Segundo o tucano, ele aceitou a decisão de que o PSDB não o escolheu como candidato

 

Doria não sinalizou se disputará outro cargo na eleição de 2022

 

Por Anita Efraim

 

O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) convocou um pronunciamento na tarde desta segunda-feira (23) para se posicionar sobre o imbróglio entre ele o partido, envolvendo a definição do nome para concorrer à presidência. O tucano desistiu de ser candidato à presidência. "Hoje entendo que não sou a alternativa da cúpula do PSDB e aceito essa decisão de cabeça erguida", afirmou.

 

O pronunciamento aconteceu na capital paulista, onde a campanha de Doria se reúne. Atrás do ex-governador estava o presidente do PSDB, Bruno Araújo. Doria passou por toda a trajetória política desde que disputou a prefeitura de São Paulo, quando foi eleito em primeiro turno. Falou também sobre a gestão estadual, em especial sobre a vacinação.

 

 

Doria venceu as prévias do partido e, por isso, alegava que havia sido escolhido pelos filiados para ser o candidato do PSDB ao cargo. Segundo o tucano, agora, o partido saberá decidir quem será a melhor escolha para a disputa. "Me retiro de coração partido, mas com a alma leve", declarou. "Com a sensação inequívoca de dever cumprido. Saio com sentimento de gratidão e a certeza de que tudo que fiz foi em benefício de um ideal coletivo."

 

Em tom melancólico, o tucano agradeceu à família e aos "verdadeiros amigos" e se disse orgulhoso do trabalho feito. No fim do pronunciamento, Doria se despediu e foi aplaudido por apoiadores: "que Deus proteja o Brasil. Até breve". O ex-governador de São Paulo não sinalizou se pretende disputar outro cargo nas eleições de 2022.

 

Simone Tebet é nome preferido

Há a expectativa de que nesta terça-feira (24), a cúpula do PSDB se reúna em Brasília para decidir quem representará o partido na eleição presidencial. O nome preferido é o de Simone Tebet (MDB), apesar o baixo índice de intenções de voto.

 

A rejeição de Simone Tebet é de 20%, o que daria uma margem maior de crescimento. A de Doria, segundo pesquisa interna do PSDB, é de 50%.

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 14:09 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O Tocantins presenciou, novamente, nesta última semana, mais uma grande operação da Polícia Federal, realizada em nove municípios, à caça de corruptos que desviaram verbas públicas destinadas ao transporte escolar público. Dentre os municípios “visitados”, está a cidade de Araguaína, onde os agentes estiveram na casa e no escritório do ex-prefeito Ronaldo Dimas, pré-candidato ao governo do Estado.

 

COISA PIOR POR VIR

 

O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversas com nossas fontes na Capital Federal, recebeu a informação de que há coisa pior por vir, chegando a comparar essa primeira fase da operação a um “traque”, e que a bomba ainda não “caiu” sobre o nosso território.

 

A “detonação” da bomba está dependendo apenas do “ok” de uma subprocuradora federal, e diz respeito a, pelo menos, quatro prisões de pessoas que possuem foro privilegiado ou são membros de dois Poderes.

 

Segundo nossa fonte, o dossiê investigativo já conta com quatro volumes de inúmeras páginas, e envolve mais de um Poder Constituído, com pedido de bloqueio e confisco de bens para ressarcir o erário público.

 

RESPEITO À POLÍCIA FEDERAL

Nesta última semana, o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal emitiu uma nota dando por encerrado o diálogo com o governo de Jair Bolsonaro que, de acordo com a opinião dos policiais, vem, de forma pessoal, prejudicando os policiais da corporação, que colocam suas vidas em risco para garantir a segurança do Brasil, pois a Polícia Federal não é uma instituição de governo, mas de Estado, e não pode continuar sendo sucateada e tendo sua honra colocada em dúvida.

 

O fato de o Presidente da República ter concedido um aumento diferenciado para as demais forças de segurança e deixado a PF com apenas 5%, foi considerado pelos agentes como uma discriminação á categoria que, mesmo assim, não diminuiu o ritmo e a qualidade do seu trabalho de combate à corrupção.

 

TOCANTINS PRE CISA DE SER PASSADO A LIMPO ANTES DAS ELEIÇÕES

A respeito da Operação Cantilianas, já se sabe que ela é fruto de uma operação ocorrida em 2019, que resultou no indiciamento dos, então, gestores da ATEC, Eduardo Luiz Cançado, Tiago Borges e Willian da Silva Alves, e que acabaram firmando acordo de delação premiada e, segundo nossas fontes, merecem total confiabilidade, e tem potencial de, realmente, fazer um grande limpa na classe política tocantinense, e antes das convenções partidárias de agosto, uma vez que o depoente da delação que estamos falando, caso tenha sua delação aceita pela subprocuradora, pode causar uma grande baixa em candidaturas consideradas “favoritas” para as eleições de dois de outubro. Ou seja, se tudo der “errado” para os maus políticos tocantinenses, as eleições de outubro próximo passarão a ser um pleito com muitas caras novas, que estarão presentes na próxima legislatura, já em 2023.

 

Consultando especialistas em direito político, contando com os recessos do Poder Judiciário, com as diligências, com as audiências de instrução e prazos de defesa, seria impossível ter qualquer julgamento relativo à Operação Cantilianas, porém, as redes sociais e a mídia nacional e local tratarão de fazer chegar ao máximo possível de cidadãos tocantinenses, dos eleitores, as informações que vão emanar de Brasília a respeito dos malfeitos ocorridos no Tocantins, praticados por maus políticos.

 

Resumindo, o Tocantins pode ser passado a limpo antes das eleições de dois de outubro.  Só depende de nós!

 

INSTÂNCIA SUPERIOR É ACIONADA

Há ainda um imbróglio a ser desvendado que, segundo nossas fontes, terá que ser analisado pelas altas cortes, uma vez que a autoridade federal de primeira instância no Tocantins preferiu declinar da possibilidade de dar um parecer e enviar o caso à Brasília, com pedido de sigilo absoluto de Justiça, por se tratar de pessoas com foro privilegiado e da gravidade do assunto requerer uma decisão célere e breve.

 

Diante de tantas e tantas operações da Polícia Federal no Tocantins, se faz necessária a maior celeridade possível na apuração e julgamento desses fatos, apontando os culpados e os inocentes.

 

Já se tornou fato corriqueira, toda semana, chegar aviões repletos de agentes federais para cumprir ordens da Justiça Federal na realização de operações em solo tocantinense.  Isso traz um grande desgaste para a imagem do Tocantins, um Estado no qual a corrupção passou a ser endêmica e que necessita de um limpa político, nos próximos 80 dias.

 

Mesmo não havendo tempo para que se chegue à fase dos julgamentos, a apuração e definição as pessoas que serão acusadas e julgadas por corrupção, já ajuda em muito aos eleitores tocantinenses a definir seus votos em dois de outubro.

 

O Paralelo 13 está de olho.

 

Até breve.

 

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 13:57 Escrito por O Paralelo 13

A família O Paralelo 13 faz questão de registrar seus mais sinceros votos de parabenização ao ex-secretário de Comunicação do Estado, Luiz Celso, que deixou o cargo, a pedido, no último dia 17.

 

Por Edson Rodrigues

 

Luiz Celso foi responsável por mudar, positivamente, o relacionamento da pasta de Comunicação do governo para com os veículos de comunicação tocantinenses, principalmente com os associados à AVECOM, Associação dos Veículos de Comunicação do Tocantins, da qual somos fundadores, abrindo as portas da Secom aos veículos tradicionais e aos profissionais da imprensa, implantando uma gestão de parceria e companheirismo, com celeridade na divulgação dos atos do governo e na tramitação dos processos, com uma agilidade jamais vista.

 

Luiz Celso cumpriu sua missão com profissionalismo e correção, saindo pela porta da frente e deixando um legado de bons serviços prestados, motivo pelo qual não só O Paralelo 13, assim como todos os veículos de comunicação tradicionais do Tocantins, agradecem a sua presteza e profissionalismo.

 

No lugar de Luiz Celso assume Márcio Rocha, empresário da área da comunicação, presidente da AVECOM. A chegada de Rocha à Secom pode ser considerada uma vitória da comunicação do Tocantins, e deve ser comemorada e parabenizada por todos, pois só quem viveu as agruras do lado de cá, sabe quais as soluções que podem ser tomadas do lado de lá.

 

A Família de O Paralelo 13 aproveita o ensejo para dar as boas-vindas à Marcio Rocha, desejando sucesso na nova função e que deus derrame suas bênçãos pra que desempenhe o bom trabalho que todos esperam ao aceitar esse desafio de fazer com que as ações do governo do Estados sejam divulgadas com a agilidade, a correção e cheguem onde devem chegar, dentro e fora do Tocantins.

 

Como um dos veículos de comunicação mais antigos do Tocantins, O Paralelo 13 parabeniza, também, o governo do Estado pela sábia decisão de escolher uma pessoa que goza de boa convivência com todos os veículos sérios e bem intencionados de comunicação, evitando a presença de paraquedistas que já comandaram a Secom e não souberam valorizar todo o trabalho desenvolvido pela mídia tradicional tocantinense, dando vez a veículos alheios à nossa cultura e tradição.

 

Comunicação institucional se faz com profissionalismo.Desejamos todo sucesso ao nosso amigo Márcio Rocha.

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 13:54 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

As eleições majoritárias do próximo dia dois de outubro serão as mais disputadas da história política do Tocantins, com cada um dos pré-candidatos a governador ou a senador com suas próprias forças, grupos, histórias e bandeiras políticas para divulgar, engajar e convencer o eleitor de que um é melhor que o outro.

 

CANDIDATURAS AO SENADO

Baseando-se em fatos, as duas pré-candidatas ao Senado que lideram as pesquisas de intenção de voto, a senadora Kátia Abreu, que busca a reeleição e a deputada federal Dorinha Seabra, são as duas candidaturas já consolidadas no momento.  As duas são figuras conhecidas, com trabalhos relevantes e reconhecidos, prestados ao povo tocantinense e á instituição Estado do Tocantins.

 

Nenhuma das duas pode ser subestimada em momento algum dessa caminhada eleitoral em que um simples escorregão pode ser fatal.  As duas são fichas limpas, Kátia Abreu tem na sua personalidade forte uma das suas maiores qualidades políticas, enquanto Dorinha tem no seu grau de cultura e na forma educada, gentil e sensível, seus maiores trunfos na atuação parlamentar.

 

SENADORA KÁTIA ABREU          

KÁTIA Abreu é uma política de reconhecimento nacional por sua atuação tanto no Congresso Nacional quanto no agronegócio.  Eleita senadora com mais de 270 mil votos, foi ministra da Agricultura no governo de Dilma Rousseff, foi candidata a vice-presidente da república na chapa de Ciro Gomes e hoje é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidente do PP no Tocantins e conseguiu eleger seu filho, Irajá Abreu, senador da república, como o segundo mais votado no Estado.

 

Nas últimas eleições municipais, elegeu mais de 20 prefeitos espalhados pelas regiões do Tocantins e, agora, disputa a reeleição com o apoio de outros partidos, dentre eles o PSD, de Irajá Abreu e faz parte da base de poio do governador Wanderlei Barbosa, que busca, também, a reeleição.

 

PRESTÍGIO EM BRASÍLIA

Apesar de estar filiada ao PP, partido da base de apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, Kátia não segue as orientações da cúpula do seu partido, assume posicionamentos oposicionistas ao governo federal e é uma das poucas parlamentares a realizar jantares e reuniões com a participação conjunta os principais membros do Poder Judiciário e das mesas do Senado e da Câmara Federal.

 

É uma política ficha-limpa, que não pode ter sua força política subestimada em momento algum, pois sempre tem uma “carta na manga” para driblar imposições ou cobranças.

 

A senadora vem para a reeleição calcada no apoio de vários prefeitos, vereadores, candidatos a deputado federal e estadual e só aguarda o resultado das Convenções partidárias para apresentar suas propostas, fazer uma “prestação de contas” de suas ações parlamentares. Seu grupo partidário conta com o PP, PSD, DC e Avante.  Juntos, vão lançar cerca de 125 candidaturas a deputado federal e estadual.  Juntos, esses partidos garantem um significativo tempo no Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV e somam um polpudo Fundo Eleitoral, garantindo a todos boas condições de competitividade.

 

No Tocantins, Kátia ainda conta com o apoio do governador Wanderlei Barbosa, que também busca a reeleição e, sem sombra de dúvidas, é uma candidata fortíssima, seja de qual lado estiver, com chances reais de reeleição.

 

PROFESSORA DORINHA

Eleita com mais de 48 mil votos, Dorinha Seabra, ou Professora Dorinha, tem uma carreira pública focada na educação.  Professora por formação, tornou-se mestre também pela UFG em Educação Escolar Brasileira no ano de 1997.

 

Entre os anos de 1998 e 2009, foi Secretária da Educação e Cultura do Tocantins. Foi eleita deputado federal pela primeira vez em 2010 com 38.233 votos, pelo Democratas (DEM). Foi reeleita deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019), pelo Democratas (DEM) com 41.802 votos. Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2018, foi reeleita novamente.

 

Dorinha esteve à frente da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins por quase 10 anos, e promoveu uma revolução educacional e cultural no Estado. Criou programas de valorização do professor como o Plano de Carreira e Subsídios, cursos de capacitação e formação continuada, criou o Salão do Livro do Tocantins, instalou as primeiras escolas de tempo integral, popularizou as bibliotecas escolares, promoveu a educação indígena e a inclusão digital nas escolas, entre muitas outras ações.

 

Um dos mais importantes programas criados por Dorinha foi o Escola Comunitária de Gestão Compartilhada, que revolucionou a relação escola/comunidade democratizando os recursos e dando autonomia de gestão às unidades de ensino. O programa foi copiado por diversos estados brasileiros. Professora Dorinha colocou o Tocantins em destaque nacional quando ocupou a presidência do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) por dois mandatos.

 

Dorinha ainda foi relatora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15 transformada na Emenda Constitucional nº 108/2020, que instituiu permanentemente o Novo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. Para regulamentar o Fundo, a parlamentar foi autora do Projeto de Lei 4372/2020. O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação pública brasileira, hoje assegurado na Constituição Federal, por meio da Lei Federal 14.113/2020.

 

A parlamentar foi presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, biênio 2019 – 2021, no Congresso Nacional que teve o objetivo de colocar a Educação no centro dos debates no País. Além disso, Professora Dorinha foi líder da Bancada Feminina biênio, 2019- 2021, e, atualmente é Presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

 

Nestas eleições, resolveu alçar voos mais alto e tentar a única vaga disponível para o Senado, com o apoio do senador Eduardo Gomes e da maioria dos deputados estaduais.

 

Sabe que tem uma batalha árdua pela frente, pois Kátia Abreu nunca entra em uma briga para perder, mas seu currículo a gabarita para enfrentar qualquer oponente em condições de igualdade, tanto pela atuação parlamentar quanto pelo carisma e carinho que tem junto ao povo tocantinense.

 

OUTRAS CANDIDATURAS AO SENADO

 

Mas, é sempre bom lembrar que existem outras pré-candidaturas ao Senado, incluindo “pesos-pesados” da política tocantinense, como o ex-governador Marcelo Miranda, o ex-senador Ataídes Oliveira e o, também, ex-governador Mauro Carlesse.

 

Correndo por fora temos o ex-técnico de futebol e empresário da Comunicação, Vanderlei Luxemburgo e, até mesmo, o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que já colocou a vaga no Senado como possibilidade, mesmo os dois sabendo que o candidato do PSB será uma escolha pessoal do presidente do partido e candidato a governador, Osires Damaso.

 

Até as Convenções Partidárias, cujo prazo final de realização é o mês de agosto, pode ser que outras candidaturas ao Senado apareçam e até lá será preciso que os atuais pré-candidatos mantenham seus grupos políticos unidos e focados, não dando chances para debandadas ou “trairagens” que enfraqueçam seus times, assim como apoiar um candidato a governador com chances reais de eleição, pois ter o apoio somente de deputados ou de prefeitos e vereadores não garante eleição a ninguém, muito menos candidaturas avulsas ao Senado têm chances de ter algum êxito, pois o jogo será jogado em equipe e na parte de cima da “tabela”.

 

A vitória ao Senado vai depender do agrupamento de forças políticas e de toda a infraestrutura político-partidária que estiver à disposição, juntando-se a isso um excelente trabalho de marketing. Esta será uma eleição decidida nos detalhes.

 

REALIDADE

O que a realidade atual nos mostra é que apenas Kátia Abreu e Dorinha Seabra têm as suas candidaturas ao Senado formatadas e prontas para o embate.

 

Apesar de seus grupos políticos ainda estarem em construção, o mínimo necessário já foi conseguido pelas duas, que terão na definição de suas chapas proporcionais, mais um diferencial e mais um parâmetro para mostrar quem larga na frente, com bons candidatos a deputado estadual, deputado federal e governador – com um bom vice, é claro. Seus suplentes também contarão pontos positiva ou negativamente, mas um dos fatores cruciais será quem vai conseguir maioria nos apoios dos prefeitos dos 15 maiores colégios eleitorais do Estado.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 vem acompanhando todos os movimentos de bastidores e de alcova neste início de corrida eleitoral, e pode assegurar que este é o mais fiel retrato do momento na disputa pelo Senado.

 

Quem será a (o) primeira (o) a cruzar a linha de chegada, só o tempo dirá!

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 05:44 Escrito por

Em artigo forte, o respeitado jornalista J.R. Guzzo alerta: “Há um golpe de estado em preparação neste país”

                                                                

O jornalista José Roberto Guzzo é, sem dúvida, uma verdadeira reserva moral da imprensa brasileira. Uma estrela que brilha num universo repleto de figuras medíocres.

 

Atualmente, Guzzo escreve semanalmente para a Revista Oeste, uma das poucas publicações no país que não se rendeu ao domínio dos jornalistas militantes de esquerda.

 

No artigo publicado esta semana, sob o título “Estão querendo virar a mesa”, Guzzo alerta sobre um golpe de estado que estaria em preparação no país, com um objetivo bem claro, evitar o segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro.

 

Eis o texto:

 

“Há um golpe de Estado em preparação neste país e neste momento, pouco a pouco e passo a passo. Não se trata do velho golpe militar de sempre, com tanque de guerra, paraquedista do Exército e pata de cavalo. Também não será dado por uma junta de generais de quepe, óculos escuros e o peito cheio de medalhas, que ocupa a central telefônica, o prédio do correio e a usina de energia elétrica. Trata-se, aqui, de um golpe em câmara lenta, a ser organizado na frente de todo mundo e executado, justamente, pelos que se apresentam ao público como os grandes defensores da democracia, do Estado de direito e do poder civil — e que, no Brasil de hoje, se sentem angustiados com a ameaça de perderem os confortos que têm. É gente que vem com uma doutrina destes nossos tempos, e talhada exatamente para a situação do Brasil de hoje. Para salvar a democracia, dizem os seus pregadores, é preciso ignorar as regras da democracia e anular, de um jeito ou de outro, os resultados da eleição presidencial que será feita em outubro próximo através do voto popular — conforme for esse resultado, é claro. Ou seja: para haver democracia, é preciso que não haja democracia.

 

De acordo com essa maneira de ver a política de hoje, eleições realmente livres são um perigo; podem ser usadas por antidemocratas para chegarem ao governo, ou se manterem lá. Em seguida, eles conseguem uma maioria no Congresso e aprovam as leis que querem — aquelas, aliás, que defenderam durante a sua campanha eleitoral e que tiveram o apoio de um eleitorado incapaz de decidir, por seu despreparo e outros vícios, o que é efetivamente bom para o interesse nacional. Vão nomear ministros para o Supremo Tribunal Federal e para os tribunais superiores que formam a cúpula do Poder Judiciário, em substituição aos que tiverem de se aposentar pela lei. Vão governar o Brasil dentro de uma visão que parece democrática, porque foi aprovada pela maioria dos eleitores brasileiros — mas que, na verdade, é contra a democracia, por defender ‘pautas’ conservadoras que não se encaixam no modelo de sociedade democrática considerado correto pelos gestores dessa doutrina. São nada menos que ‘o inimigo’, como disse textualmente o ministro Luís Riberto Barroso, do STF, numa palestra nos Estados Unidos, enquanto “nós somos a democracia”. (Leia as prodigiosas declarações do ministro, com mais detalhes, na matéria anterior.) Não podem, portanto, governar o país — e se, para impedir que governem, for preciso bloquear, degenerar ou falsificar as eleições, pior para as eleições. Vontade da maioria, nessa visão moderna das coisas, não é tudo. Deve estar subordinada ao valor mais alto que é a salvação da verdadeira democracia, tal como ela é entendida segundo as suas novas regras.

 

Esse golpe está sendo montado pelos inimigos do presidente da República e tem o objetivo de impedir que ele seja reeleito para um novo mandato de quatro anos. A ideia geral é dar a vitória para o seu único adversário real na eleição, o ex-presidente Lula –— ou, se isso não for possível, pelo desenrolar dos acontecimentos, então que o governo vá para qualquer outra pessoa, ou para qualquer outra coisa, desde que não seja ‘Ele’. Não utilizam essas palavras, é claro, mas também está claro que é exatamente isso o que estão fazendo. A operação é tocada em público. Seus principais agentes são os ministros do Supremo Tribunal Federal e do alto aparelho judiciário de Brasília. Logo em seguida vêm os políticos do Brasil velho, bichado e inimigo do progresso — dos túmulos do PSDB a José Sarney, dos que querem roubar e estão em síndrome de abstinência, dos parasitas da máquina estatal, dos fracassados que precisam voltar ao governo e afastar o risco de perderem o resto de suas carreiras. O golpe é apoiado abertamente pela maior parte da mídia — tanto os jornalistas como seus patrões. Traz consigo, ainda, o consórcio nacional formado pelos empreiteiros de obras públicas, os empresários-pirata, os ladrões em geral, as classes intelectuais, as empresas aflitas com as questões de ‘gênero’, raça e sustentabilidade, os artistas de novela e os banqueiros de esquerda. Para eles, de duas uma: ou é Lula, ou então é qualquer solução que não seja Jair Bolsonaro. E se, no fim de todas as contas e apesar de todos os esforços, não der certo? Aí vai ser feito tudo para impedir que ele governe o Brasil e execute os projetos que a maioria do eleitorado aprova.

 

Um sinal deste golpe em armação, entre outros tantos, é a pescaria em água suja que começa a ser feita com o altíssimo propósito de melhorar as instituições. Entram aí a conversa que você tem ouvido a respeito de diminuir os poderes do presidente, para neutralizar na medida do possível os resultados das eleições, ou de tornar mais fácil o impeachment presidencial, o que é muito útil no caso do seu adversário ganhar. As duas ideias são multiuso, ou seja, servem para todas as circunstâncias. Se a maioria do eleitorado escolher Bolsonaro em outubro, os agentes do golpe transformam os projetos em prioridade absoluta — como fazem com essas CPIs delinquentes que criam do nada, na tentativa de impedir que o governo governe. Se o vencedor for Lula, ambos os assuntos são automaticamente esquecidos; ninguém vai insistir em levar adiante nem um e nem outro. É certo que, pela atual composição da Câmara de Deputados, essas coisas são de aprovação muito difícil. É certo, também, que o ministro Barroso, um propagador destacado da amputação dos poderes do presidente, diz que isso não seria para a próxima eleição, e sim para o futuro. Tudo bem, mas por que essa discussão tem de começar justo agora? Falar em mudança de regras seis meses antes da eleição nunca é coisa bem-intencionada — nunca, mesmo que não dê em nada.

 

Outra trapaça é a tentativa de abrir uma ‘CPI da Educação’, como houve a ‘CPI da Covid’, que ficou nas primeiras páginas e no horário nobre durante seis meses seguidos, acusou Bolsonaro de nove crimes diferentes e, no fim, não conseguiu gerar uma única e miserável queixa na polícia. Desta vez a desculpa é ‘investigar a corrupção no Ministério da Educação’. Não importa se há ou não há corrupção no Ministério da Educação, ou em qualquer outro lugar, e menos ainda se a CPI vai dar ou não na descoberta de algum delito real. O que importa, unicamente, é fornecer à mídia a oportunidade de ficar exibindo aos gritos, todos os dias, ‘denúncias de corrupção’ contra o ‘governo Bolsonaro’ — daqui até o dia da eleição. No caso da “Covid”, que foi uma agressão tão grosseira como essa, o presidente do Senado não queria abrir CPI nenhuma. O ministro Barroso ordenou que abrisse, com objetivos francamente políticos — uma interferência direta nos direitos do Poder Legislativo, aceita sem um pio pela presidência da casa e pelos demais senadores. Barroso mandou abrir uma CPI contra Bolsonaro uma primeira vez. Pode muito bem mandar abrir uma segunda, queira ou não queira o presidente do Senado — uma nulidade que, quando se fala em Supremo, morre de medo até do homem do cafezinho. Se não for Barroso, pode ser outro ministro qualquer.

 

Essa ‘CPI da Educação’ começou da pior forma possível, com falsificação de assinaturas e a histeria habitual do senador (do Amapá, para se ter uma ideia da seriedade da coisa toda) que a propôs. Como a discussão da reforma “institucional”, a ‘CPI’ pode dar em coisa nenhuma — mas mostra o extremo empenho das tentativas de demolir a candidatura do presidente. Bem mais concreta é a ofensiva para socar em cima do Brasil, a qualquer custo, medidas de repressão policial contra as chamadas ‘fake news’ nas redes sociais — na verdade, uma agressão direta à liberdade de expressão, com o objetivo declarado de censurar as mensagens de ‘direita’ e prejudicar a campanha eleitoral de Bolsonaro. As redes são o único meio de comunicação para ele — a mídia tradicional é sua inimiga de morte desde a campanha de 2018, e continuará sendo. O que lhe sobram são as redes; é contra as redes, portanto, que se dirige a repressão. Naturalmente, vende-se a ideia do combate às ‘notícias falsas’ como um gesto de ‘defesa da democracia’. É exatamente o contrário. Quem vai decidir que uma notícia é ‘falsa’ e, portanto, deve ser punida? O ministro Alexandre de Moraes e seu inquérito perpétuo, e rigorosamente ilegal, contra as ‘fake news’ e os ‘atos antidemocráticos’? A mera ideia é absurda. O ministro Ricardo Lewandowski? O Superior Tribunal Eleitoral? Aí é até pior. O STE, além de contar com a presença dos mesmos Moraes e Lewandowski, é presidido pelo ministro Edson Fachin, que anulou as quatro ações penais contra Lula — incluindo suas condenações pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em terceira e última instância, e por nove juízes diferentes.

 

A imprensa, por sua vez, defende cada vez mais abertamente algo tão parecido com um golpe de Estado, mas tão parecido, que não dá mais para notar a diferença. É o que se vê com a constante e maciça pregação segundo a qual Bolsonaro não “tem condições” de ser presidente da República, que ‘o país não aguenta’ um segundo mandato, que ‘a democracia não vai sobreviver’ à sua vitória etc. etc. etc. Há, nessa campanha, a negação pura, simples e permanente de fatos objetivos. Além do mais, quem quer votar em Bolsonaro é descrito como fanático, inimigo da democracia e incapaz de exercer, por deficiência mental ou moral, o direito de voto — ou a liberdade de escolher um candidato de sua preferência. Não se admite mais na mídia, simplesmente, que seja lícito votar em Bolsonaro. É como se os 58 milhões de brasileiros que votaram nele em 2018 não tivessem a qualificação necessária para agir como cidadãos. Na verdade, não se vê nada de parecido na imprensa desde a campanha de Carlos Lacerda, patrono-mor da direita nacional, contra Getúlio Vargas, santo padroeiro da esquerda, na eleição presidencial de 1950. ‘Não pode ser candidato’, dizia Lacerda. ‘Se for candidato, não pode ser eleito. Se for eleito, não pode tomar posse. Se tomar posse, não pode governar’. Qual a diferença?

 

A chave de tudo, porém, está no Supremo. A impressão que se tem, pelos fatos ocorridos em público até agora, é que o STF dará, sim, um golpe de Estado para impedir um segundo mandato de Bolsonaro — caso chegue à conclusão que pode dar esse golpe, ou seja, se tiver certeza de que todo mundo vai baixar a cabeça se os ministros virarem a mesa. Só não dará se achar que não consegue. Não há nada de tão extraordinário assim nesse cenário. Fachin anulou todas as condenações de Lula, no que foi possivelmente o ato mais insano da história do Poder Judiciário no Brasil, porque achou, e com toda a razão, que podia fazer isso sem a oposição real de ninguém. Alexandre de Moraes acha que pode ir dobrando a aposta em seu inquérito ilegal — porque comete absurdo em cima de absurdo contra as leis em vigor no Brasil, a começar pela Constituição Federal, e ninguém, nem o Congresso, nem o próprio Judiciário, diz nada contra as suas decisões. O fato é que a respeito de Fachin, Moraes, Lewandowski e Barroso sempre se pode esperar o pior possível; pensando no conjunto da obra dos quatro, é possível que aconteça pior do que se espera. O resto não melhora as coisas em nada. Basta fazer a conta mais óbvia de todas. Dos 11 atuais ministros do STF, sete foram nomeados por Lula e Dilma. Dos quatro restantes, um é Gilmar Mendes e o outro é Alexandre de Moraes. Qual a imparcialidade que se pode esperar, honestamente, de um grupo como esse?”

 

 

Posted On Segunda, 23 Mai 2022 05:32 Escrito por O Paralelo 13