Em 2019 o FELC esteve em vários municípios com o objetivo de incentivar a gestão compartilhada dos resíduos sólidos e a implantação da coleta seletiva com inclusão dos catadores
Por Robson Corrêa
O Fórum Estadual de Lixo e Cidadania (FELC/TO) desenvolveu durante todo o ano de 2019 diversas reuniões no interior do Estado com o objetivo de incentivar os municípios a trabalharem a gestão compartilhada dos resíduos sólidos e a criação de consórcios entre as cidades. Os encontros foram coordenados pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) através da equipe de servidoras do órgão que apresentaram a viabilidade do trabalho de parceria entre os municípios.
Nesta quarta feira, 04, foi retomada a agenda de reuniões do FELC em 2020. Entre as pautas do encontro estava a apresentação do projeto Recicla Porto que será implantado no município de Porto Nacional ainda esse mês.
A primeira etapa prática do projeto consiste em dar publicidade para a população portuense sobre a importância da coleta seletiva e sobre o destino final dos resíduos. As rotas que serão percorridas e os dias que acontecerão as coletas também fazem parte do informativo que será veiculado nas mídias locais do município.
O material coletado será destinado primeiramente ao centro de triagem, e lá serão selecionados os resíduos passivos de reciclagem, e os materiais não aproveitados serão destinados ao aterro sanitário. Dois caminhões com 3 coletores em cada caminhão e 3 técnicos de meio ambiente, compõem a equipe responsável pela execução dos trabalhos.
O secretário do Meio Ambiente do município de Porto Nacional, Eduardo da Cunha, apresentou o projeto e destacou a importância dessa coleta seletiva porta a porta. “Quando o projeto for colocado em prática, vai trazer muitos benefícios para os catadores, principalmente na economia de tempo, e isso vai facilitar o trabalho deles”, pontuou. O secretário também frisou que “para o meio ambiente também será um ganho com menos materiais dispostos em lugares impróprios e consequentemente a saúde pública também ganha com a redução de possíveis criadouros de mosquito da dengue”.
O catador de resíduos de Porto Nacional, João Paulo Leite, participou do encontro e ressalta que o projeto Recicla Porto servirá também como estimulo para outras cidades implantarem a coleta seletiva porta a porta. “Esse encontro foi muito importante para as pessoas entenderem melhor o funcionamento do trabalho que será feito e se motivem a implantar também um projeto como esse em outras cidades”, pontuou.
Segundo a gerente de Resíduos Sólidos da Semarh, Hélia Pacheco, “os encontros do FELC/TO incentivaram à implantação da coleta seletiva com inclusão dos catadores de materiais recicláveis e mostraram para os municípios o quanto é importante essa inclusão que beneficia tanto município quanto a cooperativa”, afirmou.
O projeto prevê a coleta seletiva em todas as ruas do município de Porto Nacional além de Pinheiropólis, Luzimangues e Escola Brasil.
Resíduos sólidos
Resíduo sólido é todo o material descartado pela população. 80% desses resíduos possuem valor econômico e podem ser novamente comercializados após o processo de reciclagem, e 20% são os rejeitos inservíveis que devem ser destinados ao aterro.
Mesmo durante a articulação para a construção do aterro, é importante o município se antecipar na implantação da coleta seletiva com a inclusão dos catadores. Além de ser mais barata, serve como incentivo do ciclo produtivo, e os materiais deixarão de ser dispostos em locais inadequados.
FELC
O Fórum é coordenado pela Cooperativa de Materiais Recicláveis Amigos da Natureza (COOPERAN), em parceria com a SEMARH e o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), e tem entre os objetivos a colaboração com o poder público no apoio das organizações ambientalistas e associativas de trabalhadores com materiais recicláveis, bem como na articulação de apoio à adequada gestão e manejo de resíduos sólidos.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em sua live semana nas redes sociais que o baixo resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 é culpa da imprensa. "Se a imprensa produzisse notícia verdadeira, certamente o resultado seria melhor", afirmou.
Por Erick Mota
O primeiro ano de governo sob a gestão do presidente Jair Bolsonaro registrou crescimento econômico de 1,1%, taxa mais baixa dos últimos dois anos, segundo informações divulgadas pelo IBGE nesta quarta-feira (4).
Ainda ao criticar os jornalistas, Bolsonaro disse que não tem a obrigação de falar com a imprensa."Eu não estou falando com a imprensa, é direito meu, pô", afirmou. "A imprensa tem direito a me perguntar, mas a imprensa faz muitas pergunta ruins. Como que estuda tantos anos para fazer perguntas tão ruins?", ironizou.
O chefe do Executivo disse não saber porque a imprensa insiste em tentar falar com ele. "Se a imprensa diz que eu ofendo todo dia, o que estão fazendo todo dia ali [na porta do Palácio do Alvorada]?", disse.
Na transmissão, o presidente voltou a dizer que não fez acordo para a manutenção dos vetos sobre orçamento impositivo. "Mentem descaradamente, não existiu esse tipo de articulação", disse o presidente, que assinou os três projetos que foram encaminhados ao Congresso e publicados no Diário Oficial da União como parte do acordo sobre o orçamento impositivo.A tese de Bolsonaro de que não houve acordo já foi rechaçadas por diversos parlamentares.
Ser hétero é qualidade
Jair Bolsonaro falou ainda que encontrou com um empresário que lhe fez diversos elogios, mas o mesmo não havia falado sobre ser hétero, o que para o presidente da República, é uma qualidade. "Um empresário começou a falar das qualidades do presidente, né? 'Honesto, trabalhador' - faltou falar hétero -, aí eu falei: 'hétero', ser hétero agora é uma qualidade, né?", disse.
Para Bolsonaro, ter que pensar no que vai dizer para não ofender as pessoas é sinal de que o país tá chato. "Você tem que pensar em tudo que vai falar agora, tem que pensar: será que vou ofender o gordinho? É gordofóbico. Será que vou ofender os carecas? Carecofóbico", declarou.
Motim do Ceará
Outro ponto abordado pelo chefe do Executivo foi o motim dos policiais militares do Ceará. Segundo Bolsonaro, o que houve foi uma greve. Mas a Constituição proíbe forças de segurança de fazerem greves como as que foram feitas no Ceará.
O presidente, por sua vez, defendeu a legalidade da ação. "Greve, olha o que falei, greve. A imprensa nos governos anteriores falava em greve e no meu governo é motim", acusou Bolsonaro.
Bolsonaro afirmou também que irá dificultar o emprego da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) daqui em diante. "Nós vamos dificultar a GLO", declarou Bolsonaro.
"Se no combate ali morreu três, quatro ou dez bandidos, ele [o soldado] vai pra casa tranquilo", disse Bolsonaro para defender seu projeto de excludente de ilicitude.
Segundos após dizer que dificultaria o emprego da GLO, Bolsonaro tentou recuar, mas afirmou que será difícil aplicar. "Não é que eu vou dificultar, é que como eu sou responsável, dificilmente - olha o que eu estou falando -, dificilmente a GLO vai ser colocada em prática no meu governo", declarou.
Quer saber o problema do neoliberalismo?
Por Fernando Horta
Quer saber quem ganha quando você está sem dinheiro?
(segue o fio)
Ser liberal, hoje em dia e com a imensa quantidade de evidências sobre como a economia funciona ou não funciona é um caso de burrice ou má fé.
O bê-a-bá da economia pode ser entendido neste gráfico
Aqui mostra-se simplesmente que o consumo das famílias é exatamente o lucro das empresas.
você pode tornar as coisas mais complexas e dizer que o consumo das famílias é igual ao lucro das empresas mais os impostos do estado e mais o saldo das trocas e pagamentos ao exterior.
Falando sem firulas, se não há consumo das famílias não há lucro das empresas. Daí que olhando para o gráfico que qualquer aluno de economia conhece a partir do segundo semestre a gente percebe que TODO o planejamento do Guedes está errado.
Bom, errado na prática, mas não na teoria neoliberal.
Deixa eu te explicar. A massa salarial disponível (todo o dinheiro que a sociedade tem para gastar) ela pode estar igualmente distribuída ou pode estar concentrada.
Imagine um país fictício com dez pessoas e 100 reais de "massa dalarial". Para os neoliberais há diferença entre cada um ter dez reais para gastar ou um ter 91 e outros 9 terem apenas um.
Para os neoliberais a concentração de renda "estimula" o "empreendedorismo".
Na cabeça deles, o sortudo ali que tem 91 para gastar, vai iniciar um "negócio" e dar emprego e fazer o efeito multiplicador acontecer. Na prática, porém, isto não acontece. Acreditar no empreendedorismo é o que eu chamo de neoliberal burro.
Bom, se o consumo das famílias é o lucro das empresas, parece óbvio que deveríamos pagar o melhor possível para todos e assim alavancarmos o crescimento, não é? Pois é, está é a fórmula dos EUA do pós guerra, da Europa nos anos 60 e do governo Lula.
O neoliberalismo entra aqui apregoando outros argumentos. Ele diz que com a mão de obra aquecida, os salários aumentam e reduz a margem de lucro do empresariado e a "competitividade" da economia. Eles alegam que a economia produziria bens sem estar no seu ponto ótimo (menor custo
Aqui você pode ver o "papa" do neoliberalismo no Brasil falando isto.
Bom daí que para os ricos ficarem mais ricos é preciso que muita gente pobre consuma pouco (a galera do 1 real, lembra) e poucas pessoas detenham controle sobre a imensa maior parte da demanda. Assim pensa o neoliberalismo.
O consumo, em termos totais, é o mesmo se 9 pessoas tiverem 1 real e uma tiver 91, ou se todo mundo tiver 10 reais. Para o neoliberalismo a primeira forma é melhor pois preserva "o empreendedorismo".
O que o Brasil de Guedes estava fazendo é criar este cenário. Destruindo o valor do trabalho, baixando o custo da mão de de obra e concentrando renda. Estamos todos empobrecendo e eles esperando o pessoal rico começar a "empreender".
Só que tem um problema.
O mesmo funcionário que precisa ter seu salário rebaixado para garantir "competitividade" da economia é o consumidor que vai comprar os produtos. A isto Marx chamou de "contradição interna do capitalismo". Rebaixar salários provoca diminuição de demanda.
Países em que isto acontece apresentam uma deformidade no seu desenvolvimento. Empresas riquíssimas a vender produtos de baixo preço de forma massificada (como a Ambev e a Globo) e um buraco o desenvolvimento já que não há empresas consolidadas na venda de produtos mais caros.
Não temos, nem nunca teremos no Brasil empresas que produzem com alto valor agregado e de forma massificada (como a Microsoft ou a Samsung, por exemplo). Isto porque não temos mercado para estas empresas já que o perfil da nossa demanda é pobre. A isto se chama dependência.
Quando falta dinheiro no seu bolso o dono da Ambev fica feliz pois o negócio dele seguirá sendo atrativo por vender cerveja a 5 reais e poder pagar funcionários com um salário mínimo. As grandes empresas estrangeiras ficam felizes pois NUNCA vai se desenvolver concorrentes aqui.
E o gado nem entende que o sistema é feito para continuarmos a comer banana, tomar cerveja e comprar televisores e computadores de fora...
Presos no ciclo do subdesenvolvimento com as palmas do gado bolsonarista cantando hino e relinchando "vai para Cuba"...
*Fernando Horta
Historiador, professor ... pai e antifascista. Um cara que faz as coisas certas pelos motivos errados e as coisas erradas pelos motivos certos.
Durante o encontro, os estudantes produziram textos, desenhos e poesias para exposição no próximo mês Durante o encontro, os estudantes produziram textos, desenhos e poesias para exposição no próximo mês
Com Assessoria da SEDUC
Uma parceria entre o Centro de Ensino Médio (CEM) Felix Camoa e a Universidade Federal do Tocantins (UFT), Câmpus de Porto Nacional, proporcionou aos estudantes da 2ª série do ensino médio um dia de oficina educacional, nesta sexta-feira, 28. Todas as atividades foram alusivas ao Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, com o tema ‘Mulher seja a sua maior inspiração’.
Os universitários abordaram o tema, que já havia sido trabalhado em sala de aula, na disciplina de redação. Durante o encontro, os estudantes produziram textos, desenhos e poesias. O material será exposto no hall da escola, junto ao trabalho do Projeto Memórias Fotográficas sobre mulheres que fazem a diferença na cidade de Porto Nacional.
O projeto e o encontro são coordenados pela professora Graças Cantão, a qual explicou que no próximo mês a comunidade terá acesso às produções do projeto de fotografia e da oficina. “No dia 4 de março será culminância do projeto com a produção dos trabalhos dos estudantes, hoje, para cada vez mais falarmos sobre a mulher protagonista, que sabe o que quer e que faz a diferença”.
Marina Cantão, acadêmica de Ciências Sociais da UFT, foi ministrar a atividade junto com os colegas e explicou os objetivos. “Conscientizar as estudantes sobre o papel delas na sociedade e incentivá-las a atingirem seus objetivos, por meio dos estudos. Além disso, promovemos uma oficina para que os estudantes pudessem se expressar sobre o Dia Internacional da Mulher de forma criativa”.
Para professora de Redação, Rayane Ribeiro, o momento proporcionou troca de aprendizado. “Os estudantes amaram, pois o pessoal da UFT trouxe oficina, vídeos, debates, produções, em um momento de interação e explanação de ideias voltadas para a mulher”, frisou.
Já o estudante Jônathas Coutinho Oliveira falou sobre um pouco do que aprendeu com a atividade. “Nós falamos sobre a importância da mulher na sociedade, a luta por direitos, e a forma como elas não se conformaram com as injustiças da sociedade”, finalizou.
Congresso mantém veto presidencial sobre a LDO; Com isso, relator não pode indicar prioridades na execução de obras
Com Agência Brasil
O Congresso Nacional manteve, na tarde de hoje (4), o veto presidencial sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A manutenção do veto veio após acordo entre Congresso e Palácio do Planalto, o que explicou a votação maciça favorável ao veto. O acordo envolveu o envio, pelo governo, de Projetos de Lei (PL) que tratam da distribuição das verbas de emendas e do relator-geral do Orçamento.
Com a manutenção dos vetos, o relator-geral do orçamento não poderá indicar prioridades na execução de obras realizadas com orçamento público. O governo não terá mais o prazo limite de três meses para repassar a verba do Orçamento. Na prática, o orçamento destinado a emendas de comissão e do relator não são mais impositivas. Além disso, não haverá penalização ao governo caso ele não faça o pagamento dessa verba.
Independentemente do acordo, partidos de vários matizes ideológicos, como Rede, Novo, PSL e MDB, mostraram-se favoráveis aos vetos. Para eles, se o veto fosse derrubado, a governabilidade e o poder de gestão do presidente da República sobre a verba pública ficariam prejudicado. Partidos de oposição se colocaram a favor do veto, considerando que a medida prejudicaria não só o atual presidente, mas todos os que se seguirem.
A votação ocorreu após dias de negociações e acordos entre governo e Congresso, encabeçados, principalmente, pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
Os projetos de lei encaminhados ontem (3) pelo governo passarão pela Comissão Mista do Orçamento, onde poderão sofrer alterações através de emendas. Alcolumbre quer votaro taisprojetos no plenário na próxima sessão do Congresso, prevista para a terça-feira que vem (10).
Poder reduzido
Nos últimos dias, os presidentes do Senado e da Câmara (Alcolumbre e Rodrigo Maia) tiveram reuniões com representantes do governo para estudar um acordo que agradasse tanto ao Executivo quanto ao Legislativo. Os projetos encaminhados pelo governo definem que o relator do Orçamento terá liberdade de indicar a destinação apenas das verbas acrescidas ao projeto original. Na prática, isso limita o poder do relator.
Por exemplo, se o governo manda um projeto de lei para construção de escolas no valor de R$ 80 milhões, o relator do Orçamento só poderá indicar a destinação de uma verba extra que o Congresso acrescente ao projeto original.
“O Congresso faz um trabalho de revisão de receita, de corte de despesa, de encontrar recurso que não está sendo executado. Tudo isso permite que o Congresso remaneje recursos para áreas prioritárias. Nessas ações que têm acréscimo, o Congresso pode fazer a indicação”, explicou o relator-geral do Orçamento, deputado Domingos Neto (PSB-CE), à TV Câmara, após a sessão do Congresso de ontem (3).
Ciência e tecnologia
Como parte do acordo, a liderança do governo no Congresso orientou os parlamentares a derrubarem um veto sobre o contingenciamento de verbas para órgãos de ciência, tecnologia e pesquisa. O acordo foi cumprido e o veto, derrubado.
Com isso, instituições públicas como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não podem ter a verba retida pelo governo federal.