Ditado antigo dizia que a diferença entre veneno e remédio é a dose. Os médicos afirmam que o momento de tomá-lo também pode fazer diferença. Esse ditado popular, e esse outro acadêmico é muito oportuno para configurar o atual momento que passamos, com essa pandemia do Covid-19.
Por Antonio Coelho de Carvalho
Tom conciliador
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da cloroquina e citou exemplo do médico Roberto Kalil Filho, curado após usar o medicamento. Já o médico Kalil diz que menção de Bolsonaro foi 'surpresa' e não comenta protocolo do ministério. Kallil ele é cardiologista, do Hospital Sírio-Libanês. Bolsonaro parabenizou Kalil por ter declarado que foi medicado com a hidroxicloroquina. O presidente defende que a droga --que ainda não tem comprovação de efeito contra a Covid-19-- seja dada a pacientes em estágios iniciais da doença. Kalil, porém, recebeu a droga enquanto estava internado em estado grave. O médico não quis detalhar o que achou do pronunciamento ou do uso de seu nome e de casos individuais para falar sobre a indicação de hidroxicloroquina.
"É portaria do Ministério da Saúde. Os médicos estão autorizados a prescrever. Claro que não se sabe o resultado final disso, mas essa doença mata", disse o cardiologista, que não quis comentar sobre o protocolo da pasta quanto ao medicamento. "Eu não sou infectologista. Tem que discutir com os infectologistas."
O Remédio
A aplicação da Hidroxicloroquina no tratamento de pessoas contaminadas pelo coronavírus, tem causado muitos debates. Recentemente o presidente americano, Donald Trump, fez uma declaração otimista sobre o uso do medicamento, criando uma corrida às farmácias do país. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também se entusiasmou com esse medicamento e pediu que um laboratório do Exército ampliasse sua produção. O uso ou não do medicamento fez nascer mais uma guerra entre o governador de são Paulo João Doria e o Presidente Bolsonaro. As outra e sobre o confinamento Doria a favor do isolamento social e Bolsonaro quer o afrouxamento.
Tomou ou não tomou
O chefe do Centro de Contingência contra a covid-19 em São Paulo, medico David Uip, confirmou na 4ª feira (8.abr.2020) a autenticidade da receita médica para cloroquina que circula nas redes sociais com a sua assinatura. Ele, no entanto, recusou-se, a informar se fez uso do medicamento em seu tratamento para a covid-19. O fato não passou despercebido, e impulsionada por apoiadores de Jair Bolsonaro foi muito comentado. Como isso a disputa travada pela “ideia” de usar a cloroquina como parte do tratamento nos pacientes com coronavírus tem ocupado um bom tempo de Bolsonaro e Doria, ambos tentando com o remédio a cura, Bolsonaro para se reeleger e Doria sonha com o paraíso da presidência da república.
Sem papas na língua
“Canalha! Mil vezes canalha! O senhor não tem o mínimo senso de escrúpulo! Não tem vergonha na cara, governador João Doria?!” essa foram as palavras do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que xingou o governador de São Paulo João Doria (PSDB) por conta de um vídeo em que Doria associa o uso do medicamento a uma recomendação feita pelo medico David Uip que é o chefe do Centro de Contingência contra a covid-19 de São Paulo. A verdade que Doria tentar levar mérito por sugerir uso de cloroquina no tratamento da Covid-19. Veja o vídeo.
O que podemos fazer com um sujeito desses? "Foi o Dr. Uip que disse ao Mandetta pra distribuir a cloroquina na rede pública do país..." MENTIROSO DE MERDA! pic.twitter.com/PlIFs8eWSo
— leandroruschel (@leandroruschel) April 8, 2020
A flor da pele
Em entrevista à imprensa, justamente com o governador Doria, Uip dirigiu-se diretamente a Bolsonaro: “Presidente, eu respeitei o seu direito de não revelar seu diagnóstico, respeite o direito de não revelar meu tratamento”. Também disse que vai levar à Justiça o incidente do vazamento da receita: “A minha privacidade foi invadida. A privacidade da minha clínica foi invadida. Tomarei as providências legais adequadas para a invasão da minha privacidade e dos meus pacientes”. Oque se percebe é que estão todos nervosos sem saber a direção a ser tomada .
Derrota de Bolsonaro no STF
Mais uma derrota do governo Bolsonaro (sem partido), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira, que governos estaduais e municipais têm autonomia para determinar o isolamento social em meio a pandemia do coronavírus. De acordo com Moraes, o governo federal não pode “afastar unilateralmente” as decisões de executivos locais sobre as medidas de restrição de circulação que vêm sendo adotadas durante a pandemia do novo coronavírus. E esclarece que a decisão vale “independentemente” de posterior ato do presidente Jair Bolsonaro em sentido contrário.
Abuso
Gás de cozinha ignora desvalorização do barril de petróleo e já custa até R$ 115 em algumas capitais de Brasil. O gás liquefeito (GLP) para consumo residencial, popularmente conhecido como gás de cozinha, continua a se descolar da matéria-prima e chega a custar R$ 115 para a população, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustívies (ANP). O preço do GLP vendido em botijões de 13 kg, atualmente, está subindo mais do que aconteceu com o óleo diesel nos meses que antecederam a greve dos caminhoneiros. Além disso, a alta do botijão acontece justamente num momento de desvalorização do petróleo. Na prática, significa que a população, principalmente a de baixa renda, está sendo mais atingida hoje do que no período da crise do diesel. Em são paulço chegou a R$120 , aqui no Tocantins a media é R$85.
Sem noção
SBT suspende apresentador que sugeriu campo de concentração para doentes. O apresentados Marcão do Povo disse, no programa Primeiro Impacto, que Bolsonaro deveria isolar vítimas da Covid-19 à força. Segundo o comentário de Marcão, a criação desses campos seria uma fora de relaxar o confinamento determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotado na maioria dos estados brasileiros. Em sua declaração, o apresentador ainda pediu que o presidente Jair Bolsonaro publicasse um decreto dando poder ao Exército de policiar as ruas e prender os governadores que não cumprirem as regras impostas. Isso é que dá colocar um ignaro funcional para apresentar dá nisso: uma merda atrás da outra.
A pandemia do novo coronavírus ou Covid-19 se abateu sobre o mundo como uma régua de pedreiro, aquela que vem nivelando toda a superfície, colocando todos no mesmo prumo, no mesmo nível, no mesmo “barco”.
Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira
A apreensão e os cuidados que provocou no mundo atingiram – e continuam atingindo – dos mais abastados aos menos favorecidos, em uma mobilização de saúde que ultrapassa os cuidados infligidos pelas grandes guerras mundiais.
É certo que começou evidenciando as desigualdades sociais, mesmo o vírus tendo o potencial de contaminar todos, num primeiro momento, pessoas das classes média e alta que viajaram para o exterior o que fez saltar aos olhos o fato dela ter tomado uma dimensão na cobertura jornalística muito maior que outras epidemias que ainda hoje vitimam mais pessoas, como a dengue e o sarampo.
À primeira vista, isto ocorre justamente por uma questão de classe: como o primeiro epicentro do coronavírus foi a Europa e não o continente africano ou latino-americano, a visibilidade da epidemia foi muito maior.
Hoje, percebe-se que o Covid-19 não poupa ninguém, mas começou com primeiros-ministros, presidentes e atletas consagrados e, agora, chega á periferia, aos trabalhadores operacionais e precarizados, que se deslocam para suas casas de transporte coletivo, dentro de um ambiente potencialmente explosivo para uma contaminação massiva. Se nas universidades as aulas foram suspensas e algumas adotaram o sistema de ensino à distância, como ficam os funcionários operacionais terceirizados? Evidente que eles continuarão trabalhando.
A grande lição que o Covid-19 deixa á humanidade é que todos somos iguais, não importa a classe social, credo, opção sexual ou quaisquer que sejam os parâmetros vis utilizados na classificação de humanos, estamos, todos, de volta a uma grande “Arca de Noé”.
UNIÃO
Os efeitos para a vida e para a economia hoje são cada vez mais claros, até mesmo para quem insiste em renegar a existência de um inimigo que tem feito milhares de vítimas mundo afora.
Mas, diante das previsões dos especialistas, nesse momento de incertezas, quero aqui refletir: e quando toda essa crise passar (eu acredito que venceremos em breve)? O que vamos aprender com essa guerra sem canhões e metralhadoras? Como será a vida pós-Covid-19?
Para começar, ficam as lições sobre as prioridades dos governos na aplicação de mais recursos para a ciência, a saúde, o saneamento básico e habitação de qualidade às populações mais vulneráveis; e mais essencial ainda, a modernização das universidades para a formação desses exércitos de homens e mulheres, especialistas nas áreas voltadas para a qualidade de vida.
Hoje, mesmo diante de um inimigo invisível que nos força a nos cumprimentar a distância – numa terra onde o aperto de mão e o abraço caloroso são costumes -, já é possível perceber mais aflorada a solidariedade, um mundo menos individualista.
No pós-Covid-19, se mantivermos o isolamento social, muitas vidas serão salvas. Ficará, é claro, uma economia estilhaçada, cujos cacos teremos que juntar. Será o momento de o governo lançar mão, por exemplo, do aumento da tributação sobre as altas rendas, como heranças e patrimônios.
No mais, vamos confiar que os repasses emergenciais cheguem aos governos, prefeituras, trabalhadores formais e informais e empresários, para que passemos por essa pandemia mais tranquilos, fortalecendo os valores familiares e deixando de festejar a tecnologia.
Os seres humanos são vulneráveis e a tecnologia não resolve todos os problemas. Os problemas resolvidos pela tecnologia exigem grandes quantidades de energia e materiais. Quando não tivermos acesso a eles, as soluções tecnológicas não estarão disponíveis. Agir de maneira sensata é o maior poder do ser humano, em qualquer contexto.
Em tempos convulsivos, surge o melhor (e talvez o pior) de algumas pessoas, mas a solidariedade está sempre presente. Devemos potencializá-la para que a consciência de equipe e o bem comum estejam acima dos interesses particulares. O coronavírus nos serviu para perceber a qualidade humana de muitos profissionais (médicos, enfermeiros, trabalhadores do setor de alimentação, distribuidores, centrais elétricas...). Por solidariedade e justiça, as grandes fortunas e grandes empresas têm maiores compromissos nessa transição. Os paraísos fiscais são um câncer que nos impede de seguir na direção certa.
Mas, o que realmente fica de lição é que a família é o cerne de toda a sociedade. A proteção familiar é a mesma que serve para proteger a sociedade como um todo. E, quando todos se conscientizam sobre uma mesma questão, fica muito mias fácil mobilizar as massas por um bem comum.
Portanto, faça a sua parte. Cuide dos seus e fique em casa.
A pandemia passa, mas que se vai por causa dela, jamais volta!
Advocacia do Senado diz que decisão representou interferência do Judiciário no Legislativo. Fundo eleitoral prevê verba de R$ 2,034 bilhões e, fundo partidário, de R$ 959 milhões
Com Agência Senado
O desembargador Carlos Moreira Alves, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, acatou recurso da Advocacia do Senado, em nome da Mesa do Congresso Nacional, e suspendeu a liminar que havia bloqueado os recursos do fundo eleitoral e partidário para que fossem aplicados, sem previsão em lei aprovada pelo Poder Legislativo, no combate à pandemia do novo coronavírus. A liminar havia sido concedida na terça-feira (7) pelo juiz Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
No recurso, a Advocacia do Senado demonstrou que o Poder Legislativo vem aprovando as medidas necessárias para o combate à pandemia causada pelo novo coronavírus e que a proposta de destinação dos recursos do fundo eleitoral "está sendo discutida no Congresso Nacional pelos representantes eleitos pelo povo".
A Advocacia pediu a suspensão da decisão para evitar grave lesão à ordem pública decorrente "da indevida interferência do Poder Judiciário no Poder Legislativo e também à segurança jurídica ao permitir ao Poder Executivo a imediata utilização dos recursos para realização de despesas sem prévia autorização legal do Parlamento".
Segundo o advogado-geral do Senado, Fernando Cesar Cunha, o recurso ressaltou a importância da adoção de ações de combate à pandemia do novo coronavírus, mas destacou que essas medidas devem ser estabelecidas "com observância das normas constitucionais e o devido processo legislativo, respeitando-se a harmonia e independência dos três Poderes, sob pena de não serem válidas".
Tocantinense de maior destaque no cenário nacional é requisitado por emissora mundial para explicar ações do governo federal
Por Edson Rodrigues
O líder do governo no Congresso Nacional, o senador tocantinense Eduardo Gomes (MDB), concedeu entrevista para a CNN, maior conglomerado de telecomunicações do mundo, que recentemente iniciou suas operações no Brasil, e falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do "orçamento de guerra", que permite destinar recursos exclusivos às medidas de combate ao novo coronavírus.
Citado como uma das “cabeças pensantes” do governo federal, Eduardo Gomes ofereceu ao apresentador William Waack um panorama detalhado e profundo sobre as últimas ações do governo em relação ás medidas contra a pandemia do Covid-19 e teceu um panorama de como o governo vem trabalhando junto com o Senado para diminuir os impactos do aperto econômico na vida dos cidadãos.
"Esse é o mesmo Senado que aprovou a reforma da previdência. Nós já viemos de um ano de intensa movimentação com o programa de reformas fiscais. Nós entendemos que o processo legislativo requer uma série de dificuldades para o avanço, afinal é uma democracia, temos que ouvir a todos. Mas boa parte das reformas apresentadas pelo ministro [da Economia] Paulo Guedes estão sendo analisadas e estão com relatório pronto inclusive".
Questionado sobre a demora para o Senado aprovar medidas que trariam alívio fiscal para os estados brasileiros, Eduardo Gomes disse que na segunda-feira (6) o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reuniu as lideranças para conversar sobre a necessidade da votação da PEC e que foi decidido que a votação acontece na próxima segunda-feira (13), às 16h.
Confira a entrevista no link https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/04/08/para-senador-eduardo-gomes-processo-legislativo-requer-dificuldades-para-seguir.
Caso não cortem na própria carne, os prefeitos candidatos à reeleição correm o risco de não ter condições de saldar de uma a três folhas de pagamento dos servidores municipais
Por Edson Rodrigues
Os conselhos dos especialistas vão desde fundir secretarias, cortar gastos com diárias, combustível e outras “gorduras” e priorizar a saúde e áreas afins, pois a queda na arrecadação pode chegar a 45%, co os cortes nos repasses de ICMS e FPM, entre outros.
Já a arrecadação com outras modalidades de imposto podem ter quedas ENTRE 60% E 70%. O mundo, o País, estados e municípios estão à beira de uma recessão profunda e os primeiros atingidos, como sempre, serão os empresários e comerciantes que estão na linha de frente, fornecendo diretamente aos consumidores finais que, além de enfrentar os dias de quarentena, com as portas fechadas, estão vendo seus clientes refrearem seus gastos, preocupados com a possibilidade de demissões e atrasos de pagamento. Um ciclo vicioso perfeito para uma quebradeira geral.
ADEQUAÇÕES
O certo é que estamos á beira de um tsunami econômico e social. 80% dos nossos municípios dependem quase que exclusivamente dos repasses do FPM para arcar com suas obrigações salariais e sociais. Se não houver cortes na máquina pública, as consequências podem levar os candidatos à reeleição a não terem condições de andar nas ruas de suas cidades, muito menos de ter coragem de pedir votos aos cidadãos.
Chegou a hora de fazer adequações, extinguir ou fundir secretarias, eliminar a “sobra” de cargos comissionados, reduzir salários temporariamente (inclusive os seus próprios e do secretariado para dar exemplo) e fazer o máximo possível para evitar demissões. Manter um “portal da transparência” atualizado e abastecido de dados, mostrando aos cidadãos que a administração municipal vem fazendo de tudo para manter a ordem social em tempos de pandemia.
ESTADO PODE SER A SALVAÇÃO
Assim como em outras unidades da federação, o governo do Estado pode ser a salvação para os municípios que estejam se empenhando para fugir dos efeitos nefastos da pandemia utilizando-se dos métodos corretos e honestos (e só para esses, para que não se premiem aqueles que nada fazem ou que agem de maneira desonesta, tentando utilizar-se politicamente, em beneficio próprio, do sofrimento do povo).
Caso o governador Mauro Carlesse, com o apoio crucial do senador Eduardo Gomes, consiga a liberação dos empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil, o Tocantins poderá dar uma grande volta por cima e driblar a crise econômica que aterroriza o País, aplicando esses recursos em obras de infraestrutura nos 139 municípios, gerando e garantindo milhares de empregos, oxigenando a economia do Estado, gerando impostos e melhorando a receita das cidades.
Por enquanto, essa é a única solução prática e plausível para amenizar os impactos econômicos do Covid-19 que, segundo os analistas políticos e econômicos, tem tudo para provocar a maior recessão mundial dos últimos 100 anos e, caso o Tocantins consiga concretizar a liberação desses recursos, irá se tornar um dois pouquíssimos estados brasileiros a garantir sua sobrevivência e adimplência econômica, transformando-se em alvo de investidores nacionais e internacionais e salvando sua economia e sua população.
Que Nossa Senhora Aparecida nos abençoe e ilumine as mentes dos nossos mandatários!