De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, a reação moderada de lideranças da Câmara dos Deputados e do Senado em relação à convocação de Jair Bolsonaro para as manifestações do dia 15 foi deliberada
Com Agências
A decisão é deixar Bolsonaro falando sozinho quando ele polemizar sobre assuntos que desviam a atenção da crise econômica. Como o ocupante do Planalto não tem respostas para os graves problemas, ele desvia a discussão para outros assuntos.
Segundo especialistas em monitoramento de redes sociais, a pauta econômica desgasta Bolsonaro e mudar de assunto o favorece. A coluna informa que a consultoria Arquimedes coletou 208 mil manifestações de 2 a 6 de março sobre o PIB: 81,16% eram desfavoráveis ao governo.
Outro estudo, da AP Exata, aponta que o governo está perdendo a guerra nas redes sociais, onde os bolsonaristas só fazem barulho, mas não influenciam mais do que os que participam de sua bolha.
A militância nas redes “já não consegue ultrapassar essa barreira, mesmo com a atuação de perfis de interferência que defendem o bolsonarismo nas redes”, como robôs, perfis fakes e adeptos. De acordo ainda com a análise distribuída pela AP Exata, isso explica o fato de Bolsonaro “ter convocado pessoalmente as pessoas às ruas”.
Para a analista da Folha os analistas afirmam, no entanto, que os protestos do dia 15 podem ter volume, já que a bolha de apoiadores do presidente segue numerosa —apesar de mais restrita e radical.
Os organizadores das manifestações de oposição marcadas para o dia 18 acreditam que o tamanho delas estará condicionado ao dos movimentos pró-Bolsonaro. Escreveu ela
Um aliado do alto clero do MDB, com trânsito livre na cúpula estadual da legenda, nos informou que, ao saber que nesta terça-feira o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia, receberia a Comissão Provisória do PP estadual, presidido pela senadora Kátia Abreu, o MDB, imediatamente, advertiu Maia sobre o “veto” da cúpula do partido á senadora
Por Edson Rodrigues
Após o aviso, Maia suspendeu as tratativas sobre a Comissão provisória do PP na cidade.
Outro fato estranho para os seguidores e partidários de Joaquim Maia foi o anúncio do vice-prefeito Ronivon Maciel que, após o rompimento político com Maia, visando a disputa da eleição para a prefeitura como candidato oposicionista ao atual prefeito, comunicou em entrevista a um veículo de comunicação que será candidato pelo PSD, partido presidido no Estado pelo filho da senadora Kátia Abreu, o também senador, Irajá Abreu.
Os aliados do prefeito Joaquim Maia o estão aconselhando a fechar 100% com o MDB, inclusive pelo fato de que vai se filiar ao próprio MDB na segunda quinzena do mês de março, entre os dias 23 e 26, juntamente com várias outras lideranças.
Pelo visto, Maia já fez sua decisão, e não indicou os nomes que iriam compor a Comissão provisória do PP de Kátia Abreu.
Caso essa informação se confirme, a tendência é que o vice-prefeito, Ronivon Maciel, fique com o comando municipal dos dois partidos dirigidos pelo clã Abreu, PP e PSD.
Pelo andar da carruagem, Joaquim Maia já “lavou suas mãos” quanto a ter o PP sob seu comando em Porto Nacional.
ROMPIMENTO
O paralelo 13 irá publicar uma análise profunda sobre as perdas e ganhos de Joaquim Maia e Ronivon Maciel e os efeitos políticos do rompimento entre os dois, em sua próxima edição impressa, após o dia quatro de abril, o “Dia D” da política em todo o Brasil, principalmente no Tocantins, pois é o último prazo para filiações em agremiações políticas de todos os pré-candidatos a prefeito e a vereador que ou estão sem partido ou estão sem espaço ou descontentes nas suas atuais legendas.
Diante da situação apresentada em Porto Nacional, com o vice-prefeito indo para a disputa direta com o atual prefeito pelo cargo em outubro próximo, quaisquer previsões sobre as pré-candidaturas beiram, hoje, o puro palpite, o simples achismo, quando tratamos do assunto “filiações”.
Por isso, só após o dia quatro de abril para fazermos uma análise mais apurada do momento político do Tocantins.
Até lá, muitas novidades ainda estão por vir!
Cargo é ligado à Secretaria de Cultura, comandada pela atriz. Assessoria da pasta culpa 'entrave burocrático' e diz que expectativa é que 'tudo se resolva nos próximos dias'
Com Agências
O Palácio do Planalto cancelou, na noite desta segunda-feira, 9, a nomeação de Maria do Carmo Brant de Carvalho da Secretaria de Diversidade Cultural. Indicada pela secretária especial de Cultura, Regina Duarte, ela havia sido nomeada para o cargo na última sexta-feira e não chegou nem mesmo a tomar posse.
Uma edição extra do Diário Oficial da União, publicada no fim da tarde desta segunda, tornou sem efeito a designação de Maria do Carmo. O ato é assinado apenas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e foi visto como uma retaliação por parte dos olavistas que apoiam o governo a Regina Duarte. No domingo, em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, ela disse que existe uma “facção” no governo que deseja retirá-la do cargo.
Oficialmente, a assessoria da Secretaria de Cultura se limitou a dizer que o cancelamento da nomeação se deve a “entraves burocráticos”. Questionada se Maria do Carmo poderá voltar a ser designada para o posto, a secretaria de Cultura não respondeu.
Ao tomar posse, Regina disse ao presidente Jair Bolsonaro que não se esqueceria de que tinha recebido a promessa de “carta branca” no cargo. Em seguida, ao respondê-la, Bolsonaro afirmou que exerceria o poder de veto, como já fez em todos os ministérios.
Maria do Carmo foi nomeada no governo de Michel Temer como secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Em 2014, ela atuou como coordenadora da área social do programa de governo do então candidato à Presidência, Aécio Neves.
Pela manhã, o ministério do Turismo, ao qual a Secretaria de Cultura é subordinada, publicou o currículo da profissional, que é doutora em Serviço Social pela PUC-SP. Ela também foi integrante do Conselho Superior de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), secretária-adjunta na Secretaria Municipal de Assistência Social de São Paulo e superintendente do Centro de Estudos e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária. “Ela ficará responsável, entre outras funções, por articular e coordenar ações de fomento às expressões culturais populares”, destacou o site da pasta.
Após afirmar que uma “facção” deseja tirá-la da secretaria de Cultura, Regina recebeu críticas públicas do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, do escritor Olavo de Carvalho e do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, subordinado a ela.
Apontado como um dos fiadores da entrada da atriz no governo, Ramos disse ao Estado que “não foi boa” a declaração de Regina. Articulador político do Palácio do Planalto, o ministro também defendeu Camargo, chamado pela atriz de “ativista” e de “problema”, em entrevista à TV Globo exibida no domingo, 8. A assessoria da nova secretária afirma que o presidente Jair Bolsonaro sabia da gravação à emissora.
Desde que foi anunciada como substituta de Roberto Alvim, demitido por parafrasear o nazista Joseph Goebbels, a atriz tem recebido uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Os ataques partem de apoiadores de Bolsonaro, que não gostaram das demissões de integrantes do movimento conservador.
Governador destacou a infraestrutura como principal área que necessita de recursos
Por Brener Nunes
O governador do Tocantins, Mauro Carlesse, recebeu na tarde desta segunda-feira, 9, no Palácio Araguaia, o empresário Kenji Kawano. Segundo o executivo japonês, o objetivo é concretizar sua disposição em investir no Tocantins, trazendo recursos, principalmente, na área da infraestrutura.
Kenji Kawano também demonstrou interesse em trazer desenvolvimento na área da agricultura com o arroz japonês, bastante consumido junto ao sushi e outros pratos da culinária asiática. “Quero trazer semente de arroz japonês para cá. Aqui tem muitas casas de sushi. Vejo mais brasileiros comendo sushi do que japoneses”, afirmou.
Na área da infraestrutura, o governador Mauro Carlesse afirmou que o Estado necessita de grandes investimentos em patrulha mecanizada. “Precisamos de pelo menos 300 máquinas (tratores, caminhões e retroescavadeiras); recursos para a construção de pontes; e principalmente, estradas”, destacou.
Durante a conversa, o Governador ainda comentou sobre alguns projetos de sua Gestão como o Programa Pátria Amada Mirim, que tem como um de seus objetivos trazer a implementação e o incentivo à educação ambiental para crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, buscando a conscientização e a adoção de práticas sustentáveis quanto à utilização dos recursos naturais.
O governador Mauro Carlesse também destacou como conseguiu a liberação para a criação da tilápia no Tocantins, e pontuou sobre o Proindústria, o programa de incentivos fiscais às industriais do Estado. “O Tocantins precisa se unir com pessoas que tenham vontade de trazer o desenvolvimento ao Estado”, concluiu.
Sobre o empresário
Kenji Kawano é diretor superintendente da Kenbridge Consultant, que foi fundada em Brasília, em agosto de 1994, como consultora em negócios bilaterais entre o Brasil e o Japão, e em 2012 implantou uma filial em Palmas. Desde então, vem atuando na área de investigação, análise, aconselhamento, procuração, licitação e representação para empreendimentos internacionais, tanto no setor público quanto privado.
A Kenbridge conta com funcionários especialistas em relacionamento Brasil-Japão, incluindo japoneses e cientistas políticos, economistas, administradores, experientes em planos estratégicos, estudos de viabilidade, elaboração e financiamento de projetos, e todo tipo de apoio em relação ao impulsionamento de projetos.
Primeira denúncia apresentada pela Força-Tarefa estava sob sigilo até que medidas de bloqueio fossem cumpridas
Com Assessoria PGR
A pedido da Força-Tarefa Postalis, a Justiça Federal do Distrito Federal tornou rés três pessoas por causarem prejuízos - em valores atualizados - de mais de R$98 milhões ao fundo de pensão dos Correios, o Postalis. Antônio Carlos Conquista, Ricardo Oliveira Azevedo e José Carlos Lopes Xavier de Oliveira responderão por gestão temerária e fraudulenta e tiveram seus bens bloqueados até o limite do rombo causado. A denúncia pede ainda a reparação econômica e moral das vítimas, correspondendo a três vezes o montante perdido. Se condenados, os denunciados deverão pagar quase R$295 milhões. O processo, que corresponde à primeira ação penal apresentada pela FT, estava em sigilo até que a indisponibilidade dos bens fosse cumprida.
As investigações revelaram que as fraudes foram articuladas por meio de aportes do Postalis no FIC FIM Serengeti , gerido pelo Grupo BNY Mellon. Com os recursos, em agosto e setembro de 2012, foram adquiridas duas Letras Financeiras do Banco BVA, a R$ 25 milhões cada. Acontece que a situação econômica desse banco era precária e já amplamente noticiada pela imprensa. O patrimônio líquido da entidade havia reduzido em mais de 23% naquele mesmo ano. O resultado foi que, em outubro (apenas um mês após a injeção milionária patrocinada pelo Postalis) o BVA sofreu intervenção do Banco Central. Os títulos comprados perderam seu valor e a única garantia oferecida também.
Na denúncia enviada à 12ª Vara de Justiça Federal, os procuradores Leonardo Sampaio, Marina Sélos e Mirella Aguiar, sustentam que as irregularidades foram carregadas de omissão e de análise técnica superficial sistemáticas por aqueles que detinham poder decisório sobre as aplicações. “Os riscos de um investimento no banco BVA não teriam sido assumidos por um investidor médio racional de boa-fé, a menos que a perspectiva de retorno superasse, em muito, outras opções de mercado, o que não era o caso. A situação se agrava ao tratar-se de investidor qualificado”, comenta a FT. Antônio Carlos Conquista e Ricardo Azevedo eram, respectivamente Diretor-Presidente e Diretor Financeiro do Postalis. Já José Carlos de Oliveira figurava como presidente do Grupo BNY Mellon, empresa especializada em investimentos.
A Força-Tarefa relata ainda outra manobra: uma alteração no regulamento do FIC FIM Serengeti, a fim de validar as aquisições de títulos do BVA. Os procuradores explicam que o estatuto do fundo Serengeti previa que não poderiam ser investidos recursos em títulos com elevado risco de crédito. No entanto, era exatamente essa a classificação atribuída ao BVA por agência de rating internacional. Diante disso, a FT afirma que foi simulada uma assembleia de cotistas do FIC para mudar a regra da entidade e permitir investimentos de tal natureza.
A mudança foi realizada um dia após a aquisição da primeira Letra Financeira do BVA e teve vigência retroativa a partir do dia da compra. Nesse contexto, a denúncia cita evidências de que a suposta reunião jamais aconteceu e que teve sua ata forjada, contando com a participação de duas funcionárias do BNY Mellon. Natalia Couri e Bianca Castro, respectivas gerente jurídica e advogada da empresa, foram igualmente denunciadas. Para o MP, ambas concorreram para a prática da fraude. O juiz federal Marcus Vinícius, nesse aspecto discordou e entendeu que as acusadas não agiram com dolo, tendo sido utilizadas pelos três reús.
Vale destacar que a presente denúncia trata apenas dos crimes praticados no âmbito das compras de Letras Financeiras do BVA, não esgotando os demais ilícitos empreendidos pelo grupo criminoso. “A análise dos diversos processos e procedimentos já em curso, reunidos a partir da instalação dessa força-tarefa, indicam a existência de um estruturado esquema criminoso que tomou de assalto os cofres do Postalis, com o aporte de recursos milionários em investimentos fraudulentos/temerários, em proveito de empresários e mesmo instituições financeiras que administravam, geriam e garantiam os investimentos, mediante possível recebimento de vantagens indevidas pelos administradores do fundo de pensão e terceiros para assegurar a realização desses investimentos”.
A ação tramita sob o número 1003218-38.2020.4.01.3400
Íntegra da denúncia e da decisão pelo recebimento .
Sobre a FT Postalis - Constituída em agosto de 2019, a Força-Tarefa é formada por procuradores do MPF e conta com o auxílio de auditores dos Correios. Seu objetivo é concentrar a apuração dos crimes contra o sistema financeiro e, eventualmente, lavagem de capitais, além de outros delitos conexos, praticados contra o Fundo de Pensão Postalis. Nesse sentido, a FT assumiu as investigações das operações Pausare e Rizoma e dará continuidade às demais apurações sobre o assunto.
Segundo os procuradores da FT, as diversas apurações da Superintendência Nacional da Previdência, a Previc, e da Auditoria Interna dos Correios, o Postalis foi cenário de uma sucessão de investimentos fraudulentos e/ou temerários realizados nos últimos 12 anos, de risco exagerado, sem a devida avaliação, direcionados, muitas vezes, por interesses escusos, que criminosamente comprometeram o fundo e sua capacidade de custeio de benefícios. O prejuízo estimado é bilionário.