Presidente eleito prometeu ampliar o número de pastas e chega ao poder pela terceira vez com a missão de acomodar, em seu governo, aliados históricos e antigos adversários que apoiaram sua candidatura na reta final

 

Por Eduardo Morgado

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, 31, deverá organizar nas próximas semanas como será a composição de seu novo governo que se inicia no dia 1º de janeiro. Durante a campanha, o petista evitou dar nomes de integrantes do seu eventual novo governo, mas a partir desta segunda-feira, 31, ao ser nomeado próximo chefe do Executivo federal, a expectativa é de que as negociações comessem. O ex-metalúrgico, inclusive, já havia prometido, em falas realizadas aos apoiadores durante suas agendas, que aumentaria o número de pastas e que realizaria um desmembramento no ‘superministério’ da Economia.

 

Caso cumpra com seu comprometimento, Lula terá ministros da Previdência Social, da Segurança Pública, da Pesca, do Desenvolvimento Agrário, da Pequena e Média Empresa, das Mulheres, da Cultura, dos Povos Originários, da Indústria e da Igualdade Racial, além dos cargos já existentes na Esplanada. A equipe de reportagem da Jovem Pan realizou um levantamento com os principais nomes e entrou em contato com os possíveis ministros que poderão chefiar as pastas à partir de janeiro do próximo ano.

Mesmo após abrigar apoios das mais diversas alas ideológicas e com a promessa de que deseja realizar um governo amplo, Lula deverá contar com uma base de apoio de confiança entre os ministros, com nomes que já caminham com o petista desde antes da concretização de sua vitória. Após não obterem êxito nas eleições aos cargos de governador de São Paulo e senador pela mesma região, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) são nomes que encontram-se com o ‘caminho livre’ para comandar as pastas ministeriais. Haddad, por sua vez, já tem experiência no cargo por ter sido ministro da Educação de 2005 a 2012, durante os governos petista de Lula e Dilma Rousseff (PT), e há a chance de que o petista exerça a mesma função de outrora ou ocupe um vaga em um ministério da área econômica.

 

Entre os nomes que conseguiram se eleger e que podem ser nomeados como ministros pelo presidente eleito, estão: deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais durante o segundo governo Lula e a pasta da Saúde para sua sucessora; deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi Ministra-Chefe da Casa Civil entre 2011 e 2014, é cotada para reassumir o cargo; Wellington Dias (PT-PI), ex-governador do Piauí e senador eleito, está no radar do petista e pode ser nomeado para comandar uma pasta da área econômica ou de articulação política; Flávio Dino (PSB-MA), senador eleito e postulante ao cargo de ministro da Justiça ou Segurança Pública, já teve um ‘chamado público’ por Lula durante agenda após o ex-metalúrgico dizer que o ex-governador conquistaria a cadeira no Senado, mas não seria congressista por muito tempo “porque vai ter muita tarefa nesse país”; Jaques Wagner (PT-BA), senador com mandato até fevereiro de 2027, também é tido como nome forte para comandar um ministério econômico; Reginaldo Lopes (PT-MG), atualmente líder do PT na Câmara, concorre ao cargo de ministro da Educação; Simone Tebet (MDB), terceira presidenciável mais votada no primeiro turno das eleições gerais, segue como uma aposta para integrar o governo na área da Educação ou da Agricultura após seu forte apoio à candidatura petista no segundo turno; Henrique Meirelles (União Brasil), que foi presidente do Banco Central nos governos Lula e comandou a Fazenda na gestão Michel Temer, é o principal nome do mercado financeiro para chefiar a pasta da Economia. Procurado pela Jovem Pan, porém, o ex-presidenciável afirmou que não houve convite por parte do petistas “até agora”.

 

 

Posted On Terça, 01 Novembro 2022 07:17 Escrito por

Nos números nacionais do mesmo instituto, Bolsonaro está com 50,3% dos votos válidos, e o ex-presidente Lula tem 49,7%

Com Site EXAME 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) lidera a corrida pela presidência da República nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, segundo pesquisa eleitoral Futura Inteligência, encomendada pelo banco Modal e divulgada nesta sexta-feira, 28.

 

Nos números nacionais do mesmo instituto, Bolsonaro está com 50,3% dos votos válidos, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49,7%. Veja abaixo o recorte por estado.

 

São Paulo

No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, Bolsonaro tem 54,9% dos votos válidos, e o ex-presidente Lula aparece com 45,1%. Para os votos válidos, são desconsiderados brancos, nulos e as pessoas que dizem que não sabem. É desta forma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a contagem oficial da eleição.

 

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.000 pessoas entre os dias 24 e 26 de outubro. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-05075-2022. Veja o relatório.

 

Votos válidos - SP

Bolsonaro (PL): 54,9%

Lula (PT): 45,1%

Minas Gerais

Em Minas Gerais, onde o ex-presidente Lula venceu no primeiro turno. O petista aparece em segundo lugar nas intenções de voto com 49,7% dos votos válidos. Neste recorde feito entre os eleitores mineiros, Bolsonaro tem 50,3%. O cenário é considerado empate técnico por estar dentro da margem de erro.

 

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.200 pessoas entre os dias 24 e 26 de outubro. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-07804-2022. Veja o relatório.

 

Votos válidos - MG

Bolsonaro (PL): 50,3%

Lula (PT): 49,7%

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, reduto eleitoral do presidente, Bolsonaro larga em vantagem segundo a pesquisa Modalmais/Futura, com 56,6% dos votos válidos. Neste recorte feito entre os fluminenses, Lula tem 43,4%.

 

Para a pesquisa, foram ouvidas 800 pessoas entre os dias 24 e 26 de outubro. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-09037-2022. Veja o relatório.

 

Votos válidos - RJ

Bolsonaro (PL): 56,6%

Lula (PT): 43,4%

Quem ficou na frente no 1º turno?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Lula ficou com 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%, na votação do primeiro turno, realizado no domingo, 2.

 

 

O que explica a diferença entre pesquisa e resultado das eleições?

Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.

 

Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.

 

O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.

 

 

Posted On Domingo, 30 Outubro 2022 04:34 Escrito por

Presidente participou de carreata de Belford Roxo a São João do Meriti; petista comemora 77 anos na quinta, 27

 

Com Agências

 

Na última semana de campanha das eleições de 2022, os dois candidatos que disputam a Presidência da República intensificaram agendas eleitorais, com programações em mais de um Estado do país. O presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, participa de compromissos nesta quinta-feira, 27, no Rio de Janeiro. A visita ao atual mandatário a região acontece dois dias após seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participar de comícios e caminhadas com apoiadores fluminenses. O primeiro evento de Bolsonaro foi participação de uma carreata, às 11h, de Belford Roxo até São João do Meriti, na Baixada Fluminense, onde realizou um comício.

 

Em rápido discurso, o presidente pediu que cada um de seus apoiadores conquistem “pelo menos mais um voto” para a sua campanha e falou sobre a possibilidade de recepcionar a equipe do Flamengo no aeroporto Galeão, no Rio, após final da Libertadores contra o Athletico Paranaense. “Vamos ganhar a Libertadores e vamos receber o Flamengo”, disse Bolsonaro, que afirma ser palmeirense. No período da tarde, o chefe do Executivo também fez comício em Campo Grande, onde adotou tom mais ameno e ignoro caso sobre inserções de rádios.

Por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que faz aniversário nesta quinta-feira, iniciou sua agenda na manhã com entrevista a uma rádio. Durante conversa de cerca de meia hora, o petista voltou a afirmar que a educação será prioridade do seu governo, se eleito do próximo domingo, 30. Em suas falas, Lula defender melhora no ensino fundamental público do Brasil e, para isso, falou sobre aumento de salário dos profissionais da educação. “Precisamos aumentar o salário dos professores, dar condições. E as escolas precisam ter multifuncionalidade, para que as crianças gostem de ir pra aula”, afirmou.

 

Na conversa, o ex-presidente também criticou o adversário, afirmando que “não existe previsibilidade com Bolsonaro” e prometeu investimentos em saúde, educação, e a retomada de conferências nacionais. Como a Jovem Pan mostrou, Luiz Inácio divulgou na tarde desta quinta uma carta aos brasileiros. No documento, ele elenca 13 áreas prioritárias de seu plano de governo e promete, se eleito, trabalhar “com um política fiscal responsável”. Em data que comemora 77 anos, o petista também recebeu vídeo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que novamente declarou apoio à candidatura de Luiz Inácio no segundo turno das eleições.

 

 

Posted On Sexta, 28 Outubro 2022 06:21 Escrito por

O Datafolha ouviu 4.592 pessoas, entre 25 e 27 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos

 

Por Daniela Santos

A nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (27/10), a três dias do segundo turno, aponta o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à frente com 53% dos votos válidos. Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição, pontuou 47%.

Trata-se da quarta consulta de intenções de voto do instituto após o primeiro turno, no dia 2 de outubro. Desde então, os números têm mostrado uma estabilidade no cenário. Nos levantamentos de 7 e 14 de outubro, o petista teve 53% dos votos válidos e, na última semana, variou um ponto percentual para baixo, ficando com 52%.

Bolsonaro pontuou 47% nas duas primeiras sondagens e oscilou um ponto positivo na última pesquisa, chegando a 48%. A margem de erro para os levantamentos é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

 

Pela legislação brasileira, um candidato a governador ou a presidente é considerado eleito se obtiver maioria absoluta dos votos; ou seja, metade dos votos válidos mais um – excluídos os votos em branco e os nulos.

 

O Datafolha ouviu 4.592 pessoas, entre 25 e 27 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento está registrado no TSE com o número BR-04208/2022.

 

Pesquisa estimulada

 

No cenário estimulado, com votos totais, e no qual o entrevistado responde em quem vai votar com base numa lista de postulantes, 49% disseram escolher Lula no próximo domingo, enquanto 44% votarão em Bolsonaro.

 

Os que afirmam votar em branco ou nulo são 5%. Outros 2% estão indecisos.

 

Depois de novas pesquisas, Lula diz que disputa está muito acirrada

O petista manteve o mesmo percentual, de 49%, nos três primeiros levantamentos. O candidato à reeleição pontuou 44% nos dois primeiros e variou para 45% na semana passada.

 

 

Posted On Quinta, 27 Outubro 2022 18:20 Escrito por

"Vamos até as últimas consequências", disse o presidente após ministro rejeitar argumentos do PL

 

Por: Rafaela Vivas

 

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 4ª feira (26.out) que sua equipe de campanha vai recorrer da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em relação às inserções de propaganda eleitoral em rádios. Na noite desta 4ª, o ministro negou o pedido da campanha à reeleição para investigar a alegação de irregularidades e disse que elas não têm "indício mínimo de provas".

"Nós iremos às últimas consequências, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram. Realmente um enorme desequilíbrio no tocante às inserções. E isso, obviamente, interefe na quantidade de votos no final da linha", afirmou o presidente. "No que depender de mim, será contratada esta auditoria para uma terceira prova, se bem que nem precisava de outra prova. Sempre queremos e lutaremos por democracia, por respeito à Constituição e por respeito ao Estado Democrático de Direito. As eleições estão aí, mas sabemos que um lado, que é o meu lado, foi muito prejudicado", acrescentou.

 

O mandatário se referiu a um relatório sobre a auditoria que apontou um desequilíbrio nas inserções de campanha eleitoral em rádios favorável a seu adversário, o candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Ao lado do ministro da Justiça, Anderson Torres, Bolsonaro disse que mudou a rota da sua agenda oficial de campanha, dada a gravidade da situação. No Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília, ele começou a entrevista dizendo que sempre respeitou a Constituição Federal. "Eu sempre joguei dentro das quatro linhas, sempre respeitei a Carta maior. Passei por momentos difíceis, mas seguramos em nome da democracia. Nunca ouviram uma palavra minha para cercear a mídia ou quem quer que seja."

 

O presidente ainda criticou a condução do ministro Alexandre de Moraes, que enviou o caso para ser apurado no âmbito do inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), de sua relatoria. O processo começou a ser analisado por Moraes na esfera do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

"Alexandre de Moraes matou no peito o processo, encaminhou para o Supremo, partiu em todo para o inquérido das fake news que ele mesmo conduz. Inquérito que ele [Moraes] é totalmente dono, inquérito que não segue a nossa Constituição, que não tem respaldo do Ministério Público", afirmou o presidente.

 

Sobre as provas das supostas inserções -- questionadas por Moraes --, Bolsonaro apontou uma falta de rigidez do magistrado em outros episódios desfavoráveis ao governo. O candidato à reeleição citou a prisão de empresários apoiadores do governo, que, por meio de aplicativo de mensagens, falaram sobre a possibilidade de um golpe caso Lula fosse eleito.

 

"Já vimos o TSE, por simples print de 'zap', investigar muito coisa, no caso dos 8 empresarios, inclusive com busca e apreensão."

 

O presidente repetiu que é um defensor do artigo 220 da Constituição, que trata da liberdade de expressão. E adiantou que a equipe jurídica da campanha vai recorrer, uma vez que segundo o presidente, o caso coloca em risco a democracia e o pleito do próximo domingo (30.out), segundo turno das eleições presidenciais.

 

 

Posted On Quinta, 27 Outubro 2022 06:10 Escrito por
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