Com a Redação

De acordo com o blog da Folha, a folia parlamentar em janeiro, mês de recesso em que não houve sequer uma sessão na Câmara, deputados gastaram R$ 10 milhões em recursos da cota parlamentar, verba disponibilizada pelo Legislativo para dar suporte ao trabalho dos congressistas. Mesmo sem atividade nas comissões e no plenário, os 513 deputados desembolsaram R$ 2,7 milhões só para fazer propaganda. Outro R$ 1,3 milhão foi usado para custear passagens de avião e mais R$ 1,1 milhão foi gasto com a compra de combustível.

O valor total ainda pode crescer. Os deputados têm até 90 dias para apresentar as notas fiscais para que seus gastos sejam reembolsados pela Câmara.

Em meio à possibilidade de estender sua licença médica, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) — que passou por uma cirurgia nesta segunda-feira (27) — continua com a presença prevista na reunião do Conselhão, na próxima terça-feira, 7. Primeiro escalão Ao lado de Michel Temer e de Henrique Meirelles (Fazenda), vai debater com grandes empresários as propostas do grupo para a retomada da economia.

 

Acabou 2016 No ano passado, 81% das reportagens publicadas em 14 veículos internacionais sobre o Brasil foram negativas, mostra estudo da consultoria Imagem Corporativa. Em 2009, quando começou o levantamento, 80% foram positivas.

Inferno astral A agonia do impeachment, a recessão, a zika e falhas na organização da Olimpíada fizeram com que os textos desfavoráveis atingissem 85,5% entre abril e junho. Depois dos Jogos e da saída de Dilma, a taxa caiu para 71% no último trimestre.

Pé do ouvido Gilberto Kassab (Comunicações) começou a articular com congressistas um projeto de lei para que dois fundos que recebem contribuições compulsórias das operadoras — Fust e Fistel — deixem de ser contingenciáveis a partir de 2020.

O primeiro deveria custear investimentos para a universalização dos serviços de telecomunicações. O segundo responde por fiscalizações da Anatel.

Kassab defende que a nova regra só comece a valer daqui a três anos porque teme que a briga política no Congresso impeça a aprovação do projeto.

Ainda falta Não tem data certa para sair do papel a operação de crédito baseada nos royalties futuros de petróleo que começou a ser preparada com a ajuda do Banco do Brasil no ano passado para dar alívio às finanças do Rio.

Quanto e quando Executivos envolvidos na modelagem da operação afirmam que ela despertou interesse de investidores, mas ainda é preciso demonstrar com mais clareza que haverá royalties disponíveis a partir de 2021 ou 2022 para remunerá-los.

Pela última estimativa da cúpula do grupo Odebrecht, há cerca de 80 mil funcionários trabalhando em empresas e obras do grupo mundo afora. Em 2013, um ano antes de a empresa ser dragada para o centro da Lava Jato, eram mais de 180 mil.

 Quem navegar pelo Portal da Transparência, que detalha transferência de recursos federais e gastos diretos da União, verá que Marcelo Odebrecht recebeu R$ 3.200 de auxilio educação durante o ano de 2016.

Não se trata, porém, do ex-presidente do poderoso grupo baiano — preso em Curitiba desde meados de 2015 –, mas de um homônimo. O valor foi pago pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações.

Libera aí O ministro Marcos Pereira (Indústria) tenta convencer o Planejamento a liberar mais vagas para o INPI, órgão responsável pela análise de patentes. O governo autorizou a convocação de 140 analistas, mas ainda há candidatos na lista de espera.

Plano falível

De olho em uns dias de folga, auxiliares de João Doria acertaram de, juntos, tentar convencer o chefe a fazer uma pausa durante o Carnaval. Argumentariam dificuldades de manter o mutirão de zeladoria nas ruas tomadas por blocos. Na reunião, um deles tomou a iniciativa:

— Prefeito, esse fim de semana citado há pouco… É que será Carnaval — disse um, em tom obsequioso.

— E daí? — respondeu Doria de pronto.

Sem o socorro dos colegas, restou ao auxiliar disfarçar:

— Nada. Só comentando mesmo…

Só nesta segunda-feira, 27, o tucano avisou que tiraria a terça de Carnaval para descansar.

 

Posted On Terça, 28 Fevereiro 2017 20:13 Escrito por

Da Redação

O Carnaval ofereceu a Michel Temer uma valiosa oportunidade para a reflexão. A quarta-feira reserva ao presidente muitas cinzas. Temer terá de decidir se vai eliminar ou acentuar o contraste que se estabeleceu entre as áreas econômica e política do seu governo. Na economia, Temer celebra os números que apontam, timidamente, os resultados de uma gestão que tenta tirar o país do buraco. Na política, o presidente tolera e até participa de uma movimentação que aprofunda o abismo moral em que o Brasil está metido. O primeiro dilema que Temer precisa encarar envolve o ministro Eliseu Padilha. Demitir ou não demitir o chefe da Casa Civil? Eis a questão.

Segundo o analista político Josias de Souza, nos últimos dias, Temer e o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, se esforçam muito para convencer os aliados do governo no Congresso e toda a plateia de que a página da recessão foi virada. Os números mais recentes do IBGE sobre o desemprego recomendam calma. Há mais de 12 milhões de desempregados no país. Um em cada cinco desses trabalhadores está sem contracheque há mais de dois anos. Uma situação como essa não se reverte do dia para a noite. Leva tempo.

Para o jornalista, Temer precisa resolver o drama hamletiano do seu governo, momentaneamente personificado em Eliseu Padilha. Sob pena de permitir que a podridão política contamine a economia. O presidente não pode mais assistir à carnavalização política do seu governo com o distanciamento de um observador neutro, como se nada fosse com ele. Depois que seu amigo José Yunes acusou seu outro amigo Eliseu Padilha de lhe enviar um pacote tóxico por meio do doleiro Lúcio Funaro, tudo passou a ser com Michel Temer. De volta do descanso do Carnaval, o presidente terá de informar se tem condições de se afastar do bloco de sujos.

 

Posted On Terça, 28 Fevereiro 2017 20:10 Escrito por

Algoz do PT no escândalo do mensalão, o ex-deputado federal Roberto Jefferson diz que operação Lava-Jato tem que tomar cuidado para não transformar ex-presidente em vítima

 

Inteligente, bem articulado e sedutor a ponto de ser cínico sem culpa, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), passou 14 meses na prisão, condenado pelo ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, por causa do seu envolvimento visceral no escândalo do mensalão, no qual teve o papel principal de acusador e principal detrator do ex-todo-poderoso José Dirceu.

Em uma conversa em que não se furtou a assumir pecados, mas tampouco de minimizá-los frente às cifras astronômicas do petrolão – atual escândalo que derruba políticos e empresários a rodo, via Curitiba – Jefferson faz um alerta ao juiz Sérgio Moro para que não prenda o ex-presidente Lula antes das eleições presidenciais de 2018 “para não lhe conferir o papel de vítima, de mártir”, mas, principalmente, para que Lula “sofra a sua maior derrota política, que será o julgamento das urnas, pondo fim ao seu discurso de vítima da caneta da Justiça”.

O próprio Jefferson se diz vítima da “mão pesada” de Joaquim Barbosa em sua condenação e comemora o surgimento de Sérgio Moro, segundo o ex-deputado, “o maior magistrado do Brasil”.

O Paralelo 13 separou alguns dos principais e mais emblemáticos trechos da entrevista de Roberto Jefferson à revista Veja, que circula neste fim de semana.

 

Aos 63 anos, Jefferson recebeu VEJA para uma conversa em seu escritório no Rio: opinou sobre a operação Lava-Jato, desafiou Lula a ser candidato em 2018 e admitiu que o bloco do Centrão usou métodos ilegais para derrubar o PT do poder.

 

Depois de cumprir pena por corrupção e lavagem de dinheiro, o senhor anunciou que pretende voltar a se candidatar em 2018. Por que?

Estou dentro da faixa etária que não deve se aposentar segundo a reforma da previdência. Falando sério, acho cedo para me recolher em casa, tenho muito a dar ainda. Minha carreira foi abruptamente interrompida no passado. Já tive a sentença do Joaquim Barbosa no processo do mensalão. Agora quero saber a avaliação do povo. Esta sim, soberana, muito acima da dele.

 

Acha que Lula também tentará voltar a disputar eleições? Torço para que tente de novo o Planalto. Esta sim será a grande sentença moral que ele irá receber: a derrota nas urnas. Vai valer muito mais do que um mandado de prisão expedido pelo Moro. Contra uma decisão judicial, Lula poderá sempre dizer que é vítima. A cara de pau para inventar discursos é imensa. Já ouvi recentemente que o Moro estava trabalhando para a CIA e que a Dona Marisa foi assassinada.

 

Não considera que ele pode ser preso antes da campanha?

No fundo, é o que ele quer. Lula deseja ser preso para poder ter o discurso de que foi perseguido pela caneta togada do Moro. Ao contrário de 2005, no auge do mensalão, desta vez acho certa a tese do FHC. É importante deixá-lo sangrar até a eleição. Se Lula for preso, vai ter romaria com bandeira de foice e martelo todo dia na porta da penitenciária em Curitiba.

Na época do mensalão, o senhor dizia que Lula era inocente...

É verdade. Na CPI, falei: “Sai daí Zé, antes que faça culpado um homem inocente”. Hoje é diferente, são muitas as evidências: apartamento no Guarujá, sítio em Atibaia e o enriquecimento dos filhos. Mesmo assim, o Moro precisa ser inteligente e não prendê-lo. Lula precisa ouvir um basta da sociedade.

 

O que o senhor vai dizer para o eleitor quando for cobrado pelo envolvimento no mensalão?

Vou perguntar se as pessoas acharam justa a sentença. Também quero saber se consideram que tive alguma importância na transformação que está ocorrendo no país. Fiz uma luta solitária no momento mais forte do PT no poder.

 

Então considerou injusta a sua condenação pedida pelo ex-ministro Joaquim Barbosa no processo do mensalão?

Sim, ele exagerou. Uma coisa é o delito eleitoral, que eu sabia que tinha cometido. Outra é a corrupção. Encarei com serenidade aquela conduta histriônica do Joaquim Barbosa. Ele jogou para a plateia, só não esperava que anos depois apareceria o Sérgio Moro. Sem televisão ao vivo, um juiz de vara de primeira instância se tornou muito maior do que ele. Fico satisfeito de ver que o Joaquim Barbosa não passou para a história como o maior magistrado do país.

 

Essa tese de separar caixa dois e corrupção não é uma conversa conveniente para políticos apavorados com a delação da Odebrecht que vem por aí?

Acho que tem que haver a separação do joio do trigo. Uma coisa é quem recebeu dinheiro por corrupção para facilitar negócio para empreiteira. Outra, o financiamento eleitoral. Não se pode chamar caixa dois de corrupção.

 

Mas essa não é uma linha muito tênue?

Não. Caixa dois houve no Brasil o tempo todo, as empresas não participavam de campanha de outra forma. Elas sempre queriam dar 10% por dentro e 90%, por fora. Ninguém queria ficar exposto e aparecer em prestações de contas bancando um candidato que depois poderia perder a eleição.

 

Foi este o seu caso?

Sim. Recebi 4 milhões de reais em caixa dois na eleição de 2004 em um grande acordo com o PT. Tudo entregue na sede do PTB pelo Marcos Valério em malas de dinheiro.

O eleitor está do seu lado nesta tese?

Claro. Do taxista à caixa do supermercado, todos me cumprimentam hoje em dia. Recentemente, fui almoçar com a minha mulher em um restaurante em Copacabana e fui aplaudido de pé. Muitos dizem: “Obrigado por derrubar o José Dirceu, senão teríamos virado uma Venezuela”.

 

Até onde vai a operação Lava-Jato?

Para o bem dela, acho que está na hora de parar de inventar. É hora de fechar o pacote, senão vira uma guerra napoleônica. Chega de aceitar novas delações. O país tem que andar para frente.

 

O PT acabou?

De jeito nenhum e nem desejo isso. O PT tem um papel importante. São melhores na oposição do que governando.

Posted On Sexta, 24 Fevereiro 2017 03:18 Escrito por

Por Cláudio Paixão  O governador Marcelo Miranda participou nesta quinta-feira, 23, da solenidade de criação da Câmara do Comércio Brasil-Portugal do Centro-Oeste, sucursal Goiás, e da assinatura do acordo de cooperação da entidade com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Goiás. A Câmara reúne brasileiros e portugueses com os objetivos de estreitar laços e criar oportunidades de negócios entre os dois países, com enfoque nos estados de Goiás e Tocantins. Para o governador Marcelo Miranda, que assinou o documento como testemunha, Tocantins e Goiás podem desempenhar um importante papel nas relações econômicas de Brasil e Portugal. "Nós fazemos parte do Consórcio Brasil Central, formado por um grupo de estados que tem chamado a atenção de todas as regiões do Brasil, do governo federal e do exterior. Assim, Tocantins e Goiás podem ser um elo para desenvolvermos ainda mais as relações econômicas entre Brasil e Portugal", avaliou. O embaixador de Portugal no Brasil, Jorge Cabral, defendeu que os dois países, além de uma relação história, possuem grande potencial para relações políticas e econômicas. "Espero que essa seja a primeira de muitas oportunidades de trabalhamos, em conjunto, pelos interesses comuns dos dois países. Goiás e Tocantins são estados ricos que têm muito a somar. O protocolo que assinamos aqui é, na verdade, uma carta de intenções de atividades que queremos desenvolver aqui", explicou. Na solenidade realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, também foram empossados os membros diretivos da Câmara do Comércio Brasil-Portugal do Centro-Oeste. O governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, lembrou que Portugal é considerado a principal entrada para o mercado europeu e é um dos 20 mais visitados do mundo por turistas. "A gente começa aqui, hoje, a desenhar uma grande parceria, que seguirá daqui para frente", disse. Audiência Após a solenidade, o governador Marcelo Miranda participou de audiência com o embaixador Jorge Cabral, no Centro Português. Na ocasião, o governador apresentou as potencialidades tocantinenses e mostrou interesse de que a Câmara do Comércio Brasil-Portugal tenha também uma relação expressiva com os estados do Consórcio Brasil Central.  
Fotos de: Pedro Barbosa  

Posted On Quinta, 23 Fevereiro 2017 19:47 Escrito por

Com Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, pediu demissão na noite de hoje (22) ao presidente Michel Temer alegando problemas de saúde. Serra esteve no Palácio do Planalto na noite desta quarta-feira para entregar seu pedido de exoneração a Temer. O chanceler informou que está passando por tratamentos médicos que o impedem de fazer as viagens internacionais necessárias para o cargo. No documento, Serra diz estar triste com a decisão e promete trabalhar em prol do governo ao reassumir seu mandato de senador por São Paulo. De acordo com ele, o período de recuperação é de pelo menos quatro meses.

Leia a íntegra da carta de demissão do ministro José Serra: “Senhor presidente, Pela presente, venho solicitar minha exoneração do cargo de Ministro de Estado das Relações Exteriores. Faço-o com tristeza mas em razão de problemas de saúde que são do conhecimento de Vossa Excelência, os quais me impedem de manter o ritmo de viagens internacionais inerentes à função de Chanceler. Isto sem mencionar as dificuldades para o trabalho do dia a dia. Segundo os médicos, o tempo para restabelecimento adequado é de pelo menos quatro meses. Para mim, foi motivo de orgulho integrar sua equipe. No Congresso, honrarei o meu mandato de senador trabalhando pela aprovação de projetos que visem à recuperação da economia, ao desenvolvimento social e à consolidação democrática no Brasil. Respeitosamente, José Serra”

Posted On Quinta, 23 Fevereiro 2017 04:46 Escrito por
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