A fundação que produzirá a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca no Brasil ainda não recebeu da China o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para produção das doses do imunizante
Por Sarah Teófilo
Sem a matéria-prima para a produção da vacina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que adiará a entrega de doses da vacina de Oxford/Astrazeneca de fevereiro para março deste ano. O instituto informou a mudança em ofício enviado ao Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (19/1). A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela reportagem com uma fonte do Ministério Público Federal (MPF).
O Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a produção da vacina, está pronto para o embarque, aguardando liberação de autorização do governo da China para exportação. A situação dos insumos é a mesma no caso da vacina CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan.
Em nota, a Fiocruz informou apenas que a não confirmação do envio dos insumos “poderá ter impacto sobre o cronograma de produção inicialmente previsto de liberação dos primeiros lotes entre 8 e 12 de fevereiro”. A fundação afirmou que o cronograma será detalhado assim que a data de chegada da matéria-prima estiver confirmada.
Compromisso
Apesar disso, a Fiocruz garante que segue com o compromisso de entregar 50 milhões de doses até abril deste ano, 100,4 milhões até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre, totalizando 210,4 milhões de vacinas em 2021.
Para este mês de janeiro, estava previsto o envio de 2 lotes de 7,5 milhões cada, totalizando produção de 15 milhões de doses. A fundação diz que "ainda no primeiro semestre deste ano, terá início o processo de incorporação da tecnologia para a produção do IFA na Fiocruz, possibilitando que, a partir de agosto, a Fundação inicie a produção 100% nacional".
"A Fiocruz, com o apoio do Ministério da Saúde, tem estado em contato permanente com a AstraZeneca para liberação e exportação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da China, que aguarda liberação do governo Chinês", informou.
O Brasil enfrenta dificuldades na importação de insumos da China. Nesta terça-feira (19), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, deixou claro que a demora na aquisição dos insumos ocorre por questões burocráticas relativas à exportação — mesma situação no caso da vacina de Oxford. Segundo Covas, a matéria-prima está produzida desde meados do mês de janeiro, aguardando apenas a autorização do governo chinês para ser exportada.
"De fato, nós estamos com um atraso que é meramente burocrático nesse momento. Esperamos resolver isso rapidamente, para que esse fluxo de restabeleça. Obviamente, esse processo político que aconteceu no Brasil tem influência. A todo momento criticando a vacina, a China. Então, isso influenciou sim”, disse Covas ontem, em entrevista coletiva em Ribeirão Preto (SP).
Esclarecimentos
A resposta da Fiocruz é no âmbito de um pedido de esclarecimentos de procuradores da República do Amazonas, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. O Ministério Público Federal (MPF) solicitou em dezembro do ano passado informações à fundação. Os procuradores inquiriram, entre outras questões, se foram realizadas adaptações para produção da vacina e qual a capacidade produtiva atual.
O presidente do Instituto Butantan, responsável no Brasil pela única vacina contra o novo coronavírus usado até agora no país, pediu nesta terça-feira (19) ao presidente Jair Bolsonaro que "tenha a dignidade" de ajudar a agilizar o envio de insumos do imunizante da China.
Com Agências
Bolsonaro criticou em várias ocasiões a vacina promovida pelo governador de São Paulo, João Doria (um de seus principais adversários políticos), e fabricada na China, um país do qual o presidente alinhado com o americano Donald Trump buscou tomar distância.
Apesar disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no domingo o uso emergencial da CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em colaboração com o Butantan, subordinado ao estado de São Paulo, assim como do imunizante britânico da AstraZenevca/Universidade de Oxford, elaborado em cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao ministério da Saúde, que ainda não chegou ao Brasil.
A imunização começou com a distribuição de seis milhões de doses da CoronaVac e o Butantan solicitou a autorização para outras 4,8 milhões de doses, reservadas a grupos de risco, como idosos, profissionais de saúde e comunidades indígenas.
E há incertezas agora sobre o que vai acontecer quando as doses acabarem no país de 211,8 milhões de habitantes e que soma mais de 211 mil mortos pela pandemia.
Tentando recuperar terreno diante de Doria, Bolsonaro proclamou na segunda-feira que "a vacina é do Brasil, não de nenhum governador".
O presidente do Butantan, Dimas Covas, interpretou a declaração ao pé da letra.
"Se a vacina agora é do Brasil, o nosso presidente tenha a dignidade de defendê-la e de solicitar, inclusive, apoio, pro seu Ministério de Relações Exteriores na conversa com o governo da China", disse Covas em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
O Instituto Butantan tem um acordo com o laboratório Sinovac para receber uma quantidade suficiente do principal insumo da vacina, chamado IFA, para fabricar 40 milhões de doses da CoronaVac, informou o Instituto à AFP.
Esse envio só aguarda a autorização do governo chinês, acrescentou.
O Brasil aguarda, também, a chegada de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford da Índia, onde é fabricada. O governo brasileiro havia anunciado que a carga chegaria na semana passada, mas o país asiático não autorizou o envio e por enquanto não há data para o transporte.
Após a importação destas doses, a Fiocruz tem previsto começar a fabricar esta vacina no Brasil, mas os insumos, que também são importados da China, enfrentam o mesmo atraso para chegar ao país e isto poderia afetar o cronograma, informou a instituição nesta terça.
Em meio a uma alta de casos e mortes por Covid-19, o Amazonas vive um caos no sistema de saúde com hospitais lotados e sem oxigênio suficiente para todos os pacientes — o que fez o governo adotar medidas emergenciais para receber o insumo
Por Julyanne Jucá, da CNN
Sete pessoas morreram por falta de oxigênio em mais uma cidade do Amazonas. A Prefeitura de Coari informou que as mortes aconteceram na manhã desta terça-feira (19), no Hospital Regional da cidade. Segundo o município, cerca de 200 cilindros de oxigênio para a cidade estão retidos pela Secretaria da Saúde do estado, aguardando abastecimento.
Em comunicado, a prefeitura afirmou que a pasta teria se comprometido a enviar 40 cilindros de oxigênio para a cidade. No entanto, diz, o voo com a carga, previsto para chegar às 18h desta segunda (18), foi para o município de Tefé.
Os cilindros chegaram apenas às 7h desta terça, prossegue a prefeitura, quando o município só dispunha de oxigênio para mais 6 horas de atendimento.
“Por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem a público manifestar o seu completo desagrado e repúdio com a forma irresponsável que a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas está lidando com a saúde do interior, prejudicando todo o planejamento realizado pelo município de Coari para o enfrentamento da pandemia da Covid-19", diz a nota.
Até o momento, a Secretaria de Saúde do Amazonas não se posicionou.
Na última semana, a rede de saúde do Amazonas colapsou por falta de oxigênio em hospitais. Diversas mortes foram registradas e mais de 40 pacientes foram transferidos para outros estados, com o intuito de aliviar a sobrecarga das unidades locais. Até esta segunda-feira, 6.308 pessoas morreram pela Covid-19 no estado. O total de infectados chegou a 232.434.
Marca foi alcançada dez meses após a confirmação da primeira morte, em 12 de março. Nas últimas 24 horas foram registrados 331 óbitos e 15.953 casos confirmados da doença, com isso, o estado atingiu 50.318 óbitos no total e 1.644.225 casos confirmados da infecção desde o início da pandemia.
Por Beatriz Borges
O estado de São Paulo ultrapassou nesta terça-feira (19) a marca de 50 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia. O número foi alcançado dez meses após a confirmação da primeira morte, em 12 de março.
Nas últimas 24 horas foram registrados 331 óbitos e 15.953 casos confirmados da doença, com isso, o estado atingiu 50.318 óbitos no total e 1.644.225 casos confirmados da infecção desde o início da pandemia.
Os novos registros não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para outro, mas, sim, que foram computados no sistema neste período. As notificações costumam ser menores aos finais de semana e feriados, quando as equipes de saúde trabalham em esquema de plantão.
O estado de São Paulo sozinho já tem mais mortes que a Argentina que registrou 45.832 mil mortes até o momento. O país sul-americano tem cerca de 44 ,5 milhões de habitantes, enquanto que o estado possui 44 milhões.
Já a Espanha, que também tem uma população parecida, registrou 53.769 mil mortes até o momento. O país tem cerca de 47 milhões de habitantes e São Paulo, 44 milhões.
A média móvel de mortes diárias, que considera os registros dos últimos sete dias, é de 237 nesta terça-feira (19). O valor é o maior desde o dia 19 de agosto de 2020 e cresceu 60% em relação ao registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta da epidemia.
O dado considera a média dos registros dos últimos sete dias e está acima de 200 há onze dias seguidos, valor que não era observado desde o dia 16 de setembro do ano passado. Como o cálculo da média móvel leva em conta um período maior que o registro diário, é possível medir de forma mais fidedigna a tendência da pandemia.
Nesta terça-feira, a média móvel diária de casos é de 11.769. O valor é 68% maior que o registrado há 14 dias, o que para especialistas também indica tendência de alta.
A média diária de casos está acima de 10 mil há onze dias seguidos. O último registro de média móvel acima de 10 mil casos no estado era de 18 de agosto.
SENADOR EDUARDO GOMES PERMANECE EM BRASILIA
Sábio, leal e defensor ferrenho dos interesses do MDB, Palácio do Planalto e do povo tocantinense, o senador Eduardo Gomes se mantém de forma discreta e firme como líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional.
Como membro da cúpula nacional do MDB, seus maiores desafios vêm sendo desarmar as bombas e apaziguar os conflitos em época de eleição das mesas diretoras da Câmara Federal e do Senado.
Por meio do diálogo, Gomes vem construindo pontos antes improváveis, buscando uma harmonia e um equilíbrio justos, para que, no dia primeiro de fevereiro, tanto o MDB quanto o Palácio do Planalto saiam maiores que entraram da eleição das presidências do Congresso e do Senado.
A missão será dura, mas, sob a batuta de Eduardo Gomes, pode-se esperar bons resultados sempre!
FIM DO CLIMA DE TENSÃO EM BRASILIA
Faltam, praticamente, duas semanas para o “Dia D” das eleições dos presidentes e demais membros das mesas-diretoras do Senado e da Câmara Federal.
O “toma lá, dá cá”, o descontentamento do baixo clero e as traições são parte farta do “cardápio”.
O fim do clima de tensão em Brasília, principalmente no Palácio do Planalto, será no dia primeiro de fevereiro, quando se saberá quem levou o quê.
Até lá, a pressão será gigantesca.
GRANDE MÍDIA X BOLSONARO
O presidente Jair Bolsonaro teve uma queda tremenda em sua popularidade com as investidas da mídia nacional sobre o fracasso da atuação do Palácio da Alvorada, expondo aos brasileiros como, por diversas vezes, perderam-se oportunidades de agir com mais assertividade contra a Pandemia, o que resultou no fato de o Brasil estar entre os últimos colocados na imunização da sua população.
Agora, para tentar recuperar o tempo perdido, o governo federal precisa disponibilizar um serviço de imunização em massa sem furos, sem “furadas de fila” e altamente bem planejado.
GREVE DOS CAMINHONEIROS
A greve dos caminhoneiros, marcada para o dia 1º de fevereiro é mais um grande problema para o governo federal resolver.
Caso não consiga, a explosão nos preços dos produtos nos supermercados será inevitável, causando descontrole da inflação e nova alta do dólar, que provocará nova alta nos combustíveis, justamente a causa da greve dos caminhoneiros.
A missão de mitigar essa greve será uma das mais árduas para o governo de Jair Bolsonaro, quase uma “missão impossível”.
LIRA JÁ ADMITE APOIAR PRORROGAÇÃO DO AUXILIO EMERGENCIAL
O candidato a presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, já admite o apoio à prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais seis meses.
Resta saber qual será a engenharia a ser feita para descobrir de onde virão os recursos para tal, pois não consta no Orçamento da União para 2021.
Lira adotou esse novo posicionamento após a pressão de vários deputados que serão os eleitores em primeiro de fevereiro na escolha do novo presidente da Câmara Federal.
PAZUELLO FRACASSA COM ADIAMENTO
Governadores e membros do Congresso Nacional demonstraram profundo descontentamento com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que buscou improvisar, em São Paulo, para tentar ofuscar o sucesso do governador João Dória sobre a disponibilização de vacinas contra a Covid-19, deixando o governo federal ser “engolido” pela estratégia de Dória.
O presidente Jair Bolsonaro pode substituir Pazuelo para tentar direcionar a culpa da inércia do Planalto para o “colo” do ministro e interromper o “sangramento” de sua popularidade e credibilidade junto à população.
Bolsonaro, inclusive, já convocou uma reunião emergencial para esta terça-feira com vários ministros, dentre eles, Pazuello.
O que sairá dessa reunião, só Bolsonaro sabe...
BOLSONARO NERVOSO
Com a aprovação do uso emergencial da CoronaVac na vacinação contra a Covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro tem dito a aliados que “não se dará por vencido” no embate com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que apadrinhou o imunizante.
“Bolsonaro não se dará por vencido. Ele está com o ego muito ferido”, disse um assessor do presidente, segundo a coluna de Vicente Nunes, do Correio Braziliense.
Além da aprovação da CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, o fracasso na importação de 2 milhões de doses de vacina da Índia também intensificou o sentimento de derrota no mandatário. Com isso, só restou ao país – até então – a CoronaVac como opção.
“A hora dele vai chegar”, teria dito Bolsonaro a alguns interlocutores.
EFEITOS COLATERAIS COM O FIM DO AUXÍLIO EMERGENCIAL BATEM À PORTA
O mês de fevereiro será um mês em que diversas famílias brasileiras de baixa renda sentirão, ou voltarão a sentir, o que é a fome.
Essas famílias, que recebiam o auxílio emergencial, ainda tinham pequenos estoques de comida para janeiro, mas, em fevereiro, a geladeira e a despensa estarão vazias.
Sem ter como alimentar seus filhos, essa parcela da população será mais um ingrediente na “panela de pressões” que irá pairar sobre o Palácio do Planalto.
Apesar dos pesares, o governo federal já fez muito ao disponibilizar o auxílio emergencial, mas a economia combalida e o Orçamento para 2021 o deixam de mãos amarradas para poder fazer mais.
GOVERNO DO TOCANTINS CONTINUA COM DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS BÁSICAS
O governador mauro Carlesse deu ordem para que continue a distribuição de cestas básicas a milhares de famílias de baixa renda de todas as regiões do Estado.
Com essa ação humanitária, o governo do Estado quer diminuir o sofrimento dessa parcela da população, evitando que a fome adentre seus lares.
A distribuição de cestas básicas pelo governo do Estado vem ocorrendo desde o agravamento da pandemia de Covid-19 no Tocantins e demonstra uma preocupação legítima para com os menos favorecidos, e é uma ação digna de aplausos.
TOINHO ANDRADE INICIA NOVO MANDATO COMO PRESIDENTE DA AL
O deputado estadual portuense, Toinho Andrade, tomará posse em mais um mandato à frente da presidência da assembleia Legislativa tocantinense.
Sua reeleição é fruto da forma igualitária com que tratou todos os seus pares, sempre aberto ao diálogo e cumprindo os compromissos assumidos.
Sua recondução ao cargo foi em uma eleição de consenso, por aclamação, e o garante mais dois anos para manter a paz e a harmonia na convivência com o Poder Executivo tocantinense, sempre buscando o melhor para a população.
Sua posse e dos demais membros da Mesa-Diretora da AL ocorre no próximo dia primeiro de fevereiro.