detalha que este crime ocorre quando um agente público, seja policial, juiz ou promotor, coloca a vítima em procedimentos desnecessários que têm o objetivo fazer com que a pessoa sofra mais uma vez o trauma, sem que isso seja fundamental para o processo ou investigação.
"Damos um passo significativo dentro desse conjunto de combate de crimes contra a mulher. O agente público que seja negligente ou omisso com o intuito de piorar o caso da vítima, pode ser punido. Portanto, o Estado deve garantir a proteção à mulher em diferentes situações. Nossa expectativa é de que o projeto seja sancionado em breve", frisou Professora Dorinha.
A pena para esse tipo de crime é de três meses a um ano de detenção e multa, sendo que a punição pode aumentar em um terço se o agente público permitir que uma terceira pessoa intimide a vítima.