Nas 48 horas que antecederam os primeiros sintomas de Covid-19 sentidos pelo presidente Jair Bolsonaro, ele teve uma série de encontros oficiais, a maioria deles não estava usando máscara protetora. No último sábado, Bolsonaro viajou para Florianópolis e em seguida, retornando a Brasília, foi a almoço na embaixada dos Estados Unidos no dia em que se comemora a independência dos EUA.

 

Por Washington Luiz e Elisa Martins

 

 O período em que o novo coronavírus tem maior potencial de transmissão é antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença.

 

— A maior transmissão (do novo coronavírus) acontece de dois a três dias antes do aparecimento dos sintomas. Os chamados pacientes pré-sintomáticos têm o maior potencial de contágio — explica a microbiologista Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP).

 

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Assim, no evento na embaixada americana em Brasília, por exemplo, Bolsonaro já era potencial transmissor da Covid-19. A agenda estava dentro da janela de tempo de maior transmissão do novo coronavírus. E em vários encontros com simpatizantes também.

 

— Todos somos potenciais transmissores. Não sabemos se estamos contaminados nos primeiros dias. Por isso mesmo, todos deveriam se proteger igual. Ao usar máscara e manter distância de 1,5m das pessoas etc, protegemos os demais — diz Natalia.

 

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As medidas não reduzem a zero o risco de transmissão, acrescenta, mas diminuem muito a possibilidade de contágio. E, segundo a microbiologista, a evolução do quadro após a confirmação do diagnóstico varia de pessoa a pessoa.

 

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— Tem gente que se recupera muito bem, nem desenvolve sintomas, ou então são leves. E tem quem agrave, com sensação de gripe forte, falta de ar, necessidade de hospitalização. É impossível prever — afirma.

 

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A idade — 65 anos — colocaria o presidente em estágio de atenção, diz a pesquisadora:

 

— Não é todo idoso que tem complicações, assim como há jovens que têm. Não é preto no branco. Mas Bolsonaro é grupo de risco, mesmo se dizendo atleta. Tem que ficar de olho.

 

Veja como foi a agenda do presidente:

 

02 de julho

 

Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Bolsonaro participa remotamente da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados. Nenhum deles usava máscara.

 

03 de julho

 

Em encontro com Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, e outros empresários, Bolsonaro também não utilizava nenhuma forma de proteção.

 

04 de julho

 

 

Sem máscara, o presidente participou da comemoração da independência dos Estados Unidos com o embaixador Todd Chapman, em Brasília.

 

Posted On Terça, 07 Julho 2020 14:50 Escrito por O Paralelo 13

Exame foi realizado na segunda-feira. Presidente apresenta bom estado de saúde

 

Por iG Último Segundo

 

O resultado do teste de Covid-19 feito pelo presidente Jair Bolsonaro na noite dessa segunda-feira (6) apresentou diagnóstico positivo. A revelação foi feita por ele mesmo, em entrevista à TV Brasil .

 

"Estou perfeitamente bem. As medidas que estou tomando são para evitar contaminação de terceiros", afirmou.

 

Bolsonaro disse a jornalistas que está se tratando com hidroxicloroquina, remédio que não tem eficácia comprovada no combate à Covid-19 e que pode causar efeitos colaterais graves. Segundo o presidente, tomou uma primeira dose ontem de noite, às 19h, e outra nesta manhã, às 5h.

 

"Quanto a repouso, isso é particular meu. Eu não sei ficar parado. Vou ficar despachando por vídeo conferência", continuou.

 

Bolsonaro havia informado ontem, a apoiadores, que estava com febre e dores no corpo e, por isso, decidiu fazer o exame. Na ocasião, afirmou ainda fez uma radiografia e que o pulmão "estava limpo".

 

Segundo nota da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), o presidente mantém bom estado de saúde.

 

"O resultado do teste de covid-19 feito pelo presidente Jair Bolsonaro na noite dessa segunda-feira, 6, e disponibilizado na manhã de hoje, 7, apresentou diagnóstico positivo. O presidente mantém bom estado de saúde e está, nesse momento, no Palácio da Alvorada", diz o comunicado.

 

Outros testes

Desde março Bolsonaro fez outros três testes para detecção do coronavírus. O primeiro foi realizado após retornar de viagem aos Estados Unidos, na qual mais de 20 pessoas que tiveram contato com a comitiva tiveram a doença.

 

Em maio, em uma ação movida pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o governo federal entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os laudos dos três exames, todos com resultado negativo.

 

Os exames foram entregues ao STF porque o presidente anunciou várias vezes que os resultados eram negativos, mas se recusava a mostrar os laudos.

 

Posted On Terça, 07 Julho 2020 12:50 Escrito por O Paralelo 13

Decreto que prorroga os prazos máximos dos acordos por mais 60 dias no caso da suspensão e mais 30 dias, de redução salarial, já está pronto

 

Com Agência O Globo

 

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a medida provisória ( MP ) 936 , que autoriza as empresas a negociarem com seus empregados acordos de suspensão temporária do contrato de trabalho e redução de salário, durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

A expectativa é que o decreto seja publicado no mesmo dia da sanção. O presidente anunciou a sanção em suas redes sociais.

 

 

 

As empresas interessadas na prorrogação terão que renegociar com os funcionários acordos já fechados e assegurar estabilidade temporária no emprego por igual período. Editada no início de abril, a MP autoriza a suspensão do contrato de trabalho por 60 dias e redução de salário e jornada, por 90 dias.

 

A ampliação dos prazos dos acordos por decreto foi incluída na proposta pelo Congresso Nacional , obedecido o limite do período de calamidade pública de 31 de dezembro.

 

De acordo com a MP , as empresas podem reduzir salários em 25%, 50% ou 70%. Segundo balanço do governo, já foram oficializados 12 milhões de acordos de suspensão de contrato e redução salarial.

 

Durante a vigência desses acordos, a União entra com uma contrapartida do seguro desemprego para ajudar a complementar a renda dos trabalhadores. A estimativa é de um gasto total de R$ 51,2 bilhões e até agora foram desembolsados R$ 13,9 bilhões.

 

O Senado concluiu a votação da MP no dia 16 de junho, mas a sanção acabou atrasando devido a questões burocráticas na redação final do texto encaminhado ao Planalto . Havia também uma discussão sobre a mudança de mérito na proposta aprovada pela Câmara .

 

Posted On Terça, 07 Julho 2020 05:52 Escrito por O Paralelo 13

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar a força-tarefa da Operação Lava Jato após o procurador Deltan Dallagnol dizer que governistas vinham atacando o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro por receio do desempenho do ex-juiz em eventual candidatura à Presidência da República em 2022.

 

Vinícius Valfré

 

“Espero que o procurador-geral da República (Augusto Aras) consiga organizar o trabalho. Não é uma questão de interferência no trabalho dos procuradores, que têm independência. Mas alguém tem que coordenar, alguém tem que fiscalizar. Se não, acima da força-tarefa de Curitiba parece que não há nada. Precisa ter”, disse Rodrigo Maia, neste domingo, 5, em entrevista à GloboNews.

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia © André Dusek/Estadão O presidente da Câmara, Rodrigo Maia

Maia afirmou, ainda, que Moro “virou político” em razão da maneira como se comporta desde que deixou o primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. Bolsonaristas temem que o ex-juiz da Lava Jato seja adversário do atual chefe do Palácio do Planalto na disputa presidencial de 2022.

 

“Se ele for candidato, é candidato fortíssimo. Acho que fez bom trabalho no Ministério da Justiça. Falei que ele é político porque as ações dele depois que saiu do ministério são todas de político. Na minha opinião, ele caminha pra política. E acho bom que ele participe do processo”, disse Maia.

 

O comentário de Deltan Dallagnol criticado por Maia foi feito em entrevista à CNN, na última sexta-feira. O procurador declarou que governistas teriam o objetivo de desconstruir o ex-ministro por preocupação eleitoral. “Com o desembarque do ex-ministro Sérgio Moro da parte da Justiça, passou a interessar ao governo e aos seus aliados a desconstrução do ex-ministro Sérgio Moro e da Lava Jato, de que ele é símbolo, pelo receio de que ele venha eventualmente a concorrer em 2022”, disse o procurador.

 

Procuradores entraram em rota de colisão com Augusto Aras nas últimas semanas depois que o procurador-geral da República determinou compartilhamento de dados da Lava Jato no Paraná, em São Paulo e no Rio. Aras também questionou a necessidade de força-tarefa para investigações específicas e propôs a criação da Unidade Nacional Anticorrupção (Unac) no Ministério Público Federal. A estrutura deixaria o controle de grandes operações em Brasília.

 

Posted On Segunda, 06 Julho 2020 06:53 Escrito por O Paralelo 13

O adiamento das eleições municipais será bom para os prefeitos que estão em dia com os compromissos, obras em construção e dinheiro em caixa para manter o pagamento dos servidores nas datas corretas e manter os compromissos com fornecedores e prestadores de serviço e para os candidatos de primeira viagem ter a chance de mostrar suas propostas.

 

Por Edson Rodrigues

 

Da mesma forma que será péssimo para os prefeitos que apresentam altos índices de rejeição e excelente para os eleitores terem a oportunidade de evitar votar em falsos profetas.

 

Serão 42 dias a mais de articulações, reposicionamentos e reajustes nas campanhas, lembrando sempre que não haverá coligações proporcionais.

 

ABSTENÇÃO RECORDE

Outro fator a se levar em consideração é o fato do pleito ser realizado em plena pandemia de Covid-19, com uma massa inédita de desempregados, 68% dos tocantinenses endividados e as classes empresarial  e comercial com prejuízos históricos.

 

Dezenas de famílias perderam entes queridos para a pandemia, centenas estão infectados e os que não estão, vivem apavorados com a parcela da população que insiste em não respeitar as regras de isolamento social, proporcionando a possibilidade de infectar milhares.

 

Chefes de família que viram a fome adentrar as portas de suas casas, outros vendo essa possibilidade cada vez mais próxima.

 

Esses serão os eleitores que decidirão o futuro dos 139 municípios tocantinenses. E essa decisão pode vir por meio do voto ou da abstenção, sua única forma de protesto em relação à classe política que deixou a situação ficar nos níveis que está.

 

Dificilmente os caixas 2, 3 ou 4 deixarão de existir nessas eleições, pois, mesmo com os órgãos fiscalizadores atentos e preparados,  a pandemia vai impedir muitos tipos de fiscalização, e com uma eleição tão diferente e difícil, os candidatos farão de tudo para ganhar, mas a imprensa está de olho.

 

O tempo dirá”.

 

MDB PALMENSE E O “PECADO CAPITAL”

O MDB de Palmas deixou de apoiar a candidatura a prefeito do seu presidente, deputado Valdemar Jr. quando este colocou seu nome como opção.  Um político que já foi vereador por vários mandatos e deputado estadual reeleito, Valdemar Jr. foi desprezado por seus principais “líderes”, enquanto a “ala marcelista” saiu em busca do nome do ex-prefeito Raul Filho para ser o candidato da legenda.

 

Filiando ao MDB já com a garantia de que seria o candidato a prefeito, Raul Filho, sem dúvidas, tem um patrimônio político pessoal de respeito, porém, intransferível.  Prova disso é que não conseguiu eleger sua esposa para deputada federal, inclusive com uma votação risível em Palmas.

 

 Raul filho tem várias condenações judiciais nas esferas federal e estadual e dificilmente conseguirá o registro de sua candidatura a qualquer cargo eletivo para o pleito deste ano. Nas  últimas eleições à prefeitura de Palmas, condenado por um crime que não envolvia corrupção, mas uma questão de crime ambiental, foi candidato por força de liminar, mas acabou impedido de votar pela Justiça Eleitoral, protagonizando um fato inédito, no qual o próprio candidato não Pôde votar em si mesmo, pois, perante a Justiça Eleitoral, seus direitos políticos estavam suspensos por oito anos. Após a filiação de Raul Filho ao MDB de Palmas, uma nova sentença, proferida no dia 1º deste mês, sobre outro crime, jogou uma pá de cal em suas pretensões de concorrer às eleições municipais deste ano. Em sua última condenação, Raul foi condenado a 9 anos de prisão e sete anos de detenção por corrupção passiva, fraude à licitação, dispensa de licitação e outros crimes praticados nos dois mandatos à frente da prefeitura da capital, entre 2005 e 2012.

 

CONSELHOS DE BRASÍLIA

 

O ex-governador Marcelo Miranda, afastado do comando do partido desde a sua última prisão, que durou quatro meses, e aproveitando o fato de a Justiça Federal ter julgado ser incapaz de julgar sua ação e transferido a responsabilidade para a Justiça Eleitoral, até que encaminhava bem sua volta ao comando do MDB do Estado,  apesar dessa decisão no o ter inocentado nem o condenado.

 

Muitos de seus companheiros e correligionários já se encontravam em  Palmas os cumprimentos formais de boas vindas, inclusive uma comitiva de Porto Nacional, liderada pelo presidente do Diretório Municipal, Arlindo Almeida, juntamente com o prefeito, Joaquim Maia. Mas, uma ligação de Brasília, por volta das 15h de ontem, vinda do Diretório Nacional do MDB, aconselhou Marcelo a não reassumir o cargo de presidente da legenda no Tocantins.

 

Uma fonte nos confidenciou que os motivos seriam o fato de Marcelo Miranda ter sido cassado duas vezes do cargo de governador e uma, do cargo de senador, o que o deixaria em situação proibitiva de gestão de recursos federais.

 

A fonte nos adiantou que há movimentação para que a questão seja resolvida em breve em Brasília, mas, sem garantias.

 

Isso Nos leva à questão de saber como fica o MDB em Palmas, em Pleno ano eleitoral?  O partido já tem uma chapa de candidatos a vereador, dentre eles, três candidatos à reeleição.  Qual será a solução que o MDB terá para não ficar fora do páreo e, consequentemente não prejudicar esses candidatos?

 

Só podemos concluir que o MDB palmense está pagando um “pecado Capital”, por não ter dado o devido reconhecimento às pretensões do seu presidente metropolitano, deputado Valdemar Jr., se transformando em uma nave sem rumo, sem comando e sem combustível para chegar ao seu destino.

 

“Aqui se faz, aqui se paga!”

Posted On Sexta, 03 Julho 2020 07:51 Escrito por O Paralelo 13
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