Segundo relatório do Mapbiomas, desmatamento no Brasil cresceu 22,3% em comparação com 2021
Com G1
O desmatamento no Brasil creceu 22,3% em 2022 em comparação a 2021, tendo 2 milhões de hectares destruídos em 12 meses. Ou seja, 21 árvores foram derrubadas a cada segundo somente na Amazônia.
Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento (RAD2022), produzido pelo MapBiomas, iniciativa do Observatório do Clima. De acordo com a entidade, o levantamento, divulgado nesta 2ª feira (12.jun), foi realizado por uma rede de universidades, ONGs e empresas de tecnologia.
O primeiro RAD foi divulgado em 2019. Nesses quatro anos, foram reportados mais de 300 mil eventos de desmatamento, totalizando 6,6 milhões de hectares destruídos, o equivalente a uma vez e meia a área de todo o Estado do Rio de Janeiro, informa o MapBiomas.
De acordo com o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, os números revelados pelo relatório são apenas uma "revelação" da ação do governo Bolsonaro na agenda ambiental.
"Não foi um governo que se omitiu na agenda ambiental. Foi um governo que teve uma ação muito centrada em destruir a capacidade do Estado brasileiro de cuidar dos recursos naturais do país", disse.
Para Astrini, Bolsonaro buscou "ativamente atacar a floresta" e dar guarida ao crime ambiental desestruturando a presença do Estado no meio ambiente.
"Aquele foi o governo que provocou uma desidratação orçamentária gigantesca na área ambiental. São cerca de R$ 4,5 bilhões não usados, dinheiro que estava no Fundo Amazônia, no Floresta+, foi o governo que teve a menor média de liquidação orçamentária de todos os mandatos presidenciais na agenda de meio ambiente", revelou.
Desmatamento no Brasil
Segundo o relatório desta segunda-feira, a área devastada em 2022 é a maior desde que o levantamento começou a ser feito: 76.193 alertas de desmatamento em todos os biomas foram registrados no ano.
A Amazônia e o Cerrado juntos respondem por 70,4% dos alertas e 90,1% da área desmatada em 2022. Segundo o estudo, o Cerrado teve uma participação de apenas 8,3% no número total de alertas. No entanto, a área total desmatada representa quase um terço da vegetação natural suprimida no país (32,1%).
O dia com maior área desmatada no ano passado foi 25 de julho, com 6.945 hectares retirados. Isso equivale a 804 metros quadrados por segundo. Ou seja, em apenas 24 horas, foi desmatada uma área equivalente a 8.400 campos de futebol.
De acordo com o levantamento, o Pará lidera o ranking do desmatamento, com 22,2% da área desmatada no país (456.702 ha), seguido pelo Amazonas, com 13,33% (274.184 ha). "A área desmatada no Amazonas cresceu 37% em relação a 2021, levando o estado a superar o Mato Grosso pelo segundo ano seguido", informa o estudo.
Houve incremento na área desmatada em cinco dos seis biomas brasileiros entre 2021 e 2022, com exceção da Mata Atlântica. Em termos de área, os maiores aumentos ocorreram na Amazônia (incremento de 190.433 ha) e no Cerrado (incremento de 156.871 ha). Em termos proporcionais, os maiores aumentos ocorreram no Cerrado (31,2%) e no Pampa (27,2%).
Ainda, de acordo com o relatório, terras indígenas e quilombos são os territórios mais preservados do Brasil, com desmatamento nessas áreas representando 1,4% do total.
De acordo com o MapBiomas, o principal ator do desmatamento no Brasil é a agropecuária. 1,9 milhão de hectares, ou 95,7% de toda a área desmatada no ano passado é proveniente do agronegócio. O garimpo foi responsável pelo desmatamento de 5.965 hectares.
Para Astrini, a aprovação do Marco Temporal na Câmara é um "ato de crueldade" e funciona como sinalização de que o crime ambiental encontra um parceiro no Legislativo.
"Com a sinalização que o Congresso dá, que as Terras Indígenas podem ser revistas, é um incentivo muito grande para aqueles que querem invadir, para aqueles que estão de olho nas terras dos indígenas", afirma. "O PL 490/07 (projeto de lei do Marco Temporal) é um presente para os cirminosos que querem invadir as terras indígenas e promover o que aconteceu na terra yanomami", concluiu.
Iniciada na quarta-feira, 7, a ação buscou coibir, durante o feriado, a pesca predatória nas margens Rio Tocantins e seus afluentes.
Por Andréa Marques Paz
Em operação Malha Fina, concluída nesta segunda-feira, 12, a equipe de fiscalização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) apreendeu um total de 5.200 metros de redes malhadeiras, duas espingardas cartucheiras, duas espingardas artesanais e um apetrecho artesanal de fazer ceva para atrair peixes. A ação teve início na quarta-feira, 7 e buscou coibir, durante o feriado, a pesca predatória nas margens do Rio Tocantins e seus afluentes.
De acordo com o gerente de fiscalização, Cândido José Neto, a equipe percorreu o Rio Tocantins e seus afluentes nos perímetros dos municípios de Pedro Afonso, Guaraí, Tupiratins, Palmeirante, Barra do Ouro, Filadélfia e Babaçulândia. Conforme o gerente, a ação de fiscalização busca garantir o cumprimento da Instrução Interministerial do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e Ministério do Meio Ambiente nº 13/2011 (estabelece normas gerais à pesca para bacia hidrográfica do rio Tocantins e período de defeso para as bacias hidrográficas dos rios Tocantins e Gurupi) e das Portarias/Naturatins números 34 e 35/2023, que estabelecem os tamanhos permitidos para captura das espécies de pescados.
Conforme Cândido José Neto, durante a ação foram feitas abordagens a pessoas que se encontravam em acampamentos nas margens dos rios e das que estavam em atividade de pesca. bem como a averiguação de documentos (carteiras de pesca) e fiscalização dos apetrechos utilizados.
Ainda de acordo com o gerente de fiscalização, os proprietários dos materiais recolhidos evadiram-se do local, não sendo possível identificá-los. Segundo Cândido José Neto, os peixes e outros animais (quelônios) da fauna aquática, encontrados ainda vivos, foram imediatamente devolvidos ao hábitat natural.
O gerente de fiscalização ressaltou que as ações de combate à pesca ilegal no Estado são fundamentais para preservar o ecossistema aquático e garantir o manejo sustentável dos recursos naturais, para a presente e futura geração.
Pescado
Na sexta-feira, 9, a equipe de fiscalização apreendeu em Aguiarnópolis, no extremo norte do Estado, um caminhão que transportava 7.200 quilos de pescado mediante documentação fiscal com indícios de fraude. A origem do pescado, conforme verificado pela fiscalização do Naturatins, é o lago da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo, na região de Palmas, e a carga seguiria para Belém (PA). O responsável pelo transporte foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil em Tocantinópolis, onde também foi efetuada a doação do pescado para nove instituições localizadas no município. Veja Aqui a matéria completa.
Da Assessoria
Em sessão na Assembleia Legislativa do Tocantins, o deputado Eduardo Mantoan (PSDB) pediu, em regime de urgência, ao Governo do Estado para que sejam feitas reforma, manutenção e duplicação das pontes sobre o Córrego Água Fria.
As estruturas ligam a Avenida NS 15 (409 Norte) a diversas comunidades, setores de chácaras e condomínios de Palmas, ficando próximas ao parque ecológico Vale da Cachoeira.
“O local apresenta um alto fluxo diário de pedestres, veículos, bicicletas, motos, carros, caminhões e maquinários utilizados nas chácaras e loteamentos. No entanto, há apenas duas pontes simples, de via única, para suprir esta logística. E, atualmente, ambas necessitam de manutenção e duplicação, além da instalação de iluminação adequada”, justificou o parlamentar.
O documento apresentado pelo deputado Mantoan foi enviado ao Governo do Estado com cópia à Ageto- Agência Tocantinense de Transportes e Obras, responsável pela manutenção das pontes.
Sucessão Municipal de Palmas: Wanderlei terá ou construirá uma candidatura?
O questionamento acima é a pregunta que não quer calar nos bastidores políticos da Capital. A única certeza que se tem, até agora, é que o governador Wanderlei Barbosa não terá pressa em decidir se já há um candidato ou se irá construir uma candidatura que terá as bênçãos do grupo palaciano.
As especulações continuam, mas o governador curraleiro precisa, primeiro, saber quem está 100% com ele, quem são os “amigos gatos” e os “amigos cachorros”.
Os ex-governadores Siqueira Campos, Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Mauro Carlesse, rápidos em suas escolhas, acabaram apunhalados pelas costas pelos “amigos gatos”, aqueles que nutrem amizade pelo poder, não pelo poderoso.
Está chegando a hora de saber quem é quem e quem está com quem, no grupo palaciano.
Palácio Araguaia não é “casa da mãe Joana”
Os agregados, adesistas e alojados do Palácio Araguaia, senadora, deputados estaduais, e federais, já estão comprometidos com diversas candidaturas a prefeito nos principais colégios eleitorais do Tocantins, inclusive em Palmas.
Em 2026, Wanderlei Barbosa será candidato ao Senado e, para isso, terá que renunciar ao cargo de governador e ficar meses sem mandato, o que pode provocar uma espécie de falta de compromisso com os prefeitos eleitos em 2024.
A experiência e a sabedoria de Wanderlei Barbosa e de seu vice, Laurez Moreira, nos faz acreditar que não deixarão o Palácio Araguaia virar uma “casa da mãe Joana” e que, no momento oportuno, cada um será colocado em seu devido lugar, o que pode fazer com que muitos que têm como certas suas candidaturas a prefeito, podem acabar levando um “canto de carroceria”...
Alô, alô, Palácio Araguaia. Uma olhadinha no retrovisor político não faz mal a ninguém.
Fica a dica...
Neutralidade, jamais
De uma coisa o Observatório Político de O paralelo 13 tem certeza: o governador Wanderlei Barbosa terá, sim, seu candidato ou candidata a prefeito em Palmas.
A neutralidade está longe das hipóteses para o grupo palaciano.
Até porque, ninguém deve ser capaz de vencer a eleição para prefeito da Capital no segundo turno, a não ser que tenha o apoio do maior e mais forte cabo eleitoral do Estado, que é o próprio Wanderlei Barbosa.
Sucessão municipal de Gurupi: Laurez paz e amor
O maior cabo eleitoral das próximas eleições municipais em Gurupi é o vice-governador Laurez Moreira, ele próprio candidato natural à sucessão do governador Wanderlei Barbosa.
No momento, laurez convive em total harmonia com as lideranças políticas de Gurupi, devendo se posicionar sobre o assunto somente em 2024.
Por outro lado, a prefeita Josi Nunes vem trabalhando bastante para resolver sua vida política, assim como de seus aliados, buscando apoio político justamente do Palácio Araguaia, morada política de Laurez e de Wanderlei Barbosa.
Coisa a ser resolvida só em 2024.
Sucessão municipal de Gurupi: ameaça à reeleição de Josi Nunes
O deputado estadual Eduardo Fortes, com um ótimo trabalho social em Gurupi e cidades do entorno, e apoiado pelo agronegócio, em especial pelo maior empregador de Gurupi, empresário Oswaldo Stival, vem tendo seu nome bastante comentado nos bastidores locais.
Caso Eduardo Fortes confirme sua candidatura a prefeito de Gurupi, ele pode representar a maior pedra no sapato da atual prefeita, Josi Nunes, que tem ligação umbilical com o ex-governador Mauro Carlesse, e sabe que sem o apoio deste, dificilmente teria chegado ao Executivo Municipal.
Se a questão for lealdade e gratidão, Josi precisa mostrar de que lado está.
E logo!
Sucessão municipal de Palmas: Janad em céu de brigadeiro
A deputada estadual Janad Valcari, candidatíssima a prefeita de Palmas, vem voando em céu de brigadeiro em sua pretensão de chefiar o Executivo Municipal da Capital.
Isso porque os demais pré-candidatos – Vanda Monteiro, Eduardo Siqueira Campos e Carlos Amastha – recolheram seus “trens de pouso”, apostando em uma estratégia política mais reservada.
Dado o quilate das demais pré-candidatura, principalmente a de Eduardo Siqueira Campos, sabe-se que os bastidores devem estar borbulhando em especulações e informações em profusão, o que explicaria o silêncio externo.
A ex-senadora Kátia Abreu e o senador Irajá Abreu devem atuar juntos na busca por espaço nas prefeituras das principais cidades do Estado, inclusive em Palmas, o que contribui para o momento de suspense nos bastidores políticos da Capital.
Por enquanto, Janad, bem cotada e bem relacionada, voa tranquila – e sem adversários aparentes.
Janad tem apoio
Janad Valcari, com seu jeito combativo de fazer política já conquistou apoios cruciais para a sua postulação á prefeitura de Palmas. O principal deles é o presidente estadual do seu partido, o PL, senador Eduardo Gomes.
A deputada estadual conta, também, com os apoios da senadora Dorinha Seabra e do deputado federal Carlos Gaguim, além de, pelo menos, 14 deputados estaduais, contando com o presidente da Assembleia, Amélio Cayres.
É por isso que seu voo está tão tranquilo rumo ao Executivo Municipal da Capital.
Sucessão municipal de Palmas: Jr. Geo no páreo
Apesar de não estar ligado nem fazer parte dos grupos políticos nem do Palácio Araguaia nem do Paço Municipal de Palmas, o deputado estadual Júnior Geo continua com seu nome à disposição dos mais de 200 mil eleitores palmenses, confirmando que é, realmente, pré-candidato à prefeitura da Capital.
Para ter uma candidatura competitiva, com chances reais de vitória, o deputado portuense terá que buscar a formatação de um grupo político com partidos que não fazem parte nem do bunker palaciano nem da base da prefeita Cinthia Ribeiro.
Caso contrário, mesmo tendo, de sobra, todos os pré-requisitos para ser um bom gestor, Júnior Geo dificilmente conseguirá emplacar seu nome.
Cinthia Ribeiro acerta na escolha de Carlos Braga para a Agricultura
Os homens e mulheres do campo do município de Palmas estão mais que satisfeitos com a atenção recebida por parte do secretário municipal da Agricultura, Carlos Braga.
As hortas comunitárias e as equipes de maquinário, prontas para atender os pequenos produtores, estão surtindo um efeito mais que benéfico para todos.
O atendimento que, antes, acontecia apenas no período da tarde, agora foi acrescido do período da manhã, dando á agricultura familiar uma atenção há muito requerida – e necessária.
Presidente do Sindicato Rural de Paraíso mostra despreparo e burrice
Ao impedir o prefeito de Paraíso, Celso Morais, de fazer uso da palavra na solenidade de abertura da Expobrasil, o presidente do Sindicato Rural de Paraíso do Tocantins, Rogério Moraes, mostrou um imenso despreparo, uma falta de ética inigualável – e lamentável – e uma burrice sem precedentes.
O gesto, movido por diferenças partidárias, rendeu a Rogério Moraes notas de repúdio do dois Poderes – Executivo e Legislativo – paraisenses, além da iniciativa privada, da população e dos próprios diretores do Sindicato Rural. Um verdadeiro tiro fatal no próprio peito ou “a maior vergonha da história da Expobrasil.
A burrice está em negar a presença de uma das partes mais interessadas no sucesso do evento, que investiu mais de 300 mil reais em sua realização, como foi o caso da prefeitura, e em desagradar parceiros da iniciativa privada e os próprios pares ruralistas.
A tendência, ante a indignação geral, é que na próxima Expobrasil, Rogério Moraes é quem estará sozinho...
Os “candidatos profissionais” na sucessão municipal de Palmas
Todo mundo – principalmente os eleitores – já conhece os “políticos profissionais” que em todas as eleições, seja para qual cargo eletivo for, colocam seus nomes nas listas do TRE e concorrem de vereador à senador, passando por prefeito, deputado estadual e federal.
São os verdadeiros picaretas prontos para se aproveitar e tirar seu quinhão do fundo eleitoral, mesmo que, para isso, tenham que confundir a cabeça do eleitorado e, muitas vezes, impossibilitar a eleição de bons nomes.
Eles vêm de todas as partes. São religiosos, presidentes de associações de bairro, de entidades classistas, dentre outros, e há partidos que acreditam que eles conseguem catapultar outras candidaturas, transformando o “ser candidato” em uma profissão.
Segundo informações de bastidores, seu “preço” é medido pelo número de votos que conseguiram obter na última eleição.
Mais uma brincadeira de mau gosto com o eleitorado...
Regra prévia contra conflitos em nova legenda nacional
O partido que será criado com a fusão de PTB e Patriota terá o número 25, que era do DEM (sigla que se uniu com o PSL formando o União Brasil) . Dirigentes das duas legendas querem concluir a junção ainda neste semestre - deve ficar pendente apenas a aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A nova legenda ainda não tem nome definido. A primeira alternativa é Mais Brasil, mas isso também ainda precisa ser chancelado pela Justiça Eleitoral. A sigla pretende ter um programa de centro-direita, e se espelha nas disputas internas do União Brasil, surgido da fusão de DEM e PSL, como um mau exemplo.
Para tentar evitar um clima permanente de conflito, estabeleceu em seu estatuto que a direção nacional será composta igualmente pelas duas partes, mas com as decisões precisando da aprovação de 75% do partido. Além disso, o presidente sempre será membro de uma das duas agremiações fundadoras.
Tribunais gastam bilhões “comprando” férias de magistrados
Os tribunais brasileiros gastaram ao menos R$ 3,5 bilhões nos últimos seis anos com a compra de férias de juízes, desembargadores e ministros. Uma parte dos magistrados abre mão do período de 60 dias de descanso, um privilégio da categoria, para turbinar seus salários mensais. A soma do ganho fixo com a venda das férias extrapola o teto constitucional de R$ 41,6 mil.
O privilégio da toga foi criticado recentemente pelo ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF). Um levantamento do Estadão, com base em dados disponíveis do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de setembro de 2017 a maio de 2023, aponta que o Judiciário pagou bilhões para magistrados estaduais, federais, trabalhistas, eleitorais e dos Tribunais Superiores (STJ, TST, STM e TSE) e que a venda de férias se transformou em mais um penduricalho para aumentar salários.
Deputados da base de Lula assinam pedido de impeachment
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de um novo pedido de impeachment na Câmara. O documento com 47 assinaturas, encabeçado por deputados do PL, tem também o apoio de quatro parlamentares de partidos que compõem a base do petista, PSD, MDB e União Brasil. O requerimento não tem efeito imediato e precisa do aval do presidente da Casa para tramitar. Até o momento, Lula tem ao menos seis pedidos protocolados que solicitam a saída dele do cargo.
As assinaturas de parlamentares de siglas com comando de ministérios reforçam o racha na base de apoio do governo. PSD, MDB e União Brasil têm nove ministérios, mesmo assim as bancadas desses partidos têm dado votos contra interesses do governo na Casa. O Palácio do Planalto tenta resolver o problema da falta de fidelidade.
Um grupo de sem-terra invadiu uma fazenda em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo, no quilômetro 306 da Rodovia Castelo Branco. A invasão começou no último dia 08, com 30 pessoas, mas hoje há mais gente chegando ao local, inclusive mulheres grávidas e crianças.
As terras tiveram depredação de cercas e porteiras, e um acampamento foi instaurado no local. Existe no Brasil um surto de invasão de terras. Todo ano, milhares de hectares são tomados por criminosos – muitas vezes utilizando de violência e ameaça à vida. Não raro, com apoio explícito do Estado brasileiro.
A ocorrência registrada na delegacia da região atribui a invasão ao “Movimento Social da Luta dos Trabalhadores”. Segundo as informações que constam no boletim, o grupo chegou ao local em nove automóveis, um caminhão e montou quinze barracas. No boletim de ocorrência, consta que um “representante” da deputada estadual Márcia Lia (PT-SP) acompanhou a invasão da fazenda e que teria fotocópias de documentos expedidos pelo Incra. O nome deste representante é José Donizete. Ele não atendeu o telefone. A deputada não foi encontrada.
Ministro da Agricultura defende MST
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou não ver motivos para “criminalizar o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)” e que não tem medo de falar à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga as ações do grupo.
“Não tenho qualquer medo de ir à Câmara para falar do MST, porque eles têm muitas virtudes. O MST está trabalhando com a produção de alimentos saudáveis, eles ajudam a organizar os mais pobres para voltar a trabalhar no campo e produzir. Estão agregando valor na produção por meio das cooperativas”, declarou Teixeira em entrevista ao Correio Braziliens
Falar de futuro político, seja de quem for, sempre requer uma olhadela no passado. Em se tratando do governador do Estado do Tocantins, essa atenção requer um cuidado todo especial. Logo, Wanderlei Barbosa, o “governador curraleiro”, ao planejar seu futuro político deve, sim, olhar para o passado, para o que aconteceu aos seus antecessores, antes de tomar qualquer decisão.
Por Edson Rodrigues
É fato que o Palácio Araguaia vive tempos de “céu de brigadeiro”, com harmonia jamais vista com os demais poderes, popularidade em alta e contas equilibradas, com os balanços de um azul jamais visto na economia estadual. E é fato, também, que a forma democrática com que Wanderlei Barbosa vem conduzindo seu governo, é um prato cheio para agregados e adesistas de primeira hora que buscam esses ambientes onde a maleabilidade e o excesso de confiança acabam por propiciar que se instalem e convivem despercebidamente, para perpetrar seus planos de sobrevivência política às custas dos que trabalham e realizam para e pelo povo.
Não se pode confundir um ambiente agregador com a “casa da mãe Joana” onde todo mundo entra e sai quando quer e faz o que quiser.
CAPACIDADE E EXPERIÊNCIA
Wanderlei Barbosa é um político de carreira, que iniciou sua vida pública na vereança, em Porto Nacional, continuou em Palmas, onde se reelegeu por vários mandatos, antes de ser deputado estadual, vice-governador e, finalmente, governador eleito e reeleito. A mesma capacidade de se manter nas graças do povo, sem manchas em sua ficha de trabalho e sempre competitivo, bem-quisto e respeitado no meio político, pode ser comparada à sua experiência no metiê, nos bastidores e na prática.
Logo, Wanderlei Barbosa não é um político que se deixaria levar pela tranquilidade de um mandato bem exercido, bem avaliado e muito reconhecido, para deixar que as mesmas mazelas que assolaram gestões anteriores se materializem, justamente, no seu governo, que vem resgatando o orgulho de todos em serem tocantinenses.
E é essa experiência de Wanderlei Barbosa que deve reger a sua atuação política, observando os erros cometidos por seus antecessores no governo do Tocantins, para que não se deixe levar pelo clima de tranquilidade da sua gestão, e acabar impedido de ver o que se passa à sua volta.
O excesso de democracia pode, sim, contaminar e comprometer seu futuro político. Muitos “aliados”, “correligionários”, “companheiros” e os adesistas de sempre, só estão como satélites da sua administração para cuidar de seus próprios projetos políticos, e se valem da credibilidade do Palácio Araguaia para, no momento certo, mostrar o dentes e partir para seus voos próprios, sem depender ou dar a mínima para quem os acolheu e os fez respirar, politicamente, por meio de nomeações, promoções, obras e outras benesses da máquina do governo.
CADA UM POR SI
Essas pessoas que têm esse comportamento e essa forma de vida, têm um plano minuciosamente traçado para chegarem a seus objetivos. Assim como na Capital, Palmas, eles têm planos pessoais para cada um dos outros 138 municípios do Tocantins. Ao colocarem esses planos em prática, será cada um por si, e Deus que olhe por Wanderlei Barbosa.
Olhando para essa situação de maneira prática, pode-se até achar que faz parte do normal de qualquer círculo político, mas não é assim que acontece na prática. E, nessa hora, o que aconteceu com governos de Siqueira Campos, Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso e Mauro Carlesse, deve ser levado – muito – em consideração.
Cada um deles sofreu, em uma proporção maior ou menor, do mal dos agregados, parasitas e correligionários, justamente no momento em que mais precisavam reunir pessoas e instituições ao seu redor. Alguns perderam apenas números em seus seguidores, outros perderam espaço político, já outros, terminaram sem ter como manter seus mandatos ou vidas públicas.
Esse é o grande perigo de baixar a guarda por conta de um bom governo, de uma boa credibilidade e de um bom-mocismo que, na política, muitas vezes, são vistos, pelos oportunistas, como o lugar certo para se locupletar, ou seja, de se dar bem às custas das conquistas alheias, abandonando quem os protegeu e lhes garantiu visibilidade e credibilidade – estas, muitas vezes, resgatadas após anos de ostracismo – na hora que lhes foi mais oportuna, sem se lixar para seus benfeitores.
DEMARCAR TERRITÓRIO
Wanderlei Barbosa conseguiu unir várias vertentes políticas em torno do seu projeto de governo, buscou uma harmonia nunca vista com os demais Poderes, resgatou demandas históricas do funcionalismo público, trouxe de volta o orgulho aos tocantinenses e fez com que o nosso Estado voltasse a figurar nas páginas de boas notícias da mídia.
Justamente por isso, o governador curraleiro não pode deixar de dar essa olhadela no retrovisor político e se atentar para o que ocorre à sua volta e às atitudes daqueles que estão “sob o seu guarda-chuva”.
Vale lembrar que a vida política do governador Wanderlei Barbosa, no momento em que volta da sua primeira viagem institucional ao exterior, é a mais confortável possível, graças à sua própria atuação e aos seus méritos como comandante da máquina governamental que rege os destinos do Tocantins.
Nunca um governante tocantinense esteve tão bem-visto, tão bem cotado e tão bem avaliado, mas, em um determinado momento, no futuro, ele terá que renunciar ao seu cargo para poder dar continuidade à essa caminhada política vitoriosa.
É nesse momento que aparecerão as brechas, que os parasitas vão alegar que não têm mais compromissos com o Palácio Araguaia e que tentarão convencer seus asseclas de que seu movimento é legítimo.
Será que vale à pena apostar em que tudo ocorrerá bem nesse momento?
Os exemplos estão no passado, embora o que se quer resguardar, é o futuro.
Fica a dica!