Quatro prefeituras de capitais também foram alvo de investigações; desde fim de abril, país teve em média uma operação a cada 3 dias
Por BBC | André Shalders - Da BBC News Brasil em Brasília
Quatro prefeituras de capitais também foram alvo de investigações
Conforme a epidemia do coronavírus avança no Brasil , o país assiste também a uma outra escalada: a de operações contra a corrupção envolvendo dinheiro público para a resposta à doença.
Desde o fim de abril, são pelo menos 18 operações — uma a cada 3 dias, em média. Só na semana passada, foram deflagradas cinco operações em todo o país.
As ações já atingem governos de sete unidades da federação: Amapá, Distrito Federal, Pará , Rio de Janeiro , Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina. Nos casos do Rio e do Pará, as apurações atingem os governadores locais — que negam irregularidades —, e foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça ( STJ ).
Mais de R$ 700 mil foram encontrados na casa do secretário adjunto de gestão administrativa da secretaria de saúde do Pará - Divulgação PF
Policiais também foram às ruas para apurar irregularidades em várias prefeituras, incluindo as capitais Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).
Ao todo, essas operações já cumpriram 230 mandados de busca e apreensão, e ao menos 32 pessoas suspeitas de envolvimento foram detidas.
Os contratos e compras investigadas somam cerca de R$ 1,07 bilhão — o montante que foi efetivamente desviado ou superfaturado, no entanto, ainda está sendo investigado pelas autoridades.
As informações foram levantadas pela reportagem da BBC News Brasil com base em informações da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal ( MPF ).
Só a CGU participou de 12 operações do tipo — a maioria em parceria com o MPF e a Polícia Federal.
As irregularidades encontradas também variam muito.
Há casos de sobrepreço em itens simples, como máscaras descartáveis — caso das operações Assepsia, em Rio Branco; e Cobiça Fatal, em São Luís (MA). Mas também há investigações sobre contratos milionários de compra de respiradores e montagem de hospitais de campanha, como nas apurações deflagradas no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
A primeira apuração de irregularidades envolvendo a resposta ao novo coronavírus aconteceu no município de Aroeiras (PB), parte da região metropolitana de Campina Grande, em 23 de abril.
Batizada de Alquimia, a operação cumpriu três mandados de busca e apreensão em Aroeiras e em Patos (PB), e apurou um prejuízo de R$ 48,3 mil na impressão de cartilhas com orientações de saúde à população.
Policiais em operação no município de Oiapoque
Além disso, a CGU também participou de quatro operações que tiveram como alvo pessoas que tentaram receber de forma indevida o Auxílio Emergencial de R$ 600, criado para combater os efeitos econômicos da pandemia.
Segundo os próprios dirigentes da CGU, a avalanche de investigações era "previsível" e repete o padrão de outros momentos nos quais grande quantidade de dinheiro federal foi enviada a Estados e municípios. Foi o caso das enchentes na região serrana do Rio em 2011, e do rompimento de barragens de rejeitos nas cidades mineiras de Mariana (2015) e Brumadinho (2019).
Para o advogado e ex-ministro da CGU Jorge Hage, o volume de investigações mostra que o governo "perdeu a mão" na hora de flexibilizar os controles financeiros durante a pandemia — por mais que a situação exija agilidade nas compras públicas, controles importantes acabaram suprimidos por medidas provisórias editadas pelo governo federal, avalia ele.
Politização das investigações?
Não é só por causa do montante de dinheiro desviado que as investigações chamam a atenção. Adversários do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), dizem que as apurações estão sendo usadas para punir governadores que fazem oposição ao governo federal.
As suspeitas aumentaram depois que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) "antecipou" em entrevistas as operações contra os governadores do Rio, Wilson Witzel (PSC), e do Pará, Helder Barbalho (MDB). A primeira "previsão" de Zambelli foi no fim de maio, em entrevista à Rádio Gaúcha — ela mencionou a possibilidade de uma investigação contra Witzel , que se concretizou no dia seguinte. Zambelli é hoje uma das principais aliadas de Bolsonaro no Congresso Nacional .
O próprio termo "Covidão" foi cunhado por ela, na entrevista do fim de maio. O neologismo é inspirado em escândalos de corrupção ocorridos nos governos do PT, como o Mensalão e o Petrolão.
Na semana passada, Zambelli também "antecipou", em entrevista à CNN Brasil, uma operação contra o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). O político paraense vem fazendo críticas ao presidente da República desde o começo da pandemia.
Minha fonte de informação ou "bola de cristal" é a mesma citada pelo Ministro @AMendoncaMJSP: a imprensa. Reitero minha disponibilidade em entregar meu celular e abrir meu sigilo, pois não há vazamento algum. Tenho plena confiança no trabalho da @PoliciaFederal e do Ministro. pic.twitter.com/Yghbap1CYc
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli38) June 11, 2020
Hoje uma das principais aliadas de Bolsonaro no Congresso, deputada nega ter tido acesso antecipado a detalhes das investigações
Na mesma quarta-feira (11) em que a operação contra o paraense foi às ruas, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decidiu — por 69 votos a zero — abrir um processo de impeachment contra Wilson Witzel .
O procedimento é motivado por supostas irregularidades na resposta do governo carioca ao coronavírus. Desde o começo de maio, já foram três operações para investigar irregularidades na compra de respiradores e na montagem de hospitais de campanha no Estado.
Os "acertos" de Zambelli pegaram mal no mundo político.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que ou as informações vazaram, ou Zambelli tinha "bola de cristal".
"Acho que é natural que uma operação que envolva um governador o Presidente da República receba a informação não do conteúdo, mas do que pode acontecer. Certamente entre o Diretor da PF, o ministro, o Presidente, alguém vazou a informação para deputada", disse Maia. "Claro que não é o correto", acrescentou ele.
Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que Carla Zambelli agia como "mãe Dináh" e tratava a Polícia Federal como "polícia privada". "Zambelli cumpre papel de 'Mãe Dináh'. Trata a PF como polícia privada. Ela não tem cargo nem mandado na PF, muito menos para ser porta voz ou antecipar atos", disse ele na última quarta (10), depois da deputada dizer que também ele, Doria, poderia ser alvo de operações.
Zambelli, hoje uma das principais aliadas de Bolsonaro no Congresso, nega ter tido acesso antecipado a detalhes das investigações.
"Minha fonte de informação ou 'bola de cristal' é a mesma citada pelo Ministro (André Mendonça, da Justiça e Segurança Pública): a imprensa. Reitero minha disponibilidade em entregar meu celular e abrir meu sigilo, pois não há vazamento algum", disse Zambelli no Twitter, na última quarta (10).
Número de investigações 'é expressivo'
Atual secretário adjunto de combate à corrupção da CGU, Roberto César de Oliveira Viégas diz que há um aumento expressivo no número de investigações de corrupção em Estados e municípios. E que esse aumento era previsível.
"A gente já sabia que isso poderia acontecer, e começamos a monitorar a essas descentralizações (repasses de recursos). Qual o foco? Verificar se essas empresas que estão sendo contratadas (...) se elas de fato têm capacidade técnica e operacional; se elas de fato existem; se estão constituídas em nomes de laranjas; se já foram envolvidas em outras operações; se foram recém-criadas. Tem um catatau de informações (a serem checadas)", explica ele.
Viégas diz que muitos dos alarmes de irregularidades chegam por meio da plataforma Fala.br , uma ferramenta do governo.
"Quando você tem uma quantidade grande de recursos sendo descentralizados, num momento em que há fragilidades (nos controles), com contratações diretas, em ambiente de calamidades públicas… Nós já tivemos experiências desse tipo, como quando tivemos aquelas enchentes na região serrana do Estado do Rio (em 2011), e também em Minas", diz ele.
"Quando os recursos vão em grande monta (...), o que a gente percebe é que não necessariamente eles vão ser usados corretamente", diz. "Podemos afirmar que há um maior risco de não aplicação correta dos recursos", diz ele.
Irregularidades detectadas vão de sobrepeço de itens mais simples a superfaturamento na compra de respiradores e na montagem de hospitais de campanha
Governo 'errou a mão' ao flexibilizar, diz ex-CGU
Advogado e ex-ministro da CGU, Jorge Hage avalia que o governo pode ter "errado a mão" nas medidas provisórias que relaxaram controles financeiros durante a epidemia. Ele se refere às MPs 926 (março), 928 (março), 951 (abril) e 961 (maio).
"Vivemos uma situação de risco muito elevado de corrupção, exatamente por conta das várias medidas que o governo tomou flexibilizando compras e os gastos relativos à pandemia. É claro que a administração pública tem de agir de forma mais ágil, menos formal, isso é perfeitamente compreensível. Agora, tem uma questão de grau aí. Até que ponto você pode flexibilizar sem correr risco demasiado?", questiona Hage.
"E o que a experiência têm mostrado (...) é que foi ultrapassado esse grau de flexibilização. O volume de denúncias, de escândalos em dois, três meses (de pandemia), e a quantidade de operações mostra isso. É um volume impressionante, em tão pouco tempo", diz ele.
Segundo Hage, as principais modificações introduzidas pelas MPs foram a dispensa de licitação para bens e serviços necessários ao enfrentamento à pandemia; a permissão para contratar empresas declaradas inidôneas (e que normalmente são proibidas de negociar com o governo); e a permissão de comprar por preço superior ao estimado, entre outras.
O que dizem os governadores investigados
Os dois governadores que foram alvo das investigações negam qualquer envolvimento com irregularidades.
Na manhã do dia 26 de maio, a Polícia Federal cumpriu mandato de busca e apreensão no Palácio das Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio.
"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará", disse Witzel em nota.
Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em Belém - Reprodução/Polícia Federal do Pará
"A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro", continua ele.
Na quarta-feira (10/6), a Polícia Federal realizou buscas, entre outros endereços em Belém (PA), na casa de Helder Barbalho, como parte de apuração sobre suposta fraude na compra de respiradores pelo governo estadual.
Barbalho, disse que atuou desde o começo da pandemia para proteger a população do seu Estado.
"No dia 16 de março iniciamos o processo de isolamento social, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para buscar proteger a nossa população. Em paralelo a isso, o Governo do Estado não mediu esforços para estruturar a rede de saúde pública do Pará, no sentido de atender a nossa população", disse ele, numa entrevista na quarta-feira (10), quando a operação foi deflagrada.
"Quero demonstrar minha absoluta indignação com o que ocorreu, fazendo no Estado do Pará vítimas e lesados por aqueles que pensaram em aproveitar uma pandemia, o sofrimento de pessoas, acreditando que seria possível oferecer um produto e entregar outro, e ficar ilesos; que a sociedade paraense e o Governo do Pará aceitariam e não reagiriam", disse ele, referindo-se ao fato de que 152 respiradores comprados pelo governo apresentaram falhas e não puderam ser usados no atendimento aos pacientes.
Até o atual momento, não há rostos nem corpos formados na corrida sucessória municipal. Ainda há muitas etapas a serem cumpridas até que “gestação” esteja confirmada e é muito importante que as “orientações médicas” sejam seguidas à risca para que haja, enfim, um “parto”.
Por Edson Rodrigues
Qualquer problema, qualquer intercurso durante a gestação, pode colocar em risco não só a “gestante” quanto o “bebê”.
Traduzindo para o campo político, queremos dizer que nada, ainda, está decidido, o há são muitas gestações e outras suspeitas de gestação que só serão confirmadas entre 20 de julho e cinco de agosto.
OS RISCOS
Por isso, quem já está de salto alto é bom procurar, urgentemente, as “sandálias da humildade”, pois a campanha sucessória ainda nem começou e as operações da Polícia Federal podem provocar “abortos” inesperados e até mesmo “abortos espontâneos”, pois o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público ou até mesmo um vice mal escolhido podem fazer subir a “pressão arterial” da campanha e, como todos sabem, pressão alta em gravidez pode resultar em eclampsia.
Vale lembrar que este é um parto com data marcada, mas com 90% de chances de ser adiado, o que pode favorecer os candidatos à reeleição (apenas os que não são vidraça).
Quando for dada a largada para a campanha, é bom que os candidatos estejam atentos, também para os riscos externos, ou seja, a montagem de suas equipes. Recomenda-se que não haja a terceirização das campanhas e as coordenações setoriais sejam entregues a pessoas nativas, que conheçam a realidade política do Tocantins, visto que temos muitos exemplos de marqueteiros paraquedistas que não conheciam nem o território, muito menos como agiam os integrantes da oposição e a filosofia política local, e afundaram campanhas de candidatos praticamente eleitos, por não saberem falar a língua política dos tocantinenses e botarem tudo a perder, principalmente em municípios onde há horário gratuito de Rádio e TV que, junto com os programas eleitorais, os debates e o relacionamento com a mídia serão ferramentas fundamentais, que vão determinar a influência nas redes sociais e a adesão dos formadores de opinião, pois um eleitor que não entende a filosofia de um candidato na TV ou no Rádio, jamais se dará ao trabalho de abrir ou ler uma postagem de quem ele não entende nas mídias sociais.
O ELEITOR
Já é mais que sabido que o eleitor não anda nada satisfeito com a classe política, principalmente com aqueles que colecionam processos, investigações, operações das Polícias Federal e Civil. Não só os eleitores, mas a mídia séria, formadora de opinião, estarão abastecendo a população de nomes, números e posicionamentos partidários dos políticos ou candidatos que estiveram na mira da Justiça.
Nos maiores municípios do Estado, mas, principalmente em Palmas, há milhares de desempregados. Alguns atingidos pelos reflexos da pandemia e o fechamento do comércio, mas a maioria esmagadora exonerada pelos governos municipais, do Estado e das Câmaras Municipais.
Há, também, os micro, pequenos e médio empresários que estão sem condições de manter a sobrevivência de seus negócios – e funcionários. As populações das cidades que não têm sequer uma farmácia popular, trabalhos de assistência social ou qualquer tipo de auxílio dos governantes, sobrevivendo à própria sorte em pleno momento de pandemia.
Não se pode esquecer, também, dos cidadãos que estão empregados, servidores dos municípios e do Estado, com seus salários congelados, sem progressões, fazendo bicos para completar suas rendas, tendo que sair, eles próprios da faculdade ou tirar seus filhos de escolas e universidades particulares por não ter como manter as mensalidades em dia, apenas observando o que os governos não fizeram por eles quando poderiam.
São esses os eleitores que irão decidir em quem votar nos 139 municípios tocantinenses para prefeito, vice e vereador. Em sua grande maioria, eles estão insatisfeitos com a atual situação. É por isso que destacamos a importância da qualidade da equipe que irá gerir as campanhas dos candidatos e os “apoios” políticos que aparecerão ao lado de cada candidato. Como diz o povo, “um pingo de creolina estraga um litro de leite”.
Andar ao lado de um ficha suja, pode ser fatal, afinal, “diga-me com quem andas e te direi quem és”!
A INGRATIDÃO DA POLÍTICA OU O “CASTIGO DO ELEITOR”: O “CEMITÉRIO”
Não há mais, no Tocantins, o fenômeno da transferência de votos como acontecia no passado. Nem nos municípios do interior, muito menos na Capital.
O maior exemplo disso é o ex-prefeito Raul Filho, que implantou o que até hoje é a base do ensino fundamental em Palmas, com o excelente secretário Danilo Mello, com a implantação das escolas de tempo integral. Ao mesmo tempo, Raul Filho cometeu alguns pecadilhos para se manter no poder.
Raul Filho (foto) foi o primeiro candidato a prefeito no Brasil impedido de votar em si próprio pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Quando sua esposa foi candidata à reeleição para deputada estadual, enquanto primeira-dama, foi derrotada.
Pastor Amarildo, ex-deputado federal, também é outro exemplo de como o eleitorado vem mudando e do quanto o envolvimento em atos não republicanos vai minando a credibilidade de um político. Quando foi deputado federal, acabou envolvido no “escândalo das ambulâncias”, também conhecido como “Sangue Sugas”, com direito a matéria no Fantástico e mais de uma semana de Jornal Nacional, perdeu sua reeleição e, quando esperava ser o vereador mais bem votado de Palmas, viu que o estigma da malversação do dinheiro público ficou ligado ao seu nome, e acabou não sendo eleito, num claro recado dos eleitores.
Outros políticos de renome no Tocantins também foram derrotados e praticamente sepultados politicamente, por deixar suas campanhas serem terceirizadas, por mudanças abruptas de partidos, por comportamentos não republicanos ou, simplesmente, por não profissionalizar suas candidaturas, trazendo paraquedistas de outros estados que desconheciam os valores e a filosofia política tocantinense. Podemos citar Freire Jr., Nilmar Ruiz, Edmundo Galdino, Udson Bandeira, Josi Nunes, o próprio Pastor Amarildo, Marcelo Lelis e muitos outros.
Pastor Amarildo
Todos precisam se reinventar caso queiram retornar à vida pública. Alguns, nem isso conseguiram, por conta dos problemas com a Justiça, que permaneceram latentes em suas vidas.
O próximo que pode experimentar a guilhotina que leva ao cemitério político será o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, que renunciou ao mandato outorgado pelo povo para tentar galgar o posto de governador. Acabou derrotado no Estado e em Palmas, seu próprio reduto.
Assim como Pastor Amarildo fez no passado, Amastha tentará se eleger vereador este ano, com grande risco de ver seu nome impresso em uma lápide eleitoral para todo o sempre.
Portanto, os candidatos que não tiverem uma ótima assessoria jurídica, eleitoral e política, correm o risco de serem eliminados antes mesmo das eleições ou de ganhar, mas não levar.
Basta uma foto ao lado de um ficha suja ou a presença de um deles na coordenação da campanha para que o eleitor vire a cara. Evitar a disseminação de fake news nas redes sociais também será um diferencial para separar os que estão no jogo pelo poder dos que estão pensando em ajudar o povo.
O eleitor não é mais o mesmo. O Tocantins não é mais um lugar fora da curva. As redes sociais unificaram a disseminação de informações. Os veículos de comunicação estão “no ar” e à disposição dos eleitores 24h na internet. Quem quiser se eleger da forma certa, tem que estar atendo à isso.
Todo cuidado é pouco. Muito pouco!!
Levantamento feito por jornalistas de G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde mostra ainda que houve 17.086 novos casos de Covid-19 em um dia. São 867.882 no total
Com Agências
O Brasil teve 598 novas mortes registradas em razão do novo coronavírus nas últimas 24 horas, aponta levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 43.389 óbitos pela Covid-19 até este domingo (14). Veja os dados, consolidados às 20h:
43.389 mortes; eram 42.791 até as 20h de sábado (13), uma diferença de 598 óbitos
867.882 casos confirmados; eram 850.796 até a noite de sábado
Apenas o Rio Grande do Norte não divulgou novos dados; o estado diz que não publica boletins aos domingos.
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
O Brasil é o segundo país com mais casos e mais mortes no mundo, somente atrás dos EUA. O país concentra 10% de todas as vítimas do planeta, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Já os Estados Unidos têm 2 milhões de casos. São 115 mil óbitos.
No domingo, o presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que a corte jamais se sujeitará a qualquer tipo de ameaça
Com Agências
O Ministério Público Federal (MPF) determinou neste domingo (15) a abertura imediata de inquérito policial para investigar o ato realizado por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, no qual os manifestantes realizaram ofensas, xingamentos e ameaças contra os ministros do STF.
“O procedimento tramita em regime de urgência e sob caráter reservado por questões relacionadas à inteligência das informações. Na representação inicial, foi apontada a gravidade das condutas identificadas por serem dirigidas ao órgão máximo do Poder Judiciário. Para o MPF, os atos podem ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, nos crimes contra a honra, além da Lei de Crimes Ambientais por abranger a sede do STF, situada em área tombada como Patrimônio Histórico Federal”, disse o MPF em comunicado.
Segundo o presidente do Supremo, ações financiadas ilegalmente têm sido reiteradas e estimuladas por uma minoria da população e por integrantes do próprio Estado, apesar da tentativa de diálogo que o Supremo tenta estabelecer com os demais Poderes, instituições e a sociedade civil.
“O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão. Guardião da Constituição, o Supremo Tribunal Federal repudia tais condutas e se socorrerá de todos os remédios, constitucional e legalmente postos, para sua defesa, de seus ministros e da democracia brasileira”, acrescentou.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou neste domingo que a corte jamais se sujeitará a qualquer tipo de ameaça e irá recorrer a todos os meios constitucionais e legalmente postos para sua defesa, de seus ministros e da democracia, após novos protestos neste fim de semana contra o STF.
“Infelizmente, na noite de sábado, o Brasil vivenciou mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal, que também simboliza um ataque a todas as instituições democraticamente constituídas”, disse Toffoli em nota, referindo-se a protesto realizado por apoiadores de Bolsonaro na noite de sábado, quando foram lançados fogos de artifício na direção do prédio do tribunal.
Ameaças ao Supremo e a seus ministros são alvo de investigação no âmbito do chamado inquérito das fake news, que tramita na própria corte sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, após decisão de Toffoli.
Na quarta-feira, o ministro do Supremo Edson Fachin votou pela legalidade da portaria que permitiu a abertura do inquérito no ano passado, mas propôs limites à investigação que apura a divulgação de notícias fraudulentas e ameaças feitas a ministros da corte. O julgamento será retomado nesta semana.
Ex-funcionário do Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos é o mesmo que atacou enfermeiros em ato no dia 1º de maio
Por Clébio Cavagnolle e Elijonas Maia, da Record TV
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, neste domingo (14), Renan da Silva Sena, acusado de ser um dos autores do ataque que lançou fogos de artifício contra o prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e xingar o governador do DF, Ibaneis Rocha, na noite de sábado (13).
O homem foi detido por policiais à paisana no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Uma mulher que tentou impedir a ação dos policiais e danificou uma viatura também foi levada à DRCC (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos), localizada no (DPE) Departamento de Polícia Especializada, mesmo local onde Renan está preso.
Mais cedo, o presidente do STF , ministro Dias Toffoli, havia solicitado responsabilização penal do suspeito aos órgãos responsáveis federais e distritais. “Solicito a vossa exceclência as providências necessárias à apuração para responsabilização penal daquele (s) que deu/deram causa direta ou indiretamente, inclusive por meio de financiamento, dos ataques e ameaças dirigidas ao STF e ao Estado Democrático de Direito, na noite de ontem, inclusive com a utilização de artefatos explosivos”, diz o documento.
Toffoli entrou com representação contra Renan da Silva Sena pelos ataques, inclusive por postagens em redes sociais, "bem como todos os demais participantes e financiadores, inclusive por eventual organização criminosa, os quais ficam desde logo representados, devendo-se ser adotadas as necessárias providências para a investigação e persecução penal”.
O documento foi encaminhado para o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, ao diretor-geral da Polícia Federal e ao secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Na noite deste sábado (13), manifestantes bolsonaristas retirados de um acampamento montado na Esplanada dos Ministérios causou tumulto e aglomeração, desrespeitando as orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde), enquanto efetuavam disparos de fogos de artifício em direção ao prédio do STF, na praça dos Três Poderes.
Os manifestantes divulgaram vídeos pelas redes sociais. Em um deles, se escuta a voz de um homem fazendo ameaças ao STF e, nominalmente, aos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Toffoli.
Outros ataques de Renan Sena
O ataque ao prédio do STF não é o primeiro feito por Renan da Silva Sena. Ele é o autor de agressões contra enfermeiros que participavam de uma manifestação em 1º de maio, na praça dos Três Poderes, em Brasília.
Sena foi identificado como funcionário do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Após o ataque a profissionais de saúde, a pasta anunciou que ele não fazia mais parte da equipe de prestadores de serviços terceirizados. O órgão informou que ele atuava como assistente técnico administrativo na Coordenação-Geral de Assuntos Socioeducativos.
No 1º de maio, enfermeiros e demais profissionais da saúde participavam de ato em homenagem aos trabalhadores da linha de frente no combate à covid-19 e destacava a importância do isolamento social. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que Sena hostiliza parte do grupo que participava do protesto.