Publicações diziam que o governo Bolsonaro reduziria o valor; ministra entendeu que houve divulgação de informação falsa
Por Yahoo Notícias
TSE determina remoção de ao menos 21 posts das redes de Lula e aliados;
Publicações apontam que Bolsonaro irá reduzir o valor do salário mínimo, aposentadorias e benefícios;
Defesa argumentou que falas de Paulo Guedes foram tiradas de contexto.
A ministra Maria Isabel Galloti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a remoção de ao menos 21 posts das redes sociais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de seus aliados que apontam que Jair Bolsonaro (PL) planeja reduzir o valor do salário mínimo, de aposentadorias, de pensões e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) em um eventual novo mandato.
A decisão atende a um pedido da campanha de Bolsonaro, que alega que falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, foram “gravemente distorcidas e descontextualizadas" pelo deputado André Janones (Avante) em vídeo publicado no Instagram e Twitter.
De acordo com a ministra, o Ministério da Economia informou que o salário mínimo e aposentadorias serão reajustados com base na inflação e destacou que os conteúdos divulgados nos perfis de Lula são falsos.
“No caso em exame, verifico a divulgação de informação falsa a respeito de um tema revestido de extrema relevância social, com aparente finalidade de vincular tais medidas drásticas ao Presidente da República, incutindo assim na mente do eleitor a falsa ideia de que os salários e aposentadorias não serão mais reajustados”, escreveu Galloti.
O TSE também determinou a remoção dos posts das redes de Gleisi Hoffman, presidente do PT, do senador Humberto Costa, da deputada Jandira Feghali e Érika Kokay, da CUT Brasil, do PT e dos perfis identificados como @thiagoresiste e @tesoureiros.
As publicações já saíram do ar, com exceção de uma no Facebook de Lula.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou nesta segunda-feira (24) a prisão e os tiros dados pelo ex-deputado Roberto Jefferson contra policiais federais e questionou qual sua relação com o caso.
POR MATHEUS TEIXEIRA E RENATO MACHADO
"Tenho vários amigos pelo Brasil, se algum fez besteira o que tenho a ver com isso?", disse.
O mandatário também deu nova versão sobre ter afirmado que não teria foto com o político que reagiu à prisão e tentou alvejar policiais no último domingo (23).
"Algum repórter perguntou se era colaborador da campanha. Não tenho foto dele enquanto colaborador -- um absurdo. Tem foto minha de montão com ele por aí", afirmou, em entrevista ao vivo ao site Metrópoles.
O presidente criticou as afirmações de Jefferson contra Cármen Lúcia e também a reação dele à polícia, mas elogiou sua atuação anterior ao caso.
"No meu entender tinha tudo para continuar sua batalha por liberdade, mas quando atira em direção à polícia, lança granada, de efeito moral que seja, perdeu completamente a razão e agora vai responder por tentativa de homicídio", afirmou.
A declaração de Jair Bolsonaro acontece um dia após o seu aliado, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) resistir à prisão, disparando tiros e lançando granadas contra os agentes da Polícia Federal.
A prisão de Jefferson aconteceu apenas no início da noite de domingo (23), horas após o início da operação da Polícia Federal. O ex-parlamentar, que cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, foi alvo da ação policial por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A decisão de prisão foi dada porque o ex-deputado descumpriu medidas impostas pelo STF em uma ação penal em que ele é réu por sob acusação de calúnia, incitação ao crime de dano contra patrimônio público e homofobia. Ele estava proibido de dar entrevistas, receber visitas e usar redes sociais.
Na sexta (21), o político de extrema direita atacou a ministra Cármen Lúcia, do STF. Ele a comparou a "prostitutas", "arrombadas" e "vagabundas" em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB).
O episódio completo envolvendo Jefferson tornou-se um ponto de desgaste contra a campanha de Jair Bolsonaro, sendo explorado por seus rivais. Aliados do mandatário e ele próprio tentaram ao longo do dia desvincular as imagens do ex-parlamentar a do presidente.
Bolsonaro chegou a chamar o aliado de "bandido".
"Nós não somos amigos, não temos relacionamento. E tratamento para pessoas que são corruptas ou agem dessa maneira como Roberto Jefferson agiu, xingando uma mulher e também recebendo a bala policiais, o tratamento dispensado pelo governo Jair Bolsonaro será de bandido", disse o presidente, em vídeo publicado em suas redes sociais.
Com IG Notícias
Representantes da elite econômica do país gravaram depoimentos em apoio ao ex-presidente Lula (PT), que disputa a Presidência da República com o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL).
A iniciativa ocorreu após um coquetel com Simone Tebet (MDB) na noite de segunda-feira (17), em São Paulo. Ex-candidata ao Planalto, a senadora agora apoia o petista e se reuniu com indecisos da área financeira.
O encontro contou com sugestões de roteiros para quem quisesse gravar vídeos para pedir voto para Luiz Inácio Lula da Silva.
Além da própria Tebet, gravaram mensagens o economista Armínio Fraga, o médico José Luiz Setúbal, a especialista em desenvolvimento econômico Isabela Rahal, o economista Eduardo Gianetti, o engenheiro Marcelo Brito, a advogada Estela Aranha, entre outros.
O encontro reuniu cerca de 650 convidados, muitos deles indecisos e eleitores de Bolsonaro em 2018. O evento foi organizado pela advogada Maria Stella Gregori, pelos editores Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, a socióloga Neca Setúbal, herdeira do Itaú, a ambientalista Teresa Bracher e Ana Paula Guerra.
Compareceram representantes de diferentes setores da elite financeira.
Na última semana de campanha, Ipec, Ipespe, Quaest, Datafolha, Instituto Paraná Pesquisas, divulgam seus levantamentos eleitorais feito em todo o país
Por Vinícius Prates
Nesta última semana de campanha eleitoral, ao menos 11 pesquisas eleitorais sobre a disputa do segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão divulgadas, segundo informações registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O segundo turno ocorre no próximo domingo, no dia 30 de outubro.
Entre os institutos que irão divulgar seus novos levantamentos eleitorais estão o Ipec, Ipespe, Quaest, Atlas, MDA, Paraná Pesquisas e Datafolha. Até o momento, o ex-presidente Lula lidera a corrida eleitoral ao cargo.
Os levantamentos irão mostrar se os últimos atos de campanha dos candidatos tiveram os efeitos esperados: por parte de Lula, aumentar a diferença entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, e principalmente conquistar os eleitores indecisos. Já Bolsonaro, espera virar o voto dos eleitores e ultrapassar o ex-presidente que, até o momento, lidera a corrida eleitoral ao cargo.
No primeiro turno, Lula atingiu 48,43% dos votos. Bolsonaro, em segundo lugar, ficou com 43,20%.
Confira a agenda
Segunda-feira
Instituto: Ipec | Data de divulgação: 24/10/2022 | Contratante: Globo | Registro: BR-06043/2022
Terça-feira
Instituto: Paraná Pesquisa | Data de divulgação: 25/10/2022 | Contratante: Instituto Paraná Pesquisa| Registro: BR-00525/2022
Instituto: Ipespe | Data de divulgação: 25/10/2022 | Contratante: Instituto Ipespe | Registro: BR-08044/2022
Quarta-feira
Instituto: Quaest | Data de divulgação: 26/10/2022 | Contratante: Banco Genial | Registro: BR-00470/2022
Instituto: Atlas | Data de divulgação: 26/10/2022 | Contratante: Nervera | Registro: BR-01560/2022
Instituto: Futura / Data de divulgação: 26/10/2022 / Contratante: Banco Modal S.A / Registro: BR- 07804/2022 (Pesquisa só entre eleitores de Minas Gerais)
Quinta-feira
Instituto: Datafolha | Data de divulgação: 27/10/2022 | Contratante: Folha de São Paulo e Globo | Registro: BR-04208/2022
Sábado
Instituto: MDA | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Confederação Nacional do Transporte | Registro: BR-01820/2022
Instituto: Datafolha | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Folha de São Paulo e Globo | Registro: BR-08297/2022
Instituto: Ipec | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Globo | Registro: BR-05256/2022
Instituto: Quaest | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Banco Genial | Registro: BR-05765/2022
Instituto: Atlas | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Nervera | Registro: BR-04838/2022
Instituto: Veritá | Data de divulgação: 29/10/2022 | Contratante: Verita | Registro: BR-04217/2022
Segundo as normas da Justiça Eleitoral, o TSE exige que as pesquisas sejam registradas até cinco dias antes da divulgação.
Candidato a governador para o estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas cita "levantamentos" para embasar desempenho de Bolsonaro em Minas Gerais
Por Francisco Artur
Otimista com a possível reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que "pesquisas internas" produzidas pela campanha do chefe do Executivo nacional o mostram na liderança das intenções de voto dos eleitores de Minas Gerais.
"Nossos levantamentos já mostram uma liderança do presidente em Minas Gerais, onde ele perdeu no primeiro turno. Então, ele vai ganha em Minas Gerais. Aqui em São Paulo, que ele ganhou com uma diferença de sete pontos (no primeiro turno), hoje essa diferença está chegando a 12, provavelmente a gente vai terminar o segundo turno com essa diferença em torno dos 15. Então isso vai ser importante para essa consolidação da maioria", afirmou Tarcísio, na última terça-feira (18/10), durante uma sabatina realizada na rádio Jovem Pan.
Na entrevista em que citou levantamentos internos para afirmar que o postulante à reeleição vence em Minas Gerais, Tarcísio de Freitas não deu detalhes sobre o levantamento.
Minas Gerais
Segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais é peça-chave para a campanha de Jair Bolsonaro. No primeiro turno, realizado no último dia 2, ele perdeu para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado e em 630 municípios.
Para que Bolsonaro vença a eleição, prevista para o próximo dia 30, a campanha do presidente avança nas articulações com prefeitos mineiros. Segundo aliados, o candidato do PL já fechou o apoio com, pelo menos, 300 representantes municipais. O governador reeleito Romeu Zema (Novo) também apoia o presidente Bolsonaro.
Como será no dia do segundo turno das eleições
Dia e horário de votação: o segundo turno será no domingo (30/10), das 8h às 17h, no horário de Brasília. A divulgação da apuração dos votos deve começar logo após o fechamento das urnas.
Quem deve votar: todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, são obrigados a votar no dia da votação. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.