O delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação sobre corrupção no Ministério da Educação que levou à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão de integrantes da cúpula da Polícia Federal. As informações são do jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles
Redação Notícias
O argumento para o pedido de prisão é de que o alto comando da PF interferiu nas investigações sobre o caso. Esta é a primeira vez, na história recente, que um delegado pede a prisão de colegas, que fazem parte da cúpula da PF.
Caberá à ministra Cármen Lúcia, encarregada do inquérito sobre a corrupção no MEC, decidir sobre a prisão.
Interferências
Pouco depois da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, o delegado Calandrini enviou uma mensagem a um grupo de policiais afirmando que seus comandantes estariam restringindo o andamento da investigação. Ele escreveu que não tinha “autonomia investigativa para conduzir o inquérito deste caso com independência e segurança institucional”.
O delegado afirmou ainda que Milton Ribeiro não foi transferido de São Paulo para Brasília, quando estava preso no âmbito da operação, por uma “decisão superior”.
O delegado trouxe evidências, através de telefonemas interceptados com autorização judicial, de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teria alertado Milton Ribeiro do risco iminente de deflagração de uma operação. A partir disso, o MPF (Ministério Público Federal) solicitou que o caso, que estava na primeira instância da Justiça Federal em Brasília, fosse transferido para o STF. Desde então, o inquérito está com a ministra Cármen Lúcia.
De acordo com apuração do portal Metrópoles, a solicitação da prisão da cúpula da Polícia Federal foi apresentada recentemente. Já havia a expectativa de que Calandrini recorresse a essa medida extrema. O delegado passou a ser alvo de uma sindicância interna por ter feito acusações contra seus superiores.
O receio dos diretores aumentou após a constatação de que o delegado havia pedido ao Supremo uma medida cautelar. O caso corre em segredo de Justiça.
O governador do Tocantins e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa, (Republicanos), comemorou os índices que demonstram que houve redução na taxa de desemprego no Tocantins
Com Assessoria
A pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do segundo trimestre de 2022, mostra que o Tocantins teve uma queda de 3,8 pontos percentuais na taxa de desempregoo. O Estado do Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o 2º trimestre, que saiu de 9,3% para 5,5%.
Para o governador Wanderlei Barbosa, os dados revelam uma franca recuperação da economia do Tocantins. “Temos realizado inúmeros esforços que fortalecem nossa economia e contribuem para geração de emprego. O cenário é promissor e esperamos que a reação se traduza em melhoria de vida para nossa população”, afirmou.
A pesquisa revela ainda que, no Estado, o percentual de empregados com carteira entre no setor privado é de 62,2% e 24,7% de pessoas ocupadas por conta própria. Nacionalmente, também houve uma queda do desemprego em 22 unidades federativas e outras cinco registraram estabilidade, refletindo no índice nacional de 11,1% para 9,3% do primeiro para o segundo trimestre.
O governador Wanderlei Barbosa reforçou que as políticas de incentivo adotadas pelo Estado do Tocantins, também contribuíram para esse resultado. ”Tivemos dados muito promissores e isso também de deve ao trabalho que vem sendo executado. Nós fortalecemos parcerias públicas e privadas e fomentamos a atividade industrial e empresarial no Estado”, observou.
A assinatura da carta ocorre de forma online, sendo necessário informar nome completo, CPF, e-mail e ocupação para completar o registro
Da Redação
O empresário e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf alegou que seu nome foi incluído de forma fraudulenta no manifesto em defesa da democracia da Faculdade de Direito da USP.
“Confirmo que não assinei. Fraudaram minha assinatura. Soube ontem a noite (12)”, disse Skaf à CNN, que contou ter sido informado sobre o ocorrido na sexta-feira. Após a ciência, os advogados do empresário entraram em contato com a organização do movimento, que tirou o nome de Skaf da lista de signatários.
Em nota, a Faculdade de Direito da USP confirmou a inclusão do nome do empresário como apoiador da carta. A entidade, por sua vez, também confirmou a retirada do nome. De acordo com a instituição, os dados fornecidos para o cadastro estavam corretos e a única assinatura da carta realizada pelo número do IP do computador foi a do empresário. Os organizadores informaram ainda que irão comunicar o ocorrido formalmente à polícia.
A assinatura da carta ocorre de forma online, sendo necessário informar nome completo, CPF, e-mail e ocupação para completar o registro.
O empresário abriu um boletim de ocorrência no 96º Distrito Policial do Brooklin, em São Paulo, relatando a ação fraudulenta
O engenheiro foi também o primeiro delator da operação Lava-Jato, em que revelou esquemas de corrupção na Petrobras. Ele sofria de câncer e morreu no Rio de Janeiro
Com O Globo
Morreu o ex-diretor da Petrobras e primeiro delator da operação Lava-Jato, Paulo Roberto Costa, aos 68 anos. De acordo com informações da família, divulgadas pela Folha de S. Paulo, o engenheiro sofria de câncer e morreu no Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (13/8).
Costa ficou nacionalmente conhecido durante a operação Lava-Jato, quando foi preso por envolvimento em esquemas de corrupção na Petrobras. Em março de 2014, ao ser preso três dias depois do início da operação, o ex-diretor da estatal se tornou o pivô do escândalo na petroleira ao firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
Durante a delação, o engenheiro revelou esquemas milionários de enriquecimento que beneficiavam políticos. Entre os delatados, estão o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, entre outros, e deu informações importantes que levaram à investigação de políticos poderosos como Romero Jucá e Renan Calheiros. Costa também assumiu ter recebido suborno de empreiteiras que faziam parte de um cartel na Petrobras.
O ex-diretor chegou a devolver R$ 79 milhões à Petrobras, dos quais ele assumiu serem todos “produto de atividade criminosa”. Esse dinheiro foi resultado de um acordo firmado com a Procuradoria, em que Costa abriu mão de US$ 23 milhões em contas na Suíça e US$ 2,8 milhões nas ilhas Cayman, em conta com nomes de familiares.
Costa ficou preso durante cinco meses no Paraná e mais um ano em prisão domiciliar. Em 2015, passou para o regime semiaberto, morando em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A sentença inicial, assinada pelo então juiz Sergio Moro — hoje pré-candidato ao Senado pelo União Brasil — condenou o ex-diretor a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Trajetória
Paulo Roberto Costa nasceu em Telêmaco Borba, cidade do Paraná. Se formou em engenharia pela Universidade Federal do Paraná e ingressou na Petrobras em 1977 como servidor de carreira. Em 1990 foi diretor da Gaspetro e, entre 2004 e 2012, durante os governos Lula e Dilma Rousseff, ocupou o cargo de diretor da Petrobras.
A escolha de Costa para o cargo de diretor da petrolífera partiu de indicação do Partido Progressista (PP) — hoje Progressistas — e foi cercada de controvérsia.
O vídeo acumulava quase 45 mil visualizações em seu canal de YouTube antes da exclusão
Da Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apagou nesta quinta-feira (11) a transmissão ao vivo de seu discurso em Garanhuns (PE), no dia 20 de julho de 2022, em que chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de "genocida". O vídeo acumulava quase 45 mil visualizações em seu canal de YouTube antes da exclusão.
Na quarta-feira (10), o ministro Raul Araújo, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acolheu um pedido do PL e determinou que a plataforma removesse sete vídeos do discurso de Lula em até 24 horas. Antes de o prazo terminar, o petista tirou o conteúdo do ar.
A decisão acatou pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL) que acusava o petista de "propaganda eleitoral antecipada negativa contra o atual presidente". Durante o discurso, Lula chamou Bolsonaro de "genocida" e prometeu retomar o programa Minha Casa Minha Vida, se eleito.
Mais seis transmissões e retransmissões do discurso de Lula, nos canais do Poder360, da Rede TVT e do PT também tiveram a remoção determinada. Quatro delas seguiam no ar até a publicação desta reportagem, somando 223.589 visualizações. Outras duas foram tornadas privadas pelos titulares.