Reunião desta quarta, 22, foi a penúltima de um cronograma que iniciou no dia 13 de março e seguirá até a próxima sexta, 24, quando o Conselho receberá entidades representativas dos servidores policiais
Por Kaio Costa
O Conselho de Administração do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) segue dando continuidade às reuniões com as entidades de classe a fim de apresentar alterações pontuais na proposta de reforma da previdência dos servidores estaduais. Nesta quarta-feira, 22, foi a vez dos sindicatos e das associações da área da saúde manifestarem sugestões a serem analisadas e aplicadas no Projeto de Lei e na Emenda Constitucional.
Sugerida pelo governador Wanderlei Barbosa, as reuniões do Conselho de Administração do Igeprev com os poderes e as entidades classistas têm dado muito certo e o presidente do Conselho, Klédson de Moura Lima, as classifica como positivíssimas. Ele explica que as sugestões de alteração apresentadas pelos sindicatos e pelas associações, bem como pelos poderes, já vêm sendo incorporadas como alteração no texto a ser apresentado para o Governador.
“Já temos algum material para trabalhar, além das sugestões feitas durante os debates com o pessoal da educação, que foi muito produtivo. Muitos pontos importantes foram explorados nesses encontros e já trabalharemos nessas alterações. A proposta está ficando riquíssima. O trabalho está sendo muito produtivo e, no dia 10 de abril, apresentaremos ao governador Wanderlei Barbosa o resultado de todo esse esforço conjunto”, elencou o presidente Klédson.
Na reunião desta quarta, 22, o Sindicato dos Médicos (Simed), dos Trabalhadores em Saúde (Sintras), dos Cirurgiões Dentistas (Sicideto), dos Farmacêuticos (Sindifato), de Enfermagem (Seet), dos Enfermeiros (Seto) e dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Sinfito) estiveram presentes e, em conjunto, apresentaram uma proposta com atenção especial aos servidores que trabalham expostos a agentes químicos e biológicos.
Presente à reunião de hoje, o presidente do Simed, Reginaldo Abdalla Rosa, lembrou que apesar de necessária, a reforma da previdência não está sendo impositiva e elogiou a iniciativa do governador Wanderlei Barbosa de trazer a PEC para ser debatida com as entidades de classe. “A PEC está sendo construída, ela não é impositiva, e a gente, como sindicato, vem pleitear e tentar minimizar o prejuízo das categorias”, afirmou.
Entre os pleitos salientados pelo presidente do Simed, ele destacou o direito à aposentadoria especial com os 25 anos de contribuição, já que, segundo ele, “não é um privilégio, é um direito, visto que a categoria trabalha em área insalubre e, portanto, o tempo de vida deste servidor acaba sendo reduzido”.
Quem também reconheceu a iniciativa da reunião, classificando-a como proveitosa, foi o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda. “Ouvir as categorias é um ato democrático que permite que cada entidade possa incluir as suas proposituras, as suas especialidades e as suas diferenças. Para nós, essa reunião foi muito proveitosa, porque pontuamos o que queríamos pontuar na reforma, principalmente relacionado à especialidade de quem trabalha na saúde”, concluiu o presidente Manoel Miranda.
A próxima reunião será no dia 24, sexta-feira, quando o Conselho de Administração do Igeprev receberá as entidades representantes dos servidores policiais. “A partir daí, teremos duas semanas de estudo e trabalho para compilar o texto final. Neste período, também poderemos receber as propostas de quem passou por essas reuniões e se envolveu nos debates, mas que ainda não enviou suas sugestões. O canal de diálogo permanece ativo”, finalizou o presidente do Conselho, Klédson de Moura Lima.
Até o momento, apenas o Sindicato dos Servidores Estaduais (Sisepe), a Associação dos Servidores com Deficiência, o Sinfito, a Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Feserto) e a Força Sindical-TO apresentaram propostas escritas. As demais entidades ainda poderão apresentar suas propostas escritas ao Conselho durante as próximas duas semanas, uma vez que o texto definitivo será apresentado ao governador Wanderlei Barbosa no dia 10 de abril.
Decisão confirma estabilidade da taxa básica de juros da economia brasileira; expectativa é que indicador tenha queda no segundo semestre
Por Karen Lemos
A Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, foi mantida no patamar de 13,75% ao ano pela quinta vez seguida, confirmando as expectativas do mercado financeiro. O anúncio foi feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira, 22.
A cada 45 dias, o Copom define se a taxa básica de juros da economia irá diminuir, aumentar ou seguir no mesmo patamar. A Selic segue fixada no mesmo valor desde agosto do ano passado. Para a manutenção da taxa, o BC se baseou em um conjunto de indicadores da atividade econômica que "corroboram para um cenário de desaceleração".
"A inflação ao consumidor, assim como suas diversas medidas de inflação subjacente, segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus se elevaram desde a reunião anterior do Copom e encontram-se em torno de 6,0% e 4,1%, respectivamente", diz em nota.
Crítico do valor do índice, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista recente, que irá "continuar batendo" na taxa de juros e "brigando" por sua redução para que, segundo ele, "a economia possa voltar a ter investimentos".
Isso porque um ciclo de alta da Selic indica que o cenário econômico brasileiro está instável, com preços altos no mercado. O objetivo é o de desacelerar a economia desestimulando o consumo, já que a Selic é considerada a "taxa-mãe" da economia, e serve como parâmetro para os juros cobrados pelos bancos, por exemplo.
Baixar a taxa seria irresponsabilidade, diz especialista
Ao Terra, Bruno Monsanto, assessor de investimentos e sócio da RJ+ Investimentos, acredita que o Copom tem espaço para baixar juros futuramente, mas não com a pressão que o governo tem feito em cima do Banco Central e de seu presidente, Roberto Campos Neto.
Monsanto lembra que a Selic segue alta por causa da inflação. "É o famoso remédio amargo para combatê-la", definiu.
"Essa manutenção significa, na minha leitura, que o Copom não pode simplesmente baixar os juros por estarmos em um momento de troca de governo e pelo fato de, até o momento, o governo não trouxe sinais claros de que tem responsabilidade fiscal", afirmou, citando, como exemplo, o plano de uma nova regra fiscal que ainda não foi tornado público. "[O ministro da Economia Fernando] Haddad entregou uma proposta para Lula na sexta-feira passada, mas não sabemos números, detalhes, nem sabemos se é uma proposta crível, que vai reduzir o grau de incerteza do mercado em relação à saúde fiscal e contas públicas. O mercado não gosta de incertezas, ele não sabe trabalhar com isso, e ainda há muitas incertezas, principalmente com relação à responsabilidade fiscal".
"Seria, portanto, uma irresponsabilidade do BC em mexer na taxa de juros. A Selic está cara, o que torna o acesso ao dinheiro mais caro, e baratear os juros destravaria a economia, mas também geraria inflação e poderia entrar em um ciclo vicioso", alerta.
O especialista, porém, acredita que possa ocorrer uma redução progressiva da Selic nas próximas reuniões do Copom a depender do que o governo apresentar sobre a nova regra fiscal. "Se apresentarem algo crível, conveniente que trouxer a tranquilidade que se espera, aí sim, na próxima reunião deve começar a baixar", aposta.
Poupança e outros investimentos
O Terra usou simuladores da Yubb e da Mobills como uma referência de como ficam investimentos em renda fixa, como a popular poupança, com a manutenção da Selic.
Para a simulação, foi utilizado o valor de R$ 100 em um período de 12 meses (um ano). Confira:
Poupança
Valor aplicado: R$ 100
Lucro bruto: R$ 9,26
Total em um ano: R$ 109,26
Tesouro Selic
Valor aplicado: R$ 100
Lucro bruto: R$ 13,75
Total em um ano: R$ 113,75
Média de CDBs*:
Valor aplicado: R$ 100
Lucro bruto: R$ 15,02
Total em um ano: R$ 115,02
Importante: Os valores não são exatos, apenas uma referência. O rendimento de CDB [Certificados de Depósito Bancário] varia muito de banco para banco.*Usamos, como referência, CDBs que pagam 110% do CDI [Certificado de Depósito Interbancário]. As rentabilidades, além disso, podem sofrer alterações mensais.
O que é a taxa Selic e para que ela serve?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Por influenciar todas as taxas de juros do País, a Selic pode ter um peso no bolso do consumidor quando se trata de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. A sigla Selic vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, no qual o Banco Central opera diariamente na emissão, compra e venda de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional.
A taxa de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. Na prática, funciona assim: quando o IPCA, o indicador oficial de inflação do Brasil, está em um nível muito alto, o BC sobe os juros, para tornar o crédito mais caro e desincentivar o consumo. Com menos pessoas consumindo, a tendência é os preços se acomodarem. No cenário oposto, se a inflação estiver em níveis baixos, o BC reduz os juros para estimular o consumo e, consequentemente, a economia.
Como a Selic é definida?
A taxa de básica de juros é determinada a cada 45 dias em encontros a portas fechadas do Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central, desde 1996. Fazem parte do Copom o presidente e os oito diretores do BC. A definição da taxa leva em conta principalmente a inflação, mas também fatores como taxa de câmbio, importações e exportações, e a atividade e a perspectiva de crescimento econômico do País. Os membros do colegiado utilizam modelos matemáticos específicos para estabelecer os rumos da taxa.
O que é a meta de inflação e como ela é definida?
Vários países adotam o sistema de metas de inflação. No Brasil, ele foi introduzido em 1999. Neste sistema, os BCs atuam para que a inflação fique dentro dos limites de um alvo predefinido. No caso do Brasil para 2023, por exemplo, a meta é 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Ou seja, entre 1,75% e 4,75%. A meta brasileira é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo presidente do BC e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento. O objetivo é determinar um índice que, ao mesmo tempo, mantenha a economia ativa sem prejudicar o poder de compra da população. Quando a inflação corrente e as expectativas ficam acima da meta, o BC atua para esfriar a demanda, elevando a taxa Selic. Quando estão abaixo da meta, o BC atua para estimular a demanda, reduzindo os juros. (Com Estadão Conteúdo)
O próximo sorteio será realizado no sábado, 25, a partir das 20h
Da Redação
E mais uma vez ninguém acertou os seis números sorteados da Mega-Sena, e o prêmio acumulou. O sorteio do concurso 2576 foi realizado na noite desta quarta-feira, 22.
Veja as dezenas: 29 - 32 - 33 - 35 - 38 - 43
O próximo sorteio será realizado no sábado, 25, a partir das 20h. O prêmio estimado é de cerca de R$ 63 milhões.
Sorteios
Os sorteios da Mega-Sena são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Em semanas especiais, ocorrem três sorteios: às terças, quintas e aos sábados.
Apostas
A aposta mínima, de seis números, custa R$ 4,50. Quanto mais números marcar, maior o preço da aposta e maiores as chances de faturar o prêmio.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer casa lotérica do País ou pela internet, no site da CEF.
Premiação
A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos seis números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar quatro ou cinco números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.
Projeto prevê teste de detecção de HPV no SUS
Por Agência Brasil
O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (22) estratégia para zerar os casos de câncer do colo do útero no país. A doença é o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres e mata, em média, 6 mil brasileiras ao ano.
A medida prevê ações para reduzir casos, prevenção, vacinação e inclusão de teste molecular (PCR) para detecção do HPV, vírus sexualmente transmissível e causador do câncer do colo do útero, no Sistema Único de Saúde (SUS).
Recomendado pela Organização Mundial da Saúde, o teste identifica de forma mais precisa a presença do vírus e, com isso, será possível ampliar o rastreio da doença na população feminina entre 25 e 64 anos e reduzir casos graves e mortes. Atualmente, o diagnóstico é feito na rede pública de saúde pelo exame papanicolau.
De acordo com orientações do ministério, se o teste PCR for positivo, a paciente deve passar pelo exame citológico (papanicolau) e tratamento. Em caso negativo, o PCR deve ser repetido em cinco anos.
“Vamos proteger as mulheres, junto com a vacina de HPV e rastreamento do câncer do colo do útero”, disse a ministra Nísia Trindade, ao anunciar a ação, no Recife, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo evento, foi relançado o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Outra ação é elevar os índices de vacinação contra HPV, que apresentam queda nos últimos anos. Em 2022, a baixa foi de 75% entre meninas. A meta é chegar a 90% de cobertura, percentual considerado fundamental para garantir a eliminação do câncer de colo do útero no país. A vacina é gratuita, está disponível nas unidades básicas de saúde e é recomendada para adolescentes de 9 a 14 anos, além de imunossuprimidas.
Projeto-piloto
A cidade do Recife será pioneira no projeto da Estratégia Nacional de Controle e Eliminação do Câncer Cervical. Cerca de 400 mil mulheres no estado, de 25 a 64 anos, serão testadas. Haverá também monitoramento de exames e implantação do projeto nas unidades de saúde.
A partir do segundo semestre, as ações serão ampliadas para todo o país.
Criminosos monitoraram rotina de Moro e família desde janeiro, dizem investigadores. De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam, inclusive, homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação.
POR FABIO SERAPIÃO
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta (22) uma série de diligências para desarticular um plano da facção criminosa PCC que pretendia realizar ataques contra autoridades. Um dos alvos era o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
São cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão preventiva e 4 de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná. Ao menos 9 já foram presos, sendo 6 homens e 3 mulheres, todos em São Paulo. Dois dos suspeitos seguem foragidos.
"Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", disse Moro pela manhã em suas redes sociais.
A ação foi batizada de Sequaz e, diz a PF, tem por objetivo desarticular o grupo que "pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco unidades da federação".
Como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Moro transferiu vários chefes do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenciário federal.
O principal líder do PCC foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e depois retornou para a capital federal.
Além dele, outros 21 integrantes da cúpula da facção foram transportados naquele momento em um avião das Forças Armadas a partir do aeroporto da vizinha Presidente Prudente (SP) para a transferência.
Os ataques contra Moro e outras autoridades, de acordo com a apuração, ocorreriam de forma simultânea, e os principais alvos estavam em São Paulo e no Paraná. Em São Paulo, o alvo era o promotor Lincoln Gakiya, que atua há anos em investigações sobre a atuação do PCC.
"Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho", disse o ministro Flávio Dino (Justiça) por meio de suas redes sociais.
Moro foi o juiz responsável por uma série de condenações pela operação Lava Jato, inclusive a que manteve o hoje presidente Lula (PT) preso por 580 dias entre 2018 e 2019. No final de 2018, Moro abandonou a magistratura para, no ano seguinte, assumir o cargo de ministro da Justiça da gestão de Bolsonaro.
Em 2020, porém, Moro deixou o governo Bolsonaro, rompido com o presidente, e, em 2021, foi considerado parcial pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em condenação de Lula.
O ex-juiz se filiou ao Podemos para disputar a Presidência em 2022, agora como rival tanto do petista como de Bolsonaro. Acabou decidindo concorrer a senador no Paraná pela União Brasil e foi eleito.
Nesta terça, Lula e Moro voltaram a troca farpas. Lula relembrou que, durante o período em que esteve preso em Curitiba, costumava falar para procuradores que iam visitá-lo que iria "foder esse Moro". O senador em seguida rebateu Lula e disse que o presidente quer se vingar do povo brasileiro.