O ex-prefeito de Taipas, uma das importantes lideranças da Região Sudeste está concentrado em busca de votos para a candidatura à reeleição do governador Wanderlei Barbosa, Carlos Gaguim e Janad Valcari

 

Por Edson Rodrigues

 

Joaquim de Taipas, ex-prefeito da cidade de Taipas na Região Sudeste está concentrando todas as suas forças políticas e influências na defesa das candidaturas a governador de Wanderlei Barbosa, candidato à reeleição, Carlos Gaguim, para deputado federal e a ex-presidente da Câmara de Vereadores de Palmas, Janad Valcari, uma liderança em ascensão política no cenário tocantinense.

 

Wanderlei Barbosa, Carlos Gaguim e  Janad Valcari

 

O líder de grande influência no Sudeste está percorrendo as cidades, visitando os companheiros, amigos, lideranças classistas, religiosas em defesa destas três candidaturas, mostrando aos eleitores o trabalho destes políticos em prol do Tocantins. Outro ponto mencionado pelo ex-gestor é a expertise do vice-governador Laurez Moreira, que já foi prefeito, deputado federal, secretário e está preparado para a função de vice. Para Joaquim, o vice-governador é também muito importante na gestão e ao lado de Wanderlei Barbosa, Laurez Moreira terá voz e vez para somar a partir de 2023.

 

Sem falar mal de ninguém

 

O líder da Região Sudeste, fala a mesma língua do governador Wanderlei Barbosa, seu vice Laurez Moreira, da candidata ao senado, professora Dorinha Seabra e de seus auxiliares de governo juntamente com a equipe de campanha e não quer perder tempo em falar mal de adversários. O importante neste momento da reta final como diz Joaquim de Taipas é mostrar ao eleitor de que forma os nossos candidatos continuarão a contribuir com o desenvolvimento do Tocantins, melhorando suas vidas, afinal não se mexe em time que está ganhando.

 

 

Posted On Terça, 27 Setembro 2022 05:40 Escrito por

O candidato ao Governo do Estado, Coronel da Aeronáutica Ricardo Macedo disse, em entrevista exclusiva ao jornal O Paralelo 13, que as ações do presidente da República, Jair Bolsonaro, o incentivaram a colocar seu nome à disposição da população tocantinense. O coronel Ricardo é filho de tradicional família de Porto Nacional e serviu durante 37 anos à Força Aérea Brasileira. Leia, na íntegra, a entrevista concedida a O Paralelo 13.

 

 

O Paralelo 13 - O que o motivou a entrar na política, tendo desenvolvido toda sua carreira na caserna?

 

Cel Ricardo – Sou tocantinense de berço e fui educado nas mais valiosas tradições da família e da fé cristã. Trabalhei arduamente pelo Brasil, nos 37 anos passados na Força Aérea Brasileira. Foi na caserna que amadureci e tive a confirmação dos valores aprendidos no seio familiar durante a infância e a adolescência, em Porto Nacional, e também onde foi onde tive a minha plena consciência sobre os valores de Coragem, Lealdade, Honra, Dever, Pátria e Deus. Ao passar para a reserva, como Coronel, senti que não poderia ficar em casa parado, vendo o nosso Estado do Tocantins entregue à corrupção, com uma imagem que tem nos envergonhado. Encorajado com as ações de nosso Presidente Bolsonaro, buscando implantar uma política conservadora, em defesa da família, do empreendedorismo e de combate à corrupção, vi que não poderia me furtar de participar do pleito eleitoral, para governar o meu Estado de forma a honrosa, trazendo uma administração honesta e transparente, respeitando cada cidadão tocantinense.

 

O Paralelo 13 - Qual aprendizado a sociedade brasileira pode conquistar com a polarização ideológica em curso na campanha presidencial em curso?

 

Cel Ricardo – A bipolarização na campanha presidencial traz reflexões importantes para o povo brasileiro. Muitos partidos estão envolvidos no pleito presidencial e apenas dois candidatos somam a grande maioria dos votos. Esse fenômeno não é nada mais que a escolha da grande maioria dos eleitores entre os dois candidatos que, claramente, apresentam espectros opostos. O Presidente Bolsonaro, por um lado, combatendo a corrupção, defendendo a bandeira verde-amarela, os valores cristãos, cívicos e de família, a união das classes, a legitimidade dos bens privados e a liberdade de mercado e, do lado oposto, o Ex-presidente Lula, defendendo a bandeira vermelha, as ideias marxistas,  a luta de classes, o apoio a ditaduras socialistas, criando bandeiras de subgrupos (negros, gays, indígenas, etc) para dividir a sociedade. Cabe ao eleitor fazer uma reflexão antes de escolher o seu candidato, fazer um voto consciente do que é melhor para o seu País. Não podemos esquecer que o maior serviço social que um governo pode prestar ao seu povo, é mantê-lo vivo e em liberdade.

 

O Paralelo 13 - O senhor acredita que a eleição presidencial deste ano será um divisor de águas para o futuro da nação? Por que?

 

Cel Ricardo – A eleição presidencial deste ano sem dúvida será um divisor de águas para o nosso futuro. O grande trabalho que o Presidente Bolsonaro vem fazendo pelo Brasil é inquestionável. Acredito, sem sombra de dúvidas, que o povo brasileiro tem consciência da necessidade de mantermos o Brasil no caminho da moralidade e do desenvolvimento econômico. A Esquerda, pelo contrário, vai querer destruir a sociedade, assaltando as estatais, a favor das drogas, do aborto, do controle total da liberdade de expressão, da invasão de terras, da ideologia de gêneros para as crianças, da destruição do agronegócio, enfim, quer voltar a destruir o trabalho árduo que o atual Presidente vem construindo nos últimos 4 anos. Bolsonaro é a última barreira contra o Socialismo e contra o Comunismo no Brasil.

 

O Paralelo 13 - Em sua opinião, quais são as maiores mazelas da gestão pública brasileira como um todo?

 

Em entrevista a TV Anhanguera

 

Cel Ricardo – O mal da corrupção existe em todo o mundo, mas no Brasil ela se arraigou de forma cultural. É raro se encontrar um político com o verdadeiro propósito de trabalhar para o bem de seu povo, fazendo uma administração honesta e transparente. A corrupção, o corporativismo, o fisiologismo e as relações controversas entre os setores público e privado, assim como as relações de lealdade e não técnicas, de interesse comum na administração pública, têm deturpado a boa política e limitado a capacidade plena de atuação da democracia e relações republicanas em nosso País. Nesse sentido, o Presidente Bolsonaro tem trazido esperança ao povo brasileiro, por meio de uma gestão pública eficiente, pautada no modelo de governança, transparência e conformidade, com resultados efetivos não somente para a administração, mas particularmente para os cidadãos que são os mantenedores e principais destinatários dos serviços públicos.

 

O Paralelo 13 - Quais suas propostas para educação pública no Tocantins?

 

Cel Ricardo – Precisamos aperfeiçoar e qualificar a educação do Tocantins, atendendo às demandas do mundo contemporâneo. A qualidade da Educação no Estado ainda é baixa e deixa a desejar, em particular quando comparada com outros estados da região Norte (PNAD Contínua 2021). A evasão escolar também aponta para uma melhor atenção à área de ensino estadual. Muitas escolas não possuem laboratório de informática, nem biblioteca ou sala de leitura. Precisamos ter mais colégios cívico-militares com tempo integral, um modelo que tem trazido excelentes resultados em todo o Brasil,  precisamos ter universidades de ponta, com formação de mestres e doutores. É hora de investirmos em pesquisa, por exemplo, na área da agropecuária, da piscicultura, da saúde, etc. Não podemos deixar o nosso capital humano fugir do Estado, principalmente os jovens. O quadro geral na Educação do Estado é, portanto, precário e muito aquém do necessário para garantir o desenvolvimento econômico e o crescimento da renda per capita.

 

O Paralelo 13 - E para oferta de uma saúde pública de qualidade no Estado?

 

Cel Ricardo – A degradação da qualidade dos serviços de saúde prestados à população é um dos aspectos mais preocupantes da realidade de nosso Estado. Não há uma efetiva política estadual de saúde. A população necessita com urgência de uma assistência mais humanizada na saúde pública. A nossa Carta Magna prevê que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado. Nosso compromisso é fazer com que o governo assuma efetivamente o comando do sistema estadual de saúde, conforme preceitua a Constituição, a fim de organizar, articular e fiscalizar todos os serviços de saúde, públicos e privados, atendendo, de fato, as necessidades da população tocantinense. Vamos interiorizar a saúde, equipando adequadamente os Hospitais Regionais, de forma que desafogue o Hospital Geral de Palmas. Vamos estender o programa de médico da família a todo o Estado. Aumentaremos o número de UPA’s em todo o Estado. Vamos criar o Caminhão da Saúde (CASA) que irá percorrer todo o Estado levando equipamentos e médicos para realizarem exames nos moradores dos lugares desprovidos de assistência médica.

 

O Paralelo 13 - O senhor acredita que será possível recuperar em quatro anos a malha viária do Tocantins, hoje com mais de quatro mil km em situação precária?

 

Cel Ricardo – A malha viária de nosso Estado é de extrema importância para o desenvolvimento de nossa economia. O Agronegócio, a maior vocação econômica do Estado, depende essencialmente de boas estradas para o escoamento da produção, no entanto, o descaso geral dos governantes, tem onerado e muito os produtores de grãos, reduzindo a sua competitividade com produtores de outros estados. Nós faremos a recuperação da malha viária do Tocantins, em grande parte, por meio de convênios com Batalhões de Engenharia do Exército, uma parceria que tem trazido excelentes resultados em todo o Brasil, tanto pela qualidade do serviço, como pela economia de gastos (superior a 30%).

 

O Paralelo 13 - Qual o seu plano para o desenvolvimento de uma logística multimodal no Estado?

 

Cel Ricardo - O Estado do Tocantins possui uma localização geográfica muito privilegiada e, se for dotado de uma infraestrutura de transporte adequada, poderá se transformar em um importante centro de distribuição de carga para todo o país, dada a equidistância da capital Palmas para as capitais mais distantes. No entanto, precisamos de uma logística multimodal bem estruturada. Temos a Ferrovia Norte-Sul, inaugurada pelo Presidente Bolsonaro, que já se tornou um realidade como um forte atrativo de investimentos para o Estado,  contudo, ainda necessitamos de melhor estruturação em outros modais, como a recuperação das rodovias do Estado, como o asfaltamento de estradas vicinais, como a preparação das hidrovias Araguaia-Tocantins, com construção das eclusas do Lajeado e do Estreito. O modal aéreo também é de extrema importância para o desenvolvimento do Tocantins, para o transporte de produtos perecíveis como peixes e frutas, bem como para alavancar o turismo no Estado, no entanto, por falta de interesse dos governos anteriores, o Plano Aeroviário Estadual está desatualizado desde 1995, impossibilitando o Estado de carrear recursos federais da Agência Nacional de Aviação Civil para a recuperação dos aeródromos públicos.

 

O Paralelo 13 - O que pretende fazer para melhorar a segurança pública no Estado, que se encontra em situação precária?

 

Cel Ricardo – A Segurança Pública é um problema social importante em nosso Estado. Precisamos trabalhar com Inteligência e com base em tecnologia. Isso passa pela integração da Secretaria de Segurança com as demais secretarias, SAMU, Guardas Municipais, Corpo de Bombeiro, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e demais órgãos de apoio em situações de crise. Não se faz segurança sem integração. A transformação do cenário caótico em que nos encontramos começa com a adoção de uma gestão que trabalhe com eficiência, otimização de recursos, realimento de processos e motivação. O profissional da Segurança Pública tem uma atividade de grande risco e, portanto, merece ser valorizado em sua carreira, merece ter segurança jurídica em suas ações de combate à criminalidade, e merece respeito e um salário digno.

 

O Paralelo 13 - Suas considerações finais 

 

Cel Ricardo – Não há mais dúvida de que o povo tocantinense está indignado com a atuação de nossos últimos governantes, que estão sempre metidos em escândalos. E agora, o povo clama por um governador sério, honesto e transparente, para mudar a história de nosso Estado.  Há muito a ser feito para que o Estado possa recuperar o tempo perdido gerado pelas crises políticas. Sou candidato a Governador e quero assumir o compromisso de fazer um governo diferente para o nosso Tocantins, um governo jamais visto, combatendo diuturnamente a corrupção, prestando um serviço público com transparência e trazendo Ordem e Progresso para o Estado. Sou Coronel aposentado da Força Aérea Brasileira e, agora, quero trabalhar pelo meu Tocantins. Mas, para isso, preciso do voto dos tocantinenses que também querem essa mudança. CORONEL RICARDO MACEDO Número 35.

 

 

Posted On Segunda, 26 Setembro 2022 16:09 Escrito por

Na última sexta-feira (23) foi realizada a concretagem do bloco P-11.

 

Por Ana Carolina Monteiro

 

Uma das maiores construções de Porto Nacional, a nova ponte sobre o rio Tocantins, localizada na rodovia TO-255, continua com as obras em ritmo acelerado. Os serviços estão sendo feitos pela empresa Rivoli do Brasil, através da Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto). Na última sexta-feira foi iniciada a concretagem do bloco P-11. No total, são 22 blocos, dentre eles, 13 já estão prontos.

 

Paralelamente, a empresa também já iniciou a produção das grandes vigas de concreto que serão utilizadas na nova estrutura. Ao todo, estão em fase de construção as 94 vigas de 43 metros, altura equivalente a um prédio de 15 andares, e 120 toneladas.

 

As peças estão sendo fabricadas no canteiro de obras montado às margens da TO-050, na saída de Porto Nacional para Silvanópolis. No local, também serão construídas outras peças pré-moldadas de pequeno e médio porte.

 

A conclusão da obra dará acesso em direção à Ferrovia Norte-Sul, que é a principal via de escoamento de grãos do sudoeste da Bahia e do Tocantins para os terminais portuários. A nova ponte ampliará as condições de mobilidade e de segurança na região.

 

 

Posted On Segunda, 26 Setembro 2022 15:40 Escrito por

Na manhã desta segunda-feira, 26, o Governador e candidato à reeleição Wanderlei Barbosa (Republicanos) recebeu apoio de empresários em Palmas.

Da Assessoria

Durante a reunião, conduzida pela ex-vereadora e empresária Edna Agnolin, o Governador agradeceu, cumprimentou a todos e mencionou o candidato a deputado estadual Eduardo Mantoan (PSDB). Wanderlei Barbosa reforçou a confiança no trabalho que o deputado irá fazer ao lado da prefeita Cinthia (PSDB) e também com seus representados no Estado inteiro.

 

O Governador também destacou o trabalho realizado pelo deputado Ricardo Ayres (Republicanos) e falou de sua importância no desenvolvimento da educação.

 

O Governador falou do seu amor pelo Tocantins e por Palmas e lembrou o que seu pai Fenelon Barbosa fez parte da construção desse Estado.

 

“Nós temos muito amor por esse Estado, mas essa capital o meu pai ajudou implantar e isso nos traz uma responsabilidade muito grande, nós vimos quais são os projetos, e para ser um bom Governador é preciso observar as cidades. Eu quero duplicar Taquaruçu, Porto Nacional, Paraíso, nosso Estado tem muito a ser feito”, frisou.

 

Wanderlei lembrou um pouco de sua história como político e citou a ex-vereadora e empresária Edna que o acompanhou nessa trajetória como vereadora e vice-prefeita de Palmas e reforçou sobre a aceitação do povo à sua candidatura ao Governo.

 

Saúde

 

O Governador Wanderlei falou sobre os investimentos na saúde e a evolução nos onze meses de seu mandato.

 

“Eu sei que tem muito a ser feito na saúde, mas nós já fizemos uma boa parte nesses últimos onze meses, já estamos chegando a sete mil cirurgias eletivas que estavam reprimidas, cirurgias ortopédicas, tinham pessoas há dez anos na fila de espera por uma cirurgia de joelho, nós estamos fazendo”, relatou.

 

Infraestrutura

 

Wanderlei detalhou sobre os projetos de pavimentação asfáltica, obras que estão em conclusão e que a população já consegue ver a evolução do Governo que atende as demandas de norte a sul no Tocantins.

 

Você sai daqui para Lajeado e ver uma diferença na rodovia, de Palmas a Aparecida do Rio Negro, a mesma coisa, Taquaralto a Taquaruçu, Santa Tereza, Porto a Silvanópolis, Piraquê a BR-153, estamos concluindo Palmeiras a Nazaré, passando por Santa Teresinha, Tocantinópolis a um trecho da BR, da mesma forma Araguatins, e Maurulândia que estava isolada, sem recuperação a mais de dez anos, desde que fizeram, nós já estamos finalizando todas essas rodovias”, detalhou.

 

Educação

 

O Governador destacou as obras de reforma, ampliação e novos projetos da educação, disse que há onze meses recebeu o Governo com dezessete obras em educação e que agora já são mais de cem obras. “Cento e vinte e duas obras em recuperação, reformas, ampliação e a entrega de novas escolas, além das que foram retomadas, como Itaguatins, uma escola abandonada há doze anos, que a cidade hoje comemora, são escolas padrões, que possui uma piscina semiolímpica, ginásio poli-esportivo, laboratório de informática e auditório”, concluiu.

 

Wanderlei finalizou pedindo voto para sua senadora Professora Dorinha (UB) e agradeceu a todos os empresários e a Deus e disse acreditar na consagração do seu mandato no dia 2 de outubro.

 

 

Posted On Segunda, 26 Setembro 2022 15:38 Escrito por

Democracia desafiada: um olhar sobre o teste histórico das normas democráticas

 

Por Jack NicaseAndré Spigariol - Jack Nicas e André Spigariol, correspondentes no Brasil, conversaram com juízes, professores de direito, funcionários do governo e políticos brasileiros para relatar este artigo.

 

O bate-papo em grupo no WhatsApp foi uma espécie de vestiário digital para dezenas dos maiores empresários do Brasil. Havia um magnata do shopping, um fundador de roupas de surf e o bilionário das grandes lojas do Brasil . Eles reclamaram da inflação, enviaram memes e, às vezes, compartilharam opiniões inflamadas.

 

"Prefiro um golpe ao retorno do Partido dos Trabalhadores", disse José Koury, outro dono de shopping, em 31 de julho, referindo-se ao partido de esquerda que lidera as pesquisas nas eleições presidenciais da próxima semana. O dono de uma rede de restaurantes respondeu com um GIF de um homem aplaudindo.

 

Dado o histórico do Brasil com ditadores e os temores generalizados de que o presidente Jair Bolsonaro se recuse a aceitar uma derrota eleitoral , foi um comentário preocupante.

 

Mas o que se seguiu talvez tenha sido ainda mais alarmante para a quarta maior democracia do mundo.

 

Agentes federais invadiram as casas de oito dos empresários. As autoridades congelaram suas contas bancárias, intimaram seus registros financeiros, telefônicos e digitais e disseram às redes sociais para suspender algumas de suas contas.

A ordem partiu de um juiz do Supremo, Alexandre de Moraes. A única evidência que citou foram as mensagens do grupo WhatsApp, que vazaram para um jornalista . Nessas mensagens, apenas dois dos oito empresários sugeriram que apoiavam um golpe.

 

Foi uma demonstração crua de força judicial que coroou uma tendência em formação: a Suprema Corte do Brasil expandiu drasticamente seu poder para combater as posições antidemocráticas de Bolsonaro e seus apoiadores.

 

No processo, de acordo com especialistas em direito e governo, o tribunal tomou seu próprio rumo repressivo.

 


A relação entre o Sr. Bolsonaro, esquerda, e o Sr. Moraes tornou-se controversa sobre alguns dos casos que o Sr. Moraes moveu contra apoiadores do presidente.

 

Moraes prendeu cinco pessoas sem julgamento por postagens nas mídias sociais que, segundo ele, atacaram as instituições do Brasil. Ele também ordenou que as redes sociais removam milhares de postagens e vídeos com pouco espaço para apelação. E este ano, 10 dos 11 juízes do tribunal sentenciaram um congressista a quase nove anos de prisão por fazer o que eles disseram ser ameaças contra eles em uma transmissão ao vivo.

A tomada de poder pela mais alta corte do país, dizem especialistas jurídicos, minou uma importante instituição democrática no maior país da América Latina, enquanto os eleitores se preparam para escolher um presidente em 2 de outubro. Bolsonaro nas pesquisas há meses, enquanto Bolsonaro vem dizendo ao país, sem qualquer evidência, que seus rivais estão tentando fraudar a votação.

 

Em muitos casos, Moraes agiu unilateralmente, encorajado por novos poderes que o tribunal concedeu a si mesmo em 2019 que lhe permitem, de fato, atuar como investigador, promotor e juiz ao mesmo tempo em alguns casos.

 

Dias Toffoli, ministro da Suprema Corte que criou esses poderes, disse em nota que o fez para proteger a democracia da nação: “O Brasil vive com a mesma incitação ao ódio que tirou vidas na invasão do Capitólio dos EUA, e as instituições democráticas devem fazer tudo possível evitar cenários como 6 de janeiro de 2021, que chocou o mundo.”

 

Líderes políticos de esquerda e grande parte da imprensa e do público brasileiro apoiaram amplamente as ações de Moraes como medidas necessárias para combater a ameaça singular representada por Bolsonaro.

Mas muitos juristas dizem que as demonstrações de força de Moraes, sob a bandeira de salvar a democracia, estão ameaçando empurrar o país para uma queda antidemocrática.

 

“É a história de todas as coisas ruins que acontecem na política”, disse Luciano da Ros, um professor brasileiro de ciência política que estuda a política do judiciário. “No começo você tinha um problema. Agora você tem dois.”

Moraes se recusou a comentar por meio de uma porta-voz.

 

A crescente influência do tribunal pode ter grandes implicações para o vencedor da votação presidencial. Se Bolsonaro ganhar um segundo mandato, ele sugeriu que tentaria encher o Supremo Tribunal, dando-lhe ainda mais controle sobre a sociedade brasileira.

 

Se Lula vencer, terá que lidar com juízes que podem complicar sua agenda para um país que enfrenta uma série de desafios, incluindo aumento da fome, desmatamento na Amazônia e profunda polarização.

 

“Historicamente, quando o tribunal se deu novo poder, não disse depois que estava errado”, disse Diego Werneck, professor de direito brasileiro que estuda o tribunal. “Os poderes que são criados permanecem.”

 

Se nenhum candidato receber mais de 50% dos votos na eleição de 2 de outubro, os dois primeiros colocados enfrentarão um segundo turno em 30 de outubro.

 

O Supremo Tribunal Federal já era uma instituição potente. Nos Estados Unidos, a Suprema Corte avalia de 100 a 150 casos por ano. No Brasil, os 11 ministros e os advogados que trabalham para eles emitiram 505.000 decisões nos últimos cinco anos.

 


Moraes ordenou o congelamento de contas bancárias de empresários e a intimação de seus registros financeiros, telefônicos e digitais sobre mensagens trocadas no WhatsApp.

 

Em 2019, alguns meses após a posse de Bolsonaro, um documento de uma página expandiu enormemente a autoridade da Suprema Corte.

 

Na época, o tribunal enfrentava ataques online de alguns apoiadores de Bolsonaro. Normalmente, os policiais ou promotores teriam que abrir uma investigação sobre tal atividade, mas não o fizeram.

 

Assim, o Sr. Toffoli, o presidente do tribunal, emitiu uma ordem concedendo à própria Suprema Corte a autoridade para abrir uma investigação.

 

O tribunal investigaria “notícias falsas” – Toffoli usou o termo em inglês – que atacassem “a honra” do tribunal e de seus juízes.

 

O que consideramos antes de usar fontes anônimas. As fontes conhecem a informação? Qual é a sua motivação para nos dizer? Eles provaram ser confiáveis ​​no passado? Podemos corroborar a informação? Mesmo com essas questões satisfeitas, o Times usa fontes anônimas como último recurso. O repórter e pelo menos um editor sabem a identidade da fonte.

 

Foi um papel inédito, transformando o tribunal em alguns casos em acusador e juiz, segundo Marco Aurélio Mello, ex-juiz do Supremo que no ano passado atingiu a idade de aposentadoria compulsória de 75 anos.

 

Mello, que é apoiador de Bolsonaro, acreditava que o tribunal estava violando a Constituição para resolver um problema. “Na lei, os meios justificam os fins”, acrescentou. “Não o contrário.”

 

Antonio Cezar Peluso, outro ex-juiz da Suprema Corte, discordou. As autoridades, disse ele, estavam permitindo a proliferação de ameaças. "Não posso esperar que o tribunal fique quieto", disse ele. “Tinha que agir.”

 

Para conduzir a investigação, Toffoli chamou Moraes, 53, um intenso ex-ministro da Justiça Federal e professor de direito constitucional que ingressou no tribunal em 2017.

 

Em sua primeira ação, Moraes ordenou que uma revista brasileira, Crusoé, removesse um artigo online que mostrava ligações entre Toffoli e uma investigação de corrupção. Moraes chamou isso de “notícias falsas”.

 

Andre Marsiglia, advogado que representou Crusoé, disse que a decisão foi surpreendente. A Suprema Corte muitas vezes protegeu as organizações de notícias de decisões de tribunais inferiores que ordenavam tais remoções. Agora, “era o motor da censura”, disse ele. “Não tínhamos a quem recorrer.”

 

Mais tarde, Moraes suspendeu a ordem depois que documentos legais provaram que o artigo estava correto.

 

Com o tempo, Moraes abriu novas investigações e reformulou seu trabalho em torno da proteção da democracia brasileira. Bolsonaro estava aumentando os ataques aos juízes, à mídia e ao sistema eleitoral do país.

 

Moraes ordenou que as principais redes sociais removessem dezenas de contas, apagando milhares de suas postagens, muitas vezes sem dar um motivo, de acordo com um funcionário da empresa de tecnologia que falou sob condição de anonimato para evitar provocar o juiz. Quando a empresa de tecnologia desse funcionário revisou as postagens e contas que Moraes ordenou que fossem removidas, a empresa descobriu que grande parte do conteúdo não violava suas regras, disse o funcionário.

 

Em muitos casos, Moraes foi atrás de influenciadores de direita que espalhavam informações enganosas ou falsas. Mas ele também foi atrás de pessoas da esquerda. Quando a conta oficial de um partido comunista brasileiro twittou que Moraes era um “skinhead” e que a Suprema Corte deveria ser dissolvida, Moraes ordenou que empresas de tecnologia banissem todas as contas do partido, incluindo um canal no YouTube com mais de 110.000 assinantes. As empresas cumpriram.

 

O Sr. Moraes foi ainda mais longe. Em sete casos, ele ordenou a prisão de ativistas de extrema-direita sob a acusação de ameaçar a democracia ao defender um golpe ou convocar pessoas para comícios antidemocráticos. Pelo menos dois ainda estão presos ou em prisão domiciliar. Alguns casos foram iniciados pela Procuradoria Geral da República, enquanto outros foram iniciados pelo próprio Sr. Moraes.

 

Em sua investigação, o tribunal descobriu evidências de que extremistas de extrema direita discutiram agressões a juízes, estavam rastreando os movimentos dos juízes e compartilharam um mapa de um prédio do tribunal, de acordo com um funcionário do tribunal que falou sob condição de anonimato porque as descobertas são parte de uma investigação selada.

 

No caso de maior repercussão, Moraes ordenou a prisão de um congressista conservador depois que ele criticou Moraes e outros juízes em uma transmissão ao vivo online. “Tantas vezes eu imaginei você levando uma surra na rua”, disse o deputado Daniel Silveira na transmissão ao vivo. "O que você vai dizer? Que estou incitando a violência?”

 

O Supremo Tribunal votou por 10 a 1 para condenar o Sr. Silveira a quase nove anos de prisão por incitar um golpe. O Sr. Bolsonaro o perdoou no dia seguinte.

 


Moraes ordenou a prisão de um deputado conservador, Daniel Silveira, centro, depois que Silveira criticou Moraes e outros ministros da alta corte.

 

Com a maioria do Congresso, dos militares e do Executivo apoiando o presidente, Moraes tornou-se indiscutivelmente o controle mais eficaz do poder de Bolsonaro. Isso o tornou um herói à esquerda – e inimigo público número 1 à direita.

 

Bolsonaro criticou-o em discursos, tentou e não conseguiu cassá-lo e depois disse a seus apoiadores que não cumpriria as decisões de Moraes. (Mais tarde, ele caminhou de volta.)

 

No mês passado, Moraes assumiu ainda mais poder, assumindo também a presidência do tribunal eleitoral que fiscalizará a votação. (O momento foi uma coincidência.)

 

Em sua posse, o Sr. Moraes parecia falar diretamente com o Sr. Bolsonaro, que estava sentado nas proximidades. “Liberdade de expressão não é liberdade para destruir a democracia, para destruir instituições”, disse Moraes enquanto Bolsonaro fazia uma careta.

 

A tensão entre os homens cresceu com o caso do WhatsApp envolvendo os empresários.

 

Bolsonaro criticou a ordem de Moraes, que em parte aprovou um pedido da polícia para revistar as casas dos homens. Em um momento inusitado, a grande imprensa brasileira concordou com o presidente. “Trocar mensagens, meras opiniões sem ação, mesmo que sejam contra a democracia”, disse a rede de TV Band em editorial, “não constitui crime”.

 

Sob críticas, o escritório de Moraes produziu um documento legal adicional que, segundo ele, fornece mais evidências da ameaça potencial que os homens representavam. O documento repetia conexões já públicas que alguns dos homens tinham com agentes de direita.

 

O Sr. Moraes posteriormente descongelou as contas bancárias dos empresários. Os homens nunca foram presos.

 

Luciano Hang, o bilionário das lojas de caixa, disse que estava lutando para recuperar o controle de suas contas de mídia social, que coletivamente tinham pelo menos 6 milhões de seguidores. “Nós nos sentimos violados por ter a polícia federal aparecendo às 6 da manhã querendo pegar seu telefone”, disse ele.

 

Lindora Araújo, vice-procuradora-geral do Brasil e promotora de carreira, recorreu da ordem de Moraes contra os empresários, dizendo que o juiz abusou de seu poder ao atacá-los por simplesmente dar opiniões em um bate-papo privado. Sua ordem se assemelhava a “uma espécie de polícia do pensamento que é característica de regimes autoritários”, disse ela.

 

Esse recurso foi para o Sr. Moraes. Ele descartou.

 

Lis Moriconi contribuiu com reportagem.

 

Posted On Segunda, 26 Setembro 2022 15:15 Escrito por