Parede falsa escondia respiradores novos em hospital do Pará, diz funcionária

 

Com CNN Brasil

 

Uma vistoria feita no Hospital Regional Abelardo Santos, a 20 quilômetros de Belém (PA), descobriu 19 respiradores novos em uma “parede falsa” de uma sala da unidade hospitalar. A descoberta aconteceu durante o processo de troca de gestão da Organização Social de Saúde (OSS) Santa Casa de Misericórdia de Pacaembu, que administrava o hospital, no dia 22 de março.

 

A instituição, que fica no distrito de Icoaraci, é referência no combate à Covid-19 e atendia exclusivamente pacientes com a doença até o dia 15. O governo do Pará confirmou à CNN a informação sobre os ventiladores e afirmou que uma comissão interna está apurando as razões dos aparelhos não terem sido utilizados até aquele momento.

 

Uma funcionária do hospital afirmou à CNN que os respiradores estavam atrás de uma parede falsa no auditório do prédio e que foi preciso quebrar a parede para terem acesso aos equipamentos. Ela preferiu manter a sua identidade preservada.

 

“Todo o patrimônio do hospital é contabilizado e esses 19 aparelhos eram registrados, mas estavam desaparecidos. E o setor financeiro da Secretaria Estadual de Saúde estava à procura deles. Porque foi uma compra e eles sabiam. Algumas pessoas muito restritas ficaram sabendo, mas a história foi abafada.”, disse.

 

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará nega a informação de uma possível “parede falsa”. Segundo a secretaria, os respiradores foram imediatamente colocados em uso após a realização de uma análise técnica. De acordo com a pasta, o atendimento de pacientes não foi prejudicado. O estado do Pará registra ocupação de 81,3% de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 60,1% de ocupação de leitos de enfermaria no sistema público.

 

O governo do Pará não informou o valor pago por equipamento e nem a data de aquisição. Procurada, a Santa Casa de Pacaembu ainda não se pronunciou.

 

Suspeita de desvio

A juíza Marisa Belini de Oliviera, da 3ª Vara da Fazenda de Belém, determinou que R$ 2,18 milhões em dinheiro e imóveis de 11 réus fiquem indisponíveis.

 

A decisão, proferida no último dia 12, foi tomada após denúncia do Ministério Público do Pará. O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), integrantes da Casa Civil e da secretaria da Saúde são alvos da decisão.

 

A ação civil pública investiga suspeita de desvios de dinheiro público no enfrentamento à pandemia no estado. A magistrada, no entanto, indeferiu pedido de afastamento do governador do cargo.

 

Sobre a decisão, o governo do Pará disse que “a empresa devolveu todo o recurso aos cofres do Estado – e ainda é processada por danos morais coletivos”. A defesa do governador informou que recorreu ao Tribunal de Justiça.

 

CNN

 

 

Posted On Domingo, 18 Abril 2021 07:08 Escrito por O Paralelo 13

O Ministério de Saúde registrou mais 2.929 mortes por covid-19 neste sábado (17.abr.2021). O país tem agora 371.678 vítimas confirmadas

 

Por Valquíria Homero

 

 

Movimentação de paciente em frente ao Hospital Regional da Asa Norte, referência no tratamento de covid-19 em Brasília© Sérgio Lima/Poder360 Movimentação de paciente em frente ao Hospital Regional da Asa Norte, referência no tratamento de covid-19 em Brasília
As autoridades também confirmaram 67.636 casos novos, elevando o total de diagnósticos para 13.900.091. Desses, 12.344.861 são de pessoas recuperadas e 1.183.552 de pacientes em acompanhamento.

 

MÉDIA DE MORTES E CASOS

A média móvel matiza variações abruptas, sobretudo porque aos finais de semana há menos servidores trabalhando na secretaria, o que reduz os registros dos casos. A curva é uma média do número de ocorrências confirmadas nos últimos 7 dias.

 

A média de novas mortes está em 2.906. Subiu na comparação com o dia anterior, o que não acontecia desde 12 de abril.

 

Já a curva de novos casos está em 65.012. Registrou queda pelo 5º dia consecutivo.

 

 

MORTES PROPORCIONAIS

O Brasil tem 1.742 mortes por milhão de habitantes. Apenas o Maranhão tem taxa inferior a 1.000 mortos por milhão.

 

O Brasil é o 13º no ranking mundial. A República Tcheca, que lidera a lista, tem 2.648 vítimas por milhão.

 

Posted On Domingo, 18 Abril 2021 07:04 Escrito por O Paralelo 13

O uso de hidroxicloroquina por pacientes com covid-19 gerou um aumento na mortalidade. É o que mostra um estudo publicado na última quinta-feira (15) na revista científica Nature.

 

Por Anita Efraim

 

Em relação à cloroquina, o estudo aponta que o medicamento não tem influência, ou seja, não aumenta a chance de o paciente morrer, mas tampouco ajuda na recuperação. Foram analisados 19 estudos envolvendo os dois medicamentos.

 

“Descobrimos que a o tratamento com hidroxicloroquina está associado com o aumento de mortes de pacientes com covid-19, e não há benefícios na cloroquina”, diz a publicação.

 

Foram considerados estudos clínicos feitos randomicamente com pacientes com casos confirmados ou suspeitos de covid-19, submetidos a um tratamento com cloroquina e hidroxicloroquina. Ao mesmo tempo, foi analisado um grupo de controle, que recebeu placebo ou nenhum tratamento.

 

"Esse estudo é uma meta-análise, publicada em uma das revistas científicas mais importantes do mundo", aponta o médico Gerson Salvador, especialista em infectologia e em saúde pública. "Quando a gente pega uma meta-análise, ele faz uma avaliação criteriosa de outros estudos. Então, o estudo tem bastante pdoer quando é bem realizado, quando tem um bom critério de escolha dos artigos."

 

"É uma evidência definitiva. A gente já estava convencido, mas é uma evidência definitiva para quem ainda prescreve cloroquina dizendo que não tem estudos, não tem dados, que indica com potencial beneficio", afirma. "Então, quem está dando esse medicamento, está aumentando a chance de as pessoas morrerem."

 

De acordo com o médico, a hidroxicloroquina é uma cloroquina modificada e costuma ter menos efeitos adversos. Mas, o efeito biológico das duas é o mesmo.

“A partir desse estudo, podemos dizer que a hidroxicloroquina está associada ao aumento de mortes da covid-19, sim. Então, as pessoas que tomam hidroxicloroquina para tratar covid tem um risco maior de morrer”, explica o médico Gerson Salvador. “Segundo esse estudo, a cloroquina não fez diferença no desfecho, nem aumentou de a pessoa morrer, nem diminuiu.”

 

Gerson Salvador acredita que o uso da hidroxicloroquina pode estar associado ao alto número de mortes por covid-19 no Brasil. O médico lembra que, durante o colapso do sistema hospitalar em Manaus, quando faltava oxigênio, a cloroquina e a hidroxicloroquina não estavam em falta.

 

“Não só a hidroxicloroquina e a cloroquina não tem efeito contra o coronavírus, elas podem produzir efeitos colaterais, efeitos adversos graves. E além do mais, houve um deslocamento da agenda no Brasil de controle da covid. Em vez de medidas de distanciamento, medidas sanitárias, compra de insumos para melhor assistência, a gente viu o governo federal, o presidente da República e seus ministérios produzindo a distribuindo cloroquina”, aponta.

 

“Não tenho dúvida nenhuma que a questão da cloroquina tem a ver com o pior manejo da pandemia do Brasil. Com outros problemas, mas a apologia à cloroquina e à hidroxicloroquina com certeza contribuiu.”

 

Mesmo antes do estudo, os medicamentos já eram comprovadamente ineficazes, mas, ainda assim, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) segue falando em “tratamento precoce”, feito com os dois remédios e outros mais.

 

Em 4 de fevereiro, o presidente se defendeu ao falar dos medicamentos: “Pode ser que, lá na frente, falem que a chance é zero, que era um placebo. Tudo bem, me desculpe, tchau. Pelo menos não matei ninguém", afirmou o presidente. "Agora, se porventura mostrar eficácia, você que criticou, parte da imprensa, vai ser responsabilizada. Pelo menos moralmente. E aí? Vão continuar me chamando de genocida?", atacou.

Um homem de 69 morreu na cidade de Alecrim, no Rio Grande do Sul, após receber nebulização com hidroxicloroquina. Lourenço Pereira estava com Covid-19 e teve o tratamento prescrito pelo médico Paulo Gilberto Dorneles.

 

De acordo com informações do jornal Zero Hora, o caso aconteceu em março. Lourenço realizou quatro sessões de nebulização com hidroxicloroquina diluída, apesar de a família do paciente não ter autorizado o uso do medicamento.

Casos no Rio Grande do Sul

Três pacientes com Covid-19 medicados com hidroxicloroquina inalável morreram em Camaquã, no Rio Grande do Sul, entre 22 e 24 de março. O tratamento experimental, que é feito por meio da nebulização da droga diluída em soro fisiológico, foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma live na semana passada.

 

De acordo com o portal gaúcho GZH, o Hopistal Nossa Senhora Aparecida, onde os pacientes estavam internados, ainda não confirma que as mortes têm conexão direta com o tratamento alternativo. No entanto, os enfermos, que tinham estados clínicos graves e estáveis, morreram após o início da nebulização.

Piada na França

O primeiro-ministro da França, Jean Castex, fez críticas ao Brasil durante uma sessão do parlamento. Ele mencionou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recomendou o uso da hidroxicloroquina como tratamento para a covid-19. A constatação fez os parlamentares rirem.

 

“O presidente da Repúclica, em 2020, aconselhou a prescrição de hidroxicloroquina”, disse o primeiro-ministro, enquanto os parlamentares riam. “Gostaria de lembrar que o Brasil é o país que mais prescreveu [a cloroquina].” O discurso foi transmitido pela emissora LCP na última terça-feira (13).

 

“A gravidade da situação no Brasil é cansativa. Eu lhes recordo, diante da representação nacional, que sofre uma situação absolutamente dramática, e a periculosidade da variante do mesmo nome que, efetivamente, apresenta dificuldades reais”, disse Castex ao anunciar a suspensão dos voos

 

 

 

Posted On Sábado, 17 Abril 2021 18:28 Escrito por O Paralelo 13

Leilão está previsto para o dia 29 de abril

 

Por Vania Machado

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, solicitou desde o início da semana, uma audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para tratar sobre o processo de concessão da BR-153 e o início das operações do pátio multimodal da Ferrovia Norte-Sul em Gurupi.

 

O governador Mauro Carlesse quer que o Tocantins receba o mesmo tratamento que o Estado de Goiás quanto às benfeitorias previstas na concessão. “Entendemos que o processo de concessão da BR-153 é um ganho para o Tocantins devido às benfeitorias que virão, no entanto, queremos o mesmo tratamento de Goiás. Não pode haver tratamentos diferentes no que diz respeito à duplicação da rodovia. O edital prevê que Goiás receba a duplicação nos primeiros dez anos, e no Tocantins só depois de 20 anos. Sendo que aqui já pagaremos pedágio desde o início da concessão. Isso não é justo com nosso Estado", argumentou.

 

Desde 2019, o governador Carlesse defende que a construção da duplicação deve ter início de maneira simultânea nos dois estados. A primeira declaração nesse sentido aconteceu em novembro de 2019, na cidade de Porangatu durante audiência pública da Câmara dos Deputados para tratar do tema.

 

O que diz o edital

Conforme o edital do Ministério da Infraestrutura, 74% dos trechos da rodovia no Estado podem ser duplicados até 20 anos depois do início da concessão, enquanto no Estado vizinho, Goiás, os prazos para duplicação de 69% dos trechos devem acontecer em até 10 anos.

 

O leilão da rodovia está previsto para o dia 29 de abril na sede da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Os investimentos previstos no trecho de 850,7 quilômetros (km) são de R$ 14 bilhões, sendo R$ 6,2 bilhões de custos operacionais. A concessão terá duração de 35 anos, prorrogáveis por mais cinco, e prevê ampliação da capacidade, operação, recuperação, conservação e manutenção.

 

Estão contemplados os seguintes trechos: 624,1 km da BR-153/TO/GO, entre o entroncamento com a TO-070, em Aliança do Tocantins até a BR-060 em Anápolis (GO); 139,6 km da BR-414/GO de 139,6 km, entre o entroncamento com a BR-080/GO-230/324, em Assunção de Goiás, até a BR-153/GO-222/330 (Anápolis); e 87 km da BR-080/GO entre o entroncamento com a BR-414/GO-230 (Assunção de Goiás) até a BR-153/GO-342.

 

Pátio Multimodal

Quanto ao Terminal Multimodal da Ferrovia Norte-Sul, em Gurupi, o governador Mauro Carlesse considera que a não operacionalização do mesmo tem trazido prejuízos ao Estado. “O pátio multimodal está pronto e nunca começou a funcionar, isso tem acarretado inúmeros prejuízos para o Estado do Tocantins. Queremos uma solução junto ao Ministério da Infraestrutura. Precisamos fazer com que os produtores tocantinenses tenham possibilidade de transportar seus produtos pela ferrovia, isso é fundamental para o desenvolvimento econômico do nosso Estado”, concluiu.

 

Posted On Sábado, 17 Abril 2021 06:05 Escrito por O Paralelo 13

O Corredor Centro-Norte, matriz ferroviária que compreende os Estados do Tocantins e Maranhão, foi responsável pela movimentação de 41,7 milhões de toneladas nos últimos cinco anos.

 

Com Estadão

 

O número representa um aumento de 89,5% no período, índice que reforça a importância do Arco Norte para o escoamento dos crescentes fluxos do agronegócio brasileiro. Apenas em 2020 foram 10,6 milhões de toneladas em circulação, um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior, segundo comunicado da administradora VLI.

 

A VLI investiu no trecho, apenas nos últimos cinco anos, um total de R$ 997,6 milhões, para tornar viável o desenvolvimento da matriz ferroviária no Norte do País. Segundo a empresa, esse aporte faz parte de um planejamento regular com a alocação de recursos em manutenção e modernização dos ativos operacionais, além de projetos de meio ambiente, saúde e segurança. Para o próximo triênio, estão previstos cerca de R$ 700 milhões em novos investimentos.

 

Conforme a companhia, o Arco Norte representa o futuro da logística nacional. Para integrar os modais, conectando a malha ferroviária aos principais portos do Norte, a VLI implementou solução logística que conta com os Terminais Integradores de Porto Nacional e Palmeirante, no Tocantins; além de escoamento via Terminal Portuário de São Luís, no Maranhão.

 

Por meio do modal ferroviário, cargas de milho, soja e farelo de soja saem do interior do País, passam pelos terminais de Porto Nacional e Palmeirante, e seguem até Porto do Itaqui (MA). O tramo norte da Ferrovia Norte-Sul tem cerca de 3 mil vagões. De 2015 para cá, a frota utilizada no trecho entre Tocantins e Maranhão mais do que quadruplicou, de acordo com a VLI.

Posted On Sexta, 16 Abril 2021 10:50 Escrito por O Paralelo 13