Resultados significativos Indicam Avanços nas Estratégias de Conservação e Fiscalização Ambiental
Por Nandyala Writirre
O Tocantins registrou uma significativa redução de 38,3% no desmatamento entre janeiro e fevereiro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024, de acordo com dados do Boletim Mensal do Desmatamento. A diminuição abrange tanto o bioma Cerrado quanto o Amazônico, refletindo avanços no controle da devastação florestal no estado.
Os números, analisados pelo Centro de Inteligência Geográficas em Gestão do Meio Ambiente (Cigma) da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), foram obtidos a partir do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em termos absolutos, a área desmatada foi de 170,65 km², enquanto no mesmo período de 2024 o desmatamento havia atingido 276,80 km².
A maior queda foi observada no bioma Cerrado, que teve uma redução de 38,4%. O bioma Amazônico também apresentou uma diminuição, em menor escala, com uma queda de 5,7%.
O Boletim Mensal de Desmatamento, divulgado pelo Cigma, oferece uma análise detalhada do desmatamento no Tocantins, com dados segmentados por oito microrregiões: Bico do Papagaio, Araguaína, Miracema do Tocantins, Porto Nacional, Jalapão, Rio Formoso, Gurupi e Dianópolis. O boletim traz gráficos e mapas que ilustram a distribuição do desmatamento, permitindo uma visualização clara dos dados tanto por região quanto por bioma.
Dianópolis, situada na região sudeste do Tocantins, destaca-se como a principal área de desmatamento no período, representando 44,22% da área desmatada do estado. Em seguida, está a microrregião do Rio Formoso, que responde por 18,77% do total desmatado. No mesmo período de 2024, Dianópolis já ocupava a liderança, com 30,07%, enquanto o Jalapão figurava em segundo lugar, com 29,29% da área desmatada.
--
Ex-presidente do Senado foi sondado pelo petista durante reunião no Alvorada
Com CNN Brasil
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado do ex-presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-MG) • Ricardo Stuckert/PR
O ex-presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e descartou assumir o comando de um ministério no terceiro mandato do petista.
O encontro ocorreu no Palácio do Alvorada. A CNN antecipou a conversa prevista e que Pacheco pretendia “ouvir a proposta” do petista, como disse a interlocutores.
O nome de Pacheco era cotado para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) – pasta hoje comandada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em outros momentos, seu nome foi pensado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Ricardo Lewandowski.
Lula chegou a dar sinais de que queria o senador como nome para apoiar no pleito do próximo ano em Minas. “[Pacheco] possui todas as qualidades para o cargo e contará com meu apoio na disputa”, disse Lula em entrevista na semana passada.
Pacheco deixou a presidência do Senado após 4 anos com uma relação próxima ao petista.
Ambos os mandatos foram impulsionados pelo aliado Davi Alcolumbre (União-AP), que voltou à presidência do Senado em 2025.
Da Assessoria
A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Tocantins (Prograd/UFT) publicou nesta sexta-feira (14) o quadro de vagas que serão disponibilizadas no segundo semestre letivo de 2025 para seleção pela nota do Exato - o Exame de Acesso ao Ensino Superior do Tocantins. Conforme a planilha disponibilizada no site, a instituição irá ofertar 1075 vagas em 28 cursos de graduação presenciais distribuídos em todos os seus cinco câmpus. Serão 397 vagas para ampla concorrência, 106 para ações afirmativas voltadas para indígenas e quilombolas e 578 para as cotas da Lei nº 12.711/2012 - para estudantes oriundos de escolas públicas, de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.
Diferente do primeiro processo seletivo realizado pela UFT com a nota do Exato, o PS Exato 2025/1, quando foram ofertadas apenas vagas remanescentes do Vestibular e do SiSU (272 no total), no próximo processo seletivo a oferta inclui todas as vagas regulares dos cursos presenciais disponíveis para o semestre. Assim, mesmo cursos mais concorridos como Medicina, Nutrição e Direito terão 40 vagas ao todo - 15 para ampla concorrência -, aumentando as chances de ingresso.
"Neste segundo semestre não haverá oferta pelo SiSU [o Sistema de Seleção Unificada com a nota do Enem] e serão ofertadas 100% das vagas para o Exato. As vagas remanescentes, se houverem, serão ofertadas por meio do PSEnem, quer dizer, pela nota do Exame Nacional do Ensino Médio", explica a coordenadora da Copese, Ana Paula Santos.
Para concorrer a essas vagas e também a outras que serão ofertadas pela Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e pelo Instituto Federal de Educação do Tocantins (IFTO) os estudantes devem fazer a prova do Exato, que é um exame de habilitação baseado nas características curriculares da educação básica do Tocantins. O IFTO e a UFNT devem divulgar nos próximos dias o quadro de vagas que irão ofertar pela nota do Exato no próximo semestre. Somando, as três instituições ofertarão milhares de vagas em 99 cursos de graduação pela nota do Exato.
Inscrições para o Exato estão abertas
A primeira edição do Exato de 2025 está com inscrições abertas até o dia 7 de abril. A prova será realizada no dia 18 de maio em 14 municípios do estado: Araguaína, Araguatins, Arraias, Colinas, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Gurupi, Lagoa da Confusão, Miracema, Palmas, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso, Porto Nacional e Tocantinópolis.
As inscrições para o Exato custam R$ 70 para quem não obteve isenção da taxa e o pagamento deve ser feito até o dia 8 de abril, um dia depois do fim do prazo de inscrições.
Uma segunda edição do Exato em 2025 está marcada para outubro deste ano. As notas do Exato poderão ser utilizadas em diferentes processos seletivos, independentemente do ano ou semestre de realização da prova. No entanto, para a entrada no segundo semestre letivo de 2025 só terão ocorrido duas edições do Exame: a primeira, aplicada em dezembro de 2024 e esta que será aplicada em maio.
General Lêonidas Pires Gonçalves, ministro do Exército à época, é visto como o personagem que sinalizou a saída, pela Constituição em vigor, para a indecisão sobre quem assumiria o governo no lugar de Tancredo Neves
Do Correio Braziliense
O general Leônidas Pires Gonçalves é apontado por aqueles que estavam no Hospital de Base, na antessala da internação de Tancredo Neves, como o homem que mostrou o caminho a seguir sobre quem assumiria o comando do país com a impossibilidade do presidente eleito. Testemunhas oculares, em depoimento a historiadores, garantem que partiu dele a afirmação de que, pela Constituição, a interinidade do governo deveria ser passada ao vice-presidente José Sarney, e não ao presidente da Câmara dos Deputados, Ulysses Guimarães. O ministro João Leitão de Abreu e os juristas Affonso Arinos, Paulo Brossard e Miguel Reale reforçaram o que o militar dissera.
Gaúcho de Cruz Alta, estava à frente do III Exército (RS) quando recebeu o convite para assumir o ministério. Conforme frisa o jornalista Elio Gaspari, em A Ditadura acabada, Leônidas compunha — com Francisco Dornelles, na Fazenda; José Hugo Castello Branco, no Gabinete Civil; e Fernando Lyra, na Justiça — o eixo que “realmente contava” dos três que Tancredo estabeleceu para o governo. Nesse “primeiro time”, prestigiava-se os militares (e mantinha-se com eles o canal aberto) via Leônidas; escalava-se dois homens de total confiança (Dornelles e José Hugo) para postos-chave; e trazia-se para o centro das decisões os autênticos do MDB — por meio de Lyra.
O susto
Isso tudo esteve a ponto de ruir com a internação de Tancredo. Em depoimento ao programa Memória Política, da TV Câmara, Leônidas relata o episódio sobre a dúvida a respeito de quem tomaria posse em 15 de março de 1985. “(A posse de Sarney) tem muitos pais, mas me considero o mais legítimo deles. Porque, se fizerem um exame de DNA, verão que é o meu. Considero-me dono daquele episódio”, salientou, na entrevista de 2001.
É o general quem relata: “Tinha sido convidado para ministro e estava havendo um jantar, para mim, na Academia de Tênis. Quando toca o telefone, era o general Ivan (de Souza Mendes, escolhido por Tancredo para chefiar o Serviço Nacional de Informação/SNI). (...) Quando começou a falar, perguntei: ‘O que está acontecendo? Tua voz está horrorosa’. ‘Leônidas, o presidente está no hospital e não tem condições de assumir amanhã’. (...) Peguei o carro e me mandei para lá (...). Cheguei a uma sala onde estava um grupo de homens reunidos — o Ulysses Guimarães, o (presidente do Senado, José) Fragelli, o Sarney (...). Quando cheguei ao centro, me dei conta de qual era a discussão: quem iria assumir. (...) Disse assim: ‘Mas, qual é a dúvida? Os artigos 76 e 77 da Constituição de 1969 são bem claros: quem assume é o Sarney.’ E foi o que se decidiu. Dizem que foi o (ministro do Gabinete Civil, João) Leitão (de Abreu), que foi não sei quem… Coisa nenhuma. Ninguém discutiu. Imediatamente, foi tomada a decisão. Esse episódio
(...) é ratificado pelo Ulysses”.
Leônidas, porém, dá a entender que pairava, ainda assim, a dúvida sobre ser Sarney o interino. Segundo o general, formaram-se três grupos de pessoas que tomaram destinos diferentes. O dele seguiu para a residência de Leitão de Abreu, na Granja do Ipê.
“Quando ia entrando no automóvel, chegou um senhor que, docemente, me perguntou: ‘Poderia ir com o senhor, general?’ Estávamos indo para a casa do ministro Leitão, o presidente do Senado, que era o Fragelli; Ulysses, que era o presidente da Câmara; e eu. Olhei para os dois e não disseram nada. ‘Pode sim.’ Ele disse: ‘Sou o senador Fernando Henrique Cardoso.’ Fomos juntos. Quando chegamos lá, disse a ele qual era a finalidade daquela missão”, lembra.
O PSDB passou a última semana negociando uma fusão com Podemos ou Republicanos para ganhar força na disputa eleitoral de 2026, além de mais espaço dentro do Congresso Nacional
Por Edson Rodrigues
Na Câmara dos Deputados, a sigla tucana reduziu consideravelmente de tamanho nos últimos anos e, hoje, tem 12 deputados. O Republicanos - que tem a presidência da Casa - tem 44 e o Podemos, 14. As cúpulas do PSDB e Republicanos se reuniram na última semana para discutir o assunto. Os tucanos gostariam de definir até fim de abril, mas foram informados que, caso queiram se unir com o Republicanos, a resposta precisará ser dada até fim de março.
Com o Podemos, a conversa está mais avançada, mas o partido é menor. Por isso, há um interesse maior na fusão com o Republicanos. A cúpula do Podemos já concordou com a alteração de nome da sigla e comando compartilhado, com alternância de poder a cada dois anos. Também há a possibilidade de o Solidariedade, que tem cinco deputados, fundir com Podemos e PSDB.
Marcos Pereira presidente do Republicanos
Com o Republicanos, a sigla aceitaria mudar de nome, mas não alternar o comando. Hoje, o presidente do partido é Marcos Pereira (SP). Dentro da bancada dos tucanos, pelo menos oito deputados apoiam a fusão, mas há resistências em governos locais.
A cúpula do Republicanos sinalizou que a fusão com o PSDB, mesmo sendo um partido menor, seria positiva por incorporar recursos do fundo partidário e tempo de televisão nas eleições.
O Republicanos tem ministérios no governo Lula, mas tem dificuldades de estar coligado em uma eventual candidatura à reeleição do petista de 2026. O PSDB não pretende estar com Lula no próximo pleito.
DIVERGÊNCIAS
O presidente nacional do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), Marconi Perillo, disse em entrevistas que há uma “boa chance” de a sigla se fundir ao Podemos, já que as conversas entre os partidos estão “convergentes”. “Há uma boa chance de vingar com Podemos, porque as conversas estão bem convergentes. Somos mais ou menos do mesmo tamanho e essa possível fusão nos daria o corpo e daria mais segurança também”, disse Marconi.
Presidente do PSDB Marconi Perillo
Perillo ainda declarou que não há nada definido com nenhum partido, mas que o ideal é fazer “uma aliança com um partido já mais estruturado”, e que os tucanos vão definir com qual sigla fará a fusão do fim de março até o início de abril.
O PSDB tem registrado quedas nas urnas nas últimas eleições, sendo a sigla que mais perdeu nomes nas prefeituras em 2024. No Congresso Nacional, os tucanos ocupam 13 cadeiras na Câmara, no Senado, são apenas 3 congressistas.
Em janeiro, o PSD analisava uma possível fusão com o PSDB. Mas Gilberto Kassab, presidente do PSD, manifestou que não há pacificação interna sobre o tema, e que por isso, não iria adiante. O PSDB também já teve conversas com outras siglas, como o MDB, Solidariedade e PDT.
Como o mundo dá voltas...