Da Assessoria
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, participou da inauguração da primeira etapa da Avenida Governador José Wilson Siqueira Campos, em Araguaína, e destacou a emoção de ver o nome do pai eternizado em uma das maiores obras de infraestrutura urbana do Tocantins.
“Nenhum outro lugar deste estado fez uma homenagem tão linda ao meu pai como Araguaína. Eu cheguei imaginando algo grande, mas encontrei algo extraordinário. Estou profundamente lisonjeado de viver esse momento”, afirmou Eduardo.
O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, também destacou o impacto da obra para a cidade. “Estamos entregando um sonho antigo da população. Foi uma obra complexa, que exigiu muito esforço da nossa equipe, mas que agora se transforma em mais mobilidade, segurança e desenvolvimento para Araguaína”, disse.
A primeira etapa da avenida tem cerca de 3 quilômetros de extensão, com aproximadamente 6 quilômetros de vias, considerando as duas pistas. O trecho liga a Via Norte (Jardim Goiás) à Avenida Castelo Branco, cruzando os setores Noroeste, Vila Rosário e Setor Couto Magalhães.
A obra inclui canalização do Córrego Neblina, mais de 2.300 metros de macrodrenagem, calçadas acessíveis, ciclofaixa e arborização. Também foram construídas 11 novas travessias no lugar de antigas pontes, além de quatro novos pontos de ligação viária com os bairros.
O investimento nesta etapa foi de R$ 87 milhões e gerou mais de 750 empregos diretos e indiretos.
A segunda etapa da obra já está em andamento. Ela vai ligar a Avenida Castelo Branco aos setores Universitário, Vila Santiago, Bela Vista e Vila Norte, com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026.
Governador de São Paulo ressaltou sua lealdade ao filho 01 de Bolsonaro e afirmou que esta era uma questão 'inegociável' para ele
Por Sofia Pilagallo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou pela primeira vez, nesta segunda-feira (8), sobre a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) anunciou, na semana passada, ter sido o escolhido do pai para disputar o Planalto em 2026.
Em entrevista coletiva em Diadema (SP), após evento realizado em celebração do aniversário da cidade, Tarcísio ressaltou sua lealdade a Bolsonaro e disse que esta era uma questão "inegociável" para ele. O ex-presidente foi o principal cabo eleitoral do governador, que derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
"Flávio vai contar com a gente. Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora. Ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes à disposição", afirmou Tarcísio, que, em setembro, descartou disputar a presidência para concorrer à reeleição.
"A gente tem Romeu Zema [governador de Minas Gerais, do Novo], Ratinho Júnior [governador do Paraná, do PSD], todos extremamente qualificados. A responsabilidade que recai sobre os ombros dele [de Flávio] agora é discutir o futuro do Brasil", acrescentou.
Também nesta segunda-feira, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), se manifestou sobre a pré-candidatura de Flávio. Ele questionou a viabilidade da pré-candidatura do senador, sugerindo que ele pode não ser o melhor nome para unificar o centro e a direita e derrotar a esquerda em 2026.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa em Curitiba (PR), onde Nogueira se reuniu com pré-candidatos da federação que une o PP e o União Brasil. Era esperado que o senador viajasse à noite para Brasília para se reunir com Flávio, com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com lideranças do centrão.
No domingo, Flávio admitiu que há a possibilidade de "não ir até o fim" com sua pré-candidatura, mas que a desistência teria um "preço". Perguntado objetivamente por jornalistas se a anistia era o preço de sua candidatura, sugeriu que sim, mas ressaltou que não era "só isso".
Segundo apurou a jornalista Amanda Klein, âncora e colunista do SBT News, o preço exigido por Flávio para abrir mão de sua candidatura dificilmente será pago pelo centrão. A pauta da anistia continua "sem clima" para avançar na Câmara dos Deputados, mesmo após ter sido colocada claramente como moeda de troca nas negociações.
Presidente da Assembleia havia sido detido por suspeita de vazar informações sobre operação que prendeu o ex-deputado TH Joias
Por Vicklin Moraes
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) revogou nesta segunda-feira (8) a prisão preventiva do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), detido na última quarta-feira (3) por suspeita de vazar informações sobre a operação que levou à prisão do ex-deputado TH Joias.
O texto foi levado ao plenário às 15h, com participação dos 69 deputados. A maioria dos deputados aprovou o Projeto de Resolução que prevê a revogação da prisão do presidente da Alerj. Votaram a favor da revogação 42 deputados e 21 contra. Houve duas abstenções, três faltas e um deputado licenciado.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por 4 a 3, o projeto de resolução apresentado pelo deputado Rodrigo Amorim (União Brasil) que recomendava a revogação da prisão de Bacellar.
Com a prisão, o primeiro vice-presidente da Alerj, Guilherme Delaroli (PL) considerado aliado direto de Bacellar, assumiu interinamente o comando da Casa. Juntos, União Brasil e PL somam 28 cadeiras no Legislativo fluminense.
Prisão de Bacellar
O presidente da Alerj foi detido durante a Operação Unha e Carne, deflagrada enquanto ele prestava depoimento à Polícia Federal. Segundo a investigação, Bacellar teria sido informado previamente da ação que mirava o ex-deputado Thiego Raimundo, o TH Joias, suspeito de ligação com o crime organizado.
Documentos da Justiça apontam que Bacellar avisou o ex-parlamentar sobre a operação e indicou quais itens poderiam servir como provas. Conversas anexadas ao inquérito mostram TH comunicando a Bacellar que trocaria o número de telefone; o presidente da Alerj responde com uma figurinha, indicando que já tinha conhecimento da mudança.
Na manhã em que a Operação Zargun foi deflagrada, TH enviou a Bacellar imagens do sistema de segurança de sua casa e repassou o contato de sua advogada.
Em meio à campanha no Senado, AGU pediu para que Gilmar Mendes reconsiderasse restrições a pedidos de impeachment
Por Lis Cappi
O pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, para que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes reconsiderasse a decisão sobre pedidos de impeachment contra magistrados da Corte foi visto, entre senadores, como um gesto de aproximação, mas com pouco impacto na campanha dele ao Supremo.
A avaliação de parlamentares, sob reserva, é de que a ação para tentar reverter a decisão do impeachment, por si só, não “vira votos” para a campanha dele no Senado.
Messias foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a cadeira deixada por Luís Roberto Barroso, em outubro, e tem enfrentado resistência. O nome que contrariou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pela preferência pelo outro cotado à indicação, que acabou de fora, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“É claro que soa também como um gesto, mas que eu acho que não altera muito dentro do cenário”, destacou um líder partidário.
A dificuldade de apoio ainda esbarra em votos contrários, que têm sido reforçados pela oposição. Parlamentares críticos ao governo anunciaram que não votam em Messias.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que foi procurado por Messias, que tenta uma reunião com a bancada, mas sinalizou que será difícil “mudar a decisão de voto dos senadores”.
Estratégia governista
Essa falta apoio a Messias também fez com que o Planalto segurasse o envio da confirmação ao Senado, para que a sabatina ocorra apenas em 2026. O adiamento é visto como uma forma de garantir a construção de apoio ao ministro até lá.
A projeção chegou a ser indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Futuro de Messias
O advogado-geral da União precisa de 14 votos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que tem 27 senadores, onde será sabatinado. Depois, são necessários 41 votos no plenário.
Inicialmente, a sabatina na CCJ estava prevista para o dia 10 de dezembro, mas foi adiada e ainda não foi marcada uma nova data para ser realizada.
Senador afirmou que deixaria corrida presidencial apenas com a soltura de seu pai, condenado por tentativa de golpe de Estado
Por Camila Stucaluc
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não pretende desistir da candidatura às eleições de 2026. Segundo o parlamentar, o único cenário em que poderia deixar a corrida ao Planalto seria a soltura de seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a possibilidade de ele próprio disputar o pleito.
“O meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados — estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência é muito consciente”, disse Flávio, em entrevista à Record.
O senador ainda afirmou que o lançamento de seu nome foi um pedido do pai para “dar esperança” ao Brasil. Ele ressaltou que está “dando a cara a tapa” e que só vai “parar no dia da vitória”.
“Não tiro o meu nome, a não ser na condição de nós termos justiça — como eu falei aqui — não só com Bolsonaro, mas com centenas, com milhares, com milhões de brasileiros que estão sofrendo, angustiados, desesperançosos, com aquela sensação de: ‘A quem recorrer? O que a gente faz agora?’ Então, o lançamento do meu nome vem para resgatar esse brilho, para esquentar de novo o coração do brasileiro”, afirmou.
Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Ao anunciar à candidatura às eleições do próximo ano, Flávio afirmou que sua primeira pauta seria o projeto de anistia, atualmente travado na Câmara, que visa perdoar condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 — caso do pai.
Bolsonaro inelegível
Com a prisão, Bolsonaro fica inelegível pelos próximos 35 anos. O prazo está previsto na Lei da Ficha Limpa, que determina oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena nos casos de condenação dada por órgão judicial colegiado — caso do STF. Com isso, o ex-presidente ficará sem poder disputar eleições até 2060, quando terá 105 anos.
Antes, Bolsonaro já era considerado inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o considerou culpado de abuso de poder político e econômico. A decisão está relacionada à reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada, na qual o ex-presidente fez ataques ao sistema eletrônico de votação.