Em SP tem ataques a Maia, ao Centrão e defesa da reforma da Previdência. Atos pró-Bolsonaro ocorreram em 156 cidades; no dia 15, protestos pela educação foram em 222 municípios de todos os estados
Em Brasília, ataques ao STF e ao centrão marcam atos pró-Bolsonaro
Com Folhapress e Agencias
Convocada pelas redes sociais, a manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de pessoas neste domingo, 26, na Avenida Paulista, em São Paulo, e foi marcada por ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Faixas e cartazes replicados pela avenida exibiam uma pauta bem combinada para as manifestações: defesa da reforma da Previdência, da Medida Provisória 870 (Reforma Administrativa), do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e da CPI Lava Toga, para investigar ministros do STF.
O número de manifestantes foi visivelmente menor que nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, mas a Polícia Militar não deu uma estimativa oficial do público. Os participantes se concentraram ao redor de nove carros de som espalhados por oito quadras da Paulista, entre a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e a Rua Augusta.
O maior foco de concentração de público foi no trecho entre a Rua Peixoto Gomide e o prédio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Estacionado na esquina da Avenida Paulista com Peixoto Gomide, o caminhão do Nas Ruas foi o ponto de encontro dos políticos presentes, a maioria do PSL, e também o principal foco de aglomeração de manifestantes.
O grupo Nas Ruas e o Revoltados Online ocuparam o espaço que nas manifestações de 2014 foi do Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua. As duas organizações optaram dessa vez em não apoiar o movimento em defesa de Jair Bolsonaro.
O Nas Ruas levou um boneco inflável gigante do presidente Jair Bolsonaro e tocou o jingle de campanha de Bolsonaro. Os parlamentares presentes minimizaram as palavras de ordem mais radicais que pregavam o fechamento do Congresso e intervenção no STF.
"A pauta oficial é reforma já e defesa do pacote do Moro, mas cada grupo traz a sua pauta. A pauta extra é de cada grupo. Não podemos controlar", disse ao Estado o deputado federal Felipe Barros (PSL-PR).
Fundadora do Nas Ruas, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) fez o discurso mais longo e fez uma brincadeira com o público.
Ela citava nomes e media a reação dos manifestantes. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e a deputada Maria do Rosário (PT-SP) receberam as maiores vaias. Moro foi ovacionado e o nome de Alexandre Frota, deputado do PSL, não gerou reações.
A ouvir vaias para Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, Zambelli contemporizou no microfone e disse que ele será o responsável pela aprovação das reformas.
"Nosso papel na Câmara é diferente do papel de vocês nas ruas. Vocês vão entender isso. Dói não poder falar o que a gente pensa", disse a deputada em seu discurso.
Maia, aliás, foi alvo de críticas furiosas dos manifestantes, que levaram faixas e cartazes ofensivos a ele. Um grupo levou um cartaz com a foto do deputado e a inscrição: "Chileno Traidor" (temos foto).
"Rodrigo Maia prevarica quando não atua. É dever dele votar o impeachment do Gilmar Mendes (ministro do STF). Os políticos do Centrão estão acostumados a trocar voto por verba", disse a advogada Luiza Rayol, 66, líder do movimento 'Fiscais da Nação', que levou um carro de som para a Avenida Paulista.
Em discurso em cima do carro de som do Revoltados Online, o senador Major Olímpio (PSL-SP) disse que as manifestações de apoio ao governo Jair Bolsonaro realizadas pelo País revelam quem é mesmo aliado do presidente da República.
"Na campanha eleitoral, quando Bolsonaro estava na crista da onda e perto de ser eleito, tinha gente se estapeando para tirar selfie com ele", disse Major Olímpio. "Hoje nós sabemos quem são os verdadeiros aliados de Bolsonaro", afirmou o senador.
Vestindo uma camiseta da Seleção Brasileira, o aposentado Paulo Handa, 65, também recorreu ao 'toma lá, dá cá" para justificar sua participação na manifestação. "O toma lá dá cá é o maior problema, Muitos políticos se elegem para tirar proveito próprio", afirmou.
Família real
A manifestação desse domingo também registrou a presença de grupos com demandas próprias e discurso conservador.
Os descendentes da família real pregavam a restauração da monarquia, enquanto a TFP (Tradição Família e Propriedade), organização ultra conservadora ligada à Igreja Católica, defendia os valores cristãos.
D.Bertrand Orleans e Bragança, segundo imperador na linha sucessória da família real, chamou o PT de "seita vermelha marxista" e disse que Bolsonaro é uma etapa antes da restauração da monarquia.
"D.Pedro foi o maior período de estabilidade institucional do Brasil. Defendemos que a eleição do Bolsonaro é uma etapa para a retomada das vias históricas", afirmou.
Deputado federal eleito pelo PSL, Luiz Philippe Orléans e Bragança, sobrinho de Bertrand, disse que o parlamentarismo será a etapa anterior a restauração da monarquia. "A restauração da monarquia vem depois do parlamentarismo", afirmou.
Um dos presentes no caminhão do "Nas Ruas", o deputado reforçou as críticas ao Centrão. "O Centrão tem falsas lideranças vazias. É preciso um novo bloco governista", disse ele ao Estado.
O fiscal da receita aposentado José Eduardo Rebouças, 74, levou para a Avenida Paulista uma faixa com os dizeres: "Fora Centrão traidores da pátria".
Em Brasília, ataques ao STF e ao centrão marcam atos pró-Bolsonaro
A manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro em Brasília terminou no início da tarde deste domingo (26) e foi marcada por críticas ao centrão, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Os manifestantes começaram a se concentrar em frente ao Congresso Nacional por volta das 10h. Um outro grupo se reuniu no mesmo horário na área do Museu da República, na Esplanada dos Ministério, e de lá desceu para o Congresso.
Além dos ataques ao centrão, a Maia e ao STF, os manifestantes pediram a aprovação da reforma da Previdência e do projeto de lei de endurecimento de regras penais do ministro Sergio Moro, chamado de pacote anticrime. "Maia & centrão & esquerdistas & MBL boicotam as reformas de crescimento do Brasil", dizia uma das faixas empunhadas pelos manifestantes.
Outro cartaz chamou os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do STF, além de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de "traíras".
Em várias ocasiões, os participantes do ato gritaram palavras de ordem e se referiram ao centrão como "bando de ladrão." "Não às negociatas, não ao centrão, sim ao governo que nós elegemos", disse outro manifestante, do movimento Limpa Brasil.
Os ministros do Supremo, principalmente Dias Toffoli e Gilmar Mendes, também foram alvos preferenciais dos manifestantes neste domingo. Onze pessoas se fantasiaram de lagostas para ironizar uma licitação da Corte para adquirir alimentos para o ano de 2019 ao custo de cerca de R$ 1 milhão. Um dos itens do edital, pedido pelo cerimonial do STF, era lagosta.
"Vamos almoçar no STF", gritavam as pessoas fantasiadas, do alto dos carros de som.
Parlamentares que fazem parte da tropa de choque de Bolsonaro no Congresso participaram do ato no Distrito Federal. Os deputados do PSL Nelson Barburo (MT) e Bia Kicis (DF) subiram ao carro de som e discursaram ao público.
"Nós estamos aqui em primeiro lugar porque acreditamos naquele homem que colocamos no Palácio do Planalto", declarou Bia Kicis.
"Vamos seguir juntos nesta luta, não vamos descansar nenhum dia porque somos patriotas. Somos a base do nosso presidente Jair Messias Bolsonaro", acrescentou a deputada.
Estimativa No início da tarde, o comando da Polícia Militar do Distrito Federal diz ter estimado público de 20 mil pessoas, o que representaria mais que o triplo de pessoas que a corporação divulgou ter estimado nos protestos contra os cortes de verbas na educação, no último dia 15 --cerca de 6.000, no comunicado final, mesmo tendo falado em um público de 15 mil horas antes.
A Folha de S.Paulo questionou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal --governado por Ibaneis Rocha (MDB)-- sobre os números e pediu fotos aéreas que tenham embasado os dois cálculos, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
Durante a campanha eleitoral, a PM do DF já havia feito uma estimativa de uma manifestação pró-Bolsonaro que gerou polêmica. O órgão disse à época que 25 mil carros participaram de uma carreata a favor do então candidato, na região central de Brasília. Levando em conta o comprimento de cerca de quatro metros de um carro popular, o número difundido pela PM representaria, caso posicionados um atrás do outro, uma fila de veículos de ao menos 100 quilômetros.
O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Porto Nacional elegeu seu novo Diretório, durante Convenção Municipal, realizada na manhã deste sábado (25) no auditório da Câmara de Vereadores. Concorrendo com chapa única, o empresário portuense Arlindo Lopes, foi eleito por aclamação, e comandará o partido pelos próximos dois anos ao lado do seu vice-presidente, o vereador Jefferson Lopes.
Com Assessoria
A convenção contou com as participações do presidente regional em exercício, Herbert Brito Barros, o Buti, do candidato a presidente pela executiva regional; o ex-governador Marcelo Miranda; do candidato a presidente metropolitano o deputado estadual Valdemar Júnior; do prefeito de Porto Nacional Joaquim Maia (PV) e seu vice Ronivon Maciel (PROS); dos vereadores emedebistas Jefferson Lopes e Geylson Gomes, José Haroldo Nunes de Azevedo, lideranças políticas, filiados e simpatizantes do partido.
Arlindo Lopes que foi aplaudido e elogiado por todos os presentes, para comandar o partido, disse que pretende trabalhar com a missão de promover a união e fortalecimento da sigla, se comprometendo em buscar fazer candidatura própria, nas eleições de 2020. “Agradeço ao apoio de todos e quero destacar que o nosso objetivo é trabalhar pela união do partido, onde todos juntos vão fazer parte das discussões, para as tomadas de decisões. Vamos organizar e fortalecer o MDB de Porto, buscar novos nomes e lideranças para se filiar, para construirmos juntos um projeto sólido, onde possamos trabalhar em torno de uma candidatura própria para eleições de prefeito”, afirmou o presidente eleito.
“Eu venho com muita honra e satisfação abraçar os companheiros do MDB de Porto, na certeza de que vamos estar cada vez mais fortalecidos, disse o presidente regional em exercício da sigla, o Buti, ressaltando que Arlindo representa a aglutinação e a unidade do partido juntando a experiência e a motivação para que o MDB seja reoxigenado e que possa ocupar seu verdadeiro espaço”, afirmou.
Marcelo Miranda disse que a eleição do Arlindo vai dar condições para que o MDB possa fazer um bom trabalho no município, unindo forças e resgatando o seu fortalecendo. “Nosso partido será bem representa aqui em Porto com o comando de Arlindo. Por isso venho aqui para reforça o meu apoio, pela sua história e seu trabalho. Ele agora assumirá um papel muito importante, que é conduzir o futuro partido”, declarou.
O emedebista destacou o trabalho feito pelo atual presidente Derval de Paiva com os demais representantes da executiva, citando também o nome do deputado Valdemar Júnior, que segundo ele, vem carregando a bandeira do partido, na busca pelo fortalecimento da sigla, juntamente com os demais parlamentares estaduais, federal e senador.
Deputado Valdemar Junior e o presidente do MDB de Porto Nacional Arlindo Lopes
Marcelo deixou claro que pretende rediscutir junto aos companheiros da sigla, ações voltadas ao partido, por todo o Estado, com a finalidade de resgatar o MDB, trazendo novos membros, homens, mulheres e jovens que querem trabalhar e se dedicar ao partido, promovendo uma política de renovação.
“O MDB é um grande partido e sempre fez parte da história do Tocantins e do país. Então nós temos condições de fazer um trabalho em Porto Nacional que foi feito outrora, com os demais companheiros e unirmos as nossas forças resgatando e fortalecendo o partido”.
O deputado Valdemar Júnior, com Arlindo, Jurimar Macedo, Marcelo Miranda e Buti, durante a Convenção do MDB de Porto Nacional
Valdemar Júnior afirmou que a eleição de Arlindo, representa o resgate dos emedebistas históricos que comandaram a sigla em Porto Nacional. “Arlindo faz parte do Grupo histórico do MDB portuense, e essa ascensão dele ao cargo de presidente, nada mais é do que a valorização e o reconhecimento por parte daqueles que já contribuíram com a política local através da nossa sigla”, assegurou.
“Temos aqui hoje, pessoas importantes do partido, como Jurimar, Maria Inês, Altamir e muitos outros, todos prestigiando e aclamando Arlindo como presidente, neste novo momento em que o MDB está determinado a promover a união de todos, e abrir as portas para receber novos filiados, se fortalecendo mais para as eleições municipais de 2020”.
O vereador Jefferson Lopes destacou ser um momento ímpar para o MDB em Porto Nacional, reforçando que a sigla precisa organizar a casa com alguém a frente do comando. “Arlindo é uma pessoa que conhecemos muito bem, ele é muito importante para partido, e tenho certeza que vai contribuir para a união de forças que é o que estamos precisando, para que o partido dê uma sacudida em Porto Nacional, pensando no futuro, ampliando o seu quadro de vereadores como também pensando em uma candidatura para vice ou prefeito da cidade”.
Membros do partido
Já o vereador Geylson Gomes, disse que Arlindo vai consolidar e solidificar o Diretório. “Arlindo é um dos pioneiros do partido, emedebista nato, que vai trabalhar com a proposta de unificação dos membros do partido, consolidando e solidificando o MDB, fazendo um chamamento às pessoas”.
Jurimar Pereira de Macedo fundado do MDB em Porto Nacional, ex-presidente da sigla e ex-prefeito da cidade, que foi primeiro a votar, disse estar feliz com a eleição de Arlindo para presidência. “O Arlindo é uma pessoa que é querida por todos nós, e vai sem dúvida alguma, renovar e dar um novo ânimo ao o MDB de Porto, colocando esperança e determinações diante da sociedade para que o povo volte a acreditar no MDB, que é sem dúvida um dos partidos mais importante do país”, afirmou.
Filiado ao MDB há 24 anos, Arlindo Lopes foi aplaudido e elogiado por todos os presentes, para estar à frente do partido neste momento. O emedebista é empresário do ramo de saneamento, já foi coordenador de Transportes do Naturatins e também diretor de Produção da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), nos governos Marcelo Miranda.
O partido que é o maior em número de filiados em Porto Nacional, já teve dois prefeitos, Jurimar Macedo e Dr. Euvaldo Tomaz De Souza, e pretende não só trabalhar para eleger um quadro maior de vereadores, como também está nos planos a possibilidade de lançar candidatura a prefeito nas eleições de 2020.
Convenção Estadual e Metropolitana
As Convenções Estadual e Metropolitana estão agendadas para a próxima sexta-feira (31), das 13h às 17h no plenário da Assembleia Legislativa, onde os membros do partido vão trabalhar para eleger o Diretório Regional e Metropolitano.
Na manhã do último dia 24 de maio a Prefeitura de Porto Nacional, através da Secretaria de Turismo e Cultura, lançou a 38ª Semana da Cultura e II FlIP – Feira Literária Portuense, que acontecerá entre os dias 19 e 23 de junho no Espaço Cultural da Avenida Beira Rio. O concorrido evento aconteceu no pátio interno do Museu Municipal, e foi prestigiados por autoridades do executivo local, lideranças estaduais, artistas, escritores, professores, servidores públicos, representantes de entidades da sociedade civil organizada e membros da ALAPORTO – Academia de Letras e Artes de Porto Nacional.
Por Karolinne Rodrigues
Na oportunidade, o jornalista, historiador e escritor Edivaldo Rodrigues, foi oficializado, por indicação da ALAPORTO, como o Escritor Regional que será homenageado e também o Patrono do evento, que deverá receber cerca de 70 autores, que lançarão obras abrangendo várias vertentes literárias, como poesia, romance, memórias, contos, crônicas e cordel, além de livros técnicos e coletâneas de artigos científicos.
Décimo segundo livro
Na 38a Semana da Cultura de Porto Nacional, Edivaldo Rodrigues lançará o romance “A Longa Travessia”, que se juntará as suas outras obras literárias: “AS CRÔNICAS DO PARALELO 13” – (Crônicas – 2002), “PEDRAS DE FOGO” – (Romance – 2003), “...PELAS RUAS E BECOS DE PORTO NACIONAL” – (Crônicas -2004), “REMINISCÊNCIAS DE UMA CIDADE PERDIDA”, (Crônicas – 2007), “UM CONTADOR DE CAUSOS” – (Crônicas – (2008), “ANA RODRIGUES: UM EXEMPLO DE VIDA ENTRE DORES, FLORES E SABORES” – (Memórias – 2010), “O ASSASSINATO DO PRESIDENTE” – (Romance 2012), “ASAS DE PEDRAS” – (Crônicas – 2013), “TERRA DE CORONÉIS” – (Romance – 2015), “PONTAL” – (Romance – 2016) e “A IRMÃ DE DEUS” – (Crônicas – 2017).
O novo romance “A Longa Travessia”
“A Longa Travessia”, a 12ª de Edivaldo Rodrigues, consolida por definitivo sua trajetória como um dos mais importantes romancistas do Tocantins. Neste novo livro, o celebrado literato tocantinense abre as janelas da história e nelas magnetiza nossos olhos nua viagem secular, principiada no período das Entradas e Bandeiras, de onde saiu o explorador Antônio Sanches que, na primeira metade do século XVIII, partiu do Sul da Província de Goiás numa épica viagem em direção ao Norte desabitado e desprotegido, e ali fundou o Arraial de Bom Jesus do Pontal, que anos depois, já sendo uma localidade em franco crescimento, ele, seus familiares e seguidores foram dizimados pelos índios Xavantes e Xerentes. Após este conflito sangrento, o barqueiro lusitano Félix Camoa acolheu os poucos sobreviventes e, perto de sua morada, na margem direita do rio Tocantins, ousou como líder e então preparou a formação de um núcleo habitacional que, quase trezentos anos depois, resultou na pujante Porto Nacional de hoje, que continua atravessando a linha do tempo em busca do futuro prometido por aqueles lendários homens e seus ideais.
Narrativa inventiva
Edivaldo Rodrigues
Nesta obra literária, o escritor portuense demostra ser, por definitivo, um dos mais celebrados autores do Tocantins. Esta certeza se confirma na explosão de sua narrativa inventiva, na qual personagens fictícios e reais enriquecem as páginas de sua 12ª obra, que é singular. Nela, ele nos guia através da linha do tempo e, numa trama envolvente, contextualiza quase três séculos de história, apresentando em detalhe os combates sangrentos envolvendo índios e exploradores, os amores e desamores da sociedade de então, a construção da fé, alguns assassinatos perturbadores, o embate entre os poderosos, a ganância pelo ouro e pela terra, e, sobretudo, o idealismo e a determinação de lendárias figuras humanas que fundaram o Arraial de Bom Jesus do Pontal, a célula mater que possibilitou o nascimento da pujante Porto Nacional do presente, que segue soberana rumo a um futuro de cidadania plena.
Juiz de Brasília aceitou denúncia em decorrência de diversas irregularidades apontadas por investigação da Polícia Federal
Com Agências
O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, aceitou ontem (23) denúncia contra o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, no âmbito da Operação Bullish.
Segundo a denúncia, ambos participaram em desvios no banco público que teriam resultado em benefícios indevidos de até R$ 8,1 bilhões em favor da empresa JBS. As operações irregulares ocorreram entre junho de 2007 e dezembro de 2009, de acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF).
Os dois vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, gestão fraudulenta e práticas contra o sistema financeiro nacional. Mantega ainda responderá por corrupção passiva.
A acusação tem entre seus pontos de partida as delações premiadas de ex-executivos da JBS, entre os quais Joesley Batista, um dos donos. O magistrado, porém, não aceitou a parte da acusação contra o empresário, por entender que ele está protegido pelo “benefício legal do não oferecimento de denúncia”, previsto em seu acordo de colaboração com MPF.
Outras três pessoas também se tornaram rés: Victor Garcia Sandri, Gonçalo Ivens Ferraz Da Cunha e Sá e Leonardo Vilardo Mantega. A denúncia, apresentada em março, abrangia mais seis pessoas, incluindo o ex-ministro Antônio Palocci, mas o juiz considerou que contra elas não havia indícios suficientes para justificar o recebimento da acusação.
Esquema
Segundo narra a denúncia, o esquema objetivava a aprovação de empréstimos à JBS em contrariedade a normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em troca, a empresa repassava quantias a intermediários por meio de notas frias e investimentos fictícios.
Somente Victor Sandri, ex-assessor de Mantega, teria recebido R$ 5 bilhões da JBS sem prestar qualquer serviço, e mais R$ 67 milhões em contas no exterior. Ele vai responder pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção, gestão fraudulenta e prevaricação.
À época em que a denúncia foi apresentada, o ex-ministro Guido Mantega e sua defesa preferiram não comentar. A defesa de Luciano Coutinho negou as acusações.
Delação
Na decisão, o magistrado afirma que por força de um acordo de colaboração firmado com o Ministério Público, Joesley Batista foi isentado de culpa. O magistrado lembra que uma eventual revisão do acordo está aguardando posição da Justiça.
O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou o rompimento do acordo com Joesley. No entanto, essa solicitação ainda aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Decisão é referente a uma ação de improbidade administrativa da Operação Lava Jato, movida pelo MPF e pela Petrobras
Por Thais Kaniak e Pedro Brodbeck, G1 PR — Curitiba
A Justiça Federal do Paraná bloqueou cerca de R$ 3,57 bilhões do MDB, do PSB, de políticos e de empresas. O bloqueio foi divulgado nesta sexta-feira (24), pelo Ministério Público Federal (MPF).
Essa decisão é referente a uma ação de improbidade administrativa da Operação Lava Jato, movida pelo MPF e pela Petrobras.
Entre os acusados que respondem ao processo, estão os parlamentares Valdir Raupp (MDB-RO), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Fernando Bezerra (MDB-PE) – atualmente líder do governo no Senado. Antes de ingressar no MDB, em 2018, Fernando Bezerra era filiado ao PSB e chegou a ser líder da legenda no Senado.
O bloqueio também atinge os espólios de Sérgio Guerra (PSDB-PE) e Eduardo Campos (PSB-PE), políticos que já morreram.
As empresas acusadas na ação são a Queiroz Galvão e a Vital Engenharia Ambiental.
O G1 tenta contato com a defesa dos citados (veja mais detalhes abaixo).
Valores bloqueados:
Os R$ 3,57 bilhões são o resultado da soma dos limites máximo de valores que devem ser bloqueados nas contas dos investigados. Veja o detalhamento:
R$ 1.894.115.049,55 do MDB, de Valdir Raupp, da Vital Engenharia Ambiental, de André Gustavo de Farias Ferreira, de Augusto Amorim Costa, de Othon Zanoide de Moraes Filho, Petrônio Braz Junior e espólio de Ildefonso Colares Filho;
R$ 816.846.210,75 do PSB;
R$ 258.707.112,76 de Fernando Bezerra Coelho e espólio de Eduardo Campos;
R$ 107.781.450,00 do espólio de Sérgio Guerra;
R$ 333.344.350,00 de Eduardo da Fonte;
R$ 200.000,00 de Maria Cleia Santos de Oliveira e Pedro Roberto Rocha;
R$ 162.899.489,88 de Aldo Guedes Álvaro;
3% do faturamento da Queiroz Galvão.
O MPF havia pedido os bloqueios para a 1ª instância da Justiça, que negou. Então, os promotores recorreram à 2ª instância – o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) –, que autorizou.
Portanto, a Justiça Federal cumpre agora, com o despacho do juiz Friedmann Anderson Wendpap da 1ª Vara Federal de Curitiba, o que foi determinado pelo TRF-4. A decisão da Justiça Federal é de terça-feira (21).
'Amplo esquema criminoso'
De acordo com o TRF-4, há indícios da prática de atos de improbidade por líderes de partidos e agentes públicos em prejuízo ao erário.
Para o tribunal, é necessário "garantir a efetividade do resultado final da ação – em que apurada a existência de um amplo esquema criminoso, com prejuízos expressivos para toda a sociedade".
Dois esquemas que desviaram verbas da Petrobras foram descritos na ação que tramita na Justiça Federal.
Um deles envolve contratos vinculados à diretoria de Abastecimento, de Paulo Roberto Costa. Esses contratos, entre eles os vínculos com a construtora Queiroz Galvão, foram firmados individualmente ou por intermédio de consórcios.
Outro contrato é relacionado ao pagamento de propina no âmbito da CPI da Petrobras, em 2009.
De acordo com o MPF, Fernando Bezerra, que na época era secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, solicitou R$ 20 milhões em propina a Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras.
Segundo a força-tarefa, o ex-governador do Pernambuco Eduardo Campos e Fernando Bezerra, ambos na época do PSB, receberam propinas desviadas da construção da Refinaria Abreu e Lima.
O MPF explicou que a força-tarefa da Lava Jato e a Petrobras consideraram as atividades ilícitas como atos de improbidade e, por isso, foram pedidas a sanção de ressarcimento ao erário e a condenação à compensação dos danos morais e coletivos.
O que dizem os citados
O diretório nacional do MDB informou que a notificação se refere ao diretório estadual de Rondônia do partido. Por sua vez, o MDB de Rondônia afirmou que ainda não foi notificado da decisão.
A Construtora Queiroz Galvão informou que não vai comentar a decisão do tribunal.
O G1 entrou em contato com a assessoria do senador Fernando Bezerra, que ainda não comentou a decisão.