O ex-presidente disse ser preciso derrotar o atual chefe do Executivo para recuperar a economia e a democracia do Brasil
Com Jovem Pan
Em entrevista a uma rádio de Santa Catarina, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a citar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que ter Bolsonaro como adversário na corrida presidencial faorece a sua candidatura. “Eu preferia a polarização que eu tinha com o PSDB, com Fernando Henrique Cardoso, com o [Geraldo] Alckmin, porque era um debate mais democrático.
Agora, o fato de ser o Bolsonaro facilita a nossa vida porque a gente quer acabar com o fascismo nesse país, a gente precisa fazer com que o Bolsonaro saia do governo para a gente reconstruir a economia e a democracia no nosso país”, afirmou. A pesquisa mais recente para as eleições presidenciais aponta Lula com 43% das intenções de voto; Bolsonaro aparece com 29%; Ciro Gomes (PDT) com 9%; Sergio Moro (Podemos) com 8%; e João Doria (PSDB) tem 2%.
Lula disse ainda que, se for eleito presidente da República, pretende colocar em debate a regulação da mídia com base no que é feito na Europa. A intenção polêmica do ex-presidente não é censurar a imprensa e, sim, combater fake news disseminadas na imprensa e também nas plataformas digitais. “Eu acho que, em algum momento, a sociedade brasileira vai fazer a regulação na mídia, na televisão, da internet. Você não vai regular jornal, não vai regular revista. Agora quando se tem a internet funcionando com tantas fake news como se tem, eu não entendo, não sei como vai regular, mas em algum momento a sociedade brasileira vai ter que fazer esse debate e vai ter que fazer a regulação”, pontuou.
Deputada postou que empresário sonegava impostos; ela tem de pagar R$ 35 mil e remover post em 5 dias, sob multa de R$ 1 mil
Com R7
A presidente do Partido dos Trabalhadores e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT), foi condenada pela 5ª Vara Cível do Fórum de Curitiba-PR a indenizar Luciano Hang por danos morais.
O valor determinado pelo juiz Fábio Luis Decoussau Machado foi de R$ 35 mil e refere-se a uma publicação da petista nas redes sociais, em 2020, em que acusa Hang de sonegar impostos. A política foi obrigada a excluir a denúncia dentro de um prazo de cinco dias sob uma multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento. As custas do processo também deverão ser pagas pela congressista.
Em sua decisão, o magistrado alegou que a petista “extrapolou os limites do debate político” e que as ofensas poderiam ferir a honra do empresário.
“A singela alegação da ré no sentido de que apenas reproduziu notícias publicadas em periódicos não convence, seja porque não se limitou a reproduzir as referidas notícias, mas, ao invés disso, fez afirmações inconsequentes que macularam a honra alheia”, afirmou o juiz.
Ministro revela que já havia encaminhado denúncia sobre pastores à CGU
POR ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER
O pastor Gilmar Santos tem a estima do colega Paulo Marcelo Schallenberger, nome apontado pelo PT para dialogar com o segmento evangélico.
Pastor incumbido de criar uma ponte entre a campanha de Lula e as igrejas, ele chama Santos de "mentor" e "professor". "É um homem muito bom, muito sério, não tenho o que falar da vida dele, não conheço uma má índole", afirma à reportagem.
Líder da igreja Ministério Cristo para Todos, de Goiânia (GO), Gilmar Santos é acusado de fazer lobby no MEC (Ministério da Educação), atuando para a liberação de recursos federais para municípios mesmo não tendo cargos no governo Jair Bolsonaro (PL).
Em áudio obtido pela Folha de S.Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirma que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e que isso atende a uma solicitação de Bolsonaro.
Paulo Marcelo conversou com a reportagem após enviar para contatos no WhatsApp um vídeo de 2005 em que Santos prega no congresso Gideões Missionários da Última Hora, uma vitrine gospel para líderes pentecostais do Brasil.
À sua frente, além do evangélico hoje associado ao PT, estão outros dois pastores: o hoje deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) e Benhour Lopes. "Deus deu uma oportunidade para os senhores, Deus os chamou", diz Santos no altar, olhando para o trio. "Deus não chamou a mim e nem a nenhum dos senhores e a outros para sermos galãzinhos e bonitos. Se fosse pra ser bonito, eu já fui mais engraçadinho quando mais novo."
Em seguida, o pastor afirma que Deus os convocou "para abalarmos o inferno, para sacudir o inferno e ganhar almas".
Segundo Paulo Marcelo, o "mentor sempre foi afeito ao universo político. Em suas redes sociais, é possível vê-lo posando ao lado de expoentes de peso desse meio como numa foto em que é recebido pelo ministro Ciro Nogueira (Casa Civil), acompanhado do deputado João Campos (Republicanos-GO), ex-presidente da bancada evangélica. Ele também está em retratos com Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Paulo Marcelo, contudo, diz não aprovar o comportamento de Santos no MEC. "Isso tudo é efeito do bolsonarismo, da igreja querer ser Estado, né? Igreja é igreja, Estado é Estado. Enquanto continuar isso aí, vai ser daí para pior."
Procurado pela reportagem, Feliciano afirmou que só comentaria a gravação após a Frente Parlamentar Evangélica se pronunciar sobre o escândalo no MEC. No mesmo momento, o presidente do bloco, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), conversava com jornalistas no Congresso.
CGU
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta quarta-feira, 23, que recebeu uma denúncia anônima sobre possíveis irregularidades na pasta em agosto de 2021 e a enviou à Controladoria Geral da União (CGU). “Eu convivi com eles [pastores Gilmar e Airton], em termos de viagem, umas quatro viagens, e eu nada vi de diferente. No entanto, quando em agosto do ano passado eu ouvi e recebi uma denúncia anônima a respeito da possibilidade de que eles estariam praticando algum tipo de ação não republicana, imediatamente eu procurei a CGU e fiz um ofício em que noticio ao senhor ministro da CGU que houve esse tipo de indicação”, relatou em entrevista ao programa Os Pingos Nos Is, da Jovem Pan News. “Não estou aqui acusando ninguém, não estou dizendo que são culpados, não sei quem está envolvido, não sei aonde esta investigação termina, mas o fato é que, por documento oficial, a meu pedido, eu fiz registrar na CGU um pedido de investigação”, acrescentou.
A parlamentar organizará a sigla de maneira colaborativa, participativa e democrática
Com Assessoria
Foi confirmado, na tarde desta quarta-feira (23), o nome da deputada federal Professora Dorinha como presidente do União Brasil Tocantins (UB/TO). Além disso, a parlamentar foi indicada à vice-liderança da sigla na Câmara dos Deputados. O partido nasceu da fusão do Democratas, o qual ela já presidia o diretório estadual, e do Partido Social Liberal (PSL).
Dorinha explicou que organizará a sigla de maneira colaborativa, participativa e democrática. “A participação das pessoas, o envolvimento de homens e mulheres, de diferentes raças e etnias constroem a política; é através da política que garante ao cidadão ter seus direitos respeitados, seus deveres e a construção de um país melhor. O União Brasil nasce com este espírito de construção coletiva, respeito à cidadania, da construção de municípios, estados e de um país melhor”.
Na Assembleia Legislativa, o União Brasil tem um líder forte e aglutinador, o presidente Antônio Andrade, do extinto PSL. A deputada professora Dorinha conta que a intenção do partido é fortalecer e agregar lideranças em todo estado. “Assumo a presidência do União Brasil no Tocantins com esse desejo, de trabalhar com vereadores, prefeitos e prefeitas, com os deputados e todos que querem construir um Tocantins muito melhor”, finalizou a deputada.
Sobre a parlamentar
Professora Dorinha foi eleita deputada federal pela primeira vez em outubro de 2010, por Tocantins. Em seu primeiro mandato fez parte de diversas comissões, onde destacam as de Educação, Cultura e Especial de Reformulação de Ensino Médio. Além disso, teve participação fundamental na votação do Plano Nacional de Educação com a aceitação dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área.
Relatora do FUNDEB
Dorinha foi relatora da Emenda Constitucional nº 108/2020, que instituiu permanentemente o Novo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb. Para regulamentar o fundo, a parlamentar foi autora do Projeto de Lei 4372/2020. O Fundeb é a principal fonte de financiamento da educação pública brasileira, hoje assegurado na Constituição Federal, por meio da Lei Federal 14.113/2020.
Atuante
A parlamentar já presidiu a Frente Parlamentar Mista da Educação, biênio 2019 – 2021, no Congresso Nacional, que teve o objetivo de colocar a educação no centro dos debates no país. Ademais, a deputada foi líder da Bancada Feminina, também no biênio 2019 - 2021. Atualmente, Professora Dorinha é presidente da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados.
Composição do partido - União Brasil/TO
Presidente: Deputada federal Professora Dorinha
1º vice-presidente: Deputado estadual Antônio Andrade
2º vice-presidente: Prefeito Isaias Piagem, de Marianópolis
3º vice-presidente: Célio Carmo de Sousa
Tesoureira: Deputada estadual Vanda Monteiro
Bolsa resistiu a queda no exterior e fechou com pequena alta
Por Wellton Máximo
A disparada no preço das commodities (bens primários com cotação internacional) e os altos juros no Brasil continuam a empurrar para baixo o dólar. Em mais um dia de forte queda, a moeda norte-americana fechou no menor valor desde março de 2020. A bolsa de valores resistiu às pressões externas e fechou em leve alta.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (23) vendido a R$ 4,844, com recuo de R$ 0,071 (-1,84%). A cotação abriu próxima da estabilidade, mas despencou após a abertura do mercado norte-americano, até fechar próxima da mínima do dia.
Esta foi a sexta queda seguida da moeda norte-americana, que está no valor mais baixo desde 13 de março de 2020, quando tinha sido vendida a R$ 4,81. Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula queda de 6,04% em março e de 13,12% neste ano.
No mercado de ações, o dia foi mais instável. O índice Ibovespa, da B3, chegou a subir quase 1% por volta das 12h, mas desacelerou, influenciado pelo mercado externo, e fechou aos 117.457 pontos, com alta de 0,16%. Apesar de as bolsas norte-americanas terem caído, ações de petroleiras e de varejistas seguraram o indicador brasileiro.
Dois fatores contribuíram para manter a entrada de capitais externos no Brasil. O primeiro foram os juros altos no Brasil. Atualmente em 11,75% ao ano, a taxa Selic (juros básicos da economia) está no maior nível desde abril de 2017 e deve subir mais 1 ponto na próxima reunião, em maio. As taxas altas mantêm o interesse dos investidores que buscam aplicar recursos em mercados de maior risco, como países emergentes.
O segundo fator decorre de um efeito indireto da guerra entre Rússia e Ucrânia: a disparada das commodities. Os preços mais altos estimulam a entrada de divisas em países exportadores de produtos agrícolas e ambientais, como o Brasil. Hoje, a cotação do barril de petróleo do tipo Brent (usado nas negociações internacionais) voltou a subir e fechou em US$ 120.