Vice-presidente foi questionado sobre pronunciamento de Bolsonaro, no qual presidente da República pediu 'volta à normalidade' e fim do 'confinamento em massa'
Por Sara Resende e Filipe Matoso, TV Globo e G1
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (25) que a posição do governo "é uma só": o isolamento e o distanciamento social.
Mourão deu a declaração ao conceder uma entrevista por videoconferência sobre ações do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Durante a entrevista, ele foi questionado sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, nesta quarta (24), no qual Bolsonaro pediu a "volta à normalidade" em meio à pandemia do coronavírus, o fim do "confinamento em massa" e afirmou que os meios de comunicação espalharam "pavor".
"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só: o isolamento e o distanciamento social", afirmou Mourão.
Para Mourão, "pode ser" que Bolsonaro "tenha se expressado de uma forma que não foi a melhor".
O vice-presidente da República declarou ainda que Bolsonaro está, "por enquanto", dentro da política sugerida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro contraria especialistas e autoridades e pede fim do ‘confinamento em massa’
Repercussão
Logo após o pronunciamento do presidente da República ter ido ao ar, o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que a fala de Bolsonaro foi "grave" e que o país precisa de uma "liderança séria".
"Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19", afirmou Alcolumbre.
Em seguida, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o pronunciamento foi "equivocado" e que os brasileiros precisam seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Desde o início desta crise venho pedindo sensatez, equilíbrio e união. O pronunciamento do presidente foi equivocado ao atacar a imprensa, os governadores e especialistas em saúde pública", publicou Rodrigo Maia em uma rede social.
Dados do coronavírus
De acordo com o Ministério da Saúde, até a tarde desta quarta-feira, o Brasil registrou 57 mortes e 2.433 casos confirmados de covid-19, a doença provocada pelo coronavírus.
Conforme a OMS, também até a tarde desta quarta, foram registrados no mundo 416.686 casos confirmados de coronavírus, com 18.589 mortes, em 197 países.
Governadores
Pelo menos 25 dos 27 governadores informaram nesta quarta que vão manter regras de isolamento. Essas ações são recomendadas por autoridades sanitárias, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo Mourão, o ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, comandará nesta quinta-feira (26) uma reunião cujo objetivo será definir um "planejamento comum" diante das diferentes legislações dos estados sobre isolamento.
"Amanhã de manhã, o ministro Braga Netto [...] estará realizando uma reunião com os representantes dos ministérios e também ouvindo os governadores dos estados para que se defina um planejamento comum, restrições comuns, de modo que seja assegurado em todo o Brasil o fluxo logístico", explicou.
Para o vice-presidente, é necessário o transporte de itens como remédios, vacinas e testes para diagnóstico da Covid-19 nas regiões do país.
Sobre o atrito entre governadores e Bolsonaro, Mourão disse que "isso faz parte da política". Segundo ele, existe um ambiente de "cooperação" entre os governos federal e estaduais e que esta reunião da Casa Civil vai alinhar os decretos dos governadores.
Wanderlei Barbosa participou de uma videoconferência com governadores de todo o Brasil
Por Jarbas Coutinho
O vice-governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou na tarde desta quarta-feira, 25, de uma videoconferência com governadores de todo o Brasil. A reunião virtual teve como tema Salvar Vidas e foi presidida pelo governador do Estado de São Paulo, João Dória, e contou com a participação do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia.
O objetivo foi discutir e trocar experiências acerca das ações de cada estado para conter a propagação do novo Coronavírus, bem como, as medidas para evitar o colapso da economia e, automaticamente, preservar empregos e a renda dos trabalhadores.
O Vice-Governador tocantinense defendeu a aprovação da pauta de matérias encaminhadas nesta semana pelos governadores ao presidente da Câmara Rodrigo Maia, como um grande socorro para todos os estados, por meio da aprovação do Plano Mansueto e outras proposituras. O Plano permite que estados e municípios endividados acessem empréstimos com garantias da União desde que promovam ajuste fiscal. Wanderley também sustentou que o Tocantins está fazendo um grande esforço para evitar a disseminação da doença no Estado.
“É importantíssimo isso. O governador Mauro Carlesse e sua equipe estão fazendo todo o esforço para manter o Tocantins sem a proliferação do vírus. Nenhuma divergência ideológica neste momento ajuda, só atrapalha. Temos que manter a serenidade e a paz para fazer com que o Tocantins e o Brasil estejam livres desse vírus o mais rápido possível”, enfatizou Wanderlei Barbosa lembrando que é necessário um plano estratégico até para promover o retorno das pessoas aos seus postos de trabalho.
Entre as propostas do documento formulado durante a reunião virtual, os governadores defenderam ainda a redução da meta de superávit primário do governo federal para evitar ameaça de contingenciamento, momento em que o Sistema único de Saúde (SUS) mais necessita de recursos; pronta aplicação da Lei 10.835, que institui a renda básica de cidadania, afim de propiciar recursos destinados a amparar a população economicamente vulnerável.
Também ficou decidido que os governadores vão continuar a se reunir à distância regularmente, pelo modelo de videoconferência, como preconizam as recomendações médicas internacionais, com o objetivo de uniformizar metas para promover ações consorciadas para agir em torno do tema coronavírus.
Acompanharam o vice-governador Wanderlei Barbosa na videoconferência os secretários de Estado da Comunicação, Élcio Mendes; da Fazenda e Planejamento, Sandro Armando; e da Casa Civil, Rolf Vidal.
Vídeo com mensagem foi postado nas redes sociais do Governador
Por Jesuino Santana Jr.
Em vídeo divulgado em suas redes sociais nessa quarta-feira, 25, o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, parabenizou e destacou o trabalho que os profissionais da área de saúde do Tocantins vêm realizando diante da pandemia da Covid-19, provocada pelo novo Coronavírus.
"Quero agradecer a todos os servidores da Saúde que estão enfrentando de frente o problema provocado pelo novo Coronavírus. Tenho certeza de que, em breve, vamos comemorar o fim dessa doença que está atingindo o mundo e também o nosso Tocantins. Estamos procurando fazer o nosso melhor. Determinei que fossem comprados todos os kits de proteção para que vocês trabalhem com mais tranquilidade e segurança. Agradeço a todos pela boa vontade, pela força e pela determinação. Muito obrigado por acreditarem nesse povo que tanto está precisando dos senhores e das senhoras neste momento”, afirmou.
O Governo do Tocantins tem trabalhado para conter a proliferação do novo vírus na população. Em decorrência disso, no sábado, 21, o governador Mauro Carlesse decretou Estado de Calamidade Pública, que estabelece várias normas de ação para os órgãos públicos, além de restringir a circulação de pessoas e também o funcionamento do comércio.
O Governador também determinou, à Secretaria de Estado da Saúde (SES), a aquisição de 6 mil testes rápidos para aferição de contaminação para o novo Coronavírus e o reabastecimento dos estoques de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para que os profissionais da Saúde trabalhem com as condições ideais ao exercício de suas atividades.
Em boletim divulgado nessa terça-feira, 24, a SES informou que há sete casos de pacientes confirmados com a Covid-19 no Tocantins. De acordo com o Ministério da Saúde, o pico da doença no Brasil deve ocorrer entre os meses de abril e maio, quando tantos os hospitais da rede pública quanto os da rede particular deverão registrar superlotação de pacientes infectados pelo vírus.
Nesta quarta-feira, 25, o Governo, por meio de uma nota à imprensa, reforçou o pedido para que a população siga as normas recomendadas pelos órgãos de Saúde. “O Tocantins seguirá firme no propósito de manter a população livre do novo Coronavírus e conta com a parceria dos demais Poderes, dos municípios, dos órgãos de controle e, principalmente, com a população”.
O governador @maurocarlesse, agradece a todos os servidores da saúde que estão na linha de frente e se dedicando tanto neste momento de crise. Toda a nossa gratidão a vocês! ❤?? @saudetocantins#TodoscontraoCoronavírus pic.twitter.com/aEj3MuUXfX
— Governo do Tocantins (@governoTO) March 24, 2020
Após o Jornal O Paralelo 13 divulgar uma situação relatada por alguns profissionais da saúde que atuam no Hospital Regional de Porto Nacional sobre a falta de materiais e insumos no Órgão, buscamos conversar com os demais colaboradores para melhor compreender a real situação na Unidade.
Da Redação
Um dos pontos bastante mencionado foi o atual cenário que o Brasil se encontra e a cautela necessária neste momento de pandemia. Outro fator que até então era desconhecido pela nossa equipe é a informatização do Sistema. Segundo os colaboradores o atual sistema permite um controle exato da quantidade de materiais adquiridos, bem como aqueles utilizados em todos os hospitais do Tocantins.
Evitar esperdício
O programa lista os remédios, materiais e quantidades disponíveis em estoque, o que tem sido acompanhado pelos órgãos fiscalizadores e demonstra que não há déficits no Hospital Regional de Porto Nacional. Com as possíveis dificuldades que possam vir a enfrentar, uma vez que o País encontra-se paralisado e a maioria das pessoas em quarentena, a equipe estabeleceu algumas normas aos servidores que visam evitar o máximo de desperdício dentro do Hospital Regional de Porto Nacional.
Um colaborador evidenciou que o controle na distribuição dos equipamentos de proteção é também uma defesa da coisa pública e melhor aproveitamento do dinheiro público, além de proteger os funcionários de acusações infundadas. Além das novas regras, o Hospital tem buscado cumprido a risca as determinações do Ministério da Saúde, da Anvisa, e observado o que preconiza a OMS, Organização Mundial Saúde.
Referência aos municípios
É importante que os colabores do Hospital Regional de Porto Nacional tenham ciência que a união de esforços neste momento tão crítico na sociedade brasileira contribuirá para salvar muitas vidas, já que a unidade é referência e atende mais de 20 municípios circunvizinhos e tem sido elogiado pelos usuários por estar cumprindo seu papel nessa luta contra a pandemia com o atendimento a todos os cidadãos e encaminhamentos para o Hospital Geral de Palmas em em casos de maior complexidade.
Tocantins contra o Coronavírus
Não podemos deixar de mencionar a atuação do governador Mauro Carlesse diante desta crise que enfrentamos. O gestor determinou a aquisição de kits fundamentais para testes do vírus e consequentemente comprovação ou não da doença. Visando a segurança e proteção dos profissionais de saúde em todas as unidades hospitalares do Estado, o Executivo fez também a aquisição de milhares de equipamentos de Proteção Individual para os servidores.
Assembleia Contribui
A Assembleia Legislativa do Tocantins tem tido participação expressiva no combate a pandemia. O presidente da Casa, Antônio Andrade liberou R$1 milhão, via emenda parlamentar, para a Saúde do Estado, seguido por destinação de recursos de vários deputados estaduais em prol da sociedade tocantinense.
Governador do DF não informou se manterá regras; já os chefes do Executivo de Roraima e de Rondônia não se manifestaram. Dezenove dos 27 governadores criticaram fala do presidente
Com G1
Ao menos 24 dos 27 governadores informaram que manterão as regras de isolamento apesar das declarações do presidente Jair Bolsonaro. Na noite de terça-feira (24), Bolsonaro fez pronunciamento em que pediu a "volta à normalidade", o fim do "confinamento em massa" e disse que os meios de comunicação espalharam "pavor".
Disseram que manterão as regras de isolamento: governadores de AC, AL, AP, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, SC, SP, SE e TO;
Não disse se manterá: governador do DF;
Não se manifestaram: governadores de RO e RR.
A fala de Bolsonaro foi criticada por 19 governadores.
Criticaram a fala de Bolsonaro: governadores de AC, AL, AP, BA, CE, ES, GO, MA, MS, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RS, SC, SP e SE;
Evitaram criticar: governadores de AM, DF, MT, MG, PR e TO;
Não se manifestaram: governadores de RO e RR.
Leia abaixo a posição dos governadores:
João Doria (PSDB), governador de São Paulo
“Na condição de cidadão, de brasileiro, e também de governador, inicio lamentando os termos do seu pronunciamento à nação. O senhor como presidente da República tem que dar o exemplo. Tem que ser mandatário para comandar, para dirigir, liderar o país, e não para dividir."
Wilson Witzel (PSC), governador do Rio de Janeiro
"Na manifestação em cadeia de rádio e TV, o presidente da República contraria as determinações da Organização Mundial de Saúde. Nós continuaremos firmes, seguindo as orientações médicas e preservando vidas. Eu peço a vocês: por favor, fique em casa."
Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo
"Pronunciamento do Pres.Jair Bolsonaro foi desconectado das orientações dos cientistas, da realidade do mundo e das ações do Ministério da saúde. Confunde a sociedade, atrapalha o trabalho nos Estados e Municípios, menospreza os efeitos da Pandemia. Mostra que estamos sem direção."
Ronaldo Caiado (DEM), governador de Goiás
"Fui aliado de primeira hora, durante todo tempo [de Bolsonaro], mas não posso admitir que venha agora um presidente da República lavar as mãos e responsabilizar outras pessoas por um colapso econômico ou pela falência de empregos que amanhã venha a acontecer. Não faz parte da postura de um governante. Um estadista tem que ter a coragem de assumir as falhas. Não tem de responsabilizar as outras pessoas. Assuma a sua parcela". "Não tem mais diálogo com este homem. As coisas têm que ter um ponto final ", afirmou Caiado.
Helder Barbalho (MDB), governador do Pará
"Em relação ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, eu respeito a opinião de todos, mas não me furto a reafirmar nossa linha de ação. Nós buscamos, desde o início, as orientações dos técnicos, dos médicos, das autoridades e também dos países que já passaram pelo pior da crise. O caminho que o Governo do Pará buscou foi o do bom senso, o do equilíbrio."
Wellington Dias (PT), governador do Piauí
"É difícil não se manifestar frente ao discurso do Presidente da República, que vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Nós vamos seguir o que a ciência nos comprova. O Piauí mantém todas as suas medidas de prevenção à Covid-19".
Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte
"Para muito além de quaisquer divergências políticas, o que se trata aqui é de proteger a saúde da população. Faço coro às palavras dos Secretários de Saúde do Nordeste. Não há neste momento tão delicado o desejo nenhum de politizar a discussão, mas o pronunciamento de hoje do Presidente é um equívoco! O pronunciamento dele vai na contramão de todas as medidas defendidas pelos Estados e municípios em sintonia com o Ministério da Saúde e pela própria sociedade!"
Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão
"Pronunciamento de hoje mostra que há poucas esperanças de que Bolsonaro possa exercer com responsabilidade e eficiência a Presidência da República. Os danos são imprevisíveis e gravíssimos."
Reinaldo Azambuja (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul
“O país precisa de bom senso, serenidade e equilibro nesta hora extrema, difícil! Precisamos salvar vidas, combatendo a pandemia e também o caos econômico e social, representado pela possibilidade de desemprego agudo, agravamento da fome entre os mais vulneráveis e o desabastecimento da população! Ninguém está imune! Para superar essa tragédia, todos temos que ser parte da solução. A hora exige alta responsabilidade, dos governos, das empresas , dos cidadãos.”
Wilson Lima (PSC), governador do Amazonas
"A minha posição é muito clara. Não vamos voltar atrás de nenhuma decisão que foi tomada pelo Governo do Estado do Amazonas. Até porque elas foram tomadas de maneira responsável e seguindo o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde do Governo Federal. Eu fui eleito para proteger e defender o povo do Estado do Amazonas e é assim que eu vou continuar agindo".
João Azevêdo (Cidadania), governador da Paraíba
"Um desserviço, a destruição de tudo que está duramente sendo construído para proteger a população. Em resumo, um absurdo." Ele ainda afirmou em uma rede social que todas as medidas que foram tomadas para evitar o contágio do coronavírus seguem implantadas.
Paulo Câmara (PSB), governador de Pernambuco
"Enquanto líderes de vários países tomam medidas necessárias para conter o avanço no novo Coronavírus, aqui no Brasil, em pronunciamento veiculado em Rede Nacional, o presidente Jair Bolsonaro vai contramão do que defendem autoridades sanitárias e o próprio Ministério da Saúde. Discurso que, lamentavelmente, comprova que o Brasil está sem comando num dos momentos mais desafiadores da história. O sacrifício é imenso, mas todo esforço tem o único objetivo de salvar vidas. Por isso, em PE, as medidas estão mantidas. É tempo de serenidade, união e trabalho."
Gladson Cameli (PP), governador do Acre
“O objetivo principal nesse momento é preservar vidas dos cidadãos acreanos, sejam eles estudantes, aposentados, empresários, assalariados ou em condições de vulnerabilidade. Estão mantidas todas as medidas necessárias adotadas pelo governo estadual no sentido de resguardar o isolamento social e visando promover a quebra da linha de contágio. Lamento que neste momento, onde devemos destinar toda energia e foco em combater o Coronavírus, se procure politizar as opiniões e ações dos agentes públicos.”
Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul
"É urgente encontrar alternativa ao confinamento. Mas não se faz isso com ataques à ciência e cautela médica mundialmente estabelecidas. Não deixamos de olhar economia/empregos. Mas não assistiremos inertes a uma doença se alastrar. Protege-se: 1) a vida; 2) os empregos. Nesta ordem."
Renan Filho (MDB), governador de Alagoas
"Alagoanos e alagoanas, como sempre longe de extremismos, quero reafirmar o meu compromisso com o firme propósito de manter as medidas preventivas que vêm sendo adotadas no enfrentamento ao novo coronavírus em nosso estado. Apesar do pronunciamento do presidente da República na noite desta terça-feira, que vai de encontro às recomendações da Organização Mundial de Saúde, manteremos com firmeza e serenidade nossas ações, lastreadas em estudos científicos e ouvindo as nossas melhores mentes que estão conosco permanentemente reunidas. Saibam que a vida de cada alagoano é e sempre será o bem mais precioso. Estamos trabalhando diuturnamente para, de um lado, achatar a curva de contágio da Covid-19; e, do outro, preparar a nossa rede hospitalar para a emergência do momento. É tempo de união. Juntos estaremos e venceremos!"
Waldez Góes (PDT), governador do Amapá
“O presidente da República reuniu por videoconferência com os governadores e é impressionante a distância entre o que o presidente, no diálogo que teve com os governadores, e o discurso ontem. Também há uma diferença muito grande entre as orientações que nós seguimos da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde, dos cientistas, dos médicos, da comunidade acadêmica, daquilo que o presidente disse ontem. O que é estranho é a falta de alinhamento no governo central. Todos os prefeitos e governadores que tomaram essa atitude não tomaram de livre escolha. É necessário cobrar coerência do governo federal. Um posicionamento coerente. Não podemos ouvir o ministro da saúde falando para a gente providências e o governo federal desautorizando. Nós aqui no Amapá vamos continuar firmes para atuarmos no combate ao coronavírus.”
Camilo Santana (PT), governador do Ceará
"Cearenses, diante do pronunciamento do presidente da República, em rede nacional, esta noite, tenho apenas um comentário a fazer: vamos continuar trabalhando fortemente as ações que visam evitar o avanço do coronavírus em nosso estado, como temos feito até aqui. Todas as medidas adotadas por nós são recomendadas pelos profissionais de saúde, pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS), e têm sido a melhor forma de enfrentamento ao coronavírus no mundo. Este não é um momento para ataques e provocações, mas um momento de cooperação e da união de todos. Da parte do Governo do Estado, continuaremos fazendo todos os esforços possíveis para buscar a proteção dos cearenses. A vida de cada um de vocês está em primeiro lugar."
Carlos Moisés (PSL), governador de Santa Catarina
“Estarrecido com o pronunciamento da presidente República em relação às medidas de isolamento, venho informar à população de Santa Catarina que nesta quarta-feira, 25 de março, iniciamos mais uma quarentena de sete dias por determinação de decreto deste governador, mais sete dias para ficar em casa. Sabemos que precisamos equilibrar as medidas de retomada da atividades econômicas com as de restrição para que a gente não tenha contaminação em massa, [mas] é importante que nos mantenhamos firmes no isolamento social, pois mostrou resultados positivo aqui em Santa Catarina, já tivemos a curva de casos suspeitos diminuída. Ficar em casa é o local mais seguro.”
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais
“Minha prioridade é salvar vidas. Portanto, Minas continua seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (...) Em Minas Gerais nós estamos adotando as melhores práticas, aquelas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, e já adotadas em países desenvolvidos. Queremos, em primeiro lugar, a preservação da vida, mas compartilho da preocupação do presidente Bolsonaro com a questão econômica”, disse o governador.
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal
"Não é hora de politizar ou polemizar. Bolsonaro tem parte da razão, afinal muitos municípios pequenos, sem qualquer caso de coronavírus, estão fechando. De outra parte, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília tem situações diferenciadas", disse. "Acredito e preciso do apoio dos ministérios da Saúde e da Economia. Sou hospedeiro do governo federal, que paga um 'aluguel', [na forma do] Fundo Constitucional, pequeno para as condições da cidade que o hospeda."
Mauro Carlesse (DEM), governador do Tocantins
"O Tocantins seguirá firme no propósito de manter a população livre do novo coronavírus e conta com a parceria dos demais poderes, dos municípios, dos órgãos de controle e, principalmente, com a população", informou o governador, por meio da assessoria de imprensa.
Rui Costa (PT), governador da Bahia
"Não é gripezinha. Vou continuar trabalhando em defesa da vida. Olhar nos olhos das pessoas e dizer: estamos numa guerra. ACORDA. Temos que vencê-la. Chega de discurso vazio e delírios. Vamos trabalhar mais e mais. Responsabilidade. Todos contra o coronavírus", disse em uma rede social.
Mauro Mendes (DEM), governador de Mato Grosso
“Vamos continuar a restringir o convívio social e a preparar toda a estrutura necessária para atender aos possíveis doentes do coronavírus. Mas, não iremos proibir nenhuma atividade econômica essencial, desde que haja a devida obediência às regras sanitárias”, afirmou Mauro Mendes.
Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná
Pela assessoria, informou: "o governo do Paraná informa que manterá o planejamento e as medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus".
Antonio Denarium (PSL), governador de Roraima
O governador não quis se manifestar.
Belivaldo Chagas (PSD), governador de Sergipe
"A gente lamenta porque, afinal de contas, quem tem que ser o grande líder neste momento é o presidente da República. Enquanto ele diz uma coisa, o ministro da Saúde diz outra. Eu vou preferir seguir as orientações do ministro da Saúde. Eu vou preferir seguir as orientações dos sanitaristas de um modo geral. Portanto, nós vamos estabelecer nossas regras e e cumpri-las (...) Lamentamos muito o posicionamento do presidente da República, mas ele acha que está assumindo a responsabilidade dele e nós temos a nossa. (...) Nós vamos cuidar das pessoas neste momento, que é extremamente importante."
Coronel Marcos Rocha, governador de Rondônia
O governador ainda não se manifestou.