Suposta irregularidade no PSL-PE. Polícia aponta 3 possíveis crimes

 

Com Agências

 

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), e mais 3 candidatas do partido em Pernambuco foram indiciados pela Polícia Federal por suspeita de participação em esquema de candidaturas laranjas para desviar verbas nas eleições de 2018.

 

Os 4 são investigados por crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indevida de recurso eleitoral e associação criminosa. As penas previstas para os crimes são de 5, 6 e 3 anos, respectivamente.

 

Além do presidente do PSL, foram indiciadas as ex-candidatas à Câmara dos Deputados, Maria de Lourdes Paixão, Érika Santos e Mariana Nunes.

 

A reportagem do Poder360 entrou em contato com o gabinete de Bivar na Câmara. Aguarda resposta e deixa o espaço aberto para publicação.

 

A investigação sobre as candidaturas de fachada teve início a partir de uma série de reportagens publicadas em fevereiro pelo jornal Folha de S.Paulo, revelando o esquema.

 

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi indiciado no mês passado por suspeita de ter comandado esquema de candidaturas no PSL mineiro –cujo diretório é presidido por ele. Além de Álvaro Antônio, outras 10 pessoas foram indiciadas.

 

JUSTIÇA DETERMINA DEVOLUÇÃO DE R$ 380 MIL

Na 4ª feira (28.nov), o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Pernambuco reprovou, por unanimidade, as contas da candidata Maria Lourdes Paixão e determinou a devolução de R$ 380 mil para o fundo partidário.

Ela recebeu R$ 400 mil de verba pública eleitoral a 4 dias da eleição e declarou ter gasto R$ 380 mil numa gráfica de fachada. Apesar do alto valor destinado à candidata, ela obteve apenas 274 votos.

 

Posted On Sábado, 30 Novembro 2019 05:11 Escrito por

Chefe do Executivo ressaltou iniciativas e tecnologias compartilhadas no Fórum de Governadores do Brasil Central visando melhorar a qualidade dos serviços públicos

 

Por Élcio Mendes

 

Afirmação foi feita nesta sexta-feira, 29, no Porto do Itaqui, no MaranhãoEsequias Araújo/Governo do TocantinsNo início dos trabalhos, os governadores visitaram o Porto do Itaqui, um dos principais do País e que recebe grande parte dos grãos produzidos nos estados do Brasil CentralAinda nesta sexta-feira, os Governadores do Brasil Central assinaram um acordo de cooperação com o BRB para financiamento no valor de R$ 1 bilhãoOutro anúncio importante do Fórum foi o avanço do projeto de Compras Compartilhadas de Medicamentos. Serão adquiridos 103 medicamentos no valor de R$ 169 milhões

 

Outro anúncio importante do Fórum foi o avanço do projeto de Compras Compartilhadas de Medicamentos. Serão adquiridos 103 medicamentos no valor de R$ 169 milhões;

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, afirmou em seu pronunciamento durante o 21° Fórum de Governadores do Brasil Central, que os instrumentos de gestão e as tecnologias compartilhadas pelos estados-membros, empresas e estados convidados são fundamentais para o aperfeiçoamento da gestão pública com foco nos resultados. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, 29, no Porto do Itaqui, no Maranhão.

 

"Essa integração e essas tecnologias aqui apresentadas são importantes para melhorar a eficácia da gestão pública e os serviços públicos que são oferecidos à população", afirmou o Governador.

 

No início dos trabalhos, os governadores visitaram o Porto do Itaqui, um dos principais do País e que recebe grande parte dos grãos produzidos nos estados do Brasil Central, levados pela Ferrovia Norte-Sul. "Nossa intenção é continuar investindo em infraestrutura para que os nossos produtores rurais que estão aumentando a sua produção tenham as melhores condições para escoar a safra e chegar com menor custo ao Porto para exportação", ressaltou o governador Carlesse.

 

Fórum de Governadores

Ainda nesta sexta-feira, os Governadores do Brasil Central assinaram um acordo de cooperação com o Banco de Brasília (BRB) para a região do Brasil Central com uma linha de financiamento no valor de R$ 1 bilhão e elegeram como novo presidente do Consórcio, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.

 

Compras compartilhadas

Outro anúncio importante do Fórum foi o avanço do projeto de Compras Compartilhadas de Medicamentos. Serão adquiridos 103 medicamentos no valor de R$ 169 milhões para as unidades da Federação consorciadas, cujos dois primeiros editais foram publicados nesta semana. São medicamentos de alto custo e a compra compartilhada vai gerar economia estimada em 30%. Este primeiro lote de medicamentos deverá ser entregue no início de fevereiro do próximo ano para as respectivas Secretarias de Saúde.

 

Também participaram do evento, o atual presidente do Consórcio, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; o governador do Maranhão e anfitrião do Fórum, Flávio Dino; o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha; e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, por impossibilidade de agenda não participou da reunião.

 

Posted On Sábado, 30 Novembro 2019 05:06 Escrito por

TOCANTINS PASSADO A LIMPO

Muita gente está assustada com as revelações trazidas à luz do dia acerca da ladroagem e da gatunagem que se instalaram no Estado, de acordo com a delação do empresário Rossine Aires.

Mal sabem essas pessoas que essa delação é um “traque” perto das que estão por vir, caso Franklin Douglas e Jr. Miranda optem, também, pela delação.  Segundo fontes, “uma banda da classe política tocantinense explode”.

A mesma fonte afirma que, caso não haja delação de Franklin e de Miranda, já há outra engatilhada, com poder destrutivo para exterminar 60% da classe política na ativa. “Essa delação foi feita entre março e abril, em Brasília.  Foram mais de nove dias, intercalados, de depoimentos”.

 

“TROCO” NO MDB

O prefeito de Porto nacional, Joaquim Maia, que vinha em conversações adiantadas com as cúpulas estadual e municipal do MDB, partido pelo qual esperava ser candidato á reeleição, viu suas pretensões virarem fumaça, após uma Operação da Polícia Civil nas secretarias municipais de Infraestrutura e da Cidade.

O partido suspendeu todas as filiações do grupo de Maia e lançou o nome do deputado estadual Valdemar Jr. como o pré-candidato a prefeito.

Rápido no gatilho, Maia não se abateu e já almoçou, na última quinta-feira, com o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, presidente estadual do Podemos, e pode anunciar, em breve, seu ingresso na legenda, com o apoio da senadora Kátia Abreu.

 

OU ATA OU DESATA

O dia 12 de dezembro é o “Dia D” sobre a liberação dos empréstimos da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, que irão beneficiar os 139 municípios tocantinenses com obras importantes para todo o Estado, inclusive a da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional.

Ninguém pode negar os esforços do governo de Mauro Carlesse em conseguir a liberação dos empréstimos, mas, caso a assinatura seja novamente adiada, é “caixão e vela preta” para as pretensões de ver esse dinheiro nos cofres do Tocantins.

 

FÁBRICA DE CORRUPÇÃO

A Polícia Federal é a instituição mais respeitada do País e causou surpresa aos seus membros o Estado mais novo da federação, com apenas 31 anos de criação, ser o recordista em operações de combate à corrupção.

“De mamando a caducando, os homens públicos do Tocantins, em sua maioria, são corruptos ‘finos’, precisos e audaciosos”, declarou uma autoridade federal.

De vereadores a membros dos altos escalões dos três poderes, não há distinção para o envolvimento com atos ilícitos.

Ainda bem que o cerco está sendo fechado pelos agentes da Polícia Federal, dos Ministérios Públicos Federal e Estadual, pelas Justiças estadual e Federal, pela Polícia Civil e outros órgãos investigativos, com o apoio e a cobertura da imprensa tocantinense.

Para essa autoridade federal, o Tocantins, funcionou, por muito tempo, como um verdadeiro laboratório de fabricar corrupção, em que 99% dos envolvidos saíram doutorados, com especialização em lavagem de dinheiro, plantio de laranjais e outros atos dissimulados.

A casa está caindo com os corruptos dentro.

 

COM EMPRESTIMO OU SEM EMPRESTIMO

A construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional é um compromisso pessoal do governador Mauro Carlesse com a população portuense e com a sociedade tocantinense.

“A ponte será construída, custe o que custar”, foi o que nos afirmou um auxiliar do primeiro escalão, durante o café da manhã desta sexta-feira, 29.

O governo encara a construção da ponte como a sua principal obra física.  A outra grande obra desse governo foi conseguir enquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

DIMAS COM O PRESIDENTE DA ACISA

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, presidente estadual do Podemos, participou de um café da manhã, em Palmas, com seu amigo de velha data, Wilson Neves, presidente da ACISA - Associação Comercial, Industrial e de Serviços Agropastoril de Porto Nacional.  Os dois construíram amizade quando Dimas foi presidente do Sinduscon.

Dimas e Neves fizeram uma avaliação da atual conjuntura política do Tocantins e sobre a expansão do Podemos em todo o Estado.

O prefeito de Araguaína pretende, em breve, vir a Porto Nacional para discutir e tomar decisões sobre a sucessão municipal.

Quem também participou do encontro foi o ex-secretário de Indústria e Comércio na gestão de Otoniel Andrade, Luso Albateno, um portuense que tem uma ótima e antiga amizade com Dimas, surgida quando ele foi secretário estadual da Indústria e Comércio e Luso um dos diretores da Pasta.

Luso é um portuense altamente qualificado, e conta com a estima de Ronaldo Dimas.

 

DIMAS COM CÍNTHIA

Aproveitando sua estada em Palmas, Ronaldo Dimas também se reuniu com a prefeita, Cinthia Ribeiro.  Certamente a pauta da reunião não foi “o sexo dos anjos”.

O presidente do Podemos, segundo nossas fontes, deseja ter candidaturas a prefeito nos principais municípios tocantinenses e, Palmas é o principal deles.

Pelo andar da carruagem, Cinthia Ribeiro pode – sem trocadilho – se filiar ao Podemos, eliminando o risco de ficar sem legenda para suas pretensões.

Dimas trabalha para ter bons resultados nas urnas em 2020 com seus candidatos a prefeito, inclusive em Gurupi, onde pode entrar em acordo com o prefeito Laurez Moreira e lançar um candidato em comum.

Laurez, Cinthia e Dimas são os principais nomes do grupo de prefeitos que não reza pela cartilha do Palácio Araguaia.

 

“NÃO DÁ”

O desafio de garantir o acesso ao SUS (Sistema Único de Saúde) a todos os brasileiros foi um dos temas explorados pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante palestra no Conahp (Congresso Nacional de Hospitais Privados), em São Paulo.

"Não dá para fazer tudo em cada município brasileiro. É esse modelo que a gente encontra e começa a partir deste ano a questionar alguns fundamentos. Amparados nos princípios da universalidade, integralidade e equidade, começamos a reestruturação do sistema de saúde brasileiro", afirma.

No entanto, Mandetta alerta que a melhoria do sistema só será possível se houver investimento e reorganização partindo da atenção primária. A ideia é dividir o país em regiões administrativas para criar salas de atendimento especializado. "2020 será o ano da medicina especializada", diz.

 

MÉDICOS PELO BRASIL

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 890/19, que cria o Programa Médicos pelo Brasil para substituir o Mais Médicos, em vigor desde 2013, com o objetivo de ampliar a oferta de serviços médicos em locais afastados ou com população de alta vulnerabilidade. A medida foi aprovada por 391 votos favoráveis a 6 votos contrários.

O texto aprovado é o projeto de lei de conversão de autoria do relator na comissão mista, senador Confúcio Moura (MDB-RO), que propõe a reincorporação ao programa dos médicos cubanos por dois anos.

Poderão pedir a reincorporação aqueles que estavam em atuação no Brasil no dia 13 de novembro de 2018 e tenham permanecido no País após o rompimento do acordo entre Cuba e a Organização Pan-Americana da Saúde, que intermediou a vinda dos profissionais cubanos ao Brasil.

 

PRESSÃO NO STF

O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) elevou a pressão sobre o STF (Supremo Tribunal Federal) ao usar uma brecha para condenar o ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia (SP), elevando a pena do petista.

Em sua decisão, os juízes federais contrariaram uma tese referendada por ministros da corte superior que já levou à anulação de duas condenações da Lava Jato.

Os três magistrados que analisaram o caso do sítio na segunda instância votaram por ampliar a pena de Lula para 17 anos, um mês e dez dias de prisão —na primeira instância, ele havia sido condenado a 12 anos e 11 meses neste caso.

A decisão do TRF-4, porém, em nada muda duas situações neste momento: Lula segue solto no aguardo dos términos de todos os recursos e continua impedido de disputar eleições, já que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa quando foi condenado em segunda instância no caso do tríplex de Guarujá (SP).

 

Posted On Sexta, 29 Novembro 2019 15:33 Escrito por

O presidente estadual do Podemos, Ronaldo Dimas, prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, segundo fontes, almoçou em um hotel de Palmas, acompanhado do prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, que, na semana passada, sofreu uma ação de busca e apreensão em duas secretarias do município – Infraestrutura e Cidade – onde foi colhida uma série de documentos

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Dimas está estruturando o Podemos em todo o Estado e, de acordo com nossas fontes, está praticamente fechada a filiação de Joaquim Maia à legenda.  Essa filiação, automaticamente, garantiria ao prefeito de Porto Nacional a presença de dois senadores – Kátia e Irajá Abreu – em seu palanque pela reeleição.

 

Membros do MDB de Porto Nacional

 

Joaquim Maia já esteve bem perto de se filiar ao MDB, com tudo acertado com o presidente municipal de Porto Nacional, Arlindo Almeida, mas o anúncio da cúpula estadual do MDB de que o deputado estadual Valdemar Jr. seria o candidato da legenda na cidade, tanto Maia quanto Arlindo foram pegos “de calças curtas”.

 

TROCO IMEDIATO

Mas, ao que tudo indica, Joaquim Maia não é de ficar remoendo os insucessos e, ao se ver inseguro na situação, partiu para a ação, dando um troco, à sua maneira, de forma imediata.

 

A filiação de Joaquim Maia no Podemos, juntamente com seus seguidores e correligionários, é o ponta-pé inicial para a formação de uma grandiosa coligação majoritária.  Não podemos esquecer que Joaquim Maia não é investigado, não está indiciado, muito menos é réu em qualquer processo judicial. Logo, de forma democrática, pertence ao povo portuense a liberdade de escolher o melhor candidato entre todos os que se apresentam nesse primeiro momento.

 

RETROVISOR

A imagem que se forma no retrovisor político é muito clara.  O prefeito de Porto Nacional estava  com sua filiação praticamente certa no MDB, já tendo conversado com Marcelo Miranda e, após a prisão do ex-governador, com o presidente estadual interino da legenda, Nilton Franco.  Antes disso, procurou acertadamente o presidente municipal, Arlindo Almeida, e já estava com tudo engatilhado, faltando apenas marcar a data da filiação.

Tudo corria dentro da normalidade, até O Paralelo 13 publicar em matéria o desejo da cúpula estadual do MDB em ter Valdemar Jr. como “candidato puro sangue”.  Foi nossa reportagem que avisou à Maia e à Almeida que suas negociações não seriam levadas em consideração.  Arlindo Almeida ainda foi á Palmas, mas, após conversas, tomou ciência de que a decisão do Diretório Estadual era definitiva.

Presidente do MDB Nilton Franco

 

Diante desse cenário, Joaquim Maia saiu em busca de outra legenda, sem pressa e sem aflição e acabou nos braços do Podemos, com dois senadores e uma estrutura confiável para sustentar a sua candidatura e a de seus companheiros.

 

CAUTELA

Mas, como todos sabemos, toda cautela é pouca para Joaquim Maia, uma vez que não se pode avaliar, ainda, o que sairá das investigações nas secretarias de Infraestrutura e de Cidade, da sua administração.

 

Senador Irajá Abreu

 

Maia não é investigado, indiciado ou réu em nenhum processo judicial ou policial, mas, manda o bom senso, que se aguarde o fim das investigações, das apurações e a conclusão da atual investigação, pois é certo que, caso o nome do prefeito de Porto Nacional apareça em qualquer tipo de denúncia do Ministério Público ou vire réu, ele perde imediatamente o apoio de Ronaldo Dimas, de Kátia e Irajá Abreu e do senador Eduardo Gomes, com quem vem tentando uma aproximação, pois eles, hoje, fazem parte do seleto grupo de políticos que não têm nenhuma mancha em seus currículos e, num momento em que o eleitorado, a mídia e a população em geral, descartam friamente qualquer político corrupto, não vão querer ter seus nomes associados a alguém sob suspeita.  Segundo um de seus colaboradores, além de Kátia e Irajá Abreu, o prefeito de Porto Nacional vem trabalhando para garantir a presença do também senador, Eduardo Gomes, em seu palanque, apoiando sua candidatura à reeleição.

 

 Joaquim Maia, em conversa com O Paralelo 13, já garantiu que está absolutamente tranqüilo em relação às investigações em curso e, inclusive, pediu celeridade nos trabalhos.

 

Outra situação que requer cautela de Joaquim Maia é o fato de ele estar filiado ao PV, e o seu partido estar completamente em silêncio desde que a operação policial foi deflagrada em Porto Nacional.

 

Estamos acompanhando de perto...

 

Posted On Sexta, 29 Novembro 2019 12:04 Escrito por

A coisa está ficando mais feia do que parecia.  Presos há quase 70 dias, o empresário Franklin Douglas e Jr. Miranda tiveram seus pedidos de habeas corpus sumariamente negados pela Justiça e, de acordo com a própria tese da defesa de Franklin, o estado de ânimo dos presos beira a possibilidade de suicídio

 

Por Edson Rodrigues

 

Franklin, segundo a acusação, operou milhões de reais de forma não republicana em vários governos, que receberam propinas e serviram para abastecer custas de campanhas, entre outros cries graves contra o patrimônio público.

 

As provas colhidas pela Justiça Federal, contidas em documentos apreendidos, escutas telefônicas e extratos bancários são incontestáveis e tanto Franklin quanto Jr. Miranda, segundo os investigadores, estão 100% comprometidos com os crimes cometidos. No caminhar das investigações, os próprios acusados produziram provas contra si em conversas telefônicas e na movimentação bancária.

 

Os Miranda

 

Após os recursos e habeas corpus terem sido negados, a chamada delação premiada parece ser o único caminho capaz de aliviar o estado de espírito dos dois acusados

 

ORIENTAÇÃO

Em conversa com um parente de um dos presos, fomos informados de que a família está fazendo um trabalho de convencimento, sob orientação de um advogado de renome nacional, para que seja proposta uma delação à Polícia Federal, com a apresentação de provas de 100% dos atos que praticou e indicando a quem o dinheiro foi distribuído.

 

Franklin Douglas

 

O medo da família está em dois pontos importantes: que alguma coisa aconteça com a pessoa antes da delação e que algo aconteça depois da delação.  De acordo com esse parente, as revelações são um verdadeiro tsunami, com potencial de destruir carreiras e patrimônios políticos.

 

PATIFARIA

O potencial destruidor de uma possível delação  é corroborado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, que mostram que a documentação obtidas nas buscas e apreensões e o andamento das investigações, apontam para “uma coisa monstruosa, uma verdadeira patifaria com recursos públicos”.

 

Vale lembrar que esses recursos que foram desviados, são os mesmos que faltaram para a Saúde, para a Educação, para a Segurança Pública, para a Assistência Social e outras áreas importantes para o bem estar da população, impactando diretamente milhares de famílias carentes, justamente quem mais precisa que o Estado cumpra seu papel.

 

E, nessa patifaria, há muitos políticos envolvidos ou com os nomes citados pelos acusados nos documentos e escutas telefônicas, que podem ter suas vidas públicas e carreiras políticas interrompidas, assim que tudo vier à tona, com provas, caso um dos dois, Franklin ou Jr. Miranda, seguirem os conselhos de familiares e advogados.

 

ESCOLHAS

As opções para os presos não são muitas.  Eles só podem escolher entre a delação ou natais, anos novos e carnavais longe de seus familiares, ou a delação como forma de diminuir suas penas.

 

Pois, segundo nossas fontes, os dois, Franklin e Jr. Miranda, abasteceram várias campanhas de dezenas de políticos em pleno exercício do mandato, atualmente, que vêm se locupletando desse esquema há oito, dez, quinze anos, sempre com o mesmo modus operandi.

 

Enquanto isso, suas famílias nada sabem, não fizeram parte do “banquete da corrupção”.  São filhos, pais, netos, irmãos, sobrinhos que podem cair na boca do povo como “parentes de corruptos”, sofrendo bullying e, ao mesmo tempo, preocupados em não poder fazer nada pelos que estarão atrás das grades, com o suicídio como única forma de abrandar o sofrimento.

 

LAVA JATO: SALVOS PELA DELAÇÃO

 

Desde que começou a aterrorizar os corruptos, a Operação Lava Jato reuniu quase uma centena de pessoas que preferiram penas mais leves e a liberdade próxima, tendo como única opção a delação.

 

Basta lembrar que Palocci es ta solto, trabalhando e junto de sua família, assim como os irmão Batista, da JBS, que só perderam uma liberdade incondicional porque mentiram para a Justiça.

Desde o início da operação Lava Jato, a Justiça Federal do Paraná (JFPR) já condenou, em primeira instância, 163 pessoas. De todos os condenados, 67 indivíduos celebraram acordos de colaboração premiada com procuradores – 41% dos condenados.

 

O dado, inédito, foi calculado pelo JOTA a partir de um cruzamento de informações da JFPR com os condenados e uma lista elaborada pelo Ministério Público Federal (MPF) com os 170 delatores cujos acordos são públicos.

 

As delações foram homologados pela primeira instância federal paranaense ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entram nesta conta, por exemplo, os 77 executivos da empreiteira Odebrecht. A lista fornecida pelo MPF não informa em qual ponto das ações penais ou das investigações os acordos foram celebrados com os acusados.

Confira abaixo a lista de pessoas que conseguiram o abrandamento de suas penas por meio de delações premiadas:

 

Veja a lista dos delatores que fecharam acordo:

 

1, 2, 3, 4 , 5 e 6. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e mais 5 familiares (Shanni Azevedo, Marici Azevedo, Ariana Azevedo, Humberto Mesquita e Amárcio Lewkowicz). Primeira delação importante do caso, que revelou os tentáculos políticos e empresariais do esquema de desvios de dinheiro da Petrobras. A legalidade do acordo foi confirmada no Supremo Tribunal Federal (STF).

  1. Lucas Pacce Júnior. Primeiro delator. Prestou informações sobre bancos e a doleira Nelma Kodama
  2. Alberto Youssef, doleiro. Complementou a delação de Paulo Roberto e revelou a participação de políticos. Acordo foi homologado no STF.
  3. Júlio Camargo, diretor da Toyo Engeenering e operador de propinas.
  4. Augusto Mendonça, presidente da Setal Engenharia. Revelou detalhes do cartel de empreiteiras para combinar licitações da Petrobras
  5. Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil. Revelou detalhes do esquema de desvio no mercado de navios do pré-sal.
  6. Rafael Ângulo Lopez, auxiliar de Youssef que transportava dinheiro para o doleiro.
  7. Shiko Nakandakari, operador que revelou pagamentos feitos pela Galvão Engenharia.
  8. Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa. Falou sobre Belo Monte.
  9. Dalton Avancini, presidente da Camargo Corrêa. Deu informações sobre as obras de Belo Monte.
  10. João Procópio, auxiliar de Youssef em seu escritório.
  11. Milton Pascowith, lobista da Engevix e da ERG. Deu informações sobre a atuação das consultorias do ex-ministro José Dirceu
  12. Mário Góes, lobista de estaleiros e da Andrade Gutierrez.
  13. Hamylton Padilha, lobista do estaleiro Vantage. Deu informações sobre negócios do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada.

20, 21 e 22. Ignorados. Acordos fechados pelo MPF sobre os quais ainda não se tem notícias sobre os participantes e as respectivas homologações judiciais.

  1. Ricardo Ribeiro Pessoa, acionista e presidente da UTC Engenharia. Acusou a campanha da presidente Dilma Rousseff de receber dinheiro do esquema. Acordo homologado no STF.
  2. Júlio Faerman, lobista da SBM Offshore. Prestou depoimentos no Ministério Público do Rio de Janeiro sobre repasses de propina da empresa para Pedro Barusco. Acordo homologado na 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro.
Posted On Sexta, 29 Novembro 2019 07:28 Escrito por O Paralelo 13