Para presidente da Câmara, mudança na forma de eleger vereadores e deputados pode coibir a infiltração do crime organizado na política
Com Congresso em Foco
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que o crime organizado já tenta se infiltrar na política brasileira, aproveitando o poder econômico das facções para influenciar eleições e decisões institucionais.
Em entrevista à GloboNews, o deputado afirmou que o país precisa agir agora para evitar que grupos criminosos dominem espaços de poder.
"Se isso não for feito, nós vamos ter amanhã, quem sabe, o presidente da Câmara e o do Senado tendo sido financiados pelo crime organizado, as matérias sendo relatadas com esse interesse. Nós vamos, ao final, estar perdendo o país para essas facções", disse.
Reforma política para 2030
Para enfrentar o problema, Hugo afirmou que pretende colocar em debate uma reforma do sistema eleitoral, sem alterar as regras de 2026, mas mirando as eleições de 2030.
Ele defende o voto distrital misto, modelo que combina eleição por distritos com listas partidárias, fortalecendo o vínculo entre eleitores e representantes e reduzindo a influência do financiamento ilícito nas campanhas.
"Penso que é plenamente possível para as eleições de 2030 estudarmos a mudança do sistema eleitoral. Porque, senão, vamos ter parlamentares sendo eleitos financiados pelo crime organizado, que é quem tem acesso a dinheiro vivo e domina muitos territórios do país."
O que é o voto distrital misto
O voto distrital misto é um sistema em que parte dos parlamentares é eleita por distritos - onde vence o candidato mais votado - e a outra parte por listas partidárias, conforme a votação dos partidos.
O modelo busca unir representação regional e proporcionalidade política. Defensores afirmam que ele aproxima o eleitor do representante e reduz custos de campanha, enquanto críticos alertam para o risco de enfraquecer partidos menores e concentrar poder em caciques regionais.
Hugo frisou que a proposta ainda será estudada e precisa passar por amplo debate com partidos e sociedade civil.
"Eu esperei passar a data da anualidade para a eleição de 2026 justamente para mostrar que não queremos mudar esse sistema agora. Nenhum parlamentar gosta de alterar o modelo pelo qual foi eleito", afirmou.
Além da reforma política, o presidente da Câmara destacou três frentes de ação legislativa para conter o avanço das facções:
Sufocar financeiramente o crime:
Defendeu integração entre Receita Federal, polícias e Ministério Público para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ilegal.
"Nós só vamos enfrentar o crime organizado se sufocarmos as operações financeiras que lavam o dinheiro do crime", disse.
Aprovar o projeto antifacção:
O texto, em elaboração pelo Ministério da Justiça, será votado em regime de urgência e busca responsabilizar financiadores e coordenar o enfrentamento nacional às organizações criminosas.
Criar fontes estáveis de financiamento para a segurança:
O deputado propõe usar parte da arrecadação das apostas esportivas (bets) para reforçar o Fundo Nacional de Segurança Pública, inclusive com aumento da alíquota.
"Falta dinheiro para segurança, valorização das forças policiais e investimento em tecnologia. Redirecionar a arrecadação das apostas é uma medida inteligente e necessária."
Hugo afirmou ainda que as facções tentam se misturar a pautas legítimas, infiltrando-se por meio de intermediários ou temas sociais para mascarar seus interesses. "O enfrentamento ao crime organizado exige cooperação institucional e vigilância permanente", concluiu.
Da Assessoria
A senadora Leila Barros, conhecida por sua trajetória no vôlei, elogiou em suas redes sociais o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, pelo protagonismo na criação da Política Nacional de Promoção da Atividade Física para a Pessoa Idosa.

Durante a sessão desta quarta-feira, 29, Leila ressaltou a relevância do projeto encabeçado por Eduardo Gomes, destacando que a iniciativa chega em um momento importante, dada a rápida transição demográfica do Brasil. “É um projeto que assegura mais saúde, qualidade de vida e autonomia para a nossa população idosa,” afirmou a senadora.
Leila enfatizou a liderança de Eduardo Gomes na condução de temas que impactam diretamente o bem-estar social. “Parabenizo o senador Eduardo Gomes por essa iniciativa incrível. É assim que construímos um país mais justo e cuidadoso com os nossos idosos,” completou.
Sobre o Projeto
O Projeto de Lei nº 4.974/2023, de autoria de Eduardo Gomes, que institui a Política Nacional de Promoção da Atividade Física para a Pessoa Idosa foi aprovado em decisão terminativa nessa quarta-feira, 29, e segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
Por Edson Rodrigues
As eleições estaduais de 2026 trazem um desafio inédito para os partidos médios no Tocantins. Com o fim das coligações proporcionais e a exigência do quociente eleitoral para a conquista das cadeiras federais e estaduais, legendas como o PSDB e o Podemos entram em uma corrida contra o tempo para formar nominatas competitivas. Caso contrário, correm o risco de desaparecer do mapa político do Estado e, com isso, colocar em xeque as reeleições de nomes de peso como do deputado federal Tiago Dimas e do deputado estadual Eduardo Mantoan.
Em 2022, Tiago Dimas foi eleito deputado federal pelo Podemos com 42.970 votos, enquanto Eduardo Mantoan conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PSDB com 14.062 votos. Ambos alcançaram resultados expressivos para o contexto de suas legendas, mas distantes dos novos patamares exigidos para 2026, o que reforça a urgência de reorganização interna e fortalecimento das nominatas partidárias.

O novo formato eleitoral exige organização e volume de votos. De acordo com projeções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quociente eleitoral para deputado federal deve girar em torno de 80 a 85 mil votos, enquanto para deputado estadual a estimativa é de 40 a 45 mil. Esses números, que variam conforme o total de votos válidos, acendem o sinal amarelo nas cúpulas tucana e podemosista pois, se as legendas não alcançarem esse patamar coletivo, podem não eleger sequer um representante, mesmo que tenham candidatos bem votados individualmente.

Em Araguaína, o deputado federal Tiago Dimas enfrenta um cenário particularmente desafiador. O grupo político que o sustenta perdeu parte da estrutura que o impulsionou nas últimas eleições, e o prefeito Wagner Rodrigues, que já organiza sua base de apoio para 2026, tornou-se um adversário direto. A disputa local, que opõe o grupo Dimas ao grupo do prefeito, fragmenta o eleitorado e pode comprometer a capacidade do Podemos de atingir o quociente mínimo. A família Dimas, que historicamente exerceu protagonismo político em Araguaína, agora enfrenta um campo minado em sua própria base.

O caso de Eduardo Mantoan, deputado estadual pelo PSDB, não é menos preocupante. O partido, que vive um período de reorganização nacional, aprovou em 2025 um plano de fusão com o Podemos, movimento que visa driblar a cláusula de barreira e fortalecer as bancadas. No Tocantins, entretanto, a fusão pode gerar mais incertezas do que soluções, já que ambas as legendas enfrentam dificuldades para atrair nomes competitivos e consolidar bases eleitorais regionais. Sem nominatas completas e distribuídas, o risco é de que a votação das siglas se fragmente, inviabilizando a conquista de vagas tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.
As novas regras de cálculo do quociente e das sobras eleitorais, que já valerão para o próximo pleito, agravam o quadro. Agora, o partido ou federação precisa alcançar um percentual mínimo de votos para disputar as sobras das vagas, o que elimina a velha estratégia de se apoiar em candidatos puxadores de voto isolados. Em outras palavras, nem mesmo uma votação expressiva individual será suficiente se o conjunto da nominata não atingir o desempenho mínimo exigido pela legislação.
Em meio a esse cenário, o PSDB e o Podemos no Tocantins vivem um dilema, ou constroem nominatas amplas, com representação equilibrada entre regiões e perfis eleitorais, ou amargam a possibilidade de ficarem sem assento nas duas Casas legislativas. A janela partidária de 2026 será decisiva para medir a capacidade de articulação das lideranças estaduais e tanto Tiago Dimas quanto Eduardo Mantoan precisarão atuar como protagonistas, não apenas como candidatos, mas como articuladores capazes de atrair quadros, organizar chapas e somar votos.

O alerta não é mera especulação. Os números das eleições de 2022 mostram que, mesmo em um cenário mais favorável, várias legendas médias no Tocantins ficaram abaixo do quociente eleitoral e só conseguiram representação graças às sobras. Com as novas regras, essa salvaguarda praticamente desaparece. Sem a musculatura necessária, partidos como PSDB e Podemos podem assistir à perda de seus espaços no Legislativo e ver lideranças consolidadas, como Dimas e Mantoan, ficarem pelo caminho.
Com o calendário eleitoral apertado e o jogo sucessório em pleno movimento, o Tocantins caminha para uma eleição em que apenas os partidos com estrutura, capilaridade e base consolidada sobreviverão. O resto será devorado pelas regras do quociente e pela força dos blocos maiores. No caso de PSDB e Podemos, o tempo de esperar acabou. Ou montam suas nominatas, ou correm o risco de transformar o alerta amarelo em vermelho.
Da Assessoria
Em missão oficial à China, a senadora Professora Dorinha (União-TO) tem participado de uma intensa agenda voltada à inovação, tecnologia e planejamento urbano. A viagem integra o projeto Conexões Globais, promovido pela Fundação Índigo – Instituto de Inovação e Governança, que busca aproximar gestores brasileiros de experiências internacionais que estão transformando cidades e serviços públicos em todo o mundo.
Em Xangai, Dorinha conheceu o Maglev Shanghai, trem de levitação magnética mais rápido do mundo, e o Shanghai Urban Planning Exhibition Center, onde destacou o impacto do planejamento urbano aliado à tecnologia. A senadora ressaltou o modelo chinês de bairros planejados, que concentram escolas, saúde e lazer próximos às residências. “Planejamento, inovação e tecnologia podem caminhar juntos para melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou.

A senadora também visitou a Huawei, empresa parceira no projeto da sala de aula 100% conectada em Palmas, que busca levar conectividade e recursos digitais às escolas públicas.
Em Shenzhen, Dorinha visitou a Mindray Bio-Medical Electronics Co., Ltd., referência mundial em tecnologia médica presente em mais de 190 países, e o Shenzhen Smart City Group, responsável por soluções aplicadas à educação, segurança pública e gestão urbana. A senadora destacou que essas experiências mostram como a tecnologia pode modernizar o serviço público e inspirar novas políticas no Brasil. “Aprender com quem está na vanguarda da inovação é um passo importante para transformar conhecimento em oportunidades para o Tocantins”, disse.
Da Assessoria
Reconhecido por sua capacidade de articulação política e atuação estratégica em pautas de grande impacto, o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, foi novamente eleito um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional em 2025. O levantamento foi divulgado nesse domingo, 26, pelo Ranking da Elite Parlamentar, elaborado pela consultoria Arko Advice, e destaca os nomes que mais exerceram poder de liderança e influência nas decisões legislativas ao longo do ano.
Ao lado de outros 40 senadores e 79 deputados federais, Eduardo Gomes figura entre os 120 parlamentares que mais se destacaram no cenário político brasileiro. A presença recorrente do senador na lista reforça sua posição consolidada como uma das principais lideranças do Legislativo.
“Esse reconhecimento é resultado de um trabalho coletivo, que envolve diálogo, responsabilidade com o país e compromisso com o Tocantins. Ser lembrado novamente reforça nossa missão de buscar soluções reais para os desafios do Brasil”, afirmou Eduardo Gomes.
Liderança construída com diálogo e estratégia
Com uma trajetória marcada pelo diálogo e pela capacidade de construir consensos e pontes, Eduardo Gomes se tornou um dos principais articuladores políticos do país. Ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso e atual vice-presidente do Senado, ele tem desempenhado papel central em debates de temas estruturantes para o Brasil entre eles, a regulamentação da inteligência artificial, considerada uma das agendas legislativas mais relevantes de 2025.
Seu perfil conciliador e técnico tem contribuído para destravar pautas complexas e ampliando a capacidade de entendimento entre diferentes forças políticas. Essa habilidade de articulação é apontada como uma das razões para sua influência crescente dentro do Parlamento.
Sobre a Elite Parlamentar
Criada em 1997, a publicação Elite Parlamentar é uma das mais tradicionais e respeitadas avaliações políticas do país. Produzida pela consultoria Arko Advice, identifica, anualmente, os parlamentares mais atuantes e influentes do Congresso Nacional, sem levar em conta ideologia ou filiação partidária.
A seleção considera a capacidade real de articulação política, o protagonismo em debates estratégicos e o peso na formulação de políticas públicas. O objetivo é identificar as lideranças, formais e informais, que moldam o funcionamento e o equilíbrio de poder no Parlamento brasileiro.