A pesquisa ouviu 626 pessoas com 16 anos ou mais de idade por telefone na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana da capital

 

 

Com Jornal de Brasília

 

 

Em meio à repercussão da operação Contenção, a mais letal já registrada no Brasil, com 121 mortos, 76% da população da cidade do Rio de Janeiro e da região metropolitana da capital fluminense acham que o Exército deve atuar na segurança pública.

 

Parcela parecida, de 72%, acha que a ação deveria ter contado com a participação das Forças Armadas, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (1º).

 

A pesquisa ouviu 626 pessoas com 16 anos ou mais de idade por telefone na cidade do Rio de Janeiro e na região metropolitana da capital, nos dias 30 e 31 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Para 66%, a legislação atual deveria ser alterada para aumentar as responsabilidades do governo federal na segurança pública. Entre quem achou a operação Contenção mal executada, 77% são favoráveis à mudança.

 

Além disso, 55% das pessoas que votaram em Jair Bolsonaro (PL) em 2022 também expressam essa opinião, considerando margem de erro de seis pontos percentuais para mais ou para menos. O ex-presidente é aliado do governador fluminense, Cláudio Castro (PL). Entre os eleitores de Lula, com margem de erro de sete pontos percentuais, o índice vai a 75%.

 

A discussão sobre competências do Estado e da União na segurança pública também esquentou com as queixas de Castro sobre a falta de apoio do governo federal, que iniciaram uma troca de acusações. O governador afirmou ter pedido em janeiro deste ano blindados da Marinha para operações, o que teria sido negado dada a necessidade de uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), descartada pelo governo federal.

 

Dentre os 40% que aprovam a gestão Castro como ótima ou boa, 86% acham que o Exército deveria participar da segurança pública no Rio. Para os 34% que consideram a gestão ruim ou péssima, a parcela é de 64% a favor.

 

Entre os que avaliaram a operação como muito bem executada, a parcela favorável à participação da força no tema é de 84%, indicador similar a quem reconheceu uma execução regular, com falhas (83%).

 

O histórico de participação do Exército na segurança pública do Rio tem ocasiões como as operações durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 e a intervenção federal na segurança em 2018, comandada por Walter Souza Braga Netto, depois integrante do governo Bolsonaro. Isso sem considerar ocupações na região onde ocorreu a operação Contenção –Alemão e Penha– em diferentes momentos, como em 1995 e 2010.

 

Episódios de violência também marcaram a atuação do Exército na cidade. No ano passado, o STM (Superior Tribunal Militar) decidiu reduzir em até 28 anos as penas dos oito militares do Exército envolvidos no assassinato do músico Evaldo Rosa dos Santos e do catador Luciano Macedo, em abril de 2019. Eles dispararam 257 tiros contra os dois. O episódio foi um dos que marcaram o período na cidade.

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Ricardo Lewandowski, chegou a afirmar que Castro deveria assumir as responsabilidades ou ‘jogar a toalha’, dias antes de os dois anunciarem a criação de um escritório para o combate ao crime organizado no Rio.

 

Já o governador tem defendido o sucesso da operação e criou, com aliados do Executivo de outros estados, o “Consórcio da Paz”. A avaliação positiva sobre a operação tem o apoio de 38% da população.

 

 

Posted On Segunda, 03 Novembro 2025 13:47 Escrito por

Para presidente da Câmara, mudança na forma de eleger vereadores e deputados pode coibir a infiltração do crime organizado na política

 

 

Com Congresso em Foco

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que o crime organizado já tenta se infiltrar na política brasileira, aproveitando o poder econômico das facções para influenciar eleições e decisões institucionais.

 

Em entrevista à GloboNews, o deputado afirmou que o país precisa agir agora para evitar que grupos criminosos dominem espaços de poder.

 

"Se isso não for feito, nós vamos ter amanhã, quem sabe, o presidente da Câmara e o do Senado tendo sido financiados pelo crime organizado, as matérias sendo relatadas com esse interesse. Nós vamos, ao final, estar perdendo o país para essas facções", disse.

 

Reforma política para 2030

 

Para enfrentar o problema, Hugo afirmou que pretende colocar em debate uma reforma do sistema eleitoral, sem alterar as regras de 2026, mas mirando as eleições de 2030.

Ele defende o voto distrital misto, modelo que combina eleição por distritos com listas partidárias, fortalecendo o vínculo entre eleitores e representantes e reduzindo a influência do financiamento ilícito nas campanhas.

 

"Penso que é plenamente possível para as eleições de 2030 estudarmos a mudança do sistema eleitoral. Porque, senão, vamos ter parlamentares sendo eleitos financiados pelo crime organizado, que é quem tem acesso a dinheiro vivo e domina muitos territórios do país."

 

O que é o voto distrital misto

 

O voto distrital misto é um sistema em que parte dos parlamentares é eleita por distritos - onde vence o candidato mais votado - e a outra parte por listas partidárias, conforme a votação dos partidos.

 

O modelo busca unir representação regional e proporcionalidade política. Defensores afirmam que ele aproxima o eleitor do representante e reduz custos de campanha, enquanto críticos alertam para o risco de enfraquecer partidos menores e concentrar poder em caciques regionais.

 

Hugo frisou que a proposta ainda será estudada e precisa passar por amplo debate com partidos e sociedade civil.

 

"Eu esperei passar a data da anualidade para a eleição de 2026 justamente para mostrar que não queremos mudar esse sistema agora. Nenhum parlamentar gosta de alterar o modelo pelo qual foi eleito", afirmou.

 

 

Além da reforma política, o presidente da Câmara destacou três frentes de ação legislativa para conter o avanço das facções:

 

Sufocar financeiramente o crime:

Defendeu integração entre Receita Federal, polícias e Ministério Público para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento ilegal.

 

"Nós só vamos enfrentar o crime organizado se sufocarmos as operações financeiras que lavam o dinheiro do crime", disse.

 

Aprovar o projeto antifacção:

O texto, em elaboração pelo Ministério da Justiça, será votado em regime de urgência e busca responsabilizar financiadores e coordenar o enfrentamento nacional às organizações criminosas.

 

Criar fontes estáveis de financiamento para a segurança:

O deputado propõe usar parte da arrecadação das apostas esportivas (bets) para reforçar o Fundo Nacional de Segurança Pública, inclusive com aumento da alíquota.

 

"Falta dinheiro para segurança, valorização das forças policiais e investimento em tecnologia. Redirecionar a arrecadação das apostas é uma medida inteligente e necessária."

 

Hugo afirmou ainda que as facções tentam se misturar a pautas legítimas, infiltrando-se por meio de intermediários ou temas sociais para mascarar seus interesses. "O enfrentamento ao crime organizado exige cooperação institucional e vigilância permanente", concluiu.

 

 

Posted On Sábado, 01 Novembro 2025 05:09 Escrito por

Da Assessoria 

 

A senadora Leila Barros, conhecida por sua trajetória no vôlei, elogiou em suas redes sociais o vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, pelo protagonismo na criação da Política Nacional de Promoção da Atividade Física para a Pessoa Idosa.

 

 

Durante a sessão desta quarta-feira, 29, Leila ressaltou a relevância do projeto encabeçado por Eduardo Gomes, destacando que a iniciativa chega em um momento importante, dada a rápida transição demográfica do Brasil. “É um projeto que assegura mais saúde, qualidade de vida e autonomia para a nossa população idosa,” afirmou a senadora.

 

Leila enfatizou a liderança de Eduardo Gomes na condução de temas que impactam diretamente o bem-estar social. “Parabenizo o senador Eduardo Gomes por essa iniciativa incrível. É assim que construímos um país mais justo e cuidadoso com os nossos idosos,” completou.

 

Sobre o Projeto

 

O Projeto de Lei nº 4.974/2023, de autoria de Eduardo Gomes, que institui a Política Nacional de Promoção da Atividade Física para a Pessoa Idosa foi aprovado em decisão terminativa nessa quarta-feira, 29, e segue agora para análise da Câmara dos Deputados.

 

 

Posted On Sábado, 01 Novembro 2025 05:03 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

 

As eleições estaduais de 2026 trazem um desafio inédito para os partidos médios no Tocantins. Com o fim das coligações proporcionais e a exigência do quociente eleitoral para a conquista das cadeiras federais e estaduais, legendas como o PSDB e o Podemos entram em uma corrida contra o tempo para formar nominatas competitivas. Caso contrário, correm o risco de desaparecer do mapa político do Estado e, com isso, colocar em xeque as reeleições de nomes de peso como do deputado federal Tiago Dimas e do deputado estadual Eduardo Mantoan.

 

Em 2022, Tiago Dimas foi eleito deputado federal pelo Podemos com 42.970 votos, enquanto Eduardo Mantoan conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa pelo PSDB com 14.062 votos. Ambos alcançaram resultados expressivos para o contexto de suas legendas, mas distantes dos novos patamares exigidos para 2026, o que reforça a urgência de reorganização interna e fortalecimento das nominatas partidárias.

 

 

O novo formato eleitoral exige organização e volume de votos. De acordo com projeções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o quociente eleitoral para deputado federal deve girar em torno de 80 a 85 mil votos, enquanto para deputado estadual a estimativa é de 40 a 45 mil. Esses números, que variam conforme o total de votos válidos, acendem o sinal amarelo nas cúpulas tucana e podemosista pois, se as legendas não alcançarem esse patamar coletivo, podem não eleger sequer um representante, mesmo que tenham candidatos bem votados individualmente.

 

 

Em Araguaína, o deputado federal Tiago Dimas enfrenta um cenário particularmente desafiador. O grupo político que o sustenta perdeu parte da estrutura que o impulsionou nas últimas eleições, e o prefeito Wagner Rodrigues, que já organiza sua base de apoio para 2026, tornou-se um adversário direto. A disputa local, que opõe o grupo Dimas ao grupo do prefeito, fragmenta o eleitorado e pode comprometer a capacidade do Podemos de atingir o quociente mínimo. A família Dimas, que historicamente exerceu protagonismo político em Araguaína, agora enfrenta um campo minado em sua própria base.

 

 

O caso de Eduardo Mantoan, deputado estadual pelo PSDB, não é menos preocupante. O partido, que vive um período de reorganização nacional, aprovou em 2025 um plano de fusão com o Podemos, movimento que visa driblar a cláusula de barreira e fortalecer as bancadas. No Tocantins, entretanto, a fusão pode gerar mais incertezas do que soluções, já que ambas as legendas enfrentam dificuldades para atrair nomes competitivos e consolidar bases eleitorais regionais. Sem nominatas completas e distribuídas, o risco é de que a votação das siglas se fragmente, inviabilizando a conquista de vagas tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.

 

As novas regras de cálculo do quociente e das sobras eleitorais, que já valerão para o próximo pleito, agravam o quadro. Agora, o partido ou federação precisa alcançar um percentual mínimo de votos para disputar as sobras das vagas, o que elimina a velha estratégia de se apoiar em candidatos puxadores de voto isolados. Em outras palavras, nem mesmo uma votação expressiva individual será suficiente se o conjunto da nominata não atingir o desempenho mínimo exigido pela legislação.

 

Em meio a esse cenário, o PSDB e o Podemos no Tocantins vivem um dilema, ou constroem nominatas amplas, com representação equilibrada entre regiões e perfis eleitorais, ou amargam a possibilidade de ficarem sem assento nas duas Casas legislativas. A janela partidária de 2026 será decisiva para medir a capacidade de articulação das lideranças estaduais e tanto Tiago Dimas quanto Eduardo Mantoan precisarão atuar como protagonistas, não apenas como candidatos, mas como articuladores capazes de atrair quadros, organizar chapas e somar votos.

 

 

O alerta não é mera especulação. Os números das eleições de 2022 mostram que, mesmo em um cenário mais favorável, várias legendas médias no Tocantins ficaram abaixo do quociente eleitoral e só conseguiram representação graças às sobras. Com as novas regras, essa salvaguarda praticamente desaparece. Sem a musculatura necessária, partidos como PSDB e Podemos podem assistir à perda de seus espaços no Legislativo e ver lideranças consolidadas, como Dimas e Mantoan, ficarem pelo caminho.

 

Com o calendário eleitoral apertado e o jogo sucessório em pleno movimento, o Tocantins caminha para uma eleição em que apenas os partidos com estrutura, capilaridade e base consolidada sobreviverão. O resto será devorado pelas regras do quociente e pela força dos blocos maiores. No caso de PSDB e Podemos, o tempo de esperar acabou. Ou montam suas nominatas, ou correm o risco de transformar o alerta amarelo em vermelho.

 

 

Posted On Quinta, 30 Outubro 2025 15:16 Escrito por

Da Assessoria 

 

 

Em missão oficial à China, a senadora Professora Dorinha (União-TO) tem participado de uma intensa agenda voltada à inovação, tecnologia e planejamento urbano. A viagem integra o projeto Conexões Globais, promovido pela Fundação Índigo – Instituto de Inovação e Governança, que busca aproximar gestores brasileiros de experiências internacionais que estão transformando cidades e serviços públicos em todo o mundo.

 

Em Xangai, Dorinha conheceu o Maglev Shanghai, trem de levitação magnética mais rápido do mundo, e o Shanghai Urban Planning Exhibition Center, onde destacou o impacto do planejamento urbano aliado à tecnologia. A senadora ressaltou o modelo chinês de bairros planejados, que concentram escolas, saúde e lazer próximos às residências. “Planejamento, inovação e tecnologia podem caminhar juntos para melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou.

 

 

A senadora também visitou a Huawei, empresa parceira no projeto da sala de aula 100% conectada em Palmas, que busca levar conectividade e recursos digitais às escolas públicas.

 

 

Em Shenzhen, Dorinha visitou a Mindray Bio-Medical Electronics Co., Ltd., referência mundial em tecnologia médica presente em mais de 190 países, e o Shenzhen Smart City Group, responsável por soluções aplicadas à educação, segurança pública e gestão urbana. A senadora destacou que essas experiências mostram como a tecnologia pode modernizar o serviço público e inspirar novas políticas no Brasil. “Aprender com quem está na vanguarda da inovação é um passo importante para transformar conhecimento em oportunidades para o Tocantins”, disse.

 

 

 

Posted On Quarta, 29 Outubro 2025 05:28 Escrito por
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