Por Edson Rodrigues
É bom que todos se atentem às movimentações de bastidores que principiam a acomodação de forças visando a sucessão municipal 2024. Isso porque esse pleito vindouro se horizonta como um dos mais - senão o mais – acirrados de todos os tempos, colocando frente a frente nomes já consagrados, como o ex-prefeito Paulo Mourão e o deputado federal Toinho Andrade – este com a força do Palácio Araguaia, além de novatos que chegam com força total, alicerçados por entidades classistas e pela juventude.
Deputado federal Antonio Andrade (Republicanos), p ex-prefeito Paulo Mourão (PT) e atual prefeito Ronivon Maciel, (PSD), peças fundamentais nas próxinas eleições
Os analistas políticos de Porto Nacional, ex-vereadores, profissionais liberais e formadores de opinião estão cientes de que Paulo Mourão, que abriu mão de disputar a reeleição à prefeitura, acumulou derrotas para o Senado e para o Governo do Estado, vem se aproximando do atual prefeito, Ronivon Maciel, inclusive fazendo o papel de cicerone ao levá-lo à Brasília e abrir as portas dos gabinetes dos ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva, um ambiente onde tem trânsito livre, principalmente por ter sido um dos principais soldados que batalharam pela volta de Lula e do PT ao poder, justamente o partido que o elegeu prefeito de Porto Nacional.
RONIVON MARCIEL
Enquanto isso, após ouvir - separadamente - diversos “aliados” do atual prefeito, muitos deles funcionários graduados da prefeitura portuense, e um grupo de líderes que esteve reunido com um pré-candidato, o Observatório Político de O Paralelo 13 fez uma filtragem das informações obtidas e pôde concluir que a candidatura à reeleição de Ronivon Maciel está condicionada ao resultado da sua aproximação com Paulo Mourão durante todo este ano de 2023, em que aquele dos dois que estiver mais bem avaliado junto à opinião pública em um determinado momento – primeiro trimestre de 2024 ou até mesmo, no fim deste ano -, será o candidato a prefeito em oposição à candidatura palaciana de Toinho Andrade, em Porto Nacional, tendo que enfrentar, também, os nomes que devem – e vão - surgir para, quem sabe, colocar mais lenha na fogueira e mais obstáculos nas candidaturas consideradas “favoritas”.
Senador Irajá Abreu e o ex-prefeito Paulo Mouão
Ronivon e Paulo Mourão estiveram, inclusive, na última segunda-feira (20), no anúncio da construção da nova sede da Unidade de Saúde Nana Prado de Carvalho, no setor Jardim Municipal, dentro do Programa Requalifica UBS, com recursos garantidos pelo senador Irajá Abreu. Estiveram presentes ao evento o vice-prefeito Joaquim do Luzimangues, a Secretária de saúde Lorena Martins e demais secretários da gestão, vereadores e servidores da saúde, além de Silvania Ferreira, representando os moradores da comunidade.
Lembrando que o senador Irajá Abreu é o único parlamentar da bancada federal que faz oposição ao governo de Wanderlei Barbosa.
Irajá Abreu e o prefeito Ronivon Maciel em lançamento de obra
Em seu pronunciamento, Ronivon Maciel agradeceu “às bênçãos de Deus e ao empenho do senador Irajá” pela UBS e anunciou estar aguardando apenas o fim do período chuvoso para dar início a um pacote de obras, dentre elas, pavimentação e obras de infraestrutura, agradecendo a Paulo Mourão pela facilitação do contato com três ministros, durante a ida à Brasília, mas não revelou o resultado das audiências, que devem ser anunciados em momento mais oportuno.
VICE-PREFEITO ESCANTEADO
Apesar da presença do vice-prefeito Joaquim do Luzimangues no evento, a ele não foi dada a palavra nem seu nome foi citado pelos “vips”, escancarando o visível distanciamento entre prefeito e vice, inclusive sentido e comentado entre os demais integrantes da equipe da prefeitura. As apostas são de que, pelo andar da carruagem, o representante da comunidade do Luzimangues deve tomar outros rumos políticos, que o levem para longe do palanque de Ronivon, muito menos o de Paulo Mourão.
OUTRAS CANDIDATURAS EM CONSTRUÇÃO E TABUS A SEREM SUPERADOS
Esta é a fotografia do momento político-sucessório em Porto Nacional, podendo haver ou não mudanças com a inclusão de novas peças no tabuleiro eleitoral.
Há nos bastidores articulações borbulhantes em andamento, inclusive com Joaquim do Luzimangues participando de reuniões, pois, sendo um político sábio, já percebeu há tempos que está praticamente isolado das decisões políticas.
Enquanto isso, os prováveis pré-candidatos já estão se agrupando, articulando e conversando, na formação de embriões de suas próprias e de outras pré-candidaturas que ainda podem surgir em momentos distintos.
O Observatório Político de O Paralelo 13 vê uma forte luz no fim do túnel da história política de Porto Nacional, com ótimas candidaturas em discussão, com nomes capazes de produzir debates em alto nível. Afinal, a cidade precisa ter um prefeito que seja uma liderança forte e genuína, defensor ferrenho dos diretos da população portuense e um guerreiro pelo resgate da importância histórica, que nos trouxe o título de Capital da Cultura do Tocantins, que nos fez polo de saúde de toda uma região, por isso, precisamos de um novo Hospital Regional, de um Hospital Escola, pois temos várias faculdades na área da Saúde, com cursos de Medicina, Odontologia e Enfermagem, por exemplo.
Porto precisa ter o seu centro revitalizado, ter de volta seus jogos estudantis e privilegiar suas atrações turísticas, principalmente explorar de forma consciente e sustentável nosso lago e nossas Praias.
Essa será a verdadeira missão do próximo prefeito de Porto Nacional, seja ele quem seja, mas que traga a facilidade de buscar essas vitórias, os caminhos e as companhias corretas. a pauta de discussão e os debates serão a parte mais importante de todo o processo eleitoral que se avizinha, com candidatos que aceitem que Luzimangues é, na prática, um “filho caçula”, que precisa de atenção, cuidados e, por que não, carinho, para que tenha um desenvolvimento saudável, sustentável e de acordo com a vontade dos seus habitantes.
Estamos de olho... e orando por Porto Nacional!
Durante a visita, presidente do SGB anunciou aporte financeiro de R$ 6 milhões para o mapeamento geológico do Tocantins
Por Jarbas Coutinho
O secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes, recebeu na tarde desta terça-feira, 21, o presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Cassiano Alves, para tratar sobre o apoio do Governo do Tocantins na implantação do Núcleo do órgão em Palmas. A unidade será inaugurada nesta quarta-feira, 22, e funcionará no mesmo prédio da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS).
O secretário Deocleciano Gomes destacou a orientação do governador Wanderlei Barbosa na parceria com o SGB para a exploração do potencial tocantinense na área da mineração – Foto: Esequias Araújo/Governo do Tocantins
O secretário Deocleciano Gomes destacou a orientação do governador Wanderlei Barbosa na parceria com o SGB para a exploração do potencial tocantinense na área da mineração. “O potencial do Estado na área de mineração é uma constatação crescente e agora, com o reforço desta parceria com um órgão do Governo Federal, certamente a gente vai organizar melhor esse trabalho. Percebemos uma possibilidade grande de crescimento em termos de estudo e potencial, crescimento ordenado e dentro da perspectiva de sustentabilidade, além de crescimento da arrecadação”, destacou.
O presidente do Serviço Geológico do Brasil, Cassiano Alves, anunciou um aporte financeiro de R$ 6 milhões para mapeamento geológico do Estado
Ao agradecer o apoio do Governo do Tocantins, o presidente do SGB, Cassiano Alves, adiantou que o SGB vai investir R$ 6 milhões para realizar o mapeamento geológico do Estado, em parceria com a gestão estadual. “É um avanço para o Serviço Geológico do Brasil poder ter essa unidade com o propósito de abrir as portas para o mercado. Então temos a perspectiva de gerar oportunidades no mercado no segmento de mineração e também para o Governo do Tocantins”, pontuou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relembrou nesta terça-feira (21) que, durante o período em que esteve preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, costumava falar para procuradores que iam visitá-lo que iria "foder esse Moro".
POR RENATO MACHADO
A declaração foi dada durante entrevista ao vivo para o portal Brasil 247.
Lula se emocionou no momento em que respondia a perguntas sobre o seu período preso em Curitiba. Disse que sentiu muita mágoa e citou as perdas da sua esposa Marisa Letícia e de um de seus irmãos.
"É engraçado que eu fiquei naquela cadeia lá e foi um momento muito rico da minha vida de resistência. Quantas vezes eu deitava naquela cama e ficava de barriga pra cima olhando o teto", afirmava o presidente, quando começou a chorar.
Afirmou na sequência que os métodos da força-tarefa Lava Jato levavam as pessoas a delatarem, porque não aguentavam a pressão. Disse que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) não aguentou "uma capa da revista Veja".
"De vez em quando ia um procurador, entrava lá de sábado, dia de semana, para perguntar se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores e perguntavam: 'está tudo bem?' '[Eu respondia:] não está tudo bem. Só vai estar tudo bem quando eu foder esse Moro. Vocês cortam a palavra 'foder'", afirmou o presidente durante a entrevista.
Lula foi preso em 2018 e passou 580 dias na carceragem da PF em Curitiba.
Lula também comentou os rumores de que vai indicar o seu advogado, Cristiano Zanin, para a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) que será aberta com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. Disse que ainda não sabe quem vai indicar e que não tem compromisso assumido com nenhum candidato.
Por outro lado, exaltou Zanin.
"O Zanin foi a grande revelação jurídica nesses últimos anos. O Zanin foi muito criticado ao fazer a defesa de Lula na Lava Jato, porque não era criminalista, muita gente pediu para mim 'você tem que contratar fulano', muita gente do meu partido mesmo", afirmou.
Lula também acrescentou que o eventual estabelecimento de mandatos para ministros do Supremo é assunto que "vai discutir proximamente", embora não tenha tomado posição ao ser perguntado sobre esse formato.
O mandatário também foi questionado sobre a possibilidade de indicar a recondução do procurador-geral, Augusto Aras, para um novo mandato. Lula não quis responder diretamente, apenas repetiu que não vai seguir a lista tríplice que será apresentada pelo Ministério Público Federal. E culpou a força-tarefa Lava Jato, a quem chamou de "moleques", ao justificar a sua posição.
"Única coisa que tenho certeza é que eu não vou escolher mais lista tríplice. E o Ministério Público Federal tem que saber que eu não vou escolher por irresponsabilidade da força tarefa do Paraná que foi moleque, que prejudicou a imagem do Ministério Público Federal, que quase destruiu a imagem da seriedade do Ministério Público, banco de moleque irresponsável. Eles jogaram fora uma coisa que só eu tinha feito, escolher a lista tríplice", afirmou o presidente.
"Não tenho ninguém em vista ainda. Não vou indicar ninguém que seja meu amigo. Não quero indicar ninguém para fazer benefício para mim", completou.
Falta de componentes e cenário econômico desfavorável motivam decisão
Por Elaine Patricia Cruz
Diversas montadoras anunciaram neste mês que vão conceder férias coletivas aos funcionários e paralisar a produção de veículos em suas plantas no Brasil. Os motivos são diversos. Vão desde a falta de equipamentos, agravada pela pandemia de covid-19, até problemas provocados pelo cenário econômico brasileiro, principalmente com a alta dos juros e da inflação, o que levou à queda nas vendas de veículos.
A primeira a interromper a produção foi a Volkswagen, que parou com as atividades em fevereiro em São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e na fábrica de motores de São Carlos (SP) por falta de peças. As três unidades já voltaram a operar normalmente, mas a montadora anunciou que vai adotar 10 dias de férias coletivas na fábrica de Taubaté (SP), a partir do próximo dia 27, “para manutenção de produção da unidade e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes”.
Na Hyundai Motor Brasil, as férias coletivas começaram segunda-feira (20) para os três turnos de produção e equipes administrativas da fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo. As férias coletivas vão até o dia 2 de abril, mas não atingem as operações da fábrica de motores, localizada no mesmo complexo industrial. Segundo a empresa, o objetivo é adequar os volumes de produção para o mês de março, evitando a formação de estoques. A empresa informou que acompanhará a dinâmica do mercado interno de veículos para o primeiro trimestre deste ano.
A Mercedes-Benz do Brasil informou que vai conceder férias coletivas, de forma parcial, na fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. As férias serão entre os dias 3 de abril e 2 de maio por “necessidade de ajuste no programa de produção”. De acordo com a montadora, a medida é necessária por causa da falta de componentes na indústria automotiva global e nacional e para adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais.
As montadoras GM e Stellantis também vão conceder férias coletivas aos funcionários, paralisando a produção nas fábricas em São José dos Campos, em São Paulo, e Goiana, em Pernambuco.
Em entrevista nesta terça-feira (21) à Agência Brasil, o professor Antônio Jorge Martins, coordenador dos cursos automotivos da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), disse que as paralisações e as férias coletivas foram motivadas basicamente pelo aumento dos custos que, como consequência, fez subir o preço dos veículos e elevar os custos dos financiamentos.
“O mundo passou por grandes mudanças ao longo dos últimos anos e, em particular, após a pandemia. A pandemia, de forma geral, até por conta do início da digitalização das empresas mundiais, fez com que aumentassem os custos de várias peças e componentes da área automotiva, em particular, dos semicondutores”, disse o professor.
Com o aumento dos custos das partes, peças e componentes, aliado à desvalorização cambial no país e à alta dos custos de frete e logística, o setor automotivo precisou aumentar o preço dos veículos. “E esse aumento nos preços não foi acompanhado pelo aumento da renda da sociedade como um todo”, destacou Martins. “Isso, de forma geral, fez com que o mercado deixasse exatamente de se equilibrar de forma adequada, gerando, como consequência, a necessidade de paralisação das fábricas para uma adequação a uma nova realidade de demanda”, acrescentou.
De acordo com Martins, o segundo motivo da paralisação da produção foi o cenário econômico brasileiro, principalmente por causa da alta dos juros. “A taxa de juros praticada pelo mercado financeiro também afetou a demanda de veículos até porque, na prática, de 60% a 70% das vendas são feitas por meio de financiamentos. Então, se a sociedade já está com o poder de compra abalado e, paralelamente, ainda tem dificuldades de cumprir os novos custos decorrentes de financiamentos, isso de forma geral acabou reforçando a necessidade de paralisação das montadoras que, por sua vez, não têm interesse em produzir para estoque”, afirmou.
A Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) já havia alertado sobre tal cenário em seu último boletim. Segundo a Anef, o ano de 2022 foi fortemente impactado pela alta de preço dos veículos, bem como pelo aumento da inadimplência e dos juros. A associação ressaltou que a inadimplência de pessoas físicas com pagamentos em atraso superior a 90 dias chegou a 5,9% em 2022, o maior índice dos últimos anos.
Para Martins, a paralisação da produção de veículos não deve se prolongar ou durar muito tempo. “A estratégia das montadoras não é ficar muito tempo parada. As que têm estoque vão parar um pouquinho mais. Aquelas que têm menor estoque param menos, mas a estratégia é realmente adequar a produção a uma nova realidade de demanda.” O professor estima que, neste ano, o setor automotivo feche com crescimento entre 2% e 5% em relação ao ano passado.
Procurada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) respondeu que não se manifestaria sobre as paralisações nas montadoras. No início de março, porém,ao divulgar dados sobre a indústria automotiva no país, a Anfavea informou que o fechamento provisório de algumas fábricas em fevereiro decorreu da falta de semicondutores ou da necessidade de ajustes na linha de montagem e que havia preocupação com a falta de crédito no país.
O projeto Minicidadão será coordenado pelo MPTO e contará com a participação do Instituto de Identificação do Estado, da Receita Federal e da Semed
Da Assessoria
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) reuniu órgãos parceiros nesta terça-feira, 21, em Palmas, para articular a execução do projeto Minicidadão, uma nova iniciativa que se destina a emitir documentos para crianças e adolescentes que ainda não possuem identificação. O objetivo principal é facilitar o reconhecimento de desaparecidos, além de simplificar o acesso a serviços públicos e garantir outras facilidades.
Para assegurar um amplo alcance ao projeto, as equipes parceiras irão até as escolas da rede pública, onde emitirão gratuitamente a primeira via da Identidade e do CPF para os estudantes, após promoverem uma ação inicial de mobilização e conscientização.
Segundo explicou a coordenação do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, da Cidadania, dos Direitos Humanos e da Mulher (Caoccid), promotora de Justiça Isabelle Figueiredo, esta nova iniciativa está integrada às ações do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Ela considerou importante que as crianças tenham o acesso aos documentos de identificação e que o Estado tenha cadastrado os dados biométricos deste público.
Na fase inicial, o projeto Minicidadão será executado em Palmas e terá como público-alvo as crianças matriculadas na rede pública municipal. A intenção é iniciar as atividades na Escola Mestre Pacífico Siqueira Campos, onde 113 alunos matriculados não possuem documento de Identidade.
Segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), 23.217 crianças com idade de zero a 12 anos, matriculadas em 70 unidades públicas educacionais, não possuem Identidade (ou Registro Geral). Isso equivale a cerca de 50% dos alunos matriculados.