Santana comandou campanhas de Lula em 2006 e de Dilma nos dois mandatos, e cumpre pena em regime aberto após condenação pela Lava Jato

 

Por Marlen Couto

 

Personagem central nas investigações da Operação Lava-Jato, o marqueteiro João Santana voltou ao cenário político e eleitoral nacional. Conhecido por comandar as bem-sucedidas campanhas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, assim como a de outros presidentes na América Latina, Santana passará a atuar na comunicação do PDT, partido do presidenciável Ciro Gomes, que deve disputar as eleições de 2022.

 

A informação foi divulgada nesta quinta-feira por Ciro Gomes em sua conta no Twitter. O ex-ministro compartilhou uma foto ao lado de Santana e do presidente do PDT, Carlos Lupi, após os três participarem de uma reunião de trabalho.

 

Na Lava-Jato, Santana foi condenado por lavagem de dinheiro após confessar em delação premiada o uso de Caixa 2 nas eleições. O marqueteiro cumpre pena em regime aberto pelo crime e ao menos até o fim do ano passado usava tornozeleira eletrônica. Por determinação da Justiça, poderia voltar a atuar no marketing político a partir de outubro de 2020.

 

Em sua última aparição pública, uma entrevista ao programa Roda Viva no ano passado, Santana sugeriu uma chapa com Ciro Gomes e Lula, na qual o petista seria vice, para vencer o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

 

— Essa chapa seria imbatível, mas os egos, os venenos, é impossível acontecer. É imitar a solução eleitoral genial que a Cristina (Kirchner) fez na Argentina — disse na ocasião, citando a ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

 

 

Posted On Quinta, 22 Abril 2021 18:15 Escrito por O Paralelo 13

O governador Mauro Carlesse, com seu estilo de “matuto”, que traz muita sabedoria sem deixar que os que estão à sua volta percebam, identificou três pessoas para os três postos-chave do seu governo e eles acabaram se tornando os “pilares” de sua administração

 

Por Edson Rodrigues

 

O secretário da Fazenda, Sandro Henrique Armando, o secretário de Captação de Recursos e Investimentos, Claudinei Quaresmin e o “coringa”, Chefe de Gabinete do governo, Alan Divino. Eles formam a tríade que realmente decide no governo estadual, e raramente são vistos concedendo entrevistas, em aparições na mídia ou demonstrando qualquer interesse maior, que não seja servir ao governo.

 

Com esses três pilares e seus demais auxiliares, Mauro Carlesse demonstra ser um político extremamente destemido e corajoso, mas que só age após haver planejamento, como demonstrou diante dos obstáculos que se lhe apresentaram após a posse para o “governo tampão”, herdados das gestões anteriores.

 

Governador Mauro Carlesse se filia ao PSL

Eleito, então, pela via indireta, após o afastamento de Marcelo Miranda, Carlesse partiu para a formação de uma maioria absoluta na Assembleia Legislativa e, com esse apoio, venceu as duas eleições seguintes, no mesmo ano.

 

Com base nesse apoio, tomou as medidas impopulares, mas necessárias, que incluíram milhares de demissões de servidores contratados, extinção de cargos em comissão, de secretarias e vários órgãos e congelou salários, para dar início ao reenquadramento do Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal, formou seu grupo de aliados e vem dando um verdadeiro show na oposição e em seus adversários declarados, governando com o mínimo de preocupação política, com apoio dos membros da bancada federal no Senado e na Câmara.

 

CASA ARRUMADA

Agora, com a casa arrumada, as atenções voltadas apenas para o combate à pandemia, Mauro Carlesse demonstra estar seguro e confiante em relação ao processo sucessório de 2022, uma atitude que contagiou seus aliados na Assembleia Legislativa e em vários municípios do interior.

 


Com a casa arrumada e as ações políticas e administrativas em execução, a sua filiação relâmpago ao PSL, nada mais é do que o início dos preparativos para o processo eleitoral, em que se configura cada vez mais certa a sua candidatura à única vaga de senador a ser disputada, com todos os que irão acompanha-lo nessa empreitada já 99% integrados ao grupo político.

 

AS "OPOSIÇÕES"

Em primeiro lugar, é bom que se ressalte, não existe oposição ao governo Mauro Carlesse na Assembleia Legislativa. 90% dos deputados estaduais são aliados políticos do governador. Trocando em miúdos, a convivência entre os poderes Executivo e Legislativo estaduais é harmônica e, dificilmente essa situação mudará.

 

O Palácio Araguaia tem uma articulação política fortíssima e, pelo que a situação indica, cumpre os compromissos assumidos com os parlamentares pois, desde o início, nenhum dos deputados aliados esboçou qualquer opinião contrária ao governo.

 

Ex prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB)

Enquanto isso, os partidos de oposição precisão deixar de “estar” oposição e passar a ser, efetivamente oposição, como vem fazendo o PL dos Vicentinhos e o PSB de Carlos Amastha. Quanto aos demais partidos, precisam cobrar uma posição de seus membros na Assembleia Legislativa, se seguirão as legendas ou se irão solidificar seus posicionamentos, indo para o PSL, junto com Mauro Carlesse e, pela sigla concorrer às suas reeleições.

 

Deputado Federal Vicentinho Junior e ex-senador Vicentinho Alves (PL)

Esse posicionamento dos parlamentares deve ocorrer até o fim de setembro próximo, com ou sem Reforma Política. Esse é o limite para as definições partidárias e de seus membros que desejam disputar um cargo eletivo em outubro de 2022.

 

O certo nesta fotografia do momento político é que o Palácio Araguaia larga na frente ao conseguir colocar em prática a preparação de uma plataforma política sólida para o embate eleitoral de 2022, focado, fortemente, na disputa pela única vaga ao Senado, conseguindo trazer consigo a esmagadora maioria dos deputados estaduais candidatos à reeleição e outros, que tentarão um salto para deputado federal.

 

CINTHIA, AGORA, É CARLESSE

Já nesse início de trabalho, Carlesse marcou um gol de placa ao trazer para seu grupo a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, que representa, nada menos, que o maior colégio eleitoral do Tocantins, mesmo tendo sido eleita com 36% dos votos válidos e de ter conseguido o feito graças ao apoio fundamental do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, que trouxe consigo o MDB estadual e suas lideranças.

Prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro (PSDB)

Agora, inserida nas hostes do Palácio Araguaia, Cinthia e quem conseguiu levar, devem frequentar o palanque de Carlesse e do seu candidato ao governo, muito provavelmente, o vice-governador Wanderlei Barbosa.

 

E o governador continua jogando seu jogo, ao priorizar as articulações para ser o candidato ao Senado, já que há só uma vaga disponível e, certamente, haverá muitos – bons – candidatos, e deixar a decisão do nome da sua chapa para concorrer ao governo do Estado para a ocasião certa, após pesquisas, conversações e acomodações de forças.

 

Isso é fato!

 

 

Posted On Quinta, 22 Abril 2021 06:47 Escrito por O Paralelo 13

O presidente Jair Bolsonaro sancionou hoje a lei que vai destravar o lançamento de programas emergenciais de combate à covid-19 e tirar os gastos nessas ações da contabilidade da meta fiscal de 2021, que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões. O projeto fez parte das negociações para resolver o impasse do Orçamento deste ano

 

Por Idiana Tomazelli

 

O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 21, apenas dois dias após a aprovação do projeto pelo Congresso Nacional. A rapidez se deve à necessidade de dar respaldo legal ao lançamento dos programas, aguardados com ansiedade pelo setor empresarial, e também de dar à equipe econômica instrumentos para solucionar o problema das despesas subestimadas no Orçamento, que precisa ser sancionado até amanhã, 22.

 

A lei publicada hoje altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 para descontar do cálculo da meta fiscal deste ano os gastos emergenciais com saúde, o programa de manutenção de empregos (que permite redução de jornada e salário ou suspensão de contratos) e o programa de crédito a micro e pequenas empresas, o Pronampe. Essas despesas serão bancadas com crédito extraordinário, modalidade que também fica fora do teto de gastos, outra regra fiscal que limita o avanço das despesas à inflação.

 

Sem retirar esses gastos do cálculo do resultado primário, o governo corria risco de estourar a meta fiscal deste ano diante da necessidade de efetuar mais gastos para conter os efeitos econômicos da pandemia.

 

O texto não prevê limite de valor para essas ações. Segundo o Ministério da Economia, serão destinados R$ 10 bilhões ao programa de emprego e R$ 5 bilhões ao Pronampe. Mas o líder do DEM na Câmara, Efraim Filho (PB), que relatou o projeto sancionado hoje, disse ao Estadão na segunda que o valor do Pronampe seria maior, de R$ 10 bilhões. O parlamentar adiantou ainda que eram esperados R$ 20 bilhões para a saúde.

 

Como o governo já havia liberado R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial a vulneráveis nas mesmas condições excepcionais, a nova lei pode elevar a mais de R$ 125 bilhões os gastos de combate à pandemia de covid-19 fora da meta fiscal e do teto de gastos, como mostrou o Estadão/Broadcast. A conta considera R$ 33,7 bilhões em restos a pagar da covid-19 herdados de 2020, dos quais R$ 7,8 bilhões já foram pagos.

 

A nova lei também retira da LDO o dispositivo que exigia uma compensação para aumentos de gastos temporários, como é o caso dos programas contra a covid-19. Isso travou o lançamento das medidas, uma vez que o governo seria obrigado a cortar outra despesa ou ampliar receitas para fazer a compensação.

 

Solução para o impasse do Orçamento

A mudança sancionada hoje ainda vai ajudar a equipe econômica na resolução do impasse em torno do Orçamento de 2021. Com o ato de Bolsonaro, a LDO passa a permitir ao governo bloquear por decreto despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos) para recompor despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e subsídios, que ficaram maquiadas em R$ 21,3 bilhões, segundo parecer de técnicos da Câmara com base em dados do Ministério da Economia.

 

O dispositivo vai abrir caminho ao remanejamento que já vinha sendo estudado desde a semana passada e que tinha como objetivo preservar ao máximo as indicações de emendas de parlamentares, ainda que à custa de gastos do próprio Executivo. Esse “corte na carne” do governo deve ficar em R$ 9,5 bilhões, mas os cálculos exatos ainda estão sendo finalizados.

 

“Essa medida permitirá a recomposição das dotações orçamentárias da Previdência Social e de outros gastos obrigatórios que não possuíam cobertura orçamentária suficiente no autógrafo da lei orçamentária, o que auxiliará no aperfeiçoamento do Orçamento de 2021”, informou a Subchefia de Assuntos Jurídicos, órgão ligado à Secretaria-Geral da Presidência da República.

 

Outros R$ 10,5 bilhões do “ajuste” no Orçamento devem vir de emendas parlamentares, que foram ampliadas em R$ 29 bilhões durante a tramitação do Orçamento.

 

A lei foi sancionada com um único veto. A pedido do Ministério da Economia, Bolsonaro vetou o trecho que permitia a assinatura de contratos e a realização de transferências e doações para municípios em situação de inadimplência com a União. “Embora a intenção do legislador seja louvável, a medida enfraqueceria o controle das contas públicas e a fiscalização do correto emprego dos valores transferidos pela União”, justificou a SAJ.

 

 

Posted On Quinta, 22 Abril 2021 06:44 Escrito por O Paralelo 13

A suspeita é da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, que em relatório divulgado nesta segunda-feira, 19

 

Por Adriana Fernandes

 

O governo pode ter superestimado os gastos obrigatórios com o pagamento dos benefícios previdenciários em 2022 na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para evitar uma "sanha" por aumento de despesas em ano eleitoral, principalmente gastos com reajustes salariais dos servidores públicos.

 

A suspeita é da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, que em relatório divulgado nesta segunda-feira, 19, afirma que a previsão de gastos da Previdência está superestimada em, no mínimo, R$ 15,6 bilhões. A diferença entre os gastos projetados pelo Ministério da Economia e os cálculos do órgão do Senado pode ser ainda maior e chegar a R$ 21,1 bilhões.

 

A maior preocupação hoje é com o salário dos servidores, que estão congelados desde o ano passado e poderão ser reajustados a partir do ano que vem.

 

As despesas obrigatórias no projeto de LDO de 2022, enviado na semana passada ao Congresso, são R$ 35,2 bilhões maiores do que as projetadas pela IFI no seu relatório fiscal - desse total a maior parte da diferença está em gastos da Previdência.

 

"É uma estratégia para conter a sanha por aumento de gastos, que certamente aparecerá, como aconteceu com o Orçamento de 2021", disse ao Estadão o diretor-executivo da IFI, Felipe Salto. Com despesas projetadas para cima pelo governo, ressaltou Salto, a folga no teto de gastos projetada é igual a zero. O teto é regra prevista na Constituição que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

 

Para Salto, a superestimativa da Previdência ajudou a "mostrar" uma inexistência de folga no teto, quando, na verdade, haverá espaço. "Esse espaço poderá ensejar aumentos de salários, por exemplo, em ano eleitoral", avaliou.

 

Para o diretor-executivo da IFI, esse risco poderia ter sido evitado se a PEC emergencial tivesse sido bem calibrada para que os gatilhos (medidas de corte de gastos) fossem acionados já em 2022. Na sua avaliação, o governo vai tentar, como está fazendo no projeto da LDO 2022, mostrar que não haveria folga. "É uma tentativa inglória, porque o projeto ainda tramitará e, em agosto, vem o projeto de lei orçamentária", acrescentou.

 

Segundo a IFI, o governo fez um cenário mais pessimista para a Previdência Social. Nos cálculos do Ministério da Economia, a taxa de crescimento vegetativo dos benefícios do INSS é de 2,7% e a inflação considerada para reajustar os benefícios (até um salário mínimo e acima do mínimo) é de 4,3% (INPC de 2021). Nos cálculos da IFI, a taxa vegetativa nas projeções para 2022 é bem menor, de 1,8%.

 

Para a IFI, a evolução recente dos pagamentos de benefícios do INSS indica que a reforma da Previdência de 2019 já pode ter começado a surtir efeitos, de modo que essa dinâmica tem de ser contemplada nas projeções. A IFI lembra que o governo estimou gastos previdenciários mais altos para 2020, que não se confirmaram.

 

Os gastos com a Previdência estão também no centro do impasse no Orçamento de 2021, aprovado com corte de despesas obrigatórias, principalmente previdenciárias, para aumentar as emendas parlamentares. Para justificar o corte e a sanção do Orçamento pelo presidente Jair Bolsonaro, as lideranças do Centrão afirmam que as previsões de despesas estavam superestimadas.

 

A IFI prevê uma folga de R$ 38,9 bilhões no teto em 2022. É quanto o governo poderá gastar a mais. Esse espaço seria dado pela diferença entre o índice de inflação a corrigir o teto e aquele que indexa as despesas obrigatórias.

 

A IFI, porém, faz um alerta: o contexto fiscal complexo requer que se evite o uso da folga do teto. O diagnóstico é que o cenário fiscal será ainda bastante desafiador, com dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) crescente e déficit primário elevado. "A dívida acima de 90% do PIB, não avaliza uso automático da folga do teto em 2022", diz o relatório.

 

"O fenômeno contábil e fiscal derivado da provável folga no teto não deveria ser encarado, necessariamente, como espaço fiscal efetivo para promover aumento de despesas", recomendou a instituição.

 

Se houver necessidade de gastos no âmbito das respostas à covid-19, por outro lado, a IFI defende a necessidade de um planejamento transparente. "O risco é a pulverização desse espaço fiscal em despesas pouco relacionadas à recuperação da economia", afirma.

 

Para Salto, a estratégia de buscar aumento de discricionárias (despesas que não são obrigatórias e incluem investimentos e o custeio da máquina pública) poderá se repetir em 2022, mas com a diferença de que haverá folga no teto. Há espécie de antídoto preventivo na LDO, que passou a limitar a estratégia de subestimar despesas obrigatórias. " Mas isso não vai bastar, lembrando também que o texto ainda poderá modificado pelo Congresso", disse

 

No relatório, a IFI destaca também que o prêmio pelo risco cobrado pelos investidores para comprar os títulos públicos aumentou, refletindo incerteza quanto à política econômica doméstica e também a alta da taxa Selic iniciada pelo Banco Central. Os leilões de títulos públicos mostraram novos aumentos nas taxas de juros em março e abril.

 

Para 2021, a IFI vê risco de que novas despesas sejam necessárias além do planejado, como novas rodadas do auxílio emergencial e de outros tipos de despesas relacionadas à manutenção de empregos e suporte a empresas.

 

 

Posted On Terça, 20 Abril 2021 05:25 Escrito por O Paralelo 13

Líderes partidários de oposição, detentores de mandatos eletivos no Congresso Nacional, juntamente com os dirigentes de legendas, preparam a formação de um pool oposicionista para a formação de uma chapa majoritária e de chapas proporcionais com força e peso político capazes de as tornarem altamente competitivas

 

Por Edson Rodrigues

 

As oposições, no momento, discutem a união para a formação de uma força alternativa capaz de tocar o desenvolvimento do Tocantins, em contraposição ao planejamento articulado pelo Palácio Araguaia, comandado pelo governador Mauro Carlesse, que deve ter o seu vice, Wanderlei Barbosa como candidato a governador e o próprio Carlesse ao Senado, com a cobertura política da maioria dos atuais deputados estaduais e vários prefeitos e vereadores, dentre eles as prefeitas de Palmas e Gurupi, Cinthia Ribeiro e Josi Nunes.

MOMENTO INÉDITO PARA A POLÍTICA TOCANTINENSE

Segundo o apurado por O Paralelo 13, esse pool oposicionista contará com, no mínimo, três senadores, cinco deputados federais e com o total apoio do ex-governador Marcelo Miranda, que está integrado ao processo sucessório e já se disponibilizou a somar, contribuir e atuar da melhor forma que puder, como um soldado que aguarda apenas saber em qual posição deverá atuar, sempre sob a batuta do senador Eduardo Gomes.

Governador Mauro Carlesse e o vice Wanderlei Barbosa

A bancada federal irá concentrar suas emendas nos municípios, com uma grande vantagem, que será o recebimento dos recursos diretamente nos cofres municipais, sem passar pelos cofres estaduais, o que servirá como um “selo de procedência” dos recursos.

Só o senador Eduardo Gomes assegurou em sua cota como senador e como líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, mais de 356 milhões de reais para os municípios. Outros milhões virão por meio dos senadores Irajá Abreu, primeiro-secretário da Mesa Diretora do Senado e de sua mãe, a também senadora Kátia Abreu, presidente da Comissão de Relações exteriores do Senado, sem esquecer que há toda a bancada federal, coordenada pelo deputado Tiago Dimas, que também irão se dedicar em oxigenar os cofres dos municípios tocantinenses.

 

Assim que as pendências forem resolvidas, os recursos serão sancionados pelo presidente Jair Bolsonaro e se juntarão com outros milhões de reais a serem aplicados em obras públicas, oriundos da Codevasf, sem os entraves burocráticos e exigências da Caixa Econômica Federal.

 

Esse é um momento inédito, em que os três senadores tocantinenses fazem parte da elite política brasileira.

SEM NOMES DEFINIDOS PARA A MAJORITÁRIA

Com tudo isso acontecendo nos bastidores da política tocantinense entre os membros da oposição ao Palácio Araguaia com mandatos eletivos no Congresso Nacional, é certo que durante este primeiro semestre de 2021, cada um irá cuidar de suas bases. Após o mês de julho, o grupo deve começar a estreitar os laços e alinhavar as ações de aproximação mútua, sempre atentos ao momento político brasileiro, em que uma reforma política paira sobre o Congresso Nacional e pode ou mudar radicalmente o processo sucessório de 2022 ou deixará tudo como está. Já é sabido que o “distritão” ou o “distritão misto” dificilmente emplacarão por conta dos prazos legais, mas há a possibilidade das coligações proporcionais.

Ex prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas

 

Todos os parlamentares que farão parte dessa união de oposições se cercam de cuidados para que, caso façam parte da chapa majoritária o façam sem proselitismo, buscando construir uma união forte das oposições nas bases de apoio em cada região do Estado, com a participação dos prefeitos dos maiores colégios eleitorais, da classe empresarial e entidades classistas, pois precisarão de lastro para garantir o apoio popular que será medido nas pesquisas de institutos nacionais, de credibilidade inconteste.
Essa incerteza, por enquanto, “engessa” a formação efetiva das chapas, pois todos terão que esperar pelas definições para poder traçar suas estratégias de ação.
Dessa forma, as chapas ainda levarão certo tempo para terem os nomes definidos.

EDUARDO GOMES

O senador Eduardo Gomes fará um giro pelo estado para ouvir presencialmente as demandas dos prefeitos e vereadores, entidades classistas e da população, além de visitar as obras que tiveram recursos enviados por ele para que fossem realizadas.

Eduardo ainda deve anunciar, em cada município, os recursos que já está providenciando para serem repassados pelo governo federal e que chegarão em breve, dando total conhecimento a todos do seu trabalho incansável pelos municípios tocantinenses, para evitar que outros “tomem a paternidade” de suas ações, coisa bem comum na politicagem praticada nos bastidores.

Ex- prefeito de Gurupi,  Laurez Moreira

Assim como Eduardo Gomes, que largou na frente e abriu grande vantagem, a bancada federal vem agindo de forma planejada na concessão de emendas aos municípios, sempre assegurando estar presente nos maiores colégios eleitorais que, de forma até diferente, estão tendo como mediadores os ex-prefeitos, como é o caso de Gurupi, com Laurez Moreira, Araguaína, com Ronaldo Dimas, Paraíso, com Moisés Avelino e Porto Nacional, com Joaquim Maia, além dos atuais gestores, como Celso Morais, de Paraíso e Ronivon Maciel, de Porto.

Ex Governador Moises Avelino e prefeito de Paraiso Celso Moares 

São muitos milhões de reais à disposição e os senadores e deputados federais estão recebendo dezenas de prefeitos e, além de receber, ouvir e entender as demandas, aproveitam para discutir sobre a sucessão estadual. Nesse quesito, todos são unânimes em apontar a vacinação da população tocantinense o mais rápido possível como o tema mais debatido com os gestores municipais.

Outras estratégias e artifícios são discutidos nessas reuniões, mas, nos comprometemos com nossa fonte em não fazer qualquer menção, pois são parte do planejamento dos futuros políticos de muita gente, e que serão divulgados pelos próprios, no momento pertinente.

Prefeito de Porto Nacional Ronivom Maciel e sue vice Joaquim do Luzimangues 

Eduardo Gomes é, no momento, o maior expoente da política tocantinense e não é nem oposição nem situação ao governo de Mauro Carlesse. No momento, ele é apenas o senador do povo tocantinense, e centra suas forças políticas nas gestões e articulações em benefício do Estado e dos seus 139 municípios.

Suas atenções estão voltadas ao combate à Covid-19 no Brasil e, especialmente, no Tocantins. Só quando tiver a certeza de que a pandemia estiver controlada e caminhando para m desfecho positivo, ele irá tomar a decisão sobre seu futuro político.

“BRIGA DE CACHORRO GRANDE”

A grande questão é quem saberá usar melhor os milhões que estarão disponíveis para os municípios tocantinenses. Tanto os congressistas que apoiam o governo Mauro Carlesse quanto os que são oposição ao Palácio Araguaia serão os “benfeitores” dos municípios o que, obviamente, turbina sua influência junto ás bases.

Em conversa com o chefe de gabinete de um desses congressistas, tomamos conhecimento de que os prefeitos não governistas terão uma oxigenação financeira jamais vista no Tocantins, por meio de emendas impositivas e extras, pois a maioria diz fazer parte da base política do presidente da república, Jair Bolsonaro.


Segundo essa fonte, os congressistas da oposição ao governo de Mauro Carlesse estão se dedicando quase que exclusivamente na alocação de recursos para facilitar as gestões dos prefeitos e garantir que eles possam transferir votos na eleição majoritária.

A questão é que Mauro Carlesse também apoia Jair Bolsonaro, logo, ou os recursos vão se multiplicar ou os recursos serão divididos de acordo com o grau de fidelidade de cada prefeito. Logo, ainda há muita água para passar debaixo da ponte até que os posicionamentos fiquem claros e límpidos.
Ou seja, isso é “briga de cachorro grande”.

AOS DESAVISADOS E APRESSADOS

Ainda há outro elemento que precisa ser adicionado ao tabuleiro sucessório. A formação de um “chapão” com o governador Mauro Carlesse como candidato a senador não está descartado.

Quem, um dia, imaginou o saudoso João Cruz como vice de Siqueira Campos e a vereadora Cirlene Pugliese como vice de Marcelo Lelis? Ou o vice-governador João Oliveira renunciar ao mandato antes de Siqueira Campos, para que o presidente da Assembleia Legislativa, Sandoval Cardoso, assumisse o governo do Estado e ser candidato à reeleição?

Prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro

Pois bem. Não está descartada a possibilidade, também, da candidatura de Eduardo Gomes ao governo do Estado, tendo Mauro Carlesse como candidato ao Senado, com a participação efetiva da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro no mesmo grupo político.

Dentre todas a hipóteses possíveis, existe, também, a de que o governador Mauro Carlesse decida não renunciar ao seu mandato de governador e não se candidatar ao Senado, guardando o momento certo para tomar outros rumos em sua vida pública.

Pelo andar da carruagem, o espaço de tempo para os entendimentos políticos serem alinhavados cria todas as condições para todos os tipos de arranjos políticos, até os menos prováveis e mais estranhos.

COMBINAR COM O ELEITOR, O JUIZ

Sabiamente, o eleitor tocantinense vem enfrentando a pandemia de Covid-19 como pode, aprendendo a conviver com as dificuldades, muitos desempregados outros com o nome no Serasa, SPC, cartórios, luz e água cortadas e mensalidades escolares atrasadas.

Será esse eleitor que irá julgar quem merece continuar e quem merece entrar na vida pública como seus representantes políticos.

Certamente, os eleitores que ficaram reféns, órfãos ou sofreram perda por conta da Covid-19, no interior, nas grandes cidades e na Capital por falta de leitos de UTI, medicamentos e até atendimento, serão os mais criteriosos possível na hora de votar.

Será o eleitor o grande juiz nesse julgamento eleitoral, político e de conduta moral dos nomes que estarão concorrendo à vaga de governador, às oito vagas de deputado Federal, às 24 vagas de deputado federal e à vaga do Senado.

O que mostramos neste Panorama Político, é apenas uma fotografia do momento político atual, e política não é uma ciência exata. Tudo pode mudar em poucos dias, pois são muitos os fatores que podem influenciar nesse cenário, e muitas surpresas podem acontecer nesses 18 meses que faltam para a realização da eleição majoritária de outubro de 2022.

Dessa forma, o eleitor ainda terá muito tempo para analisar e julgar nome por nome dos que terão a coragem e a ousadia de colocar seus nomes à disposição desse julgamento.

Esse julgamento é livre e é secreto, um direito democrático assegurado pela Constituição Federal. Essa eleição será realizada após uma “aula” que foi propiciada pela pandemia. Uma aula que ensinou cada cidadão a observar quem realmente usa a política para representar o povo e lutar pelo seu bem-estar, e quem usou um momento de tanto pesar em benefício próprio, no pior momento possível.

E isso vai causar muitas surpresas quando as urnas começarem a “soltar sua voz” por meio dos votos, pois qualquer que seja a vontade de qualquer político, ele vai ter que, prioritariamente, “combinar com o eleitor”.

 

Temos certeza disso.

 

Posted On Segunda, 19 Abril 2021 12:44 Escrito por O Paralelo 13
Página 407 de 957