Divergência entre informações publicadas pela União e pelo estado do Tocantins motivaram abertura de procedimentos
Com Assessoria do MPF
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou três inquéritos civis para apurar indícios de mau uso dos recursos públicos repassados pelo governo federal para o enfrentamento da pandemia da covid-19 no Estado do Tocantins. Entre outros objetivos, os procedimentos visam a esclarecer divergências entre as informações divulgadas no início de agosto pela Secretaria de Governo da Presidência da República (Segov/PR) e pela Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins.
Segundo boletim elaborado pela Segov/PR e divulgado em 5 de agosto, até aquela data a União já teria repassado ao Estado do Tocantins mais de 82.904 mil testes RT-PCR. No Relatório Situacional de Enfrentamento da covid-19 da Secretaria Estadual de Saúde publicado em 6 de agosto, no entanto, foi informada a realização de apenas 40.984 testes até o momento. A União também noticiou ter enviado 119 respiradores para o Tocantins. Mas, segundo informações divulgadas pela imprensa, parte dos aparelhos estaria sem uso, ainda encaixotados nas dependências da Secretaria Estadual de Saúde, enquanto pessoas estão sucumbindo à doença em razão da falta do equipamento. Tais dados levantam a suspeita de que dinheiro público federal esteja sendo mal empregado pelo Estado e municípios tocantinenses, de acordo com o MPF.
Inquéritos – Diante das divergências identificadas, o MPF irá investigar o emprego de recursos financeiros federais pelo Estado e municípios do Tocantins. Para tanto, estabeleceu prazo de dez dias para que os secretários de saúde estadual e municipais esclareçam a discrepância entre o quantitativo de testes RT-PCR fornecidos pela União e as amostras efetivamente colhidas e analisadas. Também requereu que justifiquem o fato de haver respiradores repassados pelo governo federal ainda não instalados.
O MPF apura ainda se os municípios estão publicando na Internet informações claras e atualizadas sobre os gastos públicos para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Em relação a esta medida, determinou aos secretários de saúde que esclareçam, no mesmo prazo de dez dias, se estão cumprindo o disposto no art. 4º da Lei nº 13.979/2020, disponibilizando, em sítio eletrônico destinado à transparência dos gastos públicos, em tempo real e de forma fidedigna, todas as contratações e aquisições realizadas para o combate ao novo coronavírus. Os inquéritos são assinados pelo procurador da República João Gustavo de Almeida Seixas.
A oposição bem que está tentando fazer o seu papel neste momento pré-eleitoral, mas, dividida em várias frentes, até agora não demonstrou ser capaz de desestabilizar ou representar algum perigo à candidatura da prefeita Cinthia Ribeiro à reeleição.
Por Edson Rodrigues
Com “gordura para queimar” e sem problemas com a Polícia Federal – coisa rara entre os políticos tocantinenses – Cínthia tem deixado a oposição sem discurso, sem bandeira, sem ter o que argumentar ou usar contra ela.
Por enquanto, a única coisa que falta à prefeita é uma melhor organização de sua equipe de campanha, fato que deve ser corrigido a partir do dia 15 de agosto, quando se inicia a proibição dos candidatos à reeleição de participar de atos de entrega e inauguração de obras, e se inicia a preparação da campanha em si.
Senador Eduardo Gomes e a prefeita Cinthia
Pelo andar da carruagem, tudo indica que Cínthia, já no ato da Convenção do PSDB, deve receber o apoio público do líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes e dos líderes políticos que o acompanham, assim como da deputada federal Dorinha Seabra, que trará o DEM para a campanha de prefeita de Palmas. Outros parlamentares federais e estaduais também devem assumir posições semelhantes.
Este, por enquanto, é o quadro político que se apresenta para os próximos 30 dias, com Cínthia precisando aparar algumas arestas, mas nada que comprometa ou diminua seu poderio eleitoral pré-campanha.
OPOSIÇÃO: BONS NOMES, MAS SEM UNIÃO
Ao mesmo tempo em que parte da oposição trabalha junto ás suas bases com encontros, conversas e discussões sobre projetos de governo, sempre respeitando as orientações de isolamento social da OMS, como é o caso de Gil Barison, que vem com um grupo de bons candidatos a vereador e Osires Damaso, que ainda está formando seu grupo político com nomes fortes e conhecidos, buscando o apoio do empresariado palmense.
Empresário Gil Barison
Em outra frente, Raul Filho vem tentando sanar seus problemas com a Justiça Eleitoral para tentar ser o candidato do MDB.
Já o jovem deputado federal Vicentinho Jr., acostumado a fazer uma oposição de forma dura e rigorosa, vem trazendo à tona os problemas da administração de Cinthia Ribeiro no combate à pandemia do Covid-19.
Ex-deputado Marcelo Lelis
Outro pré-candidato, Jr. Geo, um político muito sério e ético, enfrenta dificuldades em formar um grupo forte, pois não abre mão dos seus princípios e não quer colocar “qualquer um” para formar uma chapa, evitando uma “arca de Noé” sem identidade política.
Deputado Estadual Junior Geo
Pelos partidos de centro, a líder Vanda Monteiro vem “tirando água de pedra canga”. Desde que surpreendeu a todos se elegendo vereadora e, depois, deputada estadual, sua vida é uma batalha árdua para conseguir transferir o reconhecimento que teve dos eleitores para a classe política.
O outro postulante, senador Ataídes Oliveira, vem percorrendo o município, comparecendo a bairros, vilas e na zona rural, realizando pequenas reuniões familiares, num trabalho de formiguinha, sob a coordenação de Arthur da Natividade, um rapaz muito bom e sério, que vem tentando extrair dessas reuniões um projeto de governo plausível, a ser registrado em cartório, no ato do registro da candidatura do candidato do PP, da senadora Kátia Abreu.
ex-senador Ataídes Oliveira
Enquanto isso, o ex-deputado Marcelo Lelis vem correndo por fora, com um bom grupo de jovens e empresários a impulsionar sua candidatura, com grandes chances de crescer, entrando com força no páreo oposicionista, com chances de aglutinar lideranças.
CONCLUSÕES
Como vimos, na própria composição deste artigo, enquanto a prefeita Cínthia Ribeiro vem com um trabalho encorpado e bem municiado de aliados, a oposição ainda é uma “colcha de retalhos”, esquartejada entre candidaturas díspares, cada um puxando para um lado e que, se não se unirem, irão trabalhar umas contra as outras, beneficiando e facilitando para a candidata à reeleição.
Precisamos deixar claro, porém, que o jogo ainda está só no começo e, independente da atual situação, aquele candidato que conseguir uma boa visibilidade junto ao eleitorado, atraindo a simpatia e a confiança do eleitor, tudo pode mudar.
Deputada Vanda Monteiro
Isso só reforça, ainda mais, a importância de cada candidatura contar com uma estrutura política e de assessoramento de marketing e jurídico, para que consiga chegar com fôlego à reta final desta eleição que, como já dissemos em artigos anteriores, não é para amador.
A importância de se levar a sério os trabalhos nesta eleição está, também, intrinsecamente ligada ao desempenho que os pré-candidatos terão nas eleições de 2022, cada um dentro da sua postulação, uma vez que, tendo um resultado fraco em novembro, ofuscará suas chances de um bom desempenho em 2022.
Deputado Federal Vicentinho Júnior
Trocando em miúdos, o jogo de verdade ainda não começou. Só após as convenções partidárias termos a noção de como virá a oposição, se junta ou dividida, como está no quadro atual, salientando que, sem a possibilidade de segundo turno, será uma eleição de “um tiro só”, sem espaço para erros.
Se a oposição não se entender em, no máximo, duas candidaturas, uma de direita e outra de centro-direita, as chances de derrotar Cinthia Ribeiro serão diminutas e, caso haja a surpresa de um candidato oposicionista vencer, significará a vitória de apenas um grupo, por mérito próprio, sem compromisso com os demais opositores.
Sobre esse assunto falaremos com mais profundidade em um próximo Panorama Político.
Até breve!
Vídeo sobre o Parque Estadual do Cantão – Enfrentamento à Covid-19
Por Tânia Caldas
Ilustração – Cleide Veloso
O Governo do Tocantins, através do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) lança nesta quarta-feira, 12, vídeo sobre o Parque Estadual do Cantão (PEC) que mostra as particularidades desta Unidade de Conservação de Proteção Integral, sobretudo as ações desenvolvidas pelo Estado em parceria com o Programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia), do Ministério do Meio Ambiente, mediante Acordo de Cooperação com o Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).
O vídeo tem como objetivo apresentar as ações ocorridas no Parque para amenizar os impactos da pandemia provocada pela Covid - 19. Na ocasião, foram distribuídas cestas básicas com alimentos, kits com produtos de higiene e equipamentos de proteção individual aos torrãozeiros e condutores ambientais. Os servidores do PEC também receberam equipamentos de proteção individual e cestas com alimentos.
A produção, logística e divulgação foram realizadas pela Assessoria de Comunicação do Naturatins, através das assessoras Tânia Caldas e Cleide Veloso, pelo gestor do Parque Estadual do Cantão, Adailton Glória, pelos pontos Focais do ARPA no Tocantins, Gino Oliveira e Nilza Verônica Amaral, além do apoio do presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque e parceria da Secretaria Estadual de Comunicação do Tocantins (Secom - TO).
Com versões em português e inglês, os vídeos serão disponibilizados ao Ministério do Meio Ambiente e ao Funbio e estarão disponíveis no endereço eletrônico naturatins.to.gov.br bem como nas redes sociais do Naturatins.
A PF deflagrou, hoje (12/08), a 2ª fase da Op Olossá, com o objetivo de combater ORCRIM especializada no tráfico internacional de drogas, especialmente para Europa e Ásia
Por Tiago Netto
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (12), a segunda fase da Operação Olossá, com o objetivo de cumprir mandados judiciais decorrentes de investigação sobre organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas.
A operação mira especialmente na forma de tráfico com “mulas” em viagens aéreas, principalmente para Europa e Ásia, com entorpecentes escondidos em suas bagagens.
A investigação teve início em maio de 2019, a partir do aprofundamento de informações recebidas pelo serviço de Disque Denúncia da Secretária de Segurança Pública da Bahia.
Naquela ocasião, identificou-se que o proprietário de uma barraca de praia em Lauro de Freitas usava o estabelecimento para aliciar as “mulas”, sendo ele o principal integrante da organização criminosa nessa função.
Durante a investigação, dez pessoas foram presas em flagrante, quando tentavam embarcar para o exterior com cocaína escondida em suas bagagens em aeroportos da Bahia, de São Paulo, de Pernambuco, do Ceará e do Paraná.
Nesta terça (12), estão sendo cumpridos 12 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão, nos Estados da Bahia (Salvador, Lauro de Freitas e Conceição do Coité), Sergipe, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina. Entre os mandados de prisão, três estão sendo cumpridos no exterior, com o auxílio da INTERPOL; dois na Espanha e um na Tailândia.
Vacina desenvolvida em parceria com a empresa alemã BioNTech ainda não está na terceira fase de testes clínicos
Por Rodrigo Loureiro
Novos testes realizados com a vacina BNT162b1, desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech, mostraram que o composto sorológico induziu uma resposta imunológica considerada “robusta” e sem efeitos colaterais para adultos entre 18 e 55 anos no combate ao coronavírus.
Os resultados dos testes clínicos foram publicados nesta quarta-feira (12) na revista Nature. Eles referem-se às fases 1 e 2 de testes clínicos e, por isso, não podem ser utilizados para medirem a eficácia da vacina contra covid-19. Isso acontece somente na terceira fase de testes, que ainda não foi iniciada.
Mesmo assim, as avaliações mais recentes feitas com 45 pessoas, sendo 23 homens e 22 mulheres, mostraram que os níveis de anticorpos neutralizantes entre os participantes do estudo foram entre 1,9 a 4,6 vezes maiores do que os de pessoas que ainda se recuperam do coronavírus.
Para a realização dos testes, os participantes foram divididos em quatro grupos. Um recebeu uma dose de 10 miligramas da vacina e outro recebeu 30 miligramas. Essas doses foram repetidas após 21 dias. O terceiro grupo recebeu uma dose única de 100 miligramas e o quarto grupo foi injetado com um placebo para servir como grupo de controle.
Os resultados obtidos mostram que houve uma resposta imune maior no grupo que recebeu duas doses de 30 miligramas da vacina ante os participantes que receberam duas doses de 10 miligramas. Entretanto, não houve diferença considerável em relação ao grupo que recebeu uma dose única de 100 miligramas – e que experimentou uma carga maior de efeitos colaterais.
Com os resultados da pesquisa, os cientistas agora se preparam para a próxima fase do desenvolvimento da vacina, que consiste em mais testes das fases 1 e 2. Agora, porém, com pessoas em idades mais avançadas, entre 65 e 85 anos. Os testes já foram realizados, mas ainda aguardam resultados definitivos. Depois serão feitas avaliações com pacientes que têm doenças crônicas.