Levantamento também aponta empate técnico no segundo turno com Michele Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro

 

 

Com Estadão 

 

 

A série histórica da pesquisa mostra um recuo de Lula frente a Tarcísio. Desde agosto, o presidente liderava com ampla vantagem, mas neste mês caiu de 52% para 49%, enquanto Tarcísio avançou de 44% para 47%, configurando empate técnico - (crédito: Ricardo Stuckert/Presidência e Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira (2/12) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue à frente em todos os cenários de primeiro turno para 2026, mas com margens menores em relação aos levantamentos anteriores. No cenário principal, Lula aparece com 48,4% das intenções de voto, contra 32,5% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os demais governadores de direita não chegam a 10%.

 

Em uma simulação sem Tarcísio, o petista tem 48,7% contra 28,6% da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em 9,4%. Outro cenário aponta Lula com 48,5%, seguido por Caiado (16,9%) e Ratinho Jr. (PSD-PR), com 12,6%. Em disputa envolvendo Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Lula lidera com 47,3%, contra 23,1% do senador e 10,2% de Caiado.

 

A pesquisa também simulou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no lugar de Lula. Nesse cenário, Haddad aparece com 44,4%, contra 32,3% de Tarcísio e 5,6% de Caiado.

 

Leia também: Lula entra em campo para salvar Messias no STF

Nos confrontos de segundo turno, Lula venceria todos os adversários, embora com vantagem reduzida. O presidente tem 49% das intenções de voto contra 47% em disputas com Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2060, Tarcísio e Michelle Bolsonaro. A diferença é maior contra Romeu Zema (Novo) e Caiado, que perdem por 49% a 41%, e contra Ratinho Jr., com 49% a 40%. A maior vantagem é sobre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), com 47% contra 28%.

 

A série histórica da pesquisa mostra um recuo de Lula frente a Tarcísio. Desde agosto, o presidente liderava com ampla vantagem, mas neste mês caiu de 52% para 49%, enquanto Tarcísio avançou de 44% para 47%, configurando empate técnico.

 

O levantamento ouviu 5.510 pessoas entre 22 e 27 de novembro, em todo o país, por meio de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto percentual, com nível de confiança de 95%.

 

 

 

 

 

Posted On Terça, 02 Dezembro 2025 16:06 Escrito por O Paralelo 13

ANÁLISE POLÍTICA

 

 

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, voltou ao debate público em entrevista concedida à jornalista Vera Rosa, publicada em O Estado de S. Paulo. Aos 79 anos, o histórico dirigente petista analisou o cenário político nacional, defendeu o papel do PT e projetou o futuro das eleições de 2026.

 

Dirceu foi categórico ao afirmar que o bolsonarismo seguirá como força incontornável no país. “A direita não se livrará de Bolsonaro”, disse, sustentando que, mesmo fragilizado por processos e investigações, o ex-presidente continuará sendo um ator decisivo no campo conservador.

 

Segundo o ex-ministro, qualquer candidato que tente se aproximar de Bolsonaro ou defender sua anistia estará condenado a manter o ex-presidente como figura central e polarizadora. “Nenhum candidato conservador terá maioria se defender anistia a Bolsonaro. Ele continuará sendo o eixo da direita”, declarou.

 

Além de analisar o futuro da direita, Dirceu fez questão de comparar sua trajetória judicial à de Bolsonaro. “Eu cumpri pena. Bolsonaro fugiu”, afirmou, em referência às condenações que sofreu no caso do mensalão e na Lava Jato. A fala gerou repercussão, á que parte de suas penas foi extinta pelo Supremo Tribunal Federal em 2016.

 

O ex-ministro também aproveitou a entrevista para defender a necessidade de renovação do PT. “O partido precisa mudar de cara, se preparar para liderar o país em um novo ciclo político”, disse, reforçando que Lula deve buscar a reeleição em 2026 e que o PT precisa se manter como protagonista da esquerda.

 

Apesar de afastado formalmente da vida partidária, Dirceu deixou claro que continua atuando como conselheiro e articulador nos bastidores. “Não estou na linha de frente, mas sigo contribuindo para que o PT esteja preparado para os desafios que virão”, afirmou.

 

A entrevista foi marcada por uma tentativa de reinterpretação de episódios de sua trajetória penal e por análises sobre o futuro da política brasileira. Ao mesmo tempo em que buscou reforçar sua relevância, Dirceu procurou moldar a narrativa sobre o papel do PT e sobre a inevitabilidade da presença de Bolsonaro no jogo eleitoral.

 

BOLSONARISMO

 

Dirceu foi categórico ao afirmar que o bolsonarismo seguirá como força incontornável no país. “A direita não se livrará de Bolsonaro”, disse, sustentando que, mesmo fragilizado por processos e investigações, o ex-presidente continuará sendo um ator decisivo no campo conservador.

 

Segundo o ex-ministro, qualquer candidato que tente se aproximar de Bolsonaro ou defender sua anistia estará condenado a manter o ex-presidente como figura central e polarizadora. “Nenhum candidato conservador terá maioria se defender anistia a Bolsonaro. Ele continuará sendo o eixo da direita”, declarou.

 

MENSALÃO E LAVA JATO

 

Além de analisar o futuro da direita, Dirceu fez questão de comparar sua trajetória judicial à de Bolsonaro. “Eu cumpri pena. Bolsonaro fugiu”, afirmou, em referência às condenações que sofreu no caso do mensalão e na Lava Jato. A fala gerou repercussão, já que parte de suas penas foi extinta pelo Supremo Tribunal Federal em 2016.

 

O ex-ministro também aproveitou a entrevista para defender a necessidade de renovação do PT. “O partido precisa mudar de cara, se preparar para liderar o país em um novo ciclo político”, disse, reforçando que Lula deve buscar a reeleição em 2026 e que o PT precisa se manter como protagonista da esquerda.

 

Apesar de afastado formalmente da vida partidária, Dirceu deixou claro que continua atuando como articulador e conselheiro nos bastidores.

 

 

Posted On Terça, 02 Dezembro 2025 13:10 Escrito por O Paralelo 13

Advogado-geral da União visita senadores para conquistar votos

 

 

Por Yumi Kuwano

 

 

Nos corredores do Senado, o sentimento é de desaprovação quando o assunto é Jorge Messias. O advogado-geral da União foi indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas enfrenta rejeição por boa parte dos parlamentares.

 

Ele precisa de 14 votos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que tem 27 senadores, onde será sabatinado. Depois, são necessários 41 votos no plenário. Para conquistar o apoio até o dia 10, data da sabatina, ele faz visitas a senadores.

Pelo fato de a votação ser secreta, os parlamentares não querem se comprometer com o resultado, mas, quando questionados, dão a entender que as conversas nos bastidores vão no sentido contrário ao desejo do governo.

 

“Não está fácil, mas vai depender muito das conversas”, observa o líder da oposição no Congresso, senador Izalci Lucas (União-DF).

Segundo ele, não dá para prever se Messias passa pela sabatina e pelo plenário, mas há um “problema” no critério de escolha dos indicados, que, nas suas palavras, são subordinadas ao governo.

 

Questionado sobre a possibilidade de aprovação, o senador responde: “O voto é secreto”.

A linha de pensamento é a mesma do senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Frente Parlamentar Evangélica. “Por ser uma votação secreta, é muito difícil uma avaliação final”, diz.

 

De acordo com ele, a situação de Messias é mais delicada devido às emendas parlamentares. Desde o fim de 2024, o STF passou a exigir maior transparência nas transferências. Relatadas pelo ministro Flávio Dino, as ações são acompanhadas pela AGU (Advocacia-Geral da União), o que aumenta o conflito entre os poderes.

 

“Jorge Messias é uma pessoa que, entre os parlamentares, tem uma posição que pode ampliar o conflito com relação às emendas parlamentares, iniciadas de uma forma, a meu ver, indevida pelo ministro Dino”, opina Viana.

 

Assim como Messias, Carlos Viana é evangélico e, por isso, o advogado-geral da União o procurou para conseguir uma reunião com a bancada. O senador garantiu que está em contato com os 17 senadores que compõem a frente para saber quem está disposto a ouvi-lo.

 

“Primeiro, eu estou ouvindo os senadores, estou conversando com um por um deles para saber quais estão dispostos a participar. Até o momento, a maior parte não quer. Duvido muito que um encontro que possa acontecer vá mudar a decisão de voto de cada um dos senadores”, comenta Viana.

 

Até o momento, a conversa entre os dois ainda não ocorreu pessoalmente, apenas por telefone. “Há uma dificuldade muito grande de convencimento dos parlamentares, mas, até o dia da votação, ele [Messias] terá o tempo necessário para conversar com todos”, conclui Jorge Viana.

 

 

Posted On Terça, 02 Dezembro 2025 05:25 Escrito por O Paralelo 13

Encontro ocorre após um fim de semana marcado pelo aumento da tensão entre Executivo e Legislativo

 

 

Por Warley Júnior

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta segunda-feira (1º) com ministros no Palácio do Planalto. O encontro ocorre após um fim de semana marcado pelo aumento da tensão entre Executivo e Legislativo, em meio às críticas do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ao governo.

Participam da reunião, no fim da manhã de hoje, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

 

Nesso domingo (30), Gleisi respondeu às críticas de Alcolumbre sobre o atraso no envio ao Senado da mensagem presidencial que formaliza a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pelas redes sociais, a ministra afirmou que o governo mantém respeito institucional e negou que a relação com o Congresso envolva negociações de cargos ou emendas.

 

A manifestação ocorreu após Alcolumbre divulgar nota em que criticou o governo por não ter enviado o documento que oficializa a indicação, apesar de Messias já ter sido anunciado por Lula e publicado no Diário Oficial. A demora é vista no Congresso como uma estratégia do Executivo para adiar a sabatina, marcada para 10 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

A relação entre Alcolumbre e o Planalto já estava desgastada desde a escolha de Messias, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga aberta com a saída do ministro Luís Roberto Barroso, decisão que contrariou o presidente do Senado, defensor do nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Posteriormente, Alcolumbre rompeu politicamente com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).

 

Cenário semelhante se repete na Câmara. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), rompeu com o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), após críticas do petista à escolha do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator de um projeto de lei de autoria do Executivo e à atuação de Motta na derrubada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

 

Além disso, tanto Alcolumbre quanto Motta não compareceram ao evento em que Lula sancionou a lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.

 

 

Posted On Segunda, 01 Dezembro 2025 13:41 Escrito por O Paralelo 13

Da Assessoria

 

 

A senadora Professora Dorinha (União) voltou a manifestar preocupação com a decisão do Governo do Tocantins de recolher as viaturas destinadas ao fortalecimento da Rede Integrada de Proteção à Mulher. Os veículos foram adquiridos por meio de emendas parlamentares da senadora e do deputado federal Carlos Gaguim (União), em um investimento de aproximadamente R$ 20 milhões, contemplando 59 municípios. A mais recente notificação da Procuradoria-Geral do Estado foi à prefeitura de Maurilândia, na última sexta-feira (28), para que providenciasse a imediata devolução do veículo cedido.

 

A Rede Integrada de Proteção à Mulher foi criada pelo Governo do Estado para que, em parceria com os municípios, pudesse apoiar ações conjuntas no enfrentamento à violência contra a mulher, com o uso desses veículos, sob coordenação da própria Secretaria de Segurança Pública (SSP). O processo, segundo Dorinha, passou por revisão completa ainda na gestão do então secretário Wlademir Mota Oliveira, que autorizou o envio às prefeituras somente após garantir respaldo jurídico para a operação.

 

“Esses veículos só foram enviados porque havia total segurança legal. Todo o trâmite foi acompanhado com responsabilidade”, afirmou a senadora, lembrando que as camionetes permaneceram cerca de oito meses no pátio da SSP até a conclusão de todas as etapas necessárias.

 

Para o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Big Jhow, a situação ficou insustentável e recomendou que as prefeituras devolvessem os veículos à Secretaria Estadual de Segurança Pública. “Essas camionetes são de suma importância para o acolhimento de mulheres penalizadas com violência. Mas estamos sob uma pressão muito grande para que devolvamos. É uma situação muito difícil de instabilidade. Então, a ATM orientou que elas fossem devolvidas”, disse.

 

Dorinha explica que o termo que formaliza a doação (Termo de Doação nº 424/2024, firmado em 3 de julho de 2024) prevê cessão inicial de dois anos, prorrogável, e todos os trâmites foram informados repetidas vezes ao Ministério da Justiça. O processo começou ainda sob gestão do ex-ministro Flávio Dino e foi continuado pelo ministro Ricardo Lewandowski. O termo que oficializou a transferência dos veículos da Secretaria Nacional de Segurança Pública para a SSP-TO foi assinado por Camila Pintarelli, diretora de Gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública, e por Wlademir Mota Oliveira, então secretário da SSP.

 

A senadora também reforçou os veículos foram plotados exclusivamente para o projeto de proteção à mulher e visam atuar de forma integrada com assistência social, acolhimento e ações de autonomia das vítimas. “Enfrentar a violência contra a mulher não é só caso de polícia. Esses carros são fundamentais para garantir atendimento humanizado e ágil”, destacou.

 

Diante da insistência do governo estadual no recolhimento das viaturas, a senadora Dorinha alerta que a medida pode comprometer diretamente a rede de proteção às mulheres tocantinenses, atrasando avanços essenciais no enfrentamento à violência de gênero.

 

 

Posted On Segunda, 01 Dezembro 2025 13:17 Escrito por O Paralelo 13
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