Capital detecta 226,99 casos de hanseníase para cada 100 mil habitantes
Com Assessoria
A Capital tocantinense tem o maior percentual de diagnóstico da hanseníase entre todas as capitais brasileiras, segundo o Ministério da Saúde, uma taxa de detecção de 226,99 casos para cada 100 mil habitantes. Em consequência disso, o município possui um trabalho permanente para capacitar os profissionais da saúde no atendimento ao paciente. O mês de janeiro é dedicado à campanha Janeiro Roxo, voltada à conscientização sobre a doença.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de características crônicas e de evolução lenta, que se manifesta principalmente por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Conforme o Boletim Epidemiológico da Hanseníase no Brasil, em 2020, 386 casos de hanseníase foram registrados em Palmas. Em 2021, foram 258 casos doença na cidade. Atualmente, estão em tratamento cerca de 500 pacientes na Capital.
Para o coordenador técnico de Hanseníase e Tuberculose da Semus, Pedro Paulo dos Santos Oliveira, a Capital tem a alta taxa de identificação dos casos por dispor de profissionais capacitados para o monitoramento contínuo da doença. Ele afirma que só no ano de 2021 foram realizadas cinco capacitações, com 120 profissionais de saúde, dentre eles médicos, enfermeiros e fisioterapeutas que atendem pacientes no seu dia a dia nas unidades de saúde. Outros profissionais como odontólogos, assistentes sociais, psicólogos, agentes comunitários de saúde e dentre outros, também receberam formações específicas para o manejo da hanseníase nos últimos anos.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hanseníase é realizado por exame físico geral e dermatoneurológico em qualquer USF. No exame, é possível identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. O coordenador técnico, Pedro Paulo dos Santos de Oliveira orienta que a população compareça na Unidade de Saúde da Família (USFs) de referência e agende uma avaliação para diagnóstico e rastreio da doença, com exceção daquelas que são para o tratamento exclusivo da Covid-19.
“Quanto mais rápido for o diagnóstico, melhor será o tratamento e menor as sequelas que podem ser causadas pela doença”, ressalta o profissional.
Já o tratamento oferecido é a poliquimioterapia (PQT), que é padronizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Gratuito, o tratamento pode durar de seis a 12 meses e é oferecido também nas unidades de Saúde.
Por Weslley Galzo
As cifras milionárias pagas mensalmente à elite do funcionalismo público no País gerou reação em pelo menos 300 mil brasileiros signatários de uma abaixo-assinado idealizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e o Movimento Unidos Pelo Brasil.
A petição online está aberta desde o segundo semestre de 2020, mas alcançou a marca de 300 mil assinaturas depois que o Estadão revelou as medidas adotadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, que autorizaram o pagamento de até R$ 471 mil em penduricalhos aos membros do Ministério Público Federal (MPF) no final do ano passado. O pacote de bondades do PGR custou R$ 79 milhões aos cofres da instituição, que chegou a pagar R$ 401 mil líquidos a um único procurador, o ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) José Robalinho Cavalcanti.
As organizações suprapartidárias querem pressionar o Congresso pela aprovação do Projeto de Lei 449/2016, que proíbe gratificações acima do teto constitucional, os chamados "penduricalhos".
O abaixo-assinado virtual conta com assinaturas de parlamentares como os senadores Antônio Anastasia (PSD-MG) e Álvaro Dias (Podemos-PR), os deputados federais Felipe Rigoni (PSB-ES), Tiago Mitraud (Novo-MG), Rubens Bueno (Cidadania-PR) e Tabata Amaral (PSB-SP) e a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL).
"As mais de 300 mil assinaturas são mais do que uma resposta da sociedade contra esses privilégios de uma pequena parcela do serviço público: São um pedido de socorro! O Senado precisa agir urgentemente e cortar esses penduricalhos da elite do funcionalismo. Não é possível que, enquanto o País sofre com mais de 13 milhões de brasileiros desempregados, o Congresso seguirá fingindo que esse problema não existe", afirma o gerente do CLP, José Henrique Nascimento.
Como mostrou o Estadão, o PL dos supersalários está travado há cinco meses na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, sem sequer ter um relator definido, graças ao seu presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP). Signatário do abaixo-assinado, o deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), que relata o projeto na Câmara, disse à reportagem que tem cobrado o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o senador Davi Alcolumbre a pautarem o texto.
Em 2016, o projeto foi aprovado por unanimidade no Senado. Após mais de quatro anos de tramitação na Câmara, recebeu o aval dos deputados em julho de 2021. Como houve mudanças no texto, é necessária uma nova análise dos senadores. Até agora, contudo, nenhum relator foi designado para a matéria.
Além disso, foi contabilizado um aumento de mais de 97% no número de novos acessos
Por Gabriela Glória
Segundo levantamento do Governo do Tocantins, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE-TO), o Portal da Transparência http://www.transparencia.to.gov.br – recebeu um total de 335.647 acessos entre janeiro e dezembro de 2021. O número é 67,1% maior do que o registrado durante o ano de 2020 quando 200.972 acessos foram contabilizados.
Outro dado importante é que 97,23% do total de visitas ao Portal são referentes a novos acessos e 2,77% referem-se a acessos antigos. É importante ressaltar que o sistema contabiliza como acesso o dispositivo utilizado pelo usuário.
Para a ouvidora-geral do Estado, Arely Soares Carvalho Telles, o considerável aumento no percentual de acessos se deve às ações de visibilidade do Portal realizadas pela CGE. “Temos buscado desenvolver estratégias de divulgação do Portal através de diversas mídias e redes sociais para que mais cidadãs e cidadãos tocantinenses tenham conhecimento dessa ferramenta e possam utilizá-la como forma de acompanhamento das ações da gestão pública estadual”, destaca.
A gestora também reforçou o monitoramento constante realizado pela Ouvidoria-Geral do Estado, unidade administrativa da CGE-TO responsável pela gestão do Portal, para solucionar instabilidades no desempenho da ferramenta.
Transparência pública
O secretário-chefe da CGE-TO, Senivan Almeida de Arruda, observa que o aumento no número de acessos ao Portal revela o compromisso do órgão com a transparência pública. “Saber onde está sendo aplicado os recursos públicos é um direito do usuário do serviço público. Por isso, trabalhamos com o máximo empenho para que a população e os órgãos de controle externo tenham acesso rápido e ágil às informações referentes às políticas implementadas pela gestão”, complementa.
De acordo com a Lei Federal nº 131/2009, a transparência das informações públicas deve ser assegurada com o pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.
Diante desse cenário, os três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios devem criar e manter atualizados os portais da transparência com as informações que a lei determina.
Gestão do Portal
O Portal é gerido pela Controladoria-Geral do Estado (CGE-TO) e alimentado por todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Estadual. A ferramenta reúne informações como receitas e despesas; licitações; contratos; obras e prestações de contas.
Também é destaque no Portal, as abas de acesso para acompanhamento dos contratos e aquisições para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Os dados estão sincronizados com os portais Coronavírus e Integra Saúde, que reúnem informações como boletins epidemiológicos diários, estatísticas hospitalares, vigilância laboratorial, orientações preventivas e notícias.
É importante considerar que está em fase de construção o novo Portal da Transparência, cujo acompanhamento ocorre pela Agência de Tecnologia da Informação (ATI). Para tanto, o Governo assinou, em setembro de 2021, uma Ordem de Serviço para reformulação da ferramenta.
ONG afirma que presidente não fez progressos no controle da corrupção e adotou medidas antidemocráticas que violam direitos
Com dw.com
O Brasil caiu duas posições no ranking mundial da corrupção, segundo o levantamento da Transparência Internacional divulgado nesta terça-feira (25/01). Entre 180 países analisados, o Brasil passou a ocupar a 96ª colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) no ano passado. Em 2020, estava na 94ª posição.
A ONG cita o presidente Jair Bolsonaro - junto com Nayib Bukele, de El Salvador, - como chefe de governo latino-americano que se elegeu prometendo combater a corrupção mas, contrariando as próprias promessas, "essas figuras populistas não fizeram progressos no controle da corrupção, mas sim adotaram medidas antidemocráticas e regressivas que violam os direitos das pessoas."
A Transparência Internacional cita o Brasil como um dos países das Américas onde a corrupção está minando a democracia e os direitos humanos.
"Ao longo de 2021, a região testemunhou graves ataques às liberdades de expressão, imprensa e associação, direitos civis e políticos fundamentais necessários para construir democracias saudáveis e livres de corrupção."
De acordo com a Anistia Internacional, o Brasil é um dos países latino-americanos - assim como Venezuela, El Salvador e Guatemala, por exemplo - cujos "governos usaram intimidação, difamação, notícias falsas e ataques diretos contra organizações da sociedade civil, jornalistas e ativistas - incluindo aqueles que combatem a corrupção - como uma forma de desacreditar e silenciar os críticos".
Terceira pior nota brasileira
O IPC é elaborado desde 1995 com base na análise de dados, pesquisas e avaliações de especialistas. Em 2012, o índice passou por um revisão metodológica, que permitiu traçar uma comparação histórica a cada ano.
Numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos. Esta foi a terceira pior nota da série histórica, repetindo a pontuação registrada na edição anterior do IPC.
O desempenho deixa o país abaixo da média global, que é de 43 pontos, e abaixo da média regional da América Latina e Caribe (41 pontos).
O Brasil também fica abaixo da média do Brics (grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que foi de 39 pontos, e inferior à do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, que teve 54 pontos.
As maiores pontuações foram alcançadas por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia (os três países com 88 pontos). Logo depois, estão Noruega, Cingapura e Suécia (85 pontos).
Já as piores avaliações do ponto de vista mundial ficam com Venezuela (14 pontos), Somália e Síria (13 pontos) e Sudão do Sul (11 pontos).
Corrupção gera violação de direitos humanos
Em seu relatório, a Transparência Internacional afirma que o aumento da corrupção provoca diretamente um crescimento nas violações de direitos humanos e enfraquecimento da democracia no país afetado.
"A corrupção possibilita violações de direitos humanos, dando abertura a uma espiral perversa e desenfreada. À medida que os direitos e as liberdades vão se erodindo, a democracia entra em declínio, dando lugar ao autoritarismo, que, por sua vez, possibilita níveis maiores de corrupção", alerta o texto.
A pontuação do Brasil em 2021, de 38 pontos, foi a mesma do ano anterior. A queda em duas posições ocorreu devido à melhoria no índice obtida por outros países. A melhor pontuação brasileira foi em 2012 e 2014, com 43 pontos, quando o Brasil esteve no 69º lugar. Entre 2014 e 2018, já havia despencado para o 105º lugar, e, em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, o país caiu ainda mais, para a posição 106, a pior na série histórica.
O – até agora – candidato a governador pelo Partido dos Trabalhadores do Tocantins, Paulo Mourão, pessoa que O Paralelo 13 conhece e respeita há décadas, independentemente do fato de ele ter posto a Polícia Federal para uma operação de busca e apreensão na sede do nosso jornal, a partir de uma denúncia infundada e não comprovada, também sempre nos tratou com respeito e reconhecimento.
Por Edson Rodrigues
Homem público que preza pela lisura, ficha-limpa, ético, com suas origens políticas no PDS, passando pela direção da UDR no Tocantins nos anos 90, Paulo Mourão, hoje, é o candidato a governador pelo PT, que, infelizmente, dá mostras de não reconhecer as qualidades de Mourão, e iniciou um processo de “fritura” da sua candidatura dentro da própria legenda.
Paulo Mourão abandonou a sua Porto Nacional e mudou seu domicílio eleitoral para Palmas, com uma finalidade inicial de ser o candidato do PT à prefeitura da Capital. O problema foi que faltou combinar com o Diretório Municipal de Palmas, que colocou sua candidatura no “freezer”, realizou várias reuniões para definir estratégias para a sucessão na Capital e não convidou Mourão para nenhuma delas.
Agora, algo parecido acontece com sua pretensão de ser candidato a governador do Estado pelo PT.
TRABALHO ESTÁ SENDO FEITO
Apesar de todos os pesares, Paulo Mourão vem cumprindo á risca a cartilha dos que pretendem ser candidatos. Andou quase todo o Estado levando sua proposta de governo desenvolvimentista, ressaltando seus laços partidários com o ex-presidente Lula, mas, até o fim do ano passado, nenhuma declaração de apoio à sua candidatura foi registrada vinda dos principais membros da cúpula estadual do PT.
Paulo Mourão
Nas ultimas eleições estaduais, quando Mourão foi candidato a deputado estadual, a maioria da cúpula da legenda não queria sua candidatura, que foi defendida pelo então deputado José Salomão até que foi aceita pelos demais.
O problema é que Paulo Mourão, para se eleger, pediu votos, justamente, nos redutos de José Salomão. Mourão foi eleito e Salomão ficou na suplência.
Talvez seja por essa e por outras que a cúpula do PT não seja tão simpática às pretensões políticas de Paulo Mourão, agora, depois de mais de um ano de trabalho pré-eleitoral, sua candidatura esteja caminhando a passos largos para a UTI.
O FATOR KÁTIA ABREU
Enquanto Mourão luta contra o “fogo amigo” a senadora Kátia Abreu demonstra uma desenvoltura quase nativa dentro das hostes do PT, apesar ser filiada ao PP. Jogando “dentro das quatro linhas”, a senadora recebeu carta branca da cúpula nacional do PT para formar um palanque para o ex-presidente Lula e, pelas informações de bastidores, até agora, a tendência é que Kátia “tratore” a candidatura de Mourão.
Enquanto essas notícias chegam de Brasília, nenhum líder da cúpula estadual do PT saiu em defesa de Paulo Mourão ou contra a ascensão da senadora nas decisões regionais. Kátia pode, inclusive, sugerir uma pesquisa com os nomes de Mourão, Wanderlei Barbosa e de seu filho, Irajá Abreu, para eliminar o último colocado do páreo, deixando a decisão de quem será apoiado pelo PT para depois de maio.
Dilma, Gleisse e Kátia Abreu
Aliás, a aproximação de Kátia Abreu com o governador Wanderlei Barbosa foi muito bem vista pela cúpula nacional do PT, mas Kátia pode guardar a surpresa de ter o seu filho, Irajá, como candidato ao governo, compondo uma chapa com ele, como candidata à reeleição para o Senado.
BASTIDORES
O Observatório Político de O Paralelo 13 ouviu lideranças do PT em Araguaína, Colinas e Palmas e detectou que a grande questão é falta de confiança na candidatura de Paulo Mourão: “não estamos sentindo segurança na candidatura do Mourão para o governo do Estado. Talvez ele devesse vir candidato a deputado estadual, pois não vemos chances de sua candidatura ao governo ganhar corpo, e isso pode nos levar, todos juntos, para o buraco”, salientou um dos ouvidos.
Pesquisa, pode ser o meio da escolha de quem pontuar melhor,ser o candidato a governador com Lula no palanque
A leitura dos analistas e dos bastidores da política tocantinense é que Paulo Mourão vem sendo, sistematicamente humilhado – não há uma palavra menos impactante que, realmente descreva a situação – pelo seu próprio partido que, em todas as postulações de Mourão, fez de tudo para que ele renunciasse ás suas candidaturas.
O certo é que nunca se viu tanto desprestígio a um candidato a governador como vem acontecendo por parte do PT para com Paulo Mourão. Conhecendo o ex-prefeito de Porto Nacional como conhecemos, sabemos que ele tem limites de tolerância, inclusive com a cúpula do seu próprio partido.
Mourão não vai – e nem pode – dar vazão a essa situação e deve dar um fim a essa falta de reconhecimento e de lealdade.
Uma situação que, com todo respeito à Mourão, nos faz lembrar do grande sucesso do saudoso Waldick Soriano...