Em relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal informou que, após dezenas de diligências, ainda não encontrou elementos suficientes para indiciar pessoas pela realização ou financiamento de atos antidemocráticos. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela coluna Painel, na Folha de S.Paulo.
Com Folha de S.Paulo
No relatório encaminhado, a PF não pediu mais prazo, nem propôs novos caminhos, indicando ter terminado sua parte. Os autos do inquérito estão com a Procuradoria-Geral da República (PGR), que vai analisar as medidas cumpridas. A delegada Denisse Dias Ribeiro enviou o relatório ao ministro em dezembro, mas os documentos foram encaminhados direto para a PGR, onde estão até agora.
STF abriu investigação em 2020
O inquérito foi aberto em abril de 2020, mirando bolsonaristas que defenderam, em diferentes atos, o fechamento do Congresso e da própria Corte. Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chegaram a ser ouvidos por decisão da PF.
A decisão de Moraes foi tomada após Bolsonaro participar de protesto em Brasília, marcado por faixas e palavras de ordem contra o Congresso e a favor de uma intervenção militar. Ao determinar a abertura do inquérito, Moraes concluiu que o episódio é “gravíssimo”, pois atenta contra o Estado Democrático de Direito brasileiro e suas instituições republicanas.
A delegada não classificou o relatório nem como parcial, nem como final, como é o padrão. Para o inquérito seguir aberto, então, a PGR terá de pedir novas medidas de investigação e Moraes autorizar. Ou, o ministro pode decidir simplesmente devolver para a PF, para que continue apurando.
Com informações da Folha de S.Paulo
PALÁCIO DO PLANALTO QUER EVITAR SEGUNDO TURNO NA CÂMARA
Nos próximos cinco dias o Palácio do Planalto vai intensificar as ações para evitar um possível segundo-turno nas eleições para a presidência da Câmara Federal.
O governo teme surpresas vindas do “baixo clero”. Trocando em miúdos, “traições”.
Como arma, o governo sinaliza com uma reforma ministerial, abertura de espaços no segundo escalão e liberação de emendas e cargos federais nas estatais e nos estados.
O maior temor do governo é a presença dos ex-presidente José Sarney, Michel Temer, Lula e Dilma Rousseff no “time” da oposição.
Todo cuidado é pouco!
MAIA ADMITE TRAIÇÕES
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta que um terço da bancada de seu partido deve votar no deputado Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Casa, e não no candidato que conta com seu apoio, Baleia Rossi (MDB-SP).
Segundo Maia, cerca de 20 a 22 deputados do DEM devem votar em Baleia, o que equivale a dois terços da bancada da sigla na Câmara.
"Certamente nós daremos mais de dois terços dos votos do DEM", afirmou. O partido tem 29 deputados. As projeções do presidente da Câmara apontam ainda para um segundo turno na eleição para o comando da Câmara, com Baleia à frente de Lira, candidato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
111 A 77 PRÓ IMPEACHMENT
Em meio à pressão pelo afastamento do presidente Jair Bolsonaro, um perfil no Twitter que monitora o posicionamento de congressistas nas redes sociais aponta que 111 deputados são favoráveis e 77 são contrários ao impeachment.
A contagem foi atualizada na manhã desta 3ª feira (26.jan.2021). Até essa 2ª feira (25.jan), eram 111 deputados a favor do impedimento e 76 contrários. O grupo dos que são contra o afastamento do presidente passou a incluir a deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ).
“Gente, impeachment agora virou moda! Vamos respeitar o voto popular! Nas próximas eleições cada um faz o que quiser”, declarou a deputada em suas redes sociais.
Segundo o levantamento, 63,4% não se posicionaram até o momento. Outros 15% mostram-se contrários do impeachment. E 21,6% são a favor.
GAGUIM DE MALAS PRONTAS PARA O PATRIOTA
Nos bastidores da política, em Brasília, o Patriota tem como certa a filiação do deputado federal Carlos Gaguim, que deve chegar ao partido sob as asas do presidente Jair Bolsonaro.
Gaguim é vice-líder do governo na Câmara e não confirma nem desmente a informação.
A cúpula do Democratas e a presidente estadual da legenda no Tocantins, deputada federal Dorinha Seabra, agradecem!
CANDIDATOS A REELEIÇÃO QUE SE CUIDEM
Com o fim das coligações proporcionais e o número de bons nomes dispostas a disputar uma vaga na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa pelos partidos “nanicos” organizados por Lucas da Lince, a sirene de alerta foi ligada para os candidatos à reeleição.
O tal do quociente eleitoral pode atrapalhar muitos dos que já estão nas Casas de Lei e, ao contrário, ajudar os que agirem em bloco, como pretende Lucas da Lince, que já demonstrou nas eleições municipais que sabe jogar o novo jogo das eleições sem coligações proporcionais e, principalmente, o que os eleitores buscam nos candidatos.
Candidaturas como as dos ex-prefeitos Laurez Moreira, Raul Filho e outras dezenas de bons nomes será o divisor de águas nas eleições 2022.
MUDANÇAS NAS LIDERANÇAS DE PARTIDOS
Várias comissões provisórias de partidos tocantinenses passarão por mudanças nos próximos 30 dias. O troca-troca de partidos começa já a partir da primeira quinzena de fevereiro.
As articulações, em Brasília, andam a todo vapor, com surpresas inacreditáveis a vista, incluindo vários prefeitos, entre eles a prefeita de Gurupi, Josi Nunes, que já demonstrou desconforto com a mudança de comando do PROS, principalmente da forma com que o comando foi tirado das mãos do deputado estadual Júnior Geo e entregue ao ex-senador Ataíde Oliveira.
OPOSIÇÃO SINALISA UNIÃO COM IRAJÁ PARA GOVERNO ESTADUAL
Diversos dirigentes de partidos, inclusive detentores de mandatos no Congresso Nacional, que saíram derrotados nas eleições municipais de novembro do ano passado, vêm trabalhando pela formação de uma frente oposicionista visando a disputa das eleições estaduais de 2022.
Conforme O Paralelo 13 apurou nos bastidores de Brasília, o nome com chances reais de ser candidato a governador é o do senador Irajá Abreu, filho da também senadora Kátia Abreu.
PRESIDENTE DO TJ-MS DIZ QUE “ISOLAMENTO É COVARDIA”
Na solenidade de posse como presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o desembargador Carlos Eduardo Contar pregou o desprezo a "covardes e picaretas de ocasião" que pregam o isolamento como medida para reduzir o contágio pelo coronavírus.
Em cerimônia na última sexta-feira (22/1), Contar conclamou os presentes a retornar ao trabalho "com segurança, pondo fim à esquizofrenia e à palhaçada midiática fúnebre, honrando nosso salário e nossas obrigações, assim como fazem os trabalhadores da iniciativa privada, que precisam laborar para sobreviver, e não vivem às custas da viúva estatal, com salários garantidos no fim de cada mês".
Ele também defendeu a prescrição de remédios que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19 (e que podem causar efeitos adversos graves) como experimento "no campo da possibilidade" para ajudar na prevenção da doença, engajando os ouvintes na tentativa de combate à "histeria coletiva, à mentira global, à exploração política" e "ao louvor ao morticínio".
EMPRESAS NEGOCIAM COMPRA DE VACINA
Empresas privadas brasileiras negociam com o Ministério da Saúde (MS) uma autorização para importar 33 milhões de doses da vacina de Oxford e AstraZeneca. As informações foram obtidas pela Folha de S. Paulo.
De acordo com o andamento das negociações, o MS deve editar um ato liberando a compra mediante algumas condições. Dentre elas, deve estar o acordo de que metade das doses seja doada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O restante seria utilizado pelas empresas para distribuir entre funcionários e familiares.
Pelos menos 11 empresas participam do acordo: Vale, Gerdau, JBS, Oi, Vivo, Ambev, Petrobras, Santander, Claro, Whirlpool e ADN Liga. A ideia, porém, é que mais companhias entrem na compra coletiva.
O objetivo das empresas é que parte de seus funcionários sejam imunizados , garantindo que as atividades prossigam em funcionamento. As 33 milhões de doses negociadas podem chegar ao Brasil ainda em fevereiro. De acordo com os empresários ouvidos pela Folha, a farmacêutica Dasa , que detém laboratórios e hospitais, é quem conduz a negociação de compra.
O jornal inglês Financial Times, o mais influente de economia na Europa, fez nesta segunda-feira (25) em seu editorial diversas críticas à condução do presidente Jair Bolsonaro na economia.
Por Congresso Em Foco
De acordo com a publicação, o Brasil elevou muito os gastos durante 2020 com o auxílio emergencial, que dava uma renda para trabalhadores informais. No começo, o benefício era de R$ 600, mas passou a ser de R$ 300 de setembro a dezembro. Em janeiro, o auxílio deixou de existir.
"O presidente Jair Bolsonaro gastou mais que qualquer outro país emergente, de acordo com o Instituto Internacional de Finanças, impulsionando os gastos do governo federal em quase 40% entre janeiro e novembro de 2020", diz o Financial Times.
O jornal inglês também reclamou sobre a falta de análise da reforma administrativa."Reformas vitais para cortar altos salários e regalias dos trabalhadores do setor público continuam paradas no Congresso."
"A maior parte da dívida brasileira de R$ 4,8 trilhões é de curto prazo e os vencimentos estão ficando apertados, quase 30% vencem no próximo ano. A inflação, um antigo pesadelo, está marcando em cima. Os mercados estão estimando um forte aumento na taxa de juros, começando neste ano. Até Bolsonaro declarou que o país está quebrado", disse a publicação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma nova diretriz nesta terça-feira (26) para o tratamento de pacientes com Covid-19, incluindo aqueles que apresentam sintomas persistentes após a recuperação, e disse que aconselha o uso de anticoagulantes em baixas doses para prevenir coágulos sanguíneos.
Com Reuters e CNN
"As outras coisas novas nas orientações são que os pacientes com Covid-19 em casa devem ter o uso de oximetria de pulso, que é a medição dos níveis de oxigênio, para que você possa identificar se a saúde está se deteriorando e seria melhor receber cuidados hospitalares", disse a porta-voz da OMS Margaret Harris em uma entrevista coletiva na ONU, em Genebra.
A OMS aconselhou os médicos a colocarem os pacientes acordados em decúbito ventral (posição de bruços) para melhorar o fluxo de oxigênio, disse a porta-voz.
"Também recomendamos, sugerimos o uso de anticoagulantes em baixas doses para prevenir a formação de coágulos sanguíneos nas veias. Sugerimos o uso de doses mais baixas em vez de doses mais altas porque doses mais altas podem levar a outros problemas", disse Harris.
A porta-voz afirmou ainda que uma equipe de especialistas independentes liderada pela OMS, atualmente na cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos do novo coronavírus em humanos foram detectados em dezembro de 2019, deve deixar a quarentena nos próximos dois dias para continuar seu trabalho sobre as origens do vírus.
Ela se recusou a comentar os relatos de atrasos na disponibilização de vacinas na União Europeia (UE), disse que não tinha dados específicos e que a prioridade da OMS era que os profissionais de saúde de todos os países fossem vacinados nos primeiros 100 dias do ano.
A AstraZeneca, que desenvolveu seu imunizante com a Universidade de Oxford, disse à UE na sexta-feira que não poderia cumprir as metas de fornecimento acordadas até o final de março.
Lote com 5,4 mil litros, necessários para produzir 8,5 milhões de doses da vacina contra a covid-19, deve chegar ao Brasil ainda nesta semana. Bolsonaro agradece ao governo chinês.
Com WD
Vacinação com Coronavac no Hospital das Clínicas, em São Paulo© Nelson Almeida/AFP Vacinação com Coronavac no Hospital das Clínicas, em São Paulo
A China autorizou a exportação de 5,4 mil litros de ingredientes necessários para a produção da Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, anunciou nesta segunda-feira (25/01) o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo anunciou Bolsonaro, os insumos "já estão em vias de envio ao Brasil, chegando nos próximos dias", e "também os insumos da vacina da AstraZeneca estão com liberação sendo acelerada".
O presidente agradeceu à China pela liberação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). "Agradeço a sensibilidade do governo chinês, bem como o empenho dos ministros das Relações Exteriores, da Saúde e da Agricultura", afirmou.
A liberação dos insumos para a Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, foi informada em carta enviada pelo embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Assim como Bolsonaro, o embaixador afirmou que o lote deve chegar ao Brasil nos próximos dias.
No Twitter, Wanming respondeu à postagem em que Bolsonaro anunciou o envio dos ingredientes afirmando que a "China está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance".
"A união e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia", acrescentou o diplomata chinês.
Pazuello disse que o IFA chegará ainda nesta semana. Pelos cálculos do ministério, o carregamento permitirá a fabricação de aproximadamente 8,5 milhões de doses da Coronavac no Instituto Butantan.
Para dar continuidade à produção de mais 27 milhões de doses da Coronavac, esperadas para esta primeira etapa da vacinação, o Butantan ainda depende de novos carregamentos de IFA.
Frequentes críticas à China
Bolsonaro é um dos líderes mundiais mais céticos em relação à pandemia, tendo minimizado a covid-19 em diversas oportunidades, e também criticado várias vezes a "vacina chinesa", como se refere à Coronavac, chegando mesmo a afirmar que o governo federal não a compraria.
Na semana passada, autoridades de saúde do Brasil alertaram que a vacinação contra a covid-19 corria o risco de ser paralisada devido à falta de matéria-prima para a produção de mais doses da Coronavac, assim como pelo atraso na entrega de ingredientes vindos da China para a vacina de Oxford, produzida localmente pela Fiocruz.
As frequentes críticas de Bolsonaro, seu filho Eduardo e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, à China foram apontadas como motivo para o atraso, mas não está claro se de fato havia essa motivação.
Em entrevista à DW Brasil, o especialista em relações sino-brasileiras Fausto Godoy avaliou que a China tem outras prioridades antes de atender o Brasil.
Entre elas estão vacinar uma população de mais de 1 bilhão de pessoas e priorizar países vizinhos. Mas ele fez uma ressalva. "Evidentemente, se a gente tivesse um relacionamento mais simpático, mais fluido, certamente a posição da China seria mais proativa. Tem uma série de fatores que criam essa situação, a começar por esses ataquezinhos [à China de autoridades brasileiras], o que é absolutamente infantil", comentou.
O Brasil aprovou o uso de emergência da Coronavac e do imunizante desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco AstraZeneca e pela Universidade de Oxford em 17 de janeiro, iniciando logo em seguida seu plano nacional de imunização com 6 milhões de doses da fórmula chinesa.