O cenário atual está longe de ser aquele das eleições municipais em 2016
Por Edson Rodrigues
Nas últimas eleições municipais, sem pandemia, com coligações proporcionais, classe política em equilíbrio nas pesquisas de intenção de votos com a realização de eventos como reuniões, comícios, carreatas. Dos 145 mil votos, apenas 131.037 foram válidos. Mas o que surpreendeu foram as abstenções que chegaram a 15,58% do eleitorado palmense. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, este ano, 180.524 mil eleitores estão aptos a participar do processo democrático e escolher o próximo prefeito e vereador.
Apesar deste número divulgado pelo TSE, é importante ressaltarmos o cenário pandêmico que estamos vivenciando, que influenciará no resultado do número de votantes. O impacto econômico, a crise que afetou inúmeras famílias, pais e mães desempregados, endividados, universitários que foram obrigados a trancar as matrículas nas faculdades e principalmente àqueles que compõem o grupo de risco. O número de infectados e óbitos são cada dia maiores, e paralelo a isso não podemos esquecer que a classe política está com baixa popularidade e as inúmeras operações das Policias Federal e Civil também são fatores que influenciarão o eleitor a fazer ou não parte das eleições municipais deste ano.
Alguns possíveis candidatos
Palmas possui hoje, cerca de 41 mil eleitores de 16 aos 29 anos. E este é também um grupo que foi bastante afetado, principalmente com o desemprego que resultou em desistências ou trancamento de matrículas de muitos universitários. O Grupo de risco, formado por idosos, diabéticos, hipertensos, e outras doenças que podem ter complicações, dificilmente vão sair de casa para votar e correr o risco de serem contaminados pela covid-19.
Existe ainda um grupo que diante dos fatos negativos acima mencionados sobre a classe política podem anular o voto ou optar pela opção de votar em branco. Diante de tantos fatores, é possível afirmar que superficialmente os votos nulos, brancos e abstenções podem ultrapassar os 35% para prefeitos, já para a função de vereador este número pode chegar a casa dos 55%. Lembrando que aqueles que possuem mais de 65 anos de idade não são obrigados a votar.
Eleição em Palmas
Ainda é muito cedo para prever quem será eleito na Capital. No momento Cínthia Ribeiro segue liderando as pesquisas devido a quantidade de candidatos. Com o afunilamento do grupo, algumas alianças será possível uma análise mais fidedigna do cenário político na Capital. Já as Fake News pode ser o esgoto das eleições deste ano. Os tradicionais veículos de comunicação, sejam impressos, online, portais ou blog terão força de decisão na escolha do eleitor.
Faca de dois gumes
Já deu para perceber que as redes sociais é algo positivo, mas também muito perigoso com milhares de Fake News e perfis falsos. São críticas, falsas denúncias, provas sem legitimidade e até ataque a honra de muitos candidatos e seus apoiadores. Pelo andar da carruagem, as redes sociais será um verdadeiro esgoto nas eleições que acontecem 15 de novembro. Este excesso de informações e fatos irreais fará com que muitos abandonem as redes sociais devido a agressividade de alguns eleitores. Aqueles candidatos que apostarem única e exclusivamente nas redes sociais como ferramenta de campanha correm o risco de perder a disputa e ter péssima colocação.
A força da mídia tradicional
Os veículos de comunicação que têm credibilidade com a população, anos de existência e uma linha editorial com imparcialidade serão consultados pelos eleitores e contribuirão na decisão na hora do voto. Blogs, portais de notícias, impressos e jornais on-line serão, sem sombra de dúvidas, o divisor de informações sérias e verdadeiras que o eleitor pode acompanhar com segurança as coberturas e análises das eleições municipais deste ano.
No Tocantins não haverá segundo turno em nenhum município. Palmas ainda não possui um eleitorado superior a 200 mil para que isto ocorra. Caso haja condições de uma união, fusão das candidaturas majoritárias isto deve acontecer antes das convenções por causa do horário gratuito de propaganda eleitoral no rádio e televisão. Como se sabe, após as convenções não é incomum no Tocantins, negociações que envolvem dinheiro, entre os candidatos, para que algumas candidaturas não aconteçam ou o oposto, para que elas de fato aconteçam afim de paralisar o adversário. Muitas candidaturas inclusive, são natimortos, e há suspeita de que os candidatos estão de olho no fundo eleitoral partidário que nas capitais são bem maiores.
Quem arriscar em dizer o resultado destas eleições, neste momento, é cego político ou puxa saco de algum candidato. É importante destacar ainda que aos detentores de mandato atualmente que participarão da disputa, dependendo do desempenho este pode transformar-se em um cemitério para reeleição em 2022.
MDB palmense na UTI política
Caso o MDB não decida urgentemente sobre quem será seu candidato a prefeito, se nao irá concorrer a majoritária precisa tomar esta decisão urgente para não correr o risco de assassinato em série dos candidatos a vereadores no momento politicamente dizendo o MDB palmense encontra na UTI política entubado e o oxigênio com poucos dias de duração. O tempo é inimigo dos retardados. Fica a dica.
O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 23, ter "vontade de encher de porrada” um jornalista do jornal O Globo em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. A atitude gerou forte reação de entidades em defendesa da liberdade de imprensa que cobraram uma ¨reação contundente¨ dos poderes Legislativo e Judiciário.
Por Gabriela Biló, Camila Turtelli, Eduardo Gayer e Ricardo Galhardo
Durante uma visita à feirinha de artesanato no local, ao descer do carro, Bolsonaro foi questionado pelo jornalista sobre repasses de R$ 89 mil feitos por Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), feitos à primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Vontade de encher tua boca de porrada”, respondeu Bolsonaro ao repórter. Jornalistas que acompanhavam a visita questionaram se a declaração era uma ameaça, mas o chefe do Executivo não respondeu mais e seguiu com a visita. Depois, voltou ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. O Palácio do Planalto foi questionado pelo Estadão sobre o teor da frase, mas respondeu que não iria comentar.
"É lamentável que, mais uma vez, o presidente reaja de forma agressiva e destemperada a uma pergunta de jornalista. Essa atitude em nada contribui com o ambiente democrático e de liberdade de imprensa previstos pela Constituição", afirmou o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech.
Em nota, o jornal O Globo repudiou a "agressão do presidente". "Tal intimidação mostra que Jair Bolsonaro desconsidera o dever de qualquer servidor público, não importa o cargo, de prestar contas à população. Durante os governos de todos os presidentes, O Globo não se furtou a fazer as perguntas necessárias para cumprir o papel maior da imprensa, que é informar os cidadãos. E continuará a fazer as perguntas que precisarem ser feitas, neste e em todos os governos.”
"O presidente vinha muito bem nas últimas semanas. Com sua moderação estava contribuindo para a pacificação do debate público. Lamentável ver a volta do perfil autoritário que tanta apreensão causa nos democratas. Nossa solidariedade ao jornalista ofendido e ao jornal O Globo", disse o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz
Em nota divulgada no início da noite a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Artigo 19, Conectas, Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB e Repórteres Sem Fronteiras disseram que a atitude de Bolsonaro é incompatível com as regras mínimas de convivência social e própria das ditaduras. As entidadees cobraram uma ¨reação contundente¨ dos poderes Legislativo e Judiciário a mais essa agressão.
¨A reação, ao ouvir uma pergunta incisiva, foi não apenas incompatível com sua posição no mais alto cargo da República, mas até mesmo com as regras de convivência em uma sociedade democrática. Um presidente ameaçar ou agredir fisicamente um jornalista é próprio de ditaduras, não de democracias¨, diz a nota.
As entidades lembram que Bolsonaro deixou o local sem responder ao ser questionado se a declaração era uma ameaça ao repórter do Globo e que a atitude deste domingo foi mais uma de uma série de agressões do presidente à imprensa ao longo de sua carreira política.
¨Essa ameaça de agressão física se soma a um histórico de forte hostilidade de Bolsonaro contra jornalistas e marca um novo patamar de brutalidade. Desde o início de seu mandato, em janeiro de 2018, Jair Bolsonaro vem demonstrando carecer de preparo emocional para prestar contas à sociedade por meio da imprensa, uma responsabilidade de todo mandatário nas democracias saudáveis. Jornalistas têm sido vítimas de agressões verbais constantes ao cumprir sua obrigação profissional de questionar o presidente sobre ações do governo federal e indícios de corrupção ao longo de sua carreira política¨, dizem as entidades.
A nota ressalta ainda que a segurança dos profissionais que cobrem a presidência passou a ser uma preocupação desde a posse de Bolsonaro e cita as agressões a repórteres que cobriam as ¨saidinhas¨ do presidente no Palácio da Alvorada, entre outros episódios de violência por parte dos apoiadores do presidente.
¨A questão da segurança do trabalho dos jornalistas que cobrem a Presidência da República sob Bolsonaro é uma preocupação recorrente. Em jun.2020, organizações da sociedade civil entraram com uma ação na justiça do Distrito Federal solicitando ao governo que garanta a segurança de jornalistas que cobrem a agenda presidencial - sobretudo os que ficam diante do Palácio do Alvorada e que vinham sendo atacados com frequência por apoiadores do presidente. As agressões levaram diversos veículos a interromper a cobertura diária na frente do palácio.O discurso hostil e intimidatório. de Bolsonaro contra a imprensa vem incentivando sua militância a assediar jornalistas nas redes sociais nos últimos meses, inclusive com ameaças de morte e agressões aos profissionais e a seus familiares¨, diz a nota. ¨As organizações abaixo assinadas esperam sobretudo dos líderes dos Poderes Legislativo e Judiciário uma reação contundente contra mais essa atitude violenta e irresponsável¨.
Jornalistas se mobilizaram nas redes sociais e publicaram centenas de mensagens ao presidente no Twitter repetindo a pergunta feita pelo repórter de O Globo: ¨Presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?¨
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que Bolsonaro cometeu os crimes de injúria e ameaça ao jornalista de O Globo e que praticou “crimes de responsabilidade, contra o livre exercício de direitos individuais e contra a probidade na administração”. “Em vez de tentar calar jornalistas com ofensas ou ameaças, Bolsonaro faria melhor se tentasse explicar por que Queiroz depositou na conta da primeira dama R$ 89 mil”, indagou o deputado fluminense. “Nós acrescentaremos estes crimes ao pedido de impeachment já apresentado pelo PSB contra Bolsonaro. Sem liberdade de imprensa, não há democracia”, disse Molon.
Movimentações do extrato bancário de Márcia de Oliveira Aguiar, anexados à investigação sobre suposto esquema de "rachadinha" no gabinete do senador Flávio Bolsonaro enquanto era deputado estadual no Rio, registram que seis cheques da mulher do ex-assessor Fabrício Queiroz foram compensados em favor da mulher do presidente Jair Bolsonaro em 2011, totalizando R$ 17 mil. Somados aos depósitos feitos por Fabrício tempos depois, o total chega a R$ 89 mil.
Parlamentares e partidos também criticam fala
O PSDB diz em nota que a fala do presidente "desrespeita a liberdade de imprensa" e "não condiz com o cargo". "O presidente volta a mostrar apreço por posturas agressivas e antidemocráticas", publicou o perfil oficial do partido no Twitter. O MDB, por sua vez, pediu respeito aos jornalistas. "O presidente da República precisa se retratar", diz a legenda.
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) chamou a fala de "inaceitável". Sâmia avaliou que o aumento da popularidade do presidente o encoraja a voltar a ativar sua base militante. "Bolsonaro bem comportado é uma ilusão... durou pouco", declarou à reportagem. Sâmia, hoje líder do PSOL na Câmara dos Deputados, diz que falas como a de hoje "mostram a que o presidente veio".
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), parlamentar com um histórico de embates com o presidente, o ataque ao jornalista é "gravíssimo". "Na democracia, tal atitude não pode ser tolerada. Chega deste tensionamento diário. Fora Bolsonaro", publicou Maria do Rosário no Twitter. O também petista Alencar Braga (SP) chamou a atitude de "ira de mafioso".
Entre os senadores, Humberto Costa (PT-PE) classificou o episódio como "absurdo". Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que Bolsonaro tem medo. "O medo de responder é tão grande que Bolsonaro quer silenciar quem o fiscaliza de toda forma... Ele vai dizer o mesmo à justiça?", questionou o parlamentar, no Twitter.
Número de recuperados já soma mais de 2,7 milhões
Com Agências
O Ministério da Saúde informou neste domingo (23) que o Brasil está com um total de 3.605.783 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia. Entre ontem (22) e hoje, foram notificadas pelas secretarias de saúde dos estados e municípios mais 23.421 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus. O número total de óbitos pela doença é de 114.744, sendo que 494 foram registrados nas últimas 24 horas.
As estatísticas são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de registro dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras há tendência de números maiores em função do acúmulo de registros que são enviados ao sistema do Ministério da Saúde.
A atualização do Ministério da Saúde registrou ainda 752.004 pessoas em acompanhamento e outras 2.739.035 que já se recuperaram da doença.
A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,2%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 54,6. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1715,8.
Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes são São Paulo (28.467), Rio de Janeiro (15.292), Ceará (8.289), Pernambuco (7.390) e Pará (6.057). As unidades da federação com menos óbitos são Roraima (579), Tocantins (585), Acre (600), Amapá (631) e Mato Grosso do Sul (738).
Já em número de casos confirmados, o primeiro lugar também é ocupado por São Paulo (754.129), mas seguido de Bahia (236.050), Rio de Janeiro (210.948), Ceará (205.441), Minas Gerais (194.614) e Pará (189.289). Entre os estados com menor número de casos registrados, aparecem: Acre (23.719), Amapá (41.120), Roraima (41.730), Mato Grosso do Sul (42.498), Tocantins (43.596) e Rondônia (51.421).
Tocantins
O Tocantins ultrapassa os 43,5 mil casos confirmados e chega a 585 mortes pela Covid-19. Neste domingo (23), foram registradas mais 12 mortes e 758 novas confirmações de diagnósticos do novo coronavírus.
Novos casos
Neste domingo (22) foram registrados novos casos da doença em 48 cidades do estado. Em Palmas foram 301 diagnósticos. A capital chegou a 10.806 confirmações e segue sendo o município mais afetado pela pandemia no Tocantins. A cidade também tem 74 mortes.
Araguaína, no norte do Tocantins, é a segunda cidade mais afetada pela pandemia. Com os 193 novos diagnósticos contabilizados neste domingo, a cidade chega a 10.612 pessoas infectadas e 135 mortes.
Todos os 139 municípios do Tocantins têm casos confirmados da doença. Veja abaixo os 10 municípios mais afetados no estado.
Cidades mais afetadas no Tocantins
Palmas - 10.806 casos e 74 mortes
Araguaína - 10.612 casos e 135 mortes
Gurupi - 2.225 casos e 26 mortes
Porto Nacional - 1.607 casos e 27 mortes
Colinas do Tocantins - 1.509 casos e 11 mortes
Paraíso do Tocantins - 1.376 casos e 27 mortes
Formoso do Araguaia - 871 casos e 10 mortes
Xambioá - 657 casos e nove mortes
Tocantinópolis - 648 casos e 15 mortes
Araguatins - 621 casos e 23 mortes
Colecionador de declarações com a comparar servidores públicos a "parasitas", que domesticas não podem ir para Disney, que pobre não poupa... e muitas outras, o Ministro Paulo Gudes calado é um poeta. Gudes foi o pivô responsável pela derrubada do veto presencial no Senado
Por Antonio Coelho de Carvalho
Boca fechada
A declaração foi considerada uma afrontosa feita pelo Ministro da Economia Paulo Guedes ao Senado sobre a derrubada do veto presidencial que vetava aumento salarial a servidores, foi mais em teste de nervos e de e de autonomia dos poderes. Guedes havia dito o que os senadores fizeram era “um crime contra a pátria”. Gudes quando calado parece ter mais serventia ao governo.
Poderá falar
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, protocolou requerimento convidando Guedes a explicar a declaração. Além de um pedido de convite, o senador Esperidião Amin (PP-SC) apresentou requerimento de convocação do ministro, apoiado por outros senadores. Já o ministro da economia, Paulo Guedes, conversou com Eduardo Gomes (MDB-TO) líder do governo e disse que, quando falou que o veto do Senado à proibição de reajuste salarial de servidores é um "crime contra o país", estava se referindo a um crime de responsabilidade. o convite deverá ser aceito por Gudes, ele anda gostando de falar...
Equilíbrio
O senador Eduardo Gomes sempre citado por muitos colunista e pela grande imprensa como primordial na reversão do resultado na Câmara, onde tem o cargo de Lider do Governo, Gomes disse: "Quando a gente perde por dois votos, tem duas opções: ou fica chateado ou tem humildade para corrigir o que for preciso. E eu fico com a segunda opção", disse Gomes à âncora da CNN.
Bom senso
No plenário da Câmara dos Deputados foi mantido o voto aos aumentos, por 316 votos a 165 votos. Para costurar o acordo, o novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) e o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), convocaram uma reunião para angariar votos entre deputados, além do próprio presidente da Câmara Rodrigo Maia, que levou a vitória folgada.
O preço da Democracia
Eduardo Gomes, rejeita qualquer retaliação a senadores aliados que irresponsavelmente tentaram derrubar o veto presidencial à farra que pretendia transformar em reajuste salarial o dinheiro contra pandemia, e já age para evitar um 'caça às bruxas'. Gomes, declarou a amigos: luta é assim mesmo. É o preço da democracia. A liderança do governo agora pensa na próxima votação. A luta continua", afirmou. O senador é contra a punição, por exemplo, do vice-líder do governo, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que votou pelo reajuste salarial.
Idas e vindas
Os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) recorreram da decisão do Ministério Público Federal (MPF) de autorizar a continuidade do inquérito sobre suposto crime eleitoral cometido pelo parlamentar. MPF havia rejeitado o arquivamento da investigação por alegadas omissões em declarações de bens apresentadas em eleições passadas, e determinado a continuidade do inquérito pela Procuradoria Eleitoral do Rio de Janeiro. O MP eleitoral do Rio havia recomendado o arquivamento, mas o juiz eleitoral do inquérito, Flávio Itabaiana, foi contra a paralisação da investigação eleitoral.
Rejeição
O governador de São Paulo, João Doria, na foto au lado do Governador do Rio Wilson Witzel, está enfrentando uma grande resistência do eleitorado paulistano. De acordo com uma pesquisa feia pelo instituto Paraná Pesquisas, o governo do tucano é avaliado como ótimo ou bom por 23,8% dos paulistanos e como ruim ou péssimo por 39,8%. A desaprovação à gestão no Palácio dos Bandeirantes é de 55%, enquanto 41,6% dizem aprovar a administração estadual. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. A maioria dos moradores de São Paulo que mais desaprovam o governo de João Doria são homens (57%), os de 35 a 44 anos (57,9%) e os que estudaram até o ensino médio (58,2%). A aprovação é maior entre mulheres (42,7%), pessoas de 16 a 24 anos (45,4%) e as com ensino fundamental completo (46,7%).
Fachin atende Lula
Conselho Nacional do Ministério Público tem 72 horas para explicar os supostos adiamentos do julgamento de Deltan em ação movida pelo ex-presidente Lula. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin deu 72 horas para que o (CNMP) explique os adiamentos do julgamento de Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, em ação do ex-presidente Lula. A defesa do petista recorreu ao STF na sexta-feira 21, para garantir que o CNMP julgue Dallagnol na terça-feira 25. Lula interpela a demora do conselho em analisar a ação, apresentada há 4 anos. O prazo para análise acaba em setembro. Conforme a defesa do ex-presidente, o tema já foi retirado da pauta 42 vezes.
Ocultação
Rede Sustentabilidade, Podemos e PSB ingressaram juntos com ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender ato do Conselho Monetário Nacional (CNM), vinculado ao Banco Central, que aprovou o lançamento e circulação da nota de R$ 200. A previsão é que a nova cédula comece a circular no final deste mês. Os partidos alegam que o ato do Banco Central foi "precipitado" e "não apresentou nenhum estudo ou documento estruturado que trouxesse de forma aprofundada as razões e implicações" da nova cédula de R$ 200. Mais do que isso, as três siglas apontam que a introdução de uma nota com alto valor de face pode favorecer crimes de ocultação e lavagem de dinheiro.
Operação Vendilhões mira padre Robson de Oliveira Pereira, sacerdote de Trindade, em Goiás, e investiga desvios milionários de doações
Por Humberto Martins/ Estado de Minas
O Ministério Público de Goiás investiga diversos crimes supostamente cometidos por dirigentes das três associações ligadas à Igreja Católica na cidade de Trindade, em Goiás.
A Operação Vendilhões, deflagrada nesta sexta-feira (21), mira possíveis desvios do dinheiro das doações de fiéis realizados pelo padre Robson de Oliveira Pereira. Ele é presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), Associação Filhos do Pai Eterno e Perpétuo Socorro e Associação Pai Eterno e Perpétuo Socorro.
No fim da tarde desta sexta, o padre Robson pediu afastamento de suas funções do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e da Afipe. A informação foi divulgada pela Arquidiocese de Goiânia, que declarou que o sacerdote deve permanecer afastado ‘até que se esclareçam todos os fatos’. No lugar de padre Robson assume o padre André Ricardo de Melo, provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás.
A arquidiocese afirmou ter sido ‘surpreendida’ com a ação do MP, mas aceita ‘com humildade’ as investigações. A entidade afirmou, também, que está, junto a Província dos Missionários Redentoristas de Goiás, ‘aberta para apurar com transparência quaisquer denúncias em desfavor de seus membros’.
A operação
Segundo o MPGO, que chegou a pedir a prisão do padre Robson, negada pela Justiça, são investigados possíveis crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica. Foram bloqueados judicialmente R$ 60 milhões em bens imóveis e valores em contas bancárias dos envolvidos.
De acordo com o promotor de Justiça Sebastião Marcos Martins, que coordenou a ação, uma movimentação financeira equivalente a R$ 1,7 bilhão está sendo analisada. A fraude não atinge todo esse valor, mas, a partir da documentação apreendida, o MP irá apurar o montante eventualmente desviado.
O dinheiro, proveniente de doações dos católicos para a construção da nova Basílica em Trindade – conhecida como ‘capital da fé de Goiás’ – teria sido usado na compra de imóveis, propriedades rurais, cabeças de gado e emissoras de rádio. Entre os imóveis ligados ao padre Robson está uma chácara com piscina aquecida.
Um imóvel de R$ 2 milhões na Praia de Guarajuba, na Bahia, teria sido comprado à vista pela Afipe, em 2014. A compra foi efetuada de uma empresa chamada Sistema Alpha de Comunicação, que também é investigada.
“As contas bancárias da Afipe foram usadas para comprar fazendas, residências em condomínio fechado, apartamentos em São Paulo e Goiânia, fazendas em todo o Brasil, mineração. Quer dizer, a Afipe é hoje uma grande empresa. Ela tem o argumento religioso, mas se converteu em uma grande empresa no Estado de Goiás que explora inúmeras atividades, agropecuária e mineração, compra inúmeros imóveis e vende inúmeros imóveis”, disse o promotor Sebastião Marcos Martins.
A investigação que resultou na Operação Vendilhões teve início em 2019, a partir da condenação de um grupo criminoso que praticou extorsão contra padre Robson.
Na ocasião, cinco pessoas exigiram mais de R$ 2 milhões para que não fossem divulgadas imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais, amorosas e profissionais que prejudicassem a imagem do religioso.
O processo foi enviado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Goiás, para descobrir a origem do dinheiro utilizado para pagamento de parte do valor ao grupo criminoso.
Vendilhões
O termo ‘vendilhões’ vem de uma passagem bíblica do Novo Testamento, conhecida como limpeza do Templo, na qual Jesus expulsou vendilhões (ou ambulantes) inescrupulosos do Templo de Jerusalém. O episódio é um dos eventos do ministério de Jesus narrado nos quatro evangelhos canônicos do Novo Testamento.
Segundo as escrituras, Jesus e seus discípulos viajam a Jerusalém para a Pessach (a Páscoa judaica) e lá ele expulsa os cambistas do Templo de Jerusalém (o Templo de Herodes ou ‘Segundo Templo’), acusando-os de tornar o local sagrado numa cova de ladrões através de suas atividades comerciais. No Evangelho de João, Jesus se refere ao Templo como "casa de meu Pai", clamando para si assim o título de Filho de Deus.