Com mais de 17 horas de programação ao vivo e presença em diferentes plataformas, a chegada da franquia brasileira da emissora americana revoluciona o mercado de notícias televisivas no País
Por Luisa Purchio e Luís Antônio Giron
No próximo domingo 15, o jornalismo brasileiro assistirá ao início de um novo e importante capítulo em sua história: a estreia do canal de notícias CNN Brasil, em português, nas principais operadoras de televisão, redes sociais e plataformas digitais do País. O projeto é audacioso, e vem sendo preparado com um ano de antecedência para chegar com poder ao mercado de notícias. Exemplo disso é a quantidade de acontecimentos ao vivo que o canal enfrentará logo em sua data de estreia. No dia 15 de março o Brasil estará fervendo com as manifestações a favor do governo Bolsonaro e contra o Congresso Nacional e o STF. As condições do dia escolhido mostram o quanto a equipe se sente preparada para a proposta de comentar e reportar os principais acontecimentos do dia com uma programação em tempo real, e 100% digital, em diferentes plataformas.
O investimento é estrondoso. Por trás dele, está Rubens Menin, principal acionista da franquia do canal americano. Cofundador e CEO da MRV, maior construtoras do Brasil, Meni ocupa a lista dos bilionários do mundo da Forbes. Considerado o responsável por trazer a CNN para o Brasil, Menin já é o mais novo figurão do time dos poderosos empresários midiáticos brasileiros. A estrutura com a qual a CNN Brasil estreará é algo nunca antes visto no País: nove toneladas de equipamentos, quatro mil metros quadrados de estúdio e 450 profissionais contratados, sendo 160 deles jornalistas, com cerca de dez meses de antecedência à estreia do canal. A sede principal será em São Paulo, mas já tem um braço em Brasília e se prepara para inaugurar um escritório no Rio de Janeiro. Diante da crise financeira pela qual passa o Brasil, a chegada do canal é um respiro e abre novas oportunidades para os profissionais do mercado de comunicação. Mesmo começando apenas esse mês, desde o primeiro semestre do ano passado jornalistas de peso vêm sendo contratados. Com remunerações altas, a CNN Brasil conseguiu tirar de outras emissoras grandes nomes de seu quadro de funcionários. Da Rede Globo, por exemplo, vieram a apresentadora Monalisa Perrone e os repórteres Phelipe Siani e Mari Palma. Diante de propostas irrecusáveis e a oportunidade de ingressar em um canal de prestígio internacional, eles não pensaram duas vezes. Muitos eram também apostas da RecordTV, e seu desligamento incomodou a emissora de Edir Macedo. Douglas Tavolaro, por exemplo, foi vice-presidente de Jornalismo da Rede Record por dez anos e a deixou para ser um dos sócios, CEO e founder da CNN Brasil. Levou consigo nomes importantes principalmente no comando de uma grade ao vivo de programação, como o jornalista Reinaldo Gottino, que estava à frente do “Balanço Geral”, um sucesso que foi capaz de desbancar a Globo em audiência.
A vinda da CNN Brasil também fez com que o mercado se movimentasse em busca de novos formatos de conteúdo. Na quinta-feira 5, a RecordTV fechou uma parceria com a Fox News para intercambiar séries e documentários. Já a Globo News aumentou a sua programação ao vivo para 17 horas e 30 minutos, meia hora a mais que a proposta anunciada pela CNN Brasil.
A maior do mundo
Quando, em 1980, o empresário Ted Turner fundou A Cable News Network em Atlanta, sul dos Estados Unidos, não havia concorrência para as três grandes emissoras abertas americanos: CBS, NBC e ABC, que operavam de Nova York. Turner detectou um nicho de mercado: a televisão a cabo e por assinatura começava a engatinhar e a morder parcelas de um público que exigia um serviço de notícias mais intenso em um mundo que passava por transformações. No início, o canal teve dificuldades de se afirmar. Muitos espectadores desistiam de assiná-lo, pois, apesar de anunciar 24 horas de notícias, repetia o conteúdo de notícias. Tanto que o público passou a chamar a CNN de “chicken noodle network” (rede da sopa de macarrão) porque era repetitiva e insossa como sopa caseira. Havia pouca notícia em 1980 para tanto tempo de exposição. Mas o mundo mudou, a globalização acelerou a quantidade e a necessidade de notícias. A partir dos anos 1990, a televisão por assinatura ganhou impulso e a CNN ampliou sua programação e gerou canais que fizeram história, como a CNN International. Os fatos impulsionaram as coberturas extensivas mundiais, a partir da eclosão da primeira Guerra do Golfo, em 1991. No fim do século XX, surgiram subsidiárias como a CNN en Español e franquias, como a CNN Türk, que opera em inglês em Istambul e segue uma agenda pró-governo local. O ápice da cobertura ao vivo se deu com o 11 de setembro, quando os repórteres da CNN cobriram o atentado às Torres Gêmeas em Nova York para o mundo inteiro.
ESTRUTURA DE PESO Nove toneladas de equipamentos, quatro mil metros quadrados de estúdio e sede em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro (Crédito:Divulgação)
Uma nova mudança aconteceu em 2005, com a saída de Ted Turner do comando da rede. Ela passou a produzir notícias em multiplataformas: a partir de um núcleo de produção, todas os canais eram alimentados com conteúdo. Foi este método de hub noticioso que serviu como modelo para outras mídias, principalmente para os canais de YouTube no início do século XXI. Um dos pilares da emissora sempre foi a isenção jornalística e a não ingerência de pautas de governos na sala de redação. Essa tendência foi perdendo a eficácia a partir da campanha de Donald Trump, em 2016, quando todas as mídias começaram a tomar partido. Trump deu início a uma campanha contra a CNN e passou a apoiar a concorrente Fox News. A situação obrigou a emissora a se posicionar à centro-esquerda do espectro político americano. No Brasil, ela irá tropicalizar a pauta e pretende buscar isenção jornalística. Pelo menos essa é a proposta do Conselho Editorial independente que comporá o canal. Com jornalistas brasileiros e internacionais, entre eles a ex-correspondente da CNN Internacional do Rio de Janeiro Shasta Darlington, e um advogado que tirará as dúvidas sobre as questões legais do noticiário, o objetivo é manter a autonomia: “Não seremos nem de direita, nem de esquerda”, disse Douglas Tavolaro, CEO e founder do canal. “Nosso negócio é o jornalismo profissional: isento, transparente e rigoroso.”
Uma lembrança habita como fantasma a memória de Heloísa de Carvalho. O gotejar na banheira da Escola Júpiter funciona como um clique em sua cabeça. Instantaneamente, a imagem da mãe submersa em um amálgama de sangue e água se faz presente. “Acordei e ela não estava na cama. Quebrei a janela do banheiro com o cotovelo e a vi desacordada. O guru, como de costume, estava na sala com Silvana, a aluna que mais tarde seria sua esposa”. É assim, com muita mágoa, que Heloísa relembra a convivência com seu pai, o astrólogo Olavo de Carvalho, ideólogo do governo e guru do presidente Jair Bolsonaro. Ela o define como “megalomaníaco” e uma fraude, já que ele vivia de dar golpes em amigos. “Está claro que ele tem problemas psíquicos”, diz. Abandonada à própria sorte quando criança, foi vítima de abuso sexual por um parente, não frequentou a escola até os 12 anos de idade e conviveu com a poligamia escancarada do pai, tudo isso antes dos 18 anos. Em depoimento à ISTOÉ, ela destrói Olavo.
Por Guilherme Henrique
Residindo atualmente em Atibaia, na Grande São Paulo, Heloísa de Carvalho não sabe dizer com exatidão quantos endereços teve na vida. “Quando eu morava com o guru, a gente não tinha casa. Não existia essa coisa de sentar à mesa, dividir sentimentos e problemas”, recorda. Ela passou um período morando nos fundos da Escola de Astrologia Júpiter, fundada por Olavo em 1979, em parceria com Marylou Simonsen, filha de Mário Wallace Simonsen (um dos sócios da Panair), e que foi palco da tentativa de suicídio da mãe. Na sua lembrança, esse tempo tenebroso ficou como um dos muitos momentos em que a personalidade e as vontades de Olavo de Carvalho se sobrepuseram às necessidades familiares.
PREMONIÇÃO Durante viagem a Paris, na década de 1990, Olavo faz o gesto que anos depois caracterizaria o bolsonarismo
A experiência nefasta na escola durou até meados de 1980. “Aquilo não ia dar certo. Os sócios tentavam dar as aulas, mas a escola era uma bagunça, crianças correndo pelas salas, uma gritaria danada. Morávamos no fundo da Júpiter, colchão no chão, roupa jogada para todo lado. Uma baderna”, relembra. A decisão de morar na Júpiter partiu da mãe de Heloísa e primeira esposa de Olavo de Carvalho, Eugenia, que mudou-se para lá com os filhos do casal – além de Heloísa, os meninos Luiz Gonzaga de Carvalho e Tales de Carvalho, enquanto que Davi de Carvalho, recém-nascido, foi para a casa da avó materna. “Para colocar a Júpiter em funcionamento, o guru alugou um sobradinho no Tremembé, na zona Norte de São Paulo. Mas, como era de se esperar, ele deu calote no dono do imóvel e não pagou o aluguel. Fomos despejados”.
Pai ausente
Raramente Heloísa chama Olavo de pai. Guru é o termo escolhido por ela. “Eu e meus irmãos fomos criados para idolatrá-lo. Eles seguiram seus passos. Eu, como sempre, nunca dei muita bola para ele”, brinca. Mais velha dos oito filhos do astrólogo, ela recorda-se com desenvoltura das peripécias do atual mentor de Bolsonaro. “Vivíamos sem regra nenhuma. Eu só fui descobrir que precisava tomar banho todos os dias já na adolescência, quando passei um tempo com minha tia Julia”. Ir à escola tampouco era uma preocupação de Olavo. A educação tardia, feita pelo método Mobral, prejudicou o desenvolvimento de Heloísa. “Eu só sabia escrever meu nome e as quatro operações básicas da matemática. Meus irmãos não concluíram os estudos, graças ao desleixo de Olavo”. Já na fase adulta, ela conseguiu finalizar o bacharelado em Direito.
Quando o projeto da Escola Júpiter acabou, Olavo de Carvalho já estava em um outro relacionamento, com Silvana, sua segunda esposa e mãe de Maria Inês e Percival. Entre 1981 e 1982, Heloísa viveu com a madrasta, a irmã mais nova e o pai em uma casa da zona sul de São Paulo. “Era uma mansão, com piscina, duas suítes, closets”, detalha. Nessa época, ela conta que foi matriculada em uma escola particular pelo pai, mas a rotina de estudos durou pouco. “Eu não tinha alimentação, roupa limpa, material escolar, nada. O guru viajava para o Rio de Janeiro e Belo Horizonte e nos abandonava à própria sorte. A Silvana ia para a casa da avó com a filha, porque lá tinha motorista, comida, empregada. Eu ficava sozinha”.
A casa virou um mausoléu irreconhecível, com a piscina suja e a grama tomada pelo mato. Uma noite em que estava sozinha no quarto, Heloísa ouviu passos no quintal. Ao perceber a presença de dois homens forçando a porta da cozinha, escondeu-se no armário. “Só saí do esconderijo quando ouvi a sirene policia. O guru, medroso e cagão como sempre, estava lá fora e não entrou nem para saber como eu estava”.
Traumatizada, Heloísa foi morar com uma tia em Atibaia, mas em meados de 1985 sua mãe foi buscá-la para que ela voltasse ao convívio com o guru. Ao chegar a um sobrado no centro de São Paulo, ela não entendeu nada. Seu pai, cristão e frequentador das missas de domingo no Brás, havia se convertido ao islamismo. “Umas 15 pessoas moravam na casa. Dormíamos em quadriliches. Minha mãe, que já não tinha relação marital com o Olavo, era tida como a matriarca”. Olavo já havia assumido um casamento com Roxane, com quem vive até hoje nos Estados Unidos. Nem por isso se furtava em continuar se relacionando com outras mulheres que freqüentavam a casa, então transformada numa espécie de templo islâmico. Além de Roxane, o guru tinha relações sexuais também com Meri Harakawa e Tereza, que frequentavam o local.
Heloísa conta que Olavo só se converteu ao Islamismo para se beneficiar da bondade alheia. ”As pessoas achavam que ele trabalhava pelo Islã, mas era papo furado. Comerciantes árabes nos mandavam comida, bebidas, roupas. Tinham pena da nossa família e ele se aproveitou disso”. A relação com o islamismo durou até o início 1986, quando a casa “começou a degringolar”. Na mesma época, Heloísa se casou, teve um filho e deixou de viver com o pai. A ida do astrólogo para os EUA, em 2005, foi uma fuga. “Ele me ligou um dia e disse para encontrá-lo em Curitiba. Chegando lá, me disse que precisava sair do país”, afirma. “Ele estava disposto a viver xingando as pessoas, como faz, sem a preocupação de ser processado”. Heloísa está convencida de que ele “sempre odiou o Brasil” e alimentava o sonho de tornar-se americano. Ela diz que a vida de pequenos trambiques que o guru aplicava nos amigos no Brasil, continua na Virgínia. “Quando fica doente, como aconteceu recentemente, ele faz vaquinhas na internet. Aí é fácil ser guru”, brinca.
Desgaste e crises
As desavenças entre Olavo e a filha começaram em 2017, após o lançamento do filme “Jardim das Aflições”, que relata a vida do guru. Heloísa conta que o pai se aproveitou de Daniel Aragão, produtor do filme, excluíndo-o dos créditos e da divisão dos lucros do documentário. “Ele usou o mesmo modus operandi da vida toda: sacanear os outros”, acusa. Uma carta aberta escrita por ela, contando os podres do astrólogo, publicada no mesmo ano, azedou ainda mais a relação.
A guerra familiar, agora, continuará na CPMI das Fake News. Convocada pelo deputado Alexandre Frota (PSBD-SP), Heloísa afirma ter um dossiê contra Olavo e os seus seguidores. “Investiguei durante muitos anos como essas pessoas funcionam. Elas são doentes: vivem na ‘olavosfera’ e fazem de tudo para defendê-lo. Conheço meu pai melhor do que ele: por isso, ele morre de medo de mim”. Por tudo que sabe, Heloísa diz temer pelo futuro do Brasil, já que Bolsonaro não abre mão de ouvir os conselhos do guru. “Por onde ele passa, o caos aparece”. Ainda não há uma data para o depoimento na CPMI, mas ela acredita que os documentos que apresentará em Brasília podem mudar os rumos da vida do astrólogo. Ainda que sofra ameaças de morte e seja perseguida por seguidores do guru, como já acontece, ela não pretende ceder nas denúncias que envolvem os métodos do pai. “Ele tem um velho amigo que o acompanha em todas as suas ações subterrâneas na Internet e que não deixa rastros nos ataques que promove. Se depender de mim, essa pessoa será desmascarada”, afirmou Heloísa. Ela, contudo, diz que só vai revelar quem é essa pessoa na CPMI das Fakes News. A máscara de Olavo está caindo.
“Conhecendo na prática a evolução da aquicultura que parte do Tocantins para o Brasil", foi o tema do evento realizado neste sábado para estimular a piscicultura nos municípios
Por Edvânia Peregrini
Foi o tema do evento realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e do Ruraltins; a prefeita de Brejinho de Nazaré, Myiuki Hyashida; o deputado federal Carlos Gaguim e o Senador Eduardo Gomes para fomentar a produção de tilápia no Estado.
O evento ocorreu na manhã deste sábado, 7, na fazenda São Paulo, e reuniu mais de 20 prefeitos para conhecerem o Parque Aquícola de Produção de Tilápia em Brejinho de Nazaré II, que tem por finalidade ser modelo para todo o Estado.
Além de conhecerem o projeto, os prefeitos tiveram a oportunidade de receber informações sobre incentivos, e investimentos para alavancar a piscicultura no Tocantins. Segundo levantamento, a produção total do Parque brejinho II é de 1000 toneladas ao ano, com uma produção de 20 toneladas de tilápia em cinco meses, faturando cerca de R$ 100 mil no período.
Para a prefeita de Itaguatins, Maria Ivoneide Barreto, o evento foi uma grande oportunidade para buscar conhecer mais sobre a atividade e levar para o seu município situado no norte do Estado. “Nossa região tem grande vocação para a piscicultura e hoje, tivemos uma verdadeira aula sobre a atividade, que considero uma ótima oportunidade, com mais geração de trabalho, renda e desenvolvimento econômico”, disse.
O senador e líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes, em Brejinho de Nazaré
Com a presença do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no Tocantins, Homero Barreto, foi reforçada a parceria com o Governo do Tocantins em destinar R$ 10,5 milhões aos municípios para investir em projetos de piscicultura.
O deputado Gaguim, acompanhado do Senador Eduardo Gomes, também reforçou os incentivos em alavancar a atividade da piscicultura no estado: “Com o apoio do governo do Estado, por meio da Seagro e do Ruraltins, com a sua tecnologia e seus técnicos, é que nós (senador Eduardo e deputado Gaguim) vamos poder avançar mais na produção de tilápia. Já conseguimos R$ 15 milhões para trazer o que há de melhor em tecnologia e colocar o Tocantins, nos próximos 10 anos, em primeiro lugar do Brasil na produção de tilápia”, frisou.
Esse projeto piloto começou com um interesse mútuo de desenvolver a criação de Tilápias em Tanque rede que já estava liberada desde Dez/2018, Através de Emenda parlamentar. Na ocasião foram adquiridos tanques redes e balsas por licitação da Prefeitura de Brejinho de Nazaré, onde todos os Termo de Referência e projetos foram elaborados pelo Ruraltins, e a estrutura foi concedida para a Associação de Pequenos Piscicultores de Brejinho de Nazaré.
“Através da articulação da Prefeita Miyuki foi realizado a união 4 ‘P’formando a parceria: Produtor, Pesquisa, Público e Privado; com isso a Associação, a Embrapa, Ruraltins, Senar, Aquabel e Presence, Bonnut Fish iniciaram a primeira criação de Tilápias em Tanque rede no Tocantins”, explicou o gerente de piscicultura do Ruraltins, Andrey Costa, que acompanha o projeto desde o início.
SOBRE A CODEVASF
A Codevasf é uma empresa pública, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que tem a missão de desenvolver bacias hidrográficas de forma integrada e sustentável, contribuindo para a redução das desigualdades regionais. Na sua área de atuação, a Companhia promove ações de revitalização de bacias, implantação de projetos públicos de irrigação e infraestrutura hídrica, entre outras atividades.
O projeto tem feito a diferença na vida de crianças e adolescentes de várias partes do Tocantins
Com Assessoria
O Libertando Vidas com Esporte é um projeto que está transformando a realidade social de crianças e adolescentes através do esporte. Idealizado por Fraudneis Fiomare e com foco na juventude, o projeto Libertando Vidas celebra o amor de Deus nas igrejas com louvor, oração e reflexão.
No fim de fevereiro, os atletas das escolinhas de Araguaína deram um show de bola, na 2ª Copa Paulo Privino de Futebol de Base, disputada em Muricilândia. Foram três títulos de campeão: no sub-13 (vídeo: https://bit.ly/3aBGF0W ) e sub-16 (https://bit.ly/2wAG2G3 ), com a LVCE/Gol de Placa, e no sub-11 (https://bit.ly/2vCLEzF ), com a LVCE/Jardim das Flores. Teve também um vice-campeonato conquistado com muita garra pela LVCE/Gol de Placa no sub-18 ( https://bit.ly/2xj51OA ). Falando em conquista, quero destacar também a do menino Emanuel, de 10 anos. Morador do Pará, ele foi revelado, em novembro de 2019, na I Copa da Integração de Futebol de Base, um evento parceiro do LVCE, e assinou contrato, no último dia 2 de março, com o Flamengo (reportagem: https://bit.ly/2PTbt5c ). Feliz e orgulhoso de estar à frente deste projeto, parabenizo todos estes jovens atletas, desejando-lhes sucesso na vida e no esporte.
Proposta da Câmara para novo fundo da educação básica prevê 20%. 'A gente precisa ir para a mesa de negociação', afirma secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida
Por Alexandro Martello e Mateus Rodrigues
A área econômica ainda debate qual é o percentual máximo que será possível destinar ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
Em um cenário de restrição orçamentária, o governo pretende negociar com os deputados uma parcela inferior a 20%, percentual previsto na proposta que tramita na Câmara.
De acordo com previsão legal, o fundo, que reforça a verba de estados e municípios para despesas e investimentos da educação infantil ao ensino médio, será extinto em dezembro. A Câmara analisa uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tornar o Fundeb permanente. O texto deve ser votado na próxima semana na comissão especial criada para discutir o assunto.
Sob relatoria da deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), a proposta prevê que a participação da União passe, em seis anos, dos atuais 10% de complementação (entenda o cálculo abaixo) para 20%. De acordo com o texto, o montante salta para 15% em 2021 e aumenta um ponto percentual por ano até atingir os 20% em 2026.
"A posição da área econômica, isso está em debate – chegar a um percentual um pouco menor [que os 20%] e em um prazo mais longo. Vale a pena lembrar que, com a recuperação da economia, a arrecadação de ICMS [tributo estadual], que é a base do Fundeb, aumenta. O recurso para a educação e para o Fundeb já vai, necessariamente, aumentar", declarou Mansueto.
Novo Fundeb em tramitação: confira o que pode mudar com a proposta
Desde 2019, o governo tem defendido percentuais menores e prazos de implementação maiores, além de pedir mecanismos que condicionem o repasse à comprovação de resultados. No começo das discussões, a proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação incluía um percentual final de 40% de verbas da União, que já foi reduzido à metade.
Interlocutores do Ministério da Economia disseram ao G1 que qualquer número acima de 15% causa "desconforto" para a complementação da União ao Fundeb. Esse percentual é defendido pelo governo federal desde o ano passado.
Durante seminário na última quinta-feira, Mansueto Almeida afirmou que, com a proposta dos 15% imediatos e 20% graduais, "teremos problemas" – referindo-se às contas do governo federal.
"[O repasse] aumenta em R$ 8 bilhões já no próximo ano", disse. "A gente precisa ir para a mesa de negociação. Precisamos chegar a um meio termo comum".
Governo discute Fundeb com deputados e sem a participação do Ministro da Educação
MEC ausente
O tom de conciliação e busca de consenso é bem diferente do adotado pelo Ministério da Educação em 2019. O governo chegou a romper, publicamente, o debate com a deputada Professora Dorinha e os demais parlamentares interessados no tema.
Fundeb: veja detalhes da proposta que tramita na Câmara dos Deputados
“Tecnicamente apresenta alguns erros, não tem nosso apoio. (...) Temos pouco menos de um ano e meio para buscar uma solução para o problema. Tem vários aspectos técnicos que apareceram, sem a gente estar ciente. Nos surpreendeu. Nós somos contra”, disse o ministro Abraham Weintraub sobre a proposta da Câmara, em setembro.
Educação básica ameaçada: novo Fundeb entra em discussão no Congresso Nacional
Desde então, o MEC informou diversas vezes que enviaria uma proposta do Executivo para o novo Fundeb e pediria que a tramitação começasse do zero. O texto ainda não foi apresentado.
Questionado sobre o tema pela colunista do G1 e da GloboNews Andréia Sadi, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse: "Não é tudo como o governo quer. A Câmara está fazendo seu debate".
A articulação, até o momento, é capitaneada pelos técnicos do Ministério da Economia e pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, sem emissários do MEC.
Na conversa com jornalistas, Mansueto Almeida disse que é importante ir para a "mesa de negociação" com os deputados.
Segundo o secretário, é preciso sentar à mesa de negociação com os deputados para definir o cronograma mais adequado para o aumento de recursos para a educação.
Ele afirma que, para o governo, "não existe um número certo nem errado" para o percentual de complementação do Fundeb.
O secretário do Tesouro afirmou ainda que os governadores estão preocupados com o atual formato de correção do piso dos professores, que resultou em um aumento de 12,84% em 2020.
"Se esse aumento [aos professores] for muito rápido, isso pode prejudicar muito mais os estados e municípios. Neste ano, o reajuste do piso nacional de educação, publicado no final de 2019, foi 12% em um país que a inflação é 4%. Tem vários governadores preocupados com a velocidade de crescimento de recursos para o Fundeb porque impacta muito as contas deles. Acho que todos somos a favor de mais recursos para a educação. O debate é qual é a velocidade desses recursos", declarou.
O cálculo em disputa
O Fundeb entrou em vigor em 2007 e reúne parte dos impostos arrecadados pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios ao longo do ano. A União participa com 10% adicionais sobre esse somatório.
Esse montante, uma vez reunido, é repassado para as unidades da Federação que tiveram a menor arrecadação (e com isso, o menor investimento) por aluno. Em 2019, nove estados do Norte e do Nordeste receberam essa complementação.
Em 2019, o Fundeb reuniu R$ 166,61 bilhões – R$ 151,4 bilhões de arrecadação estadual e municipal, e R$ 15,14 bilhões da União. Se a complementação fosse de 15%, como acontece no "ano um" da PEC em análise na Câmara, os cofres federais enviariam R$ 22,71 bilhões ao fundo.
Mesmo que esses valores fossem mantidos estáticos – ou seja, que estados e municípios arrecadassem exatamente os mesmos valores de impostos que em 2019 –, o aumento gradual de 1% da complementação até 2026 representaria R$ 1,5 bilhão a mais, ano após ano.
Ao fim da escada, em 2026, o governo federal chegaria ao aporte de 20% adicionais, ou R$ 30,28 bilhões com base nos impostos de 2019.