Com dez Consultas Públicas abrangendo todas as regiões do Estado, o Governo do Tocantins realizou, nesta sexta-feira, 15, o último encontro para a elaboração do Plano Plurianual 2024/2027
Por Guilherme Lima
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, finalizou as Consultas Públicas do Plano Plurianual (PPA 2024/2027) nesta sexta-feira, 15, em Palmas, no Colégio Militar Senador Antônio Luiz Maya. O décimo e último encontro corresponde à Regional Central, envolvendo além da Capital, 11 municípios da região. A abertura contou com a participação da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, de gestores estaduais e municipais, além de representantes do legislativo e da comunidade local.
Com o lema Ouvir para Cuidar, as consultas do PPA visam elencar as prioridades que devem ser trabalhadas e aplicadas na gestão do Governo do Tocantins para os próximos quatro anos. Desde abril, a gestão percorre as diversas regiões do Estado para elaborar o Plano Plurianual. Na Regional de Palmas, outros municípios participam da audiência, sendo eles Miracema, Miranorte, Tocantínia, Lajeado, Aparecida do Rio Negro, Porto Nacional, Monte do Carmo, Brejinho de Nazaré, Ipueiras, Silvanópolis e Santa Rosa do Tocantins.

Em seu discurso, Wanderlei Barbosa destacou a importância da participação popular na elaboração de políticas públicas que atendam a contento os 139 municípios tocantinenses. Crédito da foto: Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins
Em seu discurso, o governador Wanderlei Barbosa destacou a importância da participação popular na elaboração de políticas públicas que atendam a contento os 139 municípios tocantinenses. “Estando aqui e junto com vocês, podemos entender o que cada cidade necessita. A elaboração do PPA é um momento único e as regionais são representadas por dezenas de cidades, o que nos ajuda muito na elaboração de políticas públicas”, pontuou.
O chefe do Executivo estadual agradeceu ainda a participação massiva na Consulta da Regional Central, pontuando o diálogo aberto entre gestão e população. “Estamos atendendo aqui mais de dez municípios, queremos ouvi-los e ajudá-los da melhor forma possível. Fico muito feliz com a expressiva participação popular no dia de hoje. Queremos fazer uma plenária de convergências para acharmos as melhores propostas e soluções”, finalizou o governador.

A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, destacou a parceria entre as gestões, afirmando que a elaboração do PPA é uma das melhores maneiras para que as duas frentes trabalhem de forma harmônica e assertiva em prol dos munícipes.
A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, ressaltou a parceria entre as gestões, afirmando que a elaboração do PPA é uma das melhores maneiras para que as duas frentes trabalhem de forma harmônica e assertiva em prol dos munícipes. “Sou muito grata pela conclusão das Consultas Públicas, hoje, na Capital. O governador Wanderlei Barbosa andou pelos quatro cantos do Tocantins e isso é a verdadeira democracia, já que um bom líder antes de mais nada, é um bom ouvinte. Nós, da prefeitura, nos colocamos à disposição do Governo do Tocantins, pois sabemos que o PPA é um dos principais instrumentos para uma gestão colaborativa, que atenda a população”, afirmou a prefeita.
As propostas que vão compor o PPA são delineadas por meio de Consultas Públicas realizadas em cidades estratégicas de cada região do Estado, com a participação ativa dos residentes locais. Nesse contexto, o secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Sergislei Moura, destacou a organização das Consultas Públicas, comemorando a forte participação nas edições. “Aqui, podemos alinhar todas as demandas escolhidas entre os eixos temáticos para os quatro anos que virão. É muito bom estar aqui, na Capital, concluindo todo esse projeto, ouvindo a comunidade e buscando melhorias para seus principais anseios”, comentou.

A indígena da etnia Xerente, Iraci Krukuane, do município de Tocantínia, fez questão de participar da Consulta Pública em Palmas. Crédito da foto: Frederick Borges/Governo do Tocantins
A indígena da etnia Xerente, Iraci Krukuane, do município de Tocantínia, fez questão de participar do encontro em Palmas. Iraci chegou ao PPA no intuito de debater pautas em favor da juventude e tem boas expectativas após a eleição do pleito final. “Nós esperamos melhorias na nossa comunidade. Educação é um dos principais pontos. Precisamos de escolas, de reformas nas que já existem, já que nossos jovens precisam estudar. Estou esperançosa com esse PPA, com essa atual gestão”, pontuou a indígena, que escolheu o eixo temático Educação, Ciência, Tecnologia & Inovação.
A jovem Victória Lopes, de 24 anos, compartilha da mesma ideia e acredita que Educação é o melhor caminho. Participando pela primeira vez do PPA, parabenizou o Governo do Tocantins pela iniciativa, destacando o quão importante é ouvir os moradores. “Acho que esse processo é muito importante, pois participamos da ação, discutindo e tomando conhecimento dos nossos direitos”, afirmou.
Próximos passos

Na ocasião, o secretário de Estado do Planejamento e Orçamento, Sergislei Moura, destacou a organização das Consultas Públicas do PPA, comemorando a forte participação nas edições. Crédito da foto: Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins
A partir do PPA, são definidas a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 2024, 2025, 2026 e 2027, conferindo solidez à execução do orçamento estadual. Uma vez aprovado pela Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), o Plano se torna o principal instrumento de planejamento e gestão do governo estadual, direcionando a alocação dos recursos públicos e a implementação das políticas governamentais ao longo dos quatro anos de sua vigência. Vale destacar que o PPA é revisado anualmente, assegurando que seus objetivos e metas permaneçam alinhados com as necessidades e as demandas em constante evolução da sociedade.
A dinâmica das plenárias consiste na participação popular, debatendo junto com a equipe de governo, diversas temáticas, divididas em sete eixos de discussões, sendo eles: Segurança, Assistência Social e Cidadania; Desenvolvimento Produtivo, Economia Criativa, Emprego e Renda; Gestão Pública e Governança; Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Saúde e Bem-estar; Educação, Ciência, Tecnologia & Inovação; e Infraestrutura Econômica e Urbana. Os participantes escolhem os eixos temáticos, debatendo e colocando as reclamações, as sugestões e as demandas, para todos escolherem as prioridades das prioridades, no momento final da Consulta Pública.
O resultado das plenárias finais é uma das diretrizes de elaboração do PPA. As secretarias e as autarquias da Administração Direta e Indireta elaboram ações e preveem os recursos orçamentários para atender as demandas da sociedade. Além disso, o apontamento dos desafios em cada um dos eixos temáticos funciona como uma bússola para os gestores públicos organizarem as ações pontuais de cada pasta e, assim, conseguir atender as mais diferentes regiões do Tocantins, tendo a comunidade como grande protagonista do processo de desenvolvimento, investimento e crescimento do Estado.
PPA histórico

Décimo e último encontro foi realizado no Colégio Militar Senador Antônio Luiz Maya. Crédito da foto: Marcio Vieira/Governo do Tocantins
As Consultas Públicas do Plano Plurianual do Governo do Tocantins começaram pela região do Bico do Papagaio, na cidade de Araguatins. No dia 14 de abril, o município sediou o encontro que englobou as cidades de Itaguatins, Darcinópolis, Araguatins, Esperantina, Praia Norte, São Sebastião do Tocantins, Buriti do Tocantins, Maurilândia do Tocantins, São Miguel do Tocantins, Ananás, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Sampaio, Tocantinópolis, São Bento do Tocantins, Angico, Carrasco Bonito, Cachoeirinha, Aguiarnópolis, Nazaré, Sítio Novo do Tocantins e Santa Terezinha do Tocantins. A escolha daquela comunidade concentrou-se no Eixo Segurança, Assistência Social e Cidadania. A população e as autoridades locais priorizaram a transferência de recursos financeiros aos municípios, para pagamento de benefícios eventuais como auxílio-funeral, auxílio-natalidade, vulnerabilidade temporária e calamidade pública, como a principal necessidade a ser contemplada no PPA.
Em seguida, foi a vez da Regional Norte. O PPA em Araguaína foi realizado no dia 26 de maio e reuniu uma expressiva participação de mais de 800 pessoas, representando diversas cidades, incluindo Aragominas, Araguaína, Araguanã, Babaçulândia, Barra do Ouro, Campos Lindos, Carmolândia, Filadélfia, Goiatins, Muricilândia, Nova Olinda, Piraquê, Santa Fé do Araguaia, Wanderlândia e Xambioá. Durante a Consulta Pública, foram debatidas e definidas as diretrizes prioritárias para o PPA na Região Norte, no qual a ampla participação da comunidade demonstrou o interesse no eixo Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, buscando a valorização dos profissionais da Educação.
Já no dia 2 de junho, a cidade de Colinas do Tocantins foi palco da Consulta Pública para a elaboração do Plano Plurianual na Regional Meio Norte 1, que abrange os municípios de Arapoema, Bandeirantes do Tocantins, Bernardo Sayão, Brasilândia do Tocantins, Couto de Magalhães, Itapiratins, Itaporã do Tocantins, Juarina, Presidente Kennedy, Palmeirante, Pau D'Arco, Tupiratins e a própria cidade de Colinas. Como maior votação popular, o âmbito do Eixo Saúde e Bem-Estar foi escolhido como prioridade, tendo como proposta a estadualização do Hospital Municipal de Colinas, com o objetivo de atender as demandas de média complexidade da Região de Saúde Cerrado.
Depois, a Regional Oeste, no dia 23 de junho, teve a cidade de Divinópolis como o palco do PPA, englobando 17 municípios: Abreulândia, Araguacema, Barrolândia, Caseara, Chapada de Areia, Cristalândia, Divinópolis, Dois Irmãos do Tocantins, Fátima, Lagoa da Confusão, Marianópolis do Tocantins, Monte Santo do Tocantins, Nova Rosalândia, Oliveira de Fátima, Paraíso, Pium e Pugmil. O eixo escolhido foi o da Saúde e Bem-Estar, onde a comunidade decidiu como prioridade a estadualização do hospital de pequeno porte Doutor Jhon Derik Partata, de Divinópolis.
No dia 28 de junho, o Centro Educacional Municipal Laura do Carmo, em Taguatinga, foi o local escolhido para a Consulta Pública da Regional Sudeste 1. O evento reuniu representantes das cidades de Arraias, Aurora do Tocantins, Combinado, Lavandeira, Novo Alegre, Novo Jardim e Ponte Alta do Bom Jesus, que compõem a regional. Durante o encontro, a maioria dos participantes escolheu o Eixo Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação como área prioritária, decisão que ressalta a importância atribuída à Educação e ao reconhecimento dos educadores como um elemento fundamental para o desenvolvimento da região.
Na Regional Sudeste 2, a audiência ocorreu no dia 30 de junho, na cidade de Dianópolis. O encontrou acolheu representantes das cidades de Almas, Chapada da Natividade, Conceição do Tocantins, Natividade, Paranã, Porto Alegre do Tocantins, Rio da Conceição, São Valério da Natividade e Taipas do Tocantins, que compõem a Regional Sudeste II. A prioridade escolhida pela maioria foi a área de Saúde e Bem-Estar. O foco recaiu na necessidade de ampliar a resolutividade dos hospitais da região, oferecendo atendimento especializado em diversas áreas, como ortopedia, traumatologia, pediatria, neurologia clínica, oncologia, cardiologia e ginecologia, além da criação de uma UTI na região.
Em Gurupi, no dia 4 de agosto, ocorreu a Consulta Pública para a elaboração do Plano Plurianual na Regional Sul. O evento envolveu ativamente 17 municípios, sendo eles Aliança do Tocantins, Alvorada, Araguaçu, Cariri do Tocantins, Crixás do Tocantins, Dueré, Figueirópolis, Formoso do Araguaia, Gurupi, Jaú do Tocantins, Palmeirópolis, Peixe, Sandolândia, Santa Rita do Tocantins, São Salvador do Tocantins, Sucupira e Talismã. Na ocasião, a comunidade convergiu em direção ao Eixo Segurança, Assistência Social e Cidadania, como área prioritária. A ênfase recaiu na modernização e na ampliação da infraestrutura tecnológica, logística, equipamentos e instalações, bem como no aumento do efetivo das forças de segurança pública e do sistema socioeducativo.
No dia 6 de setembro, Pedro Afonso foi o cenário para a Consulta Pública da Regional Meio Norte 2, compondo as seguintes cidades: Bom Jesus do Tocantins, Centenário, Colmeia, Fortaleza do Tabocão, Goianorte, Guaraí, Itacajá, Pequizeiro, Recursolândia, Rio dos Bois, Santa Maria do Tocantins e Tupirama. No final do encontro, a prioridade escolhida pela comunidade foi o Eixo Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, com ênfase na valorização dos profissionais da Educação.
A consulta pública na Regional Jalapão, que foi a penúltima, foi realizada em Novo Acordo no dia 12 de setembro, envolvendo nove municípios da Regional: Novo Acordo, Lizarda, Lagoa do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins, Pindorama do Tocantins, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono e Santa Tereza do Tocantins. A prioridade escolhida pela comunidade foi a criação do Hospital Regional da Região Jalapão, no âmbito do Eixo Saúde e Bem-Estar, visando atender as necessidades de saúde da população e impulsionar o desenvolvimento econômico da região.
Para 48%, trabalho é regular; pesquisa ouviu 2.016 pessoas em 139 cidades brasileiras
Com G1
Pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" nesta sexta-feira (15) aponta que 33% dos brasileiros consideram o trabalho de deputados e senadores do Congresso Nacional ruim ou péssimo. Apenas 16% avaliam como bom ou ótimo, e 48% os consideram regular. Outros 4% não souberam responder.
Veja o resultado da pesquisa:
33% consideram o trabalho de deputados e senadores ruim ou péssimo
48% avaliam como regular
16% acham bom ou ótimo
4% não souberam ou não opinaram
O Datafolha ouviu 2.016 pessoas, nos dias 12 e 13 de setembro, em 139 cidades brasileiras. O levantamento tem margem de erro de dois pontos para mais ou para menos.
Os valores são semelhantes aos observados na legislatura anterior na mesma altura do mandato. Em agosto de 2019, o Datafolha apontou os mesmos 16% de aprovação, além de 35% de reprovação e 45% de avaliação como regular.
A Câmara dos Deputados aprovou um dispositivo que permite ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagar um piso menor da saúde em 2023, numa tentativa de resolver o impasse jurídico e orçamentário criado pela sanção do novo arcabouço fiscal.
POR IDIANA TOMAZELLI E JOÃO GABRIEL
O artigo foi incluído na última versão do parecer ao projeto de lei complementar que trata da compensação da União a estados e municípios pelos cortes no ICMS, imposto estadual, em 2022. A alteração foi feita pelo relator, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que também é líder da sigla na Câmara.
A medida está alinhada aos interesses da equipe econômica, que tem buscado soluções para o problema, como mostrou a Folha de S. Paulo.
A sanção do novo arcabouço fiscal criou um impasse ao revogar de forma imediata a regra do teto de gastos, que previa um piso menor para as áreas de Saúde e Educação, corrigido apenas pela inflação anual.
Com isso, voltam a valer as regras constitucionais que destinam 15% da RCL (receita corrente líquida) para a Saúde e 18% da RLI (receita líquida de impostos) para a Educação.
No último relatório bimestral do Orçamento, divulgado em 22 de julho, o governo tomou como base uma RCL de R$ 1,258 trilhão.
Nesse cenário, a proporção mínima de aplicação na Saúde seria de R$ 188,7 bilhões. A dotação reservada, porém, está em R$ 170,65 bilhões, segundo o relatório resumido de execução orçamentária do mês de julho.
O valor é maior do que o piso de R$ 147,9 bilhões da regra do teto de gastos, mas R$ 18 bilhões menor do que seria o mínimo vinculado às receitas.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse em entrevista coletiva em 31 de agosto que exigir do governo o cumprimento dessa regra imporia um apagão ("shutdown") aos demais ministérios. O cenário é considerado inviável.
Para resolver o problema, Zeca Dirceu incluiu um artigo que fixa a RCL prevista na Lei Orçamentária, sancionada em janeiro, como a referência para o piso da Saúde em 2023. Nesse documento, a receita foi estimada em R$ 1,138 trilhão, e 15% disso resulta em um mínimo de R$ 170,76 bilhões --bem mais próximo da dotação atual.
Se ainda assim for necessário fazer alguma complementação, o projeto prevê ainda que ela será destinada a transferências do Fundo Nacional de Saúde aos fundos de saúde de estados e municípios.
O governo vinha discutindo a apresentação de uma consulta sobre o tema ao TCU (Tribunal de Contas da União). A tese do governo é que a lei complementar do novo arcabouço fiscal prevê a manutenção dos limites máximos para gastos já aprovados para 2023, e a mesma lógica deveria ser aplicada aos mínimos constitucionais.
Até agora, porém, o governo não formalizou a consulta ao TCU, o que tem gerado desconforto no tribunal. Há uma leitura de que o Executivo tenta se esquivar do desgaste político de deixar sua digital em um documento que pode ser visto como um pedido para descumprir os mínimos de saúde e educação.
Na terça-feira (12), o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, disse que a solução para cumprir os mínimos constitucionais de recursos em saúde e educação em 2023 ainda estava em aberto.
Ele reiterou a intenção do governo de enviar a consulta ao TCU, mas admitiu que os próximos passos seriam avaliados diante da existência de uma representação do Ministério Público junto ao TCU sobre a mesma questão. O processo foi aberto em 5 de setembro.
Na ocasião, ele disse que "é a intenção do governo" prosseguir no assunto, mas "o importante é a tese".
Após a aprovação do projeto na Câmara, fontes do governo afirmaram, reservadamente, que o dispositivo representa "uma boa solução" para o problema.
Novidade desta edição da CasaCor, que conta com o apoio do Governo do Tocantins e estará aberta ao público a partir desta sexta-feira, 15, foi a destinação de um espaço para os artesãos tocantinenses
Por Jarbas Coutinha
A primeira-dama do estado do Tocantins, Karynne Sotero, participou nessa quinta-feira, 14, da abertura da 3ª Mostra de Arquitetura, Design e Paisagismo CasaCor Tocantins, realizada no estacionamento do Capim Dourado Shopping, em Palmas. O evento estará aberto ao público a partir desta sexta-feira, 15, e segue até o dia 29 de outubro, com apoio do Governo do Estado.
Com o tema Corpo & Moradia, esta terceira edição da mostra conta com um espaço destinado aos artesãos tocantinenses, atendendo uma solicitação do Governo do Tocantins, por meio da primeira-dama Karynne Sotero, por entender a importância do espaço para valorizar e dar maior visibilidade à arte e à cultura local. "Agradeço o desprendimento das diretoras da mostra, que nos atenderam com o espaço destinado aos nossos artesãos e povos originários. Esse evento constitui a maior mostra do gênero no Estado e o Governo do Tocantins está sempre apoiando os nossos profissionais, entendendo que é também uma oportunidade para mostrar a riqueza da nossa arte", frisou Karynne Sotero, destacando o olhar especial dedicado aos artesãos do povoado Mumbuca, na região do Jalapão. A primeira-dama ressaltou que o espaço é fundamental para que os artesãos tocantinenses possam comercializar as suas peças durante o evento, principalmente as confeccionadas com capim-dourado. “Entendo que o Estado deve ser um fomentador dos projetos que valorizem os nossos povos tradicionais”, acrescentou.
O evento constitui a maior mostra de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas, onde serão valorizados os profissionais tocantinenses, lojistas e fornecedores do segmento. Segundo os organizadores, essa edição é a primeira no Tocantins no formato original da mostra depois da pandemia e traz uma abordagem inspiradora sobre a era do cuidado, com foco na diversidade e em questões pertinentes ao mundo atual.
“A expectativa é muito grande em torno deste evento, onde o público poderá visitar os ambientes, experimentar e sentir tudo que está sendo apresentado, que é o melhor na arquitetura, design, paisagismo, com o posicionamento da nossa identidade regional na cultura, na arte e na arquitetura", ressaltou a diretora da Casacor Tocantins, Patrícia Schuller.
Sobre o tema Corpo & Morada, Patrícia explicou que é um convite a repensar as relações no que diz respeito ao lar. “Esse tema nos convida a repensar as nossas relações no morar, com o corpo, com as pessoas e com o planeta. Depois da pandemia o que se viu foi a identidade com essa união da forma como você mora, como você se relaciona, como se cuida e o tema nos convida a essa análise”, pontuou.
A mostra conta com 25 ambientes e envolve mais de 30 profissionais tocantinenses, tendo novidades como o artesanato, a arte tocantinense, experiências gastronômicas, além de ambientes destinados às crianças e área de eventos.
Evento foi um momento de compartilhamento de ensinamentos entre os países participantes e os representantes das várias regiões do Brasil para discutir meios de garantir no futuro a disponibilidade de água no planeta
Por Shirley Cruz
A 1º edição do Seminário Internacional Águas para o Futuro chegou ao fim na quarta-feira, 13, mas não as discussões sobre a gestão dos recursos hídricos do planeta. Com avaliação positiva e participação diária de mais de 500 pessoas, a idealizadora do evento junto com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) do Governo de Goiás, antecipa que o encontro passa a ocorrer de forma anual.
Conforme Andréa Vulcanis, titular da Semad, o evento foi um momento de compartilhamento de ensinamentos entre os países participantes e representantes das várias regiões do Brasil. “Fomos convidados a promover o evento de forma anual e vamos aceitar esse desafio e receber cada vez mais pessoas aqui para compartilhar a agenda da água e do futuro das armas”, afirmou Andréa numa mensagem em favor da sustentabilidade e da paz. Em sua avaliação, a Secretária também fez menção especial à participação do Tocantins no Seminário.
Andréa Vulcanis agradeceu a presença do Governo do Tocantins, representado no evento pelo presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Renato Jayme, e pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marcello Lelis. Ela ressaltou o fato de Goiás e Tocantins serem estados coirmãos e frisou as políticas públicas que os governadores Ronaldo Caiado, de Goiás, e Wanderlei Barbosa, do Tocantins, estão implementando para o meio ambiente e pelas quais estão comprometidos.

Ándréa Vulcanis, titular da Semad/Goiás, um pouco antes das apresentações do presidente do Naturatins, Renato Jayme; e Marcello Lelis, da Semarh
Da parte de Caiado, Andréa Vulcanis refere-se à assinatura do Pacto pela Governança da Água junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que permitirá que a gestão do recurso natural no estado possa receber cerca de R$ 7 milhões nos próximos cinco anos. No tocante a Barbosa, ela agradeceu a presença do governador no Seminário e observou que ele veio trazer a mensagem de seu governo, “um governo transparente, eficiente e que cuida da sustentabilidade, da proteção ao meio ambiente”, frisou Andréa ao recordar os temas abordados pelos representantes do Estado no painel O Cerrado, o Clima e as Águas Sob a Perspectiva dos Estados.
No painel em questão, o presidente do Naturatins, Renato Jayme, apresentou o tema Plano de Segurança Hídrica e Instrumentos de Gestão dos Recursos Hídricos na bacia do Rio Formoso; e o secretário Marcello Lelis, o Programa Jurisdicional de REDD+ do Tocantins, por meio dos eixos da Estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável.
Gêmeos
Andréa Vulcanis reforçou a coirmandade de Goiás/Tocantins, afirmando que são como irmãos gêmeos, pois compartilham o mesmo território, o mesmo bioma (Cerrado), as mesmas bacias hidrográficas. Observou que boa parte das águas que chegam no Tocantins saem de Goiás. “Estamos num plano mais elevado, central, com as águas descendo em direção ao Tocantins. Então, importante ressaltar que a gestão compartilhada é fundamental para garantir o desenvolvimento para o futuro das gerações que estão por vir e para a economia dos dois estados”, finalizou.
Sobre o evento
O Seminário Internacional Águas para o Futuro ocorreu entre os dias 10 e 13 de setembro, em Rio Quente (GO). Realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o evento buscou discutir meios de garantir no futuro a disponibilidade de água no mundo. Além da comitiva tocantinense, participaram do Seminário representantes de outros estados brasileiros e do setor produtivo de 22 países.